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AO DOUTO JUIZO DO DIREITO DO TRABALHO DA _______ VARA DO

TRABALHO DA COMARCA DE SÃO LUIS/MA

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA - Lei 1.060/50

PAULO ROBERTO PEREIRA SANTOS, brasileiro, (estado civil),


desempregado, portador da Cédula de Identidade nº 021761512002 - 7
SSP/MA, CPF, nº º 037.276.653-60, CTPS Nº 094304, SERIE 00025-MA,
(email), residente e domiciliado à Rua 2ª Travessa Alberto Sales, nº 04, Sá
Viana, São Luís - MA, CEP: 65.080-01, vem respeitosamente diante de Vossa
Excelência, por meio de seu procurador, conforme procuração em anexo,
propor a presente:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em desfavor, de W. DE LIMA ALVES (VETERINÁRIA MOBI DICK), inscrita no


CNPJ Nº: 21.033.341/0001-33, com Endereço Comercial à R. Euclides Farias,
nº 62, Cohama, São Luís/MA, CEP Nº 65074-080, ao lado do Supermercado
Maciel, na pessoa de seu representante legal, pelos fatos e fundamentos que
passa a expor a seguir:

I - DA JUSTIÇA GRATUITA
A Reforma Trabalhista, em seu art.790, trouxe expressamente o cabimento do
beneficio à gratuidade de justiça a dispor:

§ 4º o beneficio da justiça gratuita será concedida a parte


que comprovar a hipossuficiência de recursos para
pagamento das custas do processo (incluído pela lei nº
13.467, de 2017).

Assim, considerando que a renda do Reclamante gira em torno de um salário


mínimo, tem-se por insuficiente para cumprir com todas as obrigações
alimentares e para a subsistência de sua família, em especial.

Trata-se da necessária observância a princípios constitucionais indispensáveis


preconizados no art., 5º, inciso XXXV da Constituição Federal, pelo qual
assegura todos os direitos de acesso a justiça em defesa de seus direitos,
independente dos pagamentos de taxas.

Tal princípio veio novamente positivado no Código de processo Civil de 2015,


que previu expressamente:
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser
formulado na petição inicial, na contestação, na petição
para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.

§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte


na instância, o pedido poderá ser formulado por petição
simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá
seu curso.

§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver


nos autos elementos que evidenciem a falta dos
pressupostos legais para a concessão de gratuidade,
devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a
comprovação do preenchimento dos referidos
pressupostos.

§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência


deduzida exclusivamente por pessoa natural.

Para tanto, faz-se a juntada da declaração de hipossuficiência que possui


presunção de veracidade e só pode ser desconsiderada em face e elementos
probantes suficientes em contrário, porquanto requer desde já, a justiça integral
gratuita.

II - DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS


2.1 DA ADMISSÃO, FUNÇÃO, DISPENSA E RESCISÃO
O reclamante foi admitido no trabalho sem o devido registro na CTPS, como
contrato de experiência em 11 de junho de 2018, e somente obteve o contrato
registrado na CTPS, em 01 de outubro de 2018, com um salário de R$
1.093,04 (um mil, noventa e três reais e quatro centavos), para exercer a
função de auxiliar de serviços gerais.

Durante todo o período em que o reclamante esteve sobre as ordens da


reclamada aquele realizava os serviços contratado como auxiliar de serviços
gerais, e mais ainda, o banho dos animais, bem como ainda auxiliava nos
procedimentos cirúrgicos realizados pelo veterinário, tendo contato com
resíduos e equipamentos cirúrgicos, que por não possuir formação e
conhecimento específico colocavam sua vida em perigo.

O reclamante cumpria sua jornada de trabalho de segunda à sábado, das 8h


da manhã às 20h da noite, sendo, inclusive, responsável pelo fechamento do
estabelecimento comercial.

Cumpre esclarecer que nos feriados a clínica veterinária funcionava das 8h da


manhã às 18h da tarde e o requerente prestava os serviços de forma normal,
recebendo como pagamento apenas o valor de R$ 50,00 (cinquenta reais), “por
fora”, sem constar no registro da CTPS.
Desde a admissão do reclamante em 11 de junho de 2018 até 30 de setembro
de 2018, o reclamante tinha 02 (duas) horas de intervalo de almoço, mas assim
que houve o registro na CTPS, em 01 de outubro de 2018, esse intervalo foi
reduzido para 01 hora, a ser realizado no estabelecimento, sem nenhuma
justificativa por parte do empregador.

