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Modelagem de Circuitos Elétricos

Circuitos Elétricos I – EEL 105


Engenharia de Computação – 2021-2

Prof. Fabrício Silveira Chaves


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Conteúdo da Aula 3 – Modelagem de Circuitos Elétricos

Aula 3 Objetivos da Aula


Palavras-chave:
› Apresentar a Convenção Passiva dos circuitos elétricos.
- Convenção › Aplicar os conceitos da Aula 2 da Lei de Ohm e de Potência, adotando o
Passiva
- Lei de Ohm
conceito de convenção passiva.
- Potência
- Energia

Itens Abordados
› Convenção Passiva
› Aplicação da Lei de Ohm
› Aplicação das Equações de Potência

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Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Principais Conceitos

Circuito elétrico é uma interconexão de elementos elétricos


unidos em um caminho fechado de tal modo que uma
corrente elétrica possa fluir continuamente.

Fio
Nó ou terminal

Bateria Resistor

Dispositivo

(3) Nilsson, 2008 3


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Principais Conceitos

O elemento básico (dispositivo) é descrito


matematicamente em termos das variáveis elétricas:
Corrente e Tensão.

Fio
Nó ou terminal

Bateria Resistor

Dispositivo

(3) Nilsson, 2008 4


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Corrente e Carga

Corrente é a taxa de variação no tempo do fluxo de carga


que passa em um determinado ponto.

Carga é a grandeza elétrica responsável


pelos fenômenos elétricos.

(3) Nilsson, 2008 5


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Corrente Elétrica

𝒊 → corrente elétrica (A)


𝒅𝒒
𝒊= 𝒒 → carga (C)
𝒅𝒕
1 A = 1 C/s 𝒕 → tempo (s)

As variáveis são escritas em letras minúsculas porque estão no domínio do tempo.

Corrente Contínua (CC) é uma corrente de sentido único e


normalmente de módulo constante.

Uma corrente variante no tempo 𝒊(t) pode ter várias formas.

(3) Nilsson, 2008 6


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Corrente Elétrica

𝒅𝒒
𝒊=
𝒅𝒕

a b

i1 i2

A corrente é representada por um valor e um sentido.

𝒊𝟏 = −𝒊𝟐

(3) Nilsson, 2008 7


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Tensão ou Potencial Elétrico

𝒗 → tensão (V)
𝒅𝒘
𝒗= 𝒘 → energia ou trabalho (J)
1 V = 1 J/C 𝒅𝒒
𝒒 → carga (C)

a + vab – b

– vba +

A tensão é representada por um valor e um sentido.

𝒗𝒂𝒃 = −𝒗𝒃𝒂

(3) Nilsson, 2008 8


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Tensão ou Potencial Elétrico

a + vab – b
𝒗𝒂𝒃 = −𝒗𝒃𝒂
– vba +

𝒗𝒂𝒃 → a é o terminal positivo e b é o terminal negativo.

𝒗𝒃𝒂 → b é o terminal positivo e a é o terminal negativo.

✓ O valor da tensão pode ser positivo ou negativo.


✓ O sentido é dado por sua polaridade (+ , – ).
✓ A tensão existe “sobre” o elemento.
✓ A corrente existe “em” ou “através” de um elemento.

(3) Nilsson, 2008 9


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Maneiras de Arranjar os Sentidos da Corrente e da Tensão

Maneira 1 Maneira 2
Convenção Passiva

a + v – b a – v + b

i i

(3) Nilsson, 2008 10


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Maneiras de Arranjar os Sentidos da Corrente e da Tensão

Maneira 1 Maneira 2
Convenção Passiva

a + v – b a – v + b

i i

A corrente entra no terminal a


A corrente entra no terminal a
que é positivo.
que é negativo.

