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Midiatização e reconfigurações da democracia representativa.
[Livro eletrônico] / Paulo César Castro (Organizador). – Campina
Grande: EDUEPB, 2019.
1. Introdução
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2. Metodologia
2. A checagem, da forma como a conhecemos hoje, tem seus primórdios em 1991, nos
Estados Unidos. O jornalista norte-americano Brooks Jackson, da CNN, recebeu a tarefa
de averiguar se o que possíveis candidatos à Presidência dos Estados Unidos diziam ti-
nha lastro na realidade. O jornalista criou uma equipe especializada em checar a propa-
ganda eleitoral, e, em 2003, o primeiro site independente de fact-checking, o FactCheck.
org, ativo até hoje.
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3. Primeiros resultados
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5. Considerações finais
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sido visto pelos usuários das mídias sociais como uma tentativa de cercea-
mento do direito da liberdade de expressão, mas mantê-los em circulação
não significaria conivência com inverdades?
Marres (2018) relata que, num evento sobre “fake news”, pesquisado-
res reclamaram da forma como os conteúdos falsos têm circulado. “Que-
remos nossos fatos de volta”, pediram eles. Inútil reclamar, afirma Marres,
pois não teremos nossos fatos de volta. É como se, no mundo das mídias
sociais, o efeito de verdade fosse construído de outra forma, para além dos
especialistas e das fontes até agora consideradas seguras, e buscasse outras
estratégias discursivas, algumas delas citadas aqui. É como se essa nova
verdade, para ser certificada, precisasse da chancela das mídias sociais – o
que, longe de me trazer certeza, me traz inquietude. Talvez seja o caso de
pararmos de pensar como o resultado de 2018 foi possível diante de tan-
tas “fake news” e começarmos a pensar em que medida ele se associa aos
conteúdos falsos e à desinformação deliberadamente construída.
Do legado de 2018 também faz parte a reflexão sobre a forma de
fazer e de ensinar jornalismo. A maneira como o jornalismo tradicional
cobriu não só a eleição de 2018, mas os acontecimentos dos anos ante-
riores, como o impeachment de Dilma Rousseff, dize muito sobre o que
de relevante foi produzido, sobre quais perguntas foram feitas e quais res-
postas foram ouvidas. Diz sobre o que de relevante foi esquecido e o que
de ultrajante foi visto. Como já contei uma vez (ESCÓSSIA, 2018), um dia
uma aluna querida me perguntou se jornalismo era desencanto. Todo dia,
respondi. Mas, talvez por ter que dizer algo aos alunos, aos filhos, a mim
mesma, respondi que o encanto há que ser maior que o desencanto. E,
quando tudo isso for História, cada um poderá contar aos bisnetos o que
andava fazendo no Brasil de 2018.
6. Referências
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