Diante de todas as mudanças que houve, o reclamante relata ainda que foi
instruído pela reclamada a pedir demissão, mas o mesmo se negou e foi
demitido sem justa causa e sem receber nenhuma comunicação formal da
dispensa, apenas sendo informado verbalmente pela reclamada que não
precisava mais de seus serviços em 02 de marco de 2019, tendo ainda
permanecido exercendo suas funções laborais na empresa até o dia 11 de
março de 2019.

A reclamada finalizou o contrato sem comunicar sobre o aviso prévio


indenizado, permitiu que o reclamante permanecesse trabalhando por mais 09
(nove) dias, não realizou o depósito do FGTS do período laborado e não pagou
as férias proporcionais ao tempo de serviço prestado e repassou a caráter de
rescisão contratual somente o valor de R$ 716, 07 (setecentos e dezesseis
reais e sete centavos), valor totalmente incorreto de acordo com os cálculos
realizados e os direitos adquiridos.

Diante desse desrespeito e total descumprimento com relação aos direitos


garantidos como trabalhador, faz-se necessário a busca do judiciário, para que
haja a efetiva garantia dos direitos adquiridos pelo reclamante.

2.2 DO RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO E


RETIFICAÇÃO DA CTPS
O reclamante sempre cumpriu com as determinações da reclamada mediante
remuneração pactuada, preenchendo todos os requisitos necessários para
reconhecimento do vínculo empregatício previsto no art. 3º da CLT.

Art. 3º da CLT: considera-se empregado toda pessoa


física que prestar serviço de natureza não eventual, a
empregador sob a dependência deste e mediante salário.

Em contrapartida, a reclamada não realizou o registro na CTPS desde o início


da realização contratual, o que deveria ter ocorrido, no máximo a partir do dia
10 de setembro de 2018, após os 90 dias de experiência, conforme declaração
em que afirma o vínculo empregatício com a pessoa jurídica W. de Lima Alves,
exercendo a função de serviços gerais desde o dia 11 de junho de 2018, com
uma jornada de 48 horas semanais.

Diante de tais elementos probatórios deve-se reconhecer o vínculo


empregatício, conforme documentação fornecida pelo empregador, e retificar a
data de registro da CTPS a partir da data de admissão do reclamante.

2.3 DA JORNADA DE TRABALHO - HORAS EXTRAS


Desde a sua admissão, o reclamante sempre prestou serviços em horários
extraordinários, visto que estava à disposição da reclamada de segunda à
sábado, das 08h da manhã às 20h da noite.

No início do contrato o reclamante tinha direito a duas horas regulamentares,


para almoço, depois do registro da CTPS, essa hora foi reduzida para apenas
uma hora de intervalo para almoço, realizado no estabelecimento comercial,
além de trabalhar também nos feriados, das 08h às 18h.
 
Assim, resta configurado que o reclamante realizava na primeira parte do
contrato 02 (duas) horas extras diárias e após o registro da CTPS houve ainda
um aumento das horas extras para 03 (três) horas diárias.
 
Toda vez que o empregado prestar serviços ou permanecer à disposição do
empregador após esgotar-se a jornada normal de trabalho, haverá trabalho
extraordinário, que deverá ser remunerado com o adicional de, no mínimo, 50%
superior ao da hora normal.
 
Ressalta-se que o reclamante possuía uma jornada diária além do limite legal
da duração de trabalho normal, que são de 08 horas diárias, já que sua jornada
diária de labor ficou entre 10 e 11 horas diárias. O que gerava entre 02 (duas) e
03 (três) de horas extras por dia.
 
Por realizar 03 horas extras diárias, o Reclamante deveria ter recebido as 02
(duas) primeiras horas extras a 50,00% e a excedente deveriam ser calculada
sobre o percentual de 100,00%, o que não ocorreu.
 
Conforme o artigo 7º, XVI e artigo 58 da NOVA CLT, são devidas as horas
extras ao empregado que trabalhou além da duração normal do trabalho.
 