(3) Nilsson, 2008 11


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Convenção Passiva

1. Na convenção passiva, a tensão indica o trabalho necessário para mover


uma carga positiva no sentido indicado pela corrente.

a + v –b Assim p é a potência absorvida


(ou dissipada) pelo elemento.
i
p>0
2. Neste caso, a tensão indica o trabalho necessário para mover uma carga
positiva no sentido oposto ao do indicado pela corrente.
Assim p é a potência fornecida
(ou suprida) pelo elemento.

p<0

(3) Nilsson, 2008 12


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Convenção Passiva

1. Na convenção passiva, a tensão indica o trabalho necessário para mover


uma carga positiva no sentido indicado pela corrente.

a + v –b Assim p é a potência absorvida


(ou dissipada) pelo elemento.
i
p>0
2. Neste caso, a tensão indica o trabalho necessário para mover uma carga
positiva no sentido oposto ao do indicado pela corrente.
Assim p é a potência fornecida
(ou suprida) pelo elemento.

p<0

(3) Nilsson, 2008 13


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Convenção Passiva

1. Na convenção passiva, a tensão indica o trabalho necessário para mover


uma carga positiva no sentido indicado pela corrente.

a + v –b Assim p é a potência absorvida


(ou dissipada) pelo elemento.
i
p>0
2. Neste caso, a tensão indica o trabalho necessário para mover uma carga
positiva no sentido oposto ao do indicado pela corrente.
Assim p é a potência fornecida
a– v + b
(ou suprida) pelo elemento.
i p<0

(3) Nilsson, 2008 14


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Convenção Passiva

1. Na convenção passiva, a tensão indica o trabalho necessário para mover


uma carga positiva no sentido indicado pela corrente.

a + v –b Assim p é a potência absorvida


(ou dissipada) pelo elemento.
i
p>0
2. Neste caso, a tensão indica o trabalho necessário para mover uma carga
positiva no sentido oposto ao do indicado pela corrente.
Assim p é a potência fornecida
a– v + b
(ou suprida) pelo elemento.
i p<0

(3) Nilsson, 2008 15


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Convenção Passiva

1. Na convenção passiva, a tensão indica o trabalho necessário para mover


uma carga positiva no sentido indicado pela corrente.

a + v –b Assim p é a potência absorvida


(ou dissipada) pelo elemento.
i
p>0
2. Neste caso, a tensão indica o trabalho necessário para mover uma carga
positiva no sentido oposto ao do indicado pela corrente.
Assim p é a potência fornecida
a– v + b
(ou suprida) pelo elemento.
i p<0

(3) Nilsson, 2008 16


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Lei de Ohm e Convenção Passiva

1. Convenção passiva Lei de Ohm

a b
𝒗 = 𝒊𝑹
i + v –

2. Convenção não passiva

a b
𝒗 = −𝒊𝑹
i – v +

(3) Nilsson, 2008 17


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Lei de Ohm e Convenção Passiva

1. Convenção passiva Lei de Ohm

a b
𝒗 = 𝒊𝑹 𝒊 = 𝒗𝑮
i + v –
Condutância
1
2. Convenção não passiva 𝐺=
𝑅

a b
𝒗 = −𝒊𝑹 𝒊 = −𝒗𝑮
i – v +
Condutância

(3) Nilsson, 2008 18


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Potência e Convenção Passiva

1. Convenção passiva Cálculo da Potência

a + v –b
𝒑 = 𝒗𝒊 p>0
i

2. Convenção não passiva

a– v + b
𝒑 = −𝒗𝒊 p<0
i

𝒑𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒂𝒃𝒔𝒐𝒓𝒗𝒊𝒅𝒂 = −𝒑𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒔𝒖𝒑𝒓𝒊𝒅𝒂

(3) Nilsson, 2008 19


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Potência e Convenção Passiva no RESISTOR

1. Convenção passiva Cálculo da Potência

a b
𝒑 = 𝒗𝒊 = 𝑹𝒊 𝒊 ⇒ 𝒑 = 𝑹𝒊𝟐
i + v –

2. Convenção não passiva

a b
𝒑 = −𝒗𝒊 = − −𝑹𝒊 𝒊 ⇒ 𝒑 = 𝑹𝒊𝟐
i – v +

Nos Resistores, independentemente da polaridade da tensão


e da direção da corrente, p > 0.
(3) Nilsson, 2008 20
Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Potência e Convenção Passiva no RESISTOR

