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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE FÍSICA

LABORATÓRIO DE ENSINO

Erik Eduardo Honorio Pereira


José Francisco dos Santos Filho
Lucca Santos Saldanha
Silmayko Gomes da Silva

Movimento Retilíneo Uniformemente Variado - MRUV

Roteiro de Física Experimental 1

Experimento 4

Maceió, Agosto de 2021


Erik Eduardo Honorio Pereira
José Francisco dos Santos Filho
Lucca Santos Saldanha
Silmayko Gomes da Silva

Trabalho apresentado à Materia de


Física experimental I ministrada pelo
Prof. Noelio Dantas da Silva, para fins
avaliativos.

Maceió, Agosto de 2021


Sumário

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 6
2. OBJETIVO.................................................................................................................................... 7
3. MATERIAIS .................................................................................................................................. 7
4. PROCEDIMENTOS .................................................................................................................... 8
5. TÓPICOS PARA ANÁLISE E DISCUSSÃO ......................................................................... 12
6. ANEXO ....................................................................................................................................... 13
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 15
1. INTRODUÇÃO

A taxa de variação do vetor velocidade, tanto em módulo como em direção,


é também denominada de aceleração. Da mesma forma que definimos a
velocidade vetorial ou vetor velocidade por intermédio da velocidade média,
utilizaremos aqui a aceleração média para definir o vetor aceleração. A
aceleração média a de um objeto, em um intervalo de tempo de ti a t f, é dada
por:

𝑎⃗ = 𝑣𝑓−𝑣𝑖
𝑡𝑓−𝑡𝑖
= 𝛥𝑣
𝛥𝑡
(1)

Onde 𝑣𝑓 e 𝑣𝑖 são as velocidades nos instantes 𝑡𝑓 e 𝑡𝑖 ,


respectivamente. Em uma dimensão, a aceleração média tem apenas
uma componente. Como 𝑣𝑓 − 𝑣𝑖 = 𝑣𝑓 𝑖 − 𝑣𝑖 𝑓 , então:

^ ^ ^
⃗⃗⃗⃗
𝑎 = 𝑣𝑓−𝑣𝑖
𝑡𝑓−𝑡𝑖
𝛥𝑣
𝑖 = 𝛥𝑡 𝑖 = 𝑎⃗ 𝑖 (2)

Para determinar a aceleração a, buscamos o valor limite da aceleração


média a quando o intervalo de tempo tende para zero:

Como:
𝛥𝑣
𝑎⃗ = lim𝛥𝑡→0 𝛥𝑡 (3)

A aceleração se define como:


𝑑𝑣
⃗⃗⃗
𝑎⃗ = 𝑑𝑡 (4)

Para o movimento unidimensional ao longo do eixo x, 𝑎 = 𝑎î , de modo


que 𝑎 = 𝑑𝑣 / 𝑑𝑡, e como 𝑣 = 𝑑𝑥 / 𝑑𝑡, temos:

ⅆ𝑣 ⅆ ⅆ𝑣 ⅆ2 𝑥 (5)
𝑎= = (ⅆ𝑡) ( ⅆ𝑡 ) =
ⅆ𝑡 ⅆ𝑡 2

Nota-se que a aceleração se torna constante na direção, pois a mesma


atua apenas no eixo x. Tornando a aceleração constante em sua intensidade,
adquirimos um movimento classificado como Movimento Retilíneo
Uniformemente Variado (M.R.U.V.).
1.1 Fundamentação teórica desenvolvida pelo professor,
utilizando Cálculo Integral Diferencial

 Deduções das Equações horárias do MRUV (unidimensional)

ⅆ𝑉(𝑡)
1. Partindo da definição de aceleração 𝑎 = → Velocidade vária com o
ⅆ𝑡

tempo (𝑡) ≠ 𝑐𝑡𝑒

𝑉(𝑡) 𝑡 𝑉(𝑡) 𝑡
𝑑𝑉(𝑡) = 𝑎𝑑𝑡 → ∫𝑉(𝑡₀) 𝑑𝑉(𝑡′) = ∫𝑡₀ 𝑎𝑑𝑡′ → 𝑉(𝑡′) { = 𝑎𝑡′ {
𝑉(𝑡₀) 𝑡₀
𝑉(𝑡) − 𝑉(𝑡₀) = 𝐴(𝑡 − 𝑡₀) → 𝑉(𝑡) = 𝑉(𝑡₀) + 𝐴(𝑡 − 𝑡₀)

Considerando 𝑡₀ = 0 𝑒 𝑉(𝑡₀) = 𝑉₀ , obetém-se:

𝑽(𝒕) = 𝑽₀ + 𝒂𝒕 (6)
A partir de V(t), a equação (6), pode-se obter x(t), partindo da definição de
ⅆ𝑥(𝑡)
𝑉(𝑡) = → 𝑑𝑥(𝑡) = 𝑉(𝑡)𝑑𝑡, substituindo V(t), obetém–se:
ⅆ𝑡