Como fundamentação jurídica, não resta dúvidas que foi violado o direito do
empregado a ser recompensado por seu trabalho suplementar realizado.
 
Neste sentido, é o julgado a seguir transcrito:

(PROCESSO: 0000393-02.2012.5.04.0281 RO)


EMENTA. INTERVALOS INTRAJORNADA.
CONCESSÃO PARCIAL.Intervalos devidos
pelo período integral previsto em lei. Adoção
da Súmula n. 437, item I, do
TST. ACÓRDÃO por unanimidade de votos,
dar parcial provimento ao recurso da
reclamante para: a) condenar a reclamada a
retificar a CTPS da trabalhadora, para que nela
conste o exercício da função de secretária e o
salário inicial de R$ 585,93; b) condenar a
reclamada ao pagamento de diferenças de
férias com 1/3, 13º salários, horas extras,
adicional noturno, FGTS e indenização de
40%, pela integração ao salário dos valores
pagos extrafolha a contar de julho de 2009; c)
elastecer a condenação imposta no item c do
dispositivo da sentença a dois sábados por
mês; d) fixar o adicional de horas extras em
50% para asduas primeiras horas diárias e de
100% para as demais; [...] Negritei.

 
Os adicionais de 100% previstos na legislação para as horas trabalhadas em
dias de repousos, feriados e pontos facultativos, devem ser pagos,
independentemente do pagamento do repouso já remunerado pelo salário
mensal e das horas propriamente laboradas, situação que não foi observada
pela empregadora.
 
 Veja bem Excelência, é devida tal adicional de 100% de horas sobre os dias
de repouso trabalhado, eis que está previsto na legislação, bem como na
norma coletiva juntada aos autos.

 
Por fim, o reclamante faz jus ao recebimento do adicional de horas extras com
seus devidos reflexos legais, ou seja, o reflexo em repousos semanais
remunerados, férias acrescidas de 1/3, décimo terceiro salário e FGTS com
multa de 40%.
 
Portanto, requer o reclamante o pagamento das horas extras com reflexos em
repousos remunerados, e, após o computo de todos estes valores, em férias,
décimo terceiro e aviso prévio.

2.4 DO TRABALHO EM REPOUSOS SEMANAIS REMUNERADOS PAGOS


EM DOBRO
O reclamante trabalhou sábados durante toda a contratualidade, sendo que
pode ser verificado pela documentação juntada que não recebeu pelas horas
trabalhadas, fazendo assim jus ao pagamento e seu cômputo no salário para
efeito das horas extras trabalhados aos sábados, horas extras, férias, 13º
salários e aviso prévio.
 
É neste sentido o entendimento do nosso Tribunal do Trabalho, senão
vejamos:

PROCESSO: 0000580-59.2012.5.04.0103 RO -
EMENTA. HORAS EXTRAS. TRABALHO EM
REPOUSOS SEMANAIS REMUNERADOS E
FERIADOS.Hipótese em que se verifica a
exigência de labor por mais de sete dias
consecutivos sem a concessão de folga ou
pagamento da jornada suplementar. Horas
extras devidas em face do labor em repousos
semanais remunerados e feriados. Aplicação
da OJ nº 410 DA SDI-I do TST 

E ainda, tendo em vista que não recebeu sequer de forma simples pelo
trabalho prestado, necessário se faz o recebimento em dobro destes dias, com
reflexos em férias, 13º salários e aviso prévio.
 
Corroborando com este entendimento, colaciona-se julgado que segue:

PROCESSO: 0000479-80.2011.5.04.0871 RO
EMENTA. DOMINGOS E FERIADOS
LABORADOS. PAGAMENTO EM
DOBRO. Labor em domingos e feriados, sem a
correspondente folga até o sétimo dia
consecutivo, autoriza o deferimento do
pagamento em dobro. Aplicação da Súmula
146 do TST e da Orientação Jurisprudencial
410 da SDI - 1 do TST. (Grifo meu)

2.5 DO FGTS
Em todo o período da contratualidade o reclamante não recebeu os depósitos
do FGTS em valores diversos aos devidos, tendo em vista o vínculo
empregatício entre o mesmo e a reclamada, conforme extrato de conta do
fundo de garantia do reclamante anexado a este instrumento.
 
