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Essa tarefa não seria tão desafiadora se vivêssemos sob o mínimo de normalidade
democrática. Todos e todas conhecemos as ameaças de golpe que foram reiteradamente
proferidas, a sistemática campanha de deslegitimação do sistema eleitoral, os ataques
constantes às instituições da República, o aparelhamento de organismos militares e de
segurança pública, a ampliação do armamento da população, e o aumento da violência
política contra populações historicamente vulnerabilizadas.
Em 2022, zelar pelas eleições deverá ser exercício coletivo, abraçado por todos os setores
da sociedade. Essa consciência fundamental deverá nos guiar em todas as etapas do
processo eleitoral: na promoção da ampla participação do eleitorado; no enfrentamento às
estratégias de desinformação, disseminação de mentiras e ataques de ódio; no zelo pela
segurança de candidatas e candidatos em todos os cantos do país, especialmente de
mulheres, pessoas negras, indígenas, quilombolas e LGBTQIA+; na fiscalização pela
transparência dos gastos eleitorais de campanha; na promoção de debates públicos
qualificados; na segurança do exercício livre do direito ao voto por eleitores e eleitoras em
todo o país; e, por fim, na garantia de que os resultados das urnas sejam plenamente
respeitados.
Não são poucas as frentes de trabalho, não são poucos os desafios. Entretanto, a defesa
da democracia nos faz seguir em frente.
Estaremos a postos e à disposição para atuar junto a todos e todas que possam convergir
nesse compromisso com a nossa democracia.