𝑡
𝑑𝑥(𝑡) = (𝑉₀ + 𝑎𝑡)𝑑𝑡 → ∫𝑥(𝑡₀) 𝑑𝑥(𝑓) = ∫𝑡₀ 𝑉₀𝑑𝑡′ + ∫𝑡₀ 𝑎𝑡′𝑑𝑡′
𝑥(𝑡) 𝑡

𝑥(𝑡) 𝑡 𝑡′² 𝑡
𝑥(𝑡) { = 𝑉₀ { 𝑡′ + 𝑎 {
𝑥(𝑡₀) 𝑡₀ 2 𝑡₀
𝑎
𝑥(𝑡) − 𝑥(𝑡₀) = 𝑉₀(𝑡 − 𝑡₀) + (𝑡² − 𝑡₀²)
2

Supondo 𝑡₀ = 0 𝑒 𝑥(𝑡₀) = 0, obetém-se:

𝒂𝒕² (7)
𝒙(𝒕) = 𝒙₀ + 𝑽₀𝒕 +
𝟐

2. OBJETIVO
Investigar o movimento retilíneo com a aceleração constante.

3. MATERIAIS
Os materiais utilizados estão descritos no quadro abaixo (Ver Quadro 1).

Descrição Quantidade
Trilho 120 cm 1
Cronômetro digital multifunção com fonte DC 12 V 1
Sensores fotoelétricos com suporte fixador (S1 e S2) 2
Eletroímã com bornes e haste 1
Fixador de eletroímã com manípulos 1
Chave liga-desliga 1
Y de final de curso com roldana raiada 1
Suporte para massas aferidas – 9 g 1
Massa aferida 10 g com furo central de Ø2,5mm 1
Massas aferidas 20 g com furo central de Ø2,5mm 2
Massas aferidas 10 g com furo central de Ø5mm 2
Massas aferidas 20 g com furo central de Ø5mm 4
Massas aferidas 50 g com furo central de Ø5mm 2
Cabo de ligação conjugado 1
Unidade de fluxo de ar 1
Cabo de força tripolar 1,5 m 1
Mangueira aspirador Ø1,5” 1
Pino para carrinho para fixá-lo no eletroímã 1
Carrinho para trilho cor azul 1
Pino para carrinho para interrupção de sensor 1
Porcas borboletas 3
Arruelas lisas 7
Manípulos de latão 13 mm 4
Pino para carrinho com gancho 1

Quadro 1 – Materiais Utilizados. Fonte: Autores, 2021.

4. PROCEDIMENTOS
1. Montar o equipamento conforme o esquema de ligação do cronometro na
figura abaixo (Ver Figura 1).
Figura 1 – Esquema de conexão do cronômetro com o sensor S2. Fonte:
Autores, 2021.

2. Comparando a montagem do equipamento para MRU com a montagem do


equipamento para o MRUV, o acionamento do cronômetro ocorre na chave
liga- desliga. Quando a chave for desligada o carrinho será libertado e o
cronômetro será acionado. Para isso, deve-se escolher no cronômetro a função
F2.

3. Com o cabo apropriado conectar a chave liga-desliga ao cronômetro.

4. Ligar o eletroímã à fonte de tensão variável deixando-o conectado em série


com a chave liga-desliga.

5. Colocar uma massa aferida de 30 g no suporte (suporte de 9 g + uma


massa aferida de 10 g + uma massa aferida de 20 g).

6. Prender ao carrinho o fio de conexão com o suporte de massas aferidas,


fixando-o em seguida ao eletroímã e ajustando a tensão aplicada de modo que
o carrinho fique na iminência de se mover.

7. Ajustar o comprimento do fio de modo que o suporte de massas aferidas


não toque o chão ao fim do percurso do carrinho (A extremidade do trilho que
contem a roldana deve ser colocada próximo ao fim da bancada de forma que
o suporte fique suspenso sobre o piso, ver detalhe D em anexo).

8. Posicionar o sensor S2 a uma distância de 0,100 m em relação ao pino


central do carrinho. Observe que este deslocamento deve ser medido entre o
pino central do carrinho e o centro do sensor S2 (ver detalhe C em anexo).

9. Desligar o eletroímã liberando o carrinho. Sempre que possível, parar o


carrinho com a mão após passar pelo sensor para evitar impactos.

10. Anotar no quadro abaixo o intervalo de tempo indicado no cronômetro (Ver


Quadro 2).
2 2
Nº x0 (m) x (m) Δx (m) t1 (s) t2 (s) t3 (s) tm (s) tm (s) v0 (m/s) v (m/s) a (m/s2)
0,320 0,420 0,100 0,367 0,366 0,367 0,366 0,133 0,000 0,536 1,464
1
0,320 0,520 0,200 0,522 0,521 0,519 0,520 0,270 0,000 0,758 1,457
2
0,320 0,620 0,300 0,644 0,643 0,640 0,642 0,412 0,000 0,928 1,445
3
0,320 0,720 0,400 0,742 0,738 0,739 0,739 0,546 0,000 1,071 1,449
4
0,320 0,820 0,500 0,829 0,828 0,827 0,828 0,685 0,000 1,190 1,437
5
0,320 0,920 0,600 0,909 0,906 0,906 0,907 0,822 0,000 1,315 1,449
6
a = 1,450

Quadro 2 – Valores para análise de dados. Fonte: Autores, 2021.