Sendo assim, faz jus o reclamante ao recebimento dos depósitos do FGTS dos
pedidos supra expostos, com pagamento de juros e correção monetária.
 
Deve ainda ser recolhido o FGTS de toda a contratualidade sobre os pedidos
deferidos na presente.
 
2.6 DAS VERBAS RESCISÓRIAS
Quanto as verbas rescisórias, afere-se parcial adimplemento, conforme
recibo anexado pelo reclamante.

Em consonância com os cálculos rescisórios não houve a quitação total dos


direitos trabalhista decorrente do encerramento do contrato, deste modo, mister
que haja a condenação em férias proporcionais, mais 1/3 constitucional; 13º do
salário proporcional; FGTS do mês da rescisão e multa de 40%, conforme
tabela abaixo.

AVISO PREVIO R$ 1.093,04


FGTS R$ 786,98
MULTA DE 40% R$ 314,79
FÉRIAS 2018 R$ 546,52
1/3 DE FÉRIAS 2018 R$ 182,17
FÉRIAS PROPOCIONAL 2019 R$ 273,26
1/3 DE FÉRIAS PROPOCIONAL 2019 R$ 91,08
09 DIAS TRABALHADO R$ 327,91
TOTAL R$ 3.287,84

 
Tais verbas deverão ser pagas na primeira audiência, sob pena de ser aplicado
o artigo 467 da NOVA CLT.

2.7 DA MULTA DO ART. 467 E DO ART. 477, § 6º


No mais, a restar incontroverso, já na primeira audiência, que não houve
pagamento total da verba rescisória, o que permitira a necessária incidência da
multa prevista no art. 467, da NOVA CLT, que assim dispõe:

Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de


trabalho, havendo controvérsia sobre o
montante das verbas rescisórias, o
empregador é obrigado a pagar ao
trabalhador, à data do comparecimento à
Justiça do Trabalho, a parte incontroversa
dessas verbas, sob pena de pagá-las
acrescidas de cinquenta por cento.

Ainda devido ao inadimplemento do empregador, deverá incidir a multa prevista


no § 8, decorrente no § 6º, do art. 477, da NOVA CLT, que assim dispõe:
 

CLT - Art. 477 - § 6º A entrega ao empregado


de documentos que comprovem a
comunicação da extinção contratual aos
órgãos competentes bem como o pagamento
dos valores constantes do instrumento de
rescisão ou recibo de quitação deverão ser
efetuados até dez dias contados a partir do
término do contrato. 

a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato;


ou
 
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da
demissão, quando da ausência do aviso prévio,
indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.
(grifou-se e sublinhou-se).
 
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo
sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador,
bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado,
em valor equivalente ao seu salário, devidamente
corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando,
comprovadamente, o trabalhador der causa à
mora. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989).

Nesse tocante, como perfeitamente relatado pela Excelentíssima


Desembargadora VIVIANE COLUCCI, em Acórdão proferido no RO 00153-
2011-015-12-00-1-22, em que foi acompanhada a unanimidade, tem-se que:
 
A multa prevista no § 8º do art. 477 da NOVA CLT é passível de aplicação
nas hipóteses de reconhecimento judicial do vínculo de emprego. A não
aplicação da penalidade, além de premiar o empregador que não procede à
formalização da contratação de seus empregados, é destituída de justificativa
de ordem legal. 

2.8 DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS


São devidos honorários advocatícios, conforme preceitua o
art. 133 da Constituição Federal, bem como o artigo 85 do NCPC e o
artigo 22 da Lei 8.906/94.

Deve ainda considerar que o artigo 133 da CF preceitua que o advogado é


indispensável à administração da justiça.

Ainda o artigo 85 do NCPC estabelece que a sentença condenará o vencido a


pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios.
Por sua vez o artigo 22 da Lei 8906/94 que disciplina o Estatuto da Advocacia,
dispõe que a prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o
direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e
aos de sucumbência.
 
