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ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA BARRA


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
Coordenação Pedagógica - Ensino Fundamental II
Disciplina: Educação Física Ano de escolaridade: 9º
Professor: Gerlany Rangel

Nome:____________________________________________
Data: 01/11 – 05/11 de 2021

Atividade de Educação Física

Afogamento

Conceito:

Afogamento é definido como resultado de asfixia por imersão ou submersão


em qualquer meio líquido, provocado pela entrada de água em vias aéreas,
dificultando parcialmente ou por completo a ventilação ou a troca de oxigênio
com o ar atmosférico. Szpilman (1994).

CAUSAS DE AFOGAMENTO

a) Afogamento primário – É o tipo mais comum, não apresentando em seu


mecanismo nenhum fator desencadeante do acidente.

b) Afogamento secundário – É denominado hoje em dia como causado por


patologia associada que precipita o afogamento, já que possibilita a aspiração
de água pela dificuldade da vítima em manter-se na superfície da água. Ocorre
em 13% dos casos de afogamento, como, por exemplo: uso de drogas (36,2%)
(quase sempre por álcool), crise convulsiva (18,1%), traumas (16,3%), doenças
cardiopulmonares (14,1%), mergulho livre ou autônomo (3,7%), e outros
(homicídio, suicídio, lipotimias, câimbras, hidrocussão) (11,6%). O uso do
álcool é considerado como o fator mais importante na causa de afogamento
secundário8. Szpilman (1994).

CLASSIFICAÇÃO

Segundo HAFEN (2002), o afogamento pode ser classificado também em:

· Afogamento molhado: condição na qual a água penetra nos pulmões.

· Afogamento seco: condição na qual há pouca ou nenhuma penetração


de água nos pulmões.

· Afogamento secundário: morte causada por pneumonia por aspiração,


posterior à reanimação após o acidente aquático.

O QUE DEVE FAZER

Objetivo

Promover menor número de complicações provendo-se o cérebro e o coração


de oxigênio até que a vítima tenha condições para fazê-lo sem ajuda externa,
ou até esta ser entregue a serviço médico especializado.

O socorrista

Deve promover o resgate imediato e apropriado, nunca gerando situação em


que ambos (vítima e socorrista) possam se afogar, sabendo que a prioridade
no resgate não é retirar a pessoa da água, mas fornecer-lhe um meio de apoio
que poderá ser qualquer material que flutue, ou ainda, o seu transporte até um
local em que esta possa ficar em pé. O socorrista deve saber reconhecer uma
apneia, uma parada cardiorrespiratória (PCR) e saber prestar reanimação
cardiopulmonar (RCP).

O resgate

O resgate deve ser feito por fases consecutivas: Compreendendo a Fase de


observação, de entrada na água, de abordagem da vítima, de reboque da
vítima, e o atendimento da mesma.
Fase de observação

Implica na observação do acidente, o socorrista deve verificar a profundidade


do local, o número de vítimas envolvidas, o material disponível para o resgate.

O socorrista deve tentar o socorro sem a sua entrada na água, estendendo


qualquer material a sua disposição que tenha a propriedade de boiar na água,
não se deve atirar nada que possa vir a ferir a vítima.

Em casos de dispor de um barco para o resgate, sendo este com estabilidade


duvidosa a vítima não deve ser colocada dentro do mesmo, pois estará muito
agitada.

Fase de entrada na água

O socorrista deve certificar-se que a vítima está visualizando-o. Ao ocorrer em


uma piscina a entrada deve ser diagonal à vítima e deve ser feita da parte rasa
para a parte funda. Sendo no mar ou rio a entrada deve ser diagonal à vítima e
também diagonal à corrente ou à correnteza respectivamente.

Fase de Abordagem

Esta fase ocorre em duas etapas distintas:

Abordagem verbal; Ocorre a uma distância média de 03 metros da vítima. O


socorrista vai identificar-se e tentar acalmar a vítima. Caso consiga, dar-lhe-á
instruções para que se posicione de costas habilitando uma aproximação sem
riscos.

Abordagem física; O socorrista deve fornecer algo em que a vítima possa se


apoiar, só então o socorrista se aproximará fisicamente e segurará a vítima
fazendo do seguinte modo: O braço de dominância do socorrista deve ficar livre
para ajudar no nado, já o outro braço será utilizado para segurar a vítima,
sendo passado abaixo da axila da vítima e apoiando o peito da mesma, essa
mão será usada para segurar o queixo do afogado de forma que este fique fora
da água.

Em crianças:
Convém lembrar que uma criança pequena se pode afogar em poucos
centímetros de água, num tanque, balde ou alguidar quase vazio, ou até
mesmo na banheira, durante o banho.

O QUE DEVE FAZER

• Retirar imediatamente a vítima de dentro de água.

• Verificar se está consciente, se respira e se o coração bate.

• Colocar a vítima de barriga para baixo e com a cabeça virada

para um dos lados.

• Comprimir a caixa torácica 3 a 4 vezes, para fazer sair a água.

Se a vítima não respira, deitá-la de costas e iniciar de imediato os


procedimentos do algoritmo do Suporte Básico de Vida.
O SBV consiste num conjunto de procedimentos realizados sem recurso a
equipamento específico, e que tem como objetivo a manutenção da vida e o
ganho de tempo, até à chegada de ajuda especializada.

O SBV inclui:

• Avaliação inicial (verificar condições de segurança e se a vítima responde).

• Permeabilização das vias respiratórias.

• Ventilação com ar expirado (respiração boca a boca).

• Compressão do tórax (compressão cardíaca externa).


O que deve fazer:

Perante uma vítima inerte, aparentemente inconsciente, deve verificar:

• Se está inconsciente (verificar se responde).

• Se respira (ver os movimentos respiratórios, ouvir os sons respiratórios junto


à boca da vítima e sentir o ar na face, durante dez segundos).

• Se tem sinais de circulação (verificar se existe movimento e verificar o pulso


na artéria carótida, localizada no pescoço).

Estes procedimentos podem salvar a vida, sobretudo quando a causa de


paragem cardiorrespiratória está essencialmente relacionada com a obstrução
da via respiratória.
Logo que a vítima respire normalmente, colocá-la em Posição Lateral de
Segurança e mantê-la confortavelmente aquecida. Em qualquer situação,
transportar a vítima ao Hospital, ativando o Serviço de Emergência Médica.

A decisão de iniciar o Suporte Básico de Vida (SBV) é tomada quando a vítima


não responde e não respira normalmente.

• Os reanimadores devem colocar a mão no centro do tórax.

• A relação compressões-ventilações no jovem/adulto é de trinta compressões


para duas insuflações (30:2).

• A reanimação começa por 30 compressões torácicas, a iniciar imediatamente


a seguir à confirmação de paragem cardiorrespiratória, e não pelas cinco
ventilações iniciais.

Fonte: http://minhaeducacaofisica.blogspot.com/2012/10/primeiros-socorros-
afogamento.html

1) Cite 5 motivos de afogamento.

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2) Uma criança pequena se pode afogar em poucos centímetros de água. Cite


3 exemplos:

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3) Você já passou por uma situação de afogamento? Como foi? Caso nunca
tenha passado, o que você faria caso presenciasse uma situação de
afogamento?

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