11. Repetir o procedimento colhendo três valores de tempo


para o mesmo deslocamento.

12. Reposicionar o sensor S2 para um ΔX = 0,200 m, tomando novas medidas


de tempo.

13. Repetir os procedimentos anteriores até completar o quadro 2.

14. Anotar os valores da posição inicial e da velocidade inicial do carrinho.

15. Calcular o tempo médio para cada deslocamento bem como, os valores da
velocidade final do carrinho.

16. Calcular a aceleração do carrinho para cada deslocamento.

17. Calcular a aceleração média

18. Determinar a margem percentual de erro para a aceleração, observando a


tolerância de 5% adotada pelo fabricante.

19. Construir o gráfico x = f(t) usando os dados do quadro 2.

20. Linearizar o gráfico x = f(t). Para tal, plote o gráfico x = f(t2).

21. Determinar o coeficiente angular e linear do gráfico x = f(t2).

Coeficiente angular A = 0,725


Coeficiente linear B = 0,320

22. Comparar o coeficiente linear de x = f(t2) com o valor da posição inicial


do Quadro 2.

R: Ao comparar o coeficiente linear de x=f (t2) com o valor da posição inicial da


tabela 1, considerando a tolerância de erro de 5%, percebe-se que o carrinho
permanece constante.

23. Comparar o coeficiente angular de x = f(t2) com o valor da aceleração


média do Quadro 2.

R: Ao comparar o coeficiente angular de x=f (t2) com o valor da aceleração


média do Quadro 2 nota-se que se relacionam pela grandeza posição e tempo.

24. Escrever a equação horária do movimento para carrinho,


𝑎𝑡 2
𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0 𝑡 +
2
A equação horaria para o carrinho será:
𝑎𝑡 2
= 𝛥𝑠
2

Pois se o movel parte do repouso o 𝑣0 será igual a 0

25. Construir o gráfico de 𝑣 = 𝑓 (𝑡 ).

(Em anexo)

26. Determinar os coeficientes linear e angular do gráfico de v = f(t).


Coeficiente angular A =0,320

Coeficiente linear B = 0,725

27. Escrever a equação da velocidade para movimento do carrinho,

𝑣 = 𝑣0 + 𝑎𝑡

28. Construir o gráfico 𝑎 = 𝑓 (𝑡 ).

(Em anexo)
5. TÓPICOS PARA ANÁLISE E DISCUSSÃO

1. Considerando a margem de erro adotada, pode-se concluir que a


aceleração do carrinho permaneceu constante?

Sim, como se pode observar a aceleração do carrinho manteve-se constante.

2. Qual o significado físico do coeficiente linear de 𝑥 = 𝑓 (𝑡2 ) ?

R: O coeficiente linear vai fornecer a velocidade inicial do corpo (v0)

O coeficiente linear sempre será igual a posição inicial do carrinho, pois

3. Qual o significado físico do coeficiente angular de 𝑥 = 𝑓 (𝑡2 ) ?

R: Velocidade do Objeto.

4. Qual o significado físico da área sob o gráfico 𝑣 = 𝑓 (𝑡) ? E da área sob o


gráfico 𝑎 = 𝑓 (𝑡 ) ?

R= v=f(t) – Velocidade em função do tempo, 𝑎 = 𝑓(𝑡) - Aceleração em função


do tempo.

5. O que representa a área sob o gráfico 𝑎 = 𝑓 (𝑡) ?

R= 𝑎 = 𝑓(𝑡) - Aceleração em função do tempo.

6. Ao analisar o gráfico 𝑥 = 𝑓 (𝑡2 ) pode-se concluir que o deslocamento é


(direta ou inversamente) proporcional ao quadrado do (intervalo de
tempo/aceleração/velocidade)?

R: Ao analisar o gráfico 𝑥 = 𝑓 (𝑡2 ) conclui-se que o deslocamento é


diretamente proporcional ao quadrado do intervalo de tempo.

7. O que se pode dizer sobre o valor do coeficiente angular e do valor da


aceleração média no gráfico 𝑣 = 𝑓 (𝑡 ) .

R: Como a aceleração no gráfico 𝑣 = 𝑓 (𝑡) é constante ao comparar com o


coeficiente angular, conclui-se que ela cresce de 0s a 1,5s está crescendo e
após esse intervalo ela é constante diretamente proporcional ao gráfico.
6. ANEXO

Gráfico 1: Posição

Gráfico 2: t²
Gráfico 3: Velocidade Final

Gráfico 4: Aceleração
REFERÊNCIAS
[1] KELLER, Frederick. Física Volume 1. São Paulo: Pearson Makron Books,
2004.

[2] Movimento Retilíneo Uniformemente variado – MRUV. Disponível em:


classroom.google.com/u/5/c/Mjg1NjcxMzQwNjA0/m/Mjg0MTUyNDQ1MTA2/det
ails

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