1. Convenção passiva Cálculo da Potência

a b 𝒗 𝒗𝟐
𝒑 = 𝒗𝒊 = 𝒗 ⇒ 𝒑=
𝑹 𝑹
i + v –

2. Convenção não passiva

a b 𝒗 𝒗𝟐
𝒑 = −𝒗𝒊 = −𝒗 − ⇒ 𝒑=
𝑹 𝑹
i – v +

Nos Resistores, independentemente da polaridade da tensão


e da direção da corrente, p > 0.
(3) Nilsson, 2008 21
Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Potência e Convenção Passiva no RESISTOR

1. Convenção passiva Cálculo da Potência

a b 𝒊𝟐
𝒑= 𝑮𝒗𝟐 𝒑=
i + – 𝑮
v
Condutância

2. Convenção não passiva

a b 𝒊𝟐
𝒑 = 𝑮𝒗𝟐 𝒑=
+ 𝑮
i – v
Condutância

1
𝐺=
𝑅

(3) Nilsson, 2008 22


Modelagem de um Circuito
Modelagem – Exemplo
de Circuitos EEL –
Elétricos –2.4 Nilsson (2008)
105

Construção de um modelo de circuito para uma lanterna

(3) Nilsson, 2008 23


Modelagem de um Circuito
Modelagem – Exemplo
de Circuitos EEL –
Elétricos –2.4 Nilsson (2008)
105

Construção de um modelo de circuito para uma lanterna

Uma pilha alcalina mantém uma tensão


razoavelmente constante no terminal, se a
demanda de corrente não for excessiva.

Fonte Ideal de Tensão

Fonte constante e igual a soma


dos valores de 2 pilhas

(3) Nilsson, 2008 24


Modelagem de um Circuito
Modelagem – Exemplo
de Circuitos EEL –
Elétricos –2.4 Nilsson (2008)
105

Construção de um modelo de circuito para uma lanterna

Modelar a lâmpada como


um resistor ideal

Apesar de ser o responsável pela quantidade


de energia elétrica convertida em térmica,
não prevê quanto da energia térmica é
convertida em energia luminosa

(3) Nilsson, 2008 25


Modelagem de um Circuito
Modelagem – Exemplo
de Circuitos EEL –
Elétricos –2.4 Nilsson (2008)
105

Construção de um modelo de circuito para uma lanterna

Modelar a lâmpada como


um resistor ideal

Prevê a drenagem contínua


de corrente das pilhas.

(3) Nilsson, 2008 26


Modelagem de um Circuito
Modelagem – Exemplo
de Circuitos EEL –
Elétricos –2.4 Nilsson (2008)
105

Construção de um modelo de circuito para uma lanterna

Modelar o conector como


um resistor ideal

Propriedades mecânicas são mais


importantes do que as elétricas.

(3) Nilsson, 2008 27


Modelagem de um Circuito
Modelagem – Exemplo
de Circuitos EEL –
Elétricos –2.4 Nilsson (2008)
105

Construção de um modelo de circuito para uma lanterna

Modelar o invólucro como


um resistor ideal

Finalidade mecânica e elétrica

(3) Nilsson, 2008 28


Modelagem de um Circuito
Modelagem – Exemplo
de Circuitos EEL–
Elétricos –2.4 Nilsson (2008)
105

Construção de um modelo de circuito para uma lanterna

Modelar o interruptor como


uma chave ideal

Ligado (ON): Não oferece resistência à corrente


(curto-circuito, R = 0)
Ligado (OFF): Oferece resistência infinita à corrente
(circuito aberto)

(3) Nilsson, 2008 29


Modelagem de um Circuito
Modelagem – Exemplo
de Circuitos EEL –
Elétricos –2.4 Nilsson (2008)
105

Construção de um modelo de circuito para uma lanterna

RL = resistência da lâmpada
RC = resistência do conector
R1 = resistência do invólucro
vs = tensão correspondente às duas pilhas