A Lei 5.584/70 não deve ser interpretada de forma a restringir os direitos dos
trabalhadores, mormente em face da proteção jurídica destinada aos direitos
laborais. Com efeito, a exigência de intervenção sindical nas lides trabalhistas
implica renegar ao trabalhador o direito de escolher o melhor profissional para
a defesa de sua causa e, ainda, deixa o empregado não abrangido por
assistência sindical à margem das disposições constitucionais de que tratam os
incisos XXXV e LXXV da Constituição Federal.
 
Assim, coexistem as disposições das Leis 5.584/70 e 1.065/50, com o fito de
propiciar aos trabalhadores os mesmos direitos de qualquer cidadão, devendo
ser observados os requisitos deste último diploma quando o empregado não for
patrocinado por advogado devidamente credenciado junto ao sindicato
profissional.
 
Deste modo, não obstante a inexistência de credencial sindical, sendo o
Reclamante beneficiário da justiça gratuita, deve ser deferidos honorários
advocatícios, em percentual a ser arbitrado pelo juízo sobre a condenação.
 
Cabe ainda referir que a partir da vigência da Emenda Constitucional de
número 45, vigora o princípio da sucumbência, em virtude da ampliação da
competência da Justiça do Trabalho, fazendo jus a parte autora ao pagamento
de honorários advocatícios de no mínimo 15% sobre o valor bruto da
condenação. Registro, ainda, que, após a vigência da referida Emenda
Constitucional, todo o regulamento anterior, como é o caso da Lei 5584/70, que
regula o pagamento de honorários de Assistência Judiciária, bem como as
Súmulas 219 e 329 do Col. TST foram revogados.

III - DOS PEDIDOS


Ante o exposto, o Reclamante vem requerer de Vossa Excelência:
 
1. a concessão da gratuidade de justiça, nos termos da CF; da Lei nº
1.060/50; do art. 98 do CPC/15 e do art. 790 da CLT, por não possuir
condições de arcar com às custas processuais e honorários advocatícios sem
prejuízo do sustento próprio e de sua família, conforme declaração juntada aos
autos;

2. a citação do reclamado, no endereço registrado no preâmbulo desta


petição, para, se querendo, contestar a presente ação sobre pena de revelia;

3. que julgue totalmente procedente a presente reclamação trabalhista


para condenar o reclamado:

3.1 a pagar ao requerente as horas extras, bem como as horas inter


jornadas, excedentes da 8ª diária e 44ª semanal, observada a jornada de
trabalho, acrescidas do adicional de 50% e 100%, com sua integralização
ao salário para todos os efeitos legais, bem como a repercussão das
horas extras do repouso semanal remunerado, nas férias, no décimo
terceiro, no FGTS e 40%, no aviso prévio, acrescidos de juros e correção
monetária, na forma da lei, a ser apurado mediante cálculo feito pela
Contadoria Judicial em sede de liquidação de sentença;

3.2 a pagar o depósito do FGTS, na forma da lei devidamente atualizado,


cumulado com as multas previstas no art. 22 da lei 8.036/90 e 467 da CLT;

3.3 retificar na CTPS todas as anotações devidas, sendo que as


comissões pagas “por fora” devem ser consideradas para fins de cálculo
de horas extras, 13º salários, férias proporcionais, 1/3 de férias, aviso
prévio, e o saldo devedor da rescisão contratual;

3.4  a pagar o FGTS sobre os pedidos e diferenças de todo o período


contratual, acrescido de multa de 40%, conforme legislação vigente;
  
3.5  a pagar as custas processuais e honorários advocatícios de
sucumbência sobre o valor da condenação, em percentual a ser arbitrado
por Vossa Excelência, em consonância com o disposto no art. 133 da
Constituição Federal e Lei 8;906/94;
  
4. que seja determinado prazo para o reclamado juntar aos autos recibos
de pagamentos, fichas financeiras, comprovantes de depósito do FGTS e
todos os demais documentos inerentes ao contrato de trabalho celebrado
com o Reclamante em posse do reclamada, sob pena de multa diária;
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidos, especialmente, pelo depoimento pessoal do reclamado, além
de prova testemunhal, documental, pericial e juntada posterior de
documentos e outras que se fizerem necessárias no decorrer da demanda.
 
 
Dá-se a causa o valor de R$

 
Termos em que,
 
Pede Deferimento.

São Luís/MA, 08 de julho de 2021

ADVOGADO

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