(3) Nilsson, 2008 30


Modelagem de um Circuito
Modelagem – Exemplo
de Circuitos EEL –
Elétricos –2.4 Nilsson (2008)
105

Construção de um modelo de circuito para uma lanterna

Três componentes físicos muito diferentes –


lâmpada, mola e invólucro – representados
pelo mesmo elemento de circuito

Resistor

(3) Nilsson, 2008 31


Modelagem de um Circuito
Modelagem – Exemplo
de Circuitos EEL –
Elétricos –2.4 Nilsson (2008)
105

Construção de um modelo de circuito para uma lanterna

O calor produzido no invólucro


(efeito indesejado ou parasita) drena energia
das pilhas e não produz resultado útil

Modelo não representa adequadamente o sistema

(3) Nilsson, 2008 32


Modelagem de um Circuito
Modelagem – Exemplo
de Circuitos EEL –
Elétricos –2.4 Nilsson (2008)
105

Construção de um modelo de circuito para uma lanterna

A modelagem requer aproximações:


• Interruptor ideal (R = 0)
• Mola exerce pressão adequada, eliminando
qualquer resistência de contato
• Fonte ideal - sem dissipação de energia nas
pilhas = perda interna desprezível (RS = 0)

(3) Nilsson, 2008 33


Modelagem de um Circuito
Modelagem – Exemplo
de Circuitos EEL –
Elétricos –2.5 Nilsson (2008)
105

Construção de um modelo de circuito baseado em medições em terminais

(3) Nilsson, 2008 34


Modelagem de um Circuito
Modelagem – Exemplo
de Circuitos EEL –
Elétricos –2.9 Nilsson (2008)
105

Construção de um modelo de circuito baseado em medições em terminais

a) Construa um modelo de circuito para o dispositivo dentro do quadrado.


b) Usando esse modelo determine a potência que esse dispositivo fornecerá a
um resistor de 10 Ω.

(3) Nilsson, 2008 35


Exemplos – Nilsson
Modelagem(2008)
de Circuitos Elétricos – EEL 105

Para o circuito mostrado, responda as questões:

a) Qual é o valor de α requerido para que a conexão seja válida?


b) Para o valor de α calculado na parte (a), determine a potência associada à
fonte de 25 V.

(3) Nilsson, 2008 36


Exemplos – Nilsson
Modelagem(2008)
de Circuitos Elétricos – EEL 105

Para cada circuito a seguir, responda as questões:

a) Calcule os valores de tensão e corrente.


b) Determine a potência consumida pelo resistor e fornecida pela fonte.

(3) Nilsson, 2008 37


Exemplos – Nilsson
Modelagem(2008)
de Circuitos Elétricos – EEL 105

Para o circuito mostrado, responda as questões:

a) Se 𝑣𝑔 = 1 𝑘𝑉 e 𝑖𝑔 = 5 𝑚𝐴, determine o valor de R e a potência absorvida pelo resistor.

b) Se 𝑖𝑔 = 75 𝑚𝐴 e a potência liberada pela fonte de tensão é –3 W, determine 𝑣𝑔 , R e a


potência absorvida pelo resistor.

c) Se R = 300 Ω e a potência absorvida pelo resistor é 480 mW, determine 𝑣𝑔 e 𝑖𝑔 .

(3) Nilsson, 2008 38


Modelagem de Circuitos Elétricos – EEL 105

Referências Bibliográficas

(1) BOYLESTAD, Robert L., Introdução à Análise de Circuitos, Editora Prentice-Hall do Brasil,
12ª edição, 2012.
(2) ALEXANDER, Charles K.; SADIKU, Matthew N. O., Fundamentos de Circuitos Elétricos,
Editora McGraw Hill, 5ª edição, 2013.

(3) NILSSON, James W.; RIEDEL, Susan A., Circuitos Elétricos, Editora Pearson - Prentice Hall,
8ª edição, 2008.

(4) JOHNSON, David E.; HILBURN, John L.; Johnson, Johnny R., Fundamentos de Análises de
Circuitos Elétricos, Prentice Hall do Brasil, 4ª edição, 1994.

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