SEMANA 07 –Termodinâmica

Olá, estudante!! Nesta semana iremos iniciar nossos estudos dos efeitos da variação da temperatura nos
corpos. Iremos estudar as Introdução à Termodinâmica. Para que você possa organizar a leitura e a
execução da atividade siga estas etapas:
1. Faça uma primeira leitura destacando as palavras que você não sabe o significado;
2. Em seguida, pesquise em um dicionário ou na internet o significado destas palavras;
3. Refaça a leitura e desta vez fazendo suas anotações. (resumo, mapa mental, diagramas);
4. Faça a leitura das páginas 107 e 124 do livro didático de Física.
5. Em seguida, responda as questões da atividade proposta no final deste material!

Introdução
OBS: Seja o mais claro
A termodinâmica possível
é uma área em suas respostas
da Física e justifique
que estuda as mesmas!!
as transferências de energia. Busca compreender
as relações entre calor, energia e trabalho, analisando quantidades de calor trocadas e os trabalhos
Leia o material
realizados em umeprocesso
estude osfísico.
exemplos resolvidos para depois responder a atividade proposta. Bom Estudo!!
^^ A ciência termodinâmica foi inicialmente desenvolvida por pesquisadores que buscavam uma forma de
aprimorar as máquinas, no período da Revolução Industrial, melhorando sua eficiência.
Esses conhecimentos se aplicam atualmente em várias situações do nosso cotidiano. Por exemplo:
máquinas térmicas e refrigeradores, motores de carros e processos de transformação de minérios e
derivados do petróleo.
O estudo da termodinâmica parte do que conhecemos como Leis da Termodinâmica, que dizem
como a energia pode ser transferida de um sistema para outro na forma de calor ou trabalho.

1a Lei da Termodinâmica
Em uma situação geral, processos termodinâmicos podem envolver simultaneamente troca de energia
por calor [Q] e por trabalho [W]. A primeira lei da termodinâmica leva em conta essas duas formas de energia
em trânsito (saem ou entram no sistema) e afirma que a energia total deve ser conservada:

Podemos Enunciar a Primeira Lei da Termodinâmica da seguinte forma:

“Para qualquer processo em que se acrescenta calor [Q] a um sistema e trabalho
[W] é realizado pelo sistema, a energia resultante transferida, (Q – W), é igual à
variação de energia interna [ΔU] do sistema.”
ΔU = Q – W
Em outras palavras:
“O calor recebido por um sistema é igual à soma entre a variação da energia
interna do sistema e o trabalho efetuado pelo sistema.”

Chamamos a 1ª Lei da Termodinâmica de princípio da conservação de energia aplicada à termodinâmica, o

que torna possível prever o comportamento de um sistema ao sofrer uma transformação termodinâmica

O que é Energia Interna [U]

Para entender o conceito de energia interna de um corpo (simbolizada por U), é importante termos uma
noção microscópica da matéria; quais são os constituintes básicos da matéria e as interações entre os mesmos
e o conceito de temperatura.
Qualquer corpo (matéria) é constituído por átomos e moléculas, que estão “grudados” entre si por
ligações químicas. Embora existam diferentes tipos de ligações químicas (iônica, covalente, etc.), todas elas
são de natureza eletromagnética. Dependendo da temperatura, há diferentes formas desses átomos vibrarem,
girarem em torno do seu centro de massa, entre outras formas de se mexerem. A isto, chamamos de agitação
térmica.
Quanto maior a temperatura, maior a amplitude e as formas de agitação. Os sólidos, por exemplo, podem
ser modelados por uma coleção de átomos unidos por molas. Cada átomo pode vibrar em relação à sua
posição de equilíbrio.
No caso dos fluidos (líquidos e gases), a estrutura fundamental são moléculas. Além dos movimentos de
vibração dos átomos que os constituem, é preciso levar em conta os movimentos das moléculas uma em
relação às outras. No caso de gases, elas podem “caminhar” quase que livremente em um recipiente, colidindo
eventualmente com outras moléculas e com as paredes do recipiente.
As energias cinéticas de translação (caso dos gases) e a energia de ligação (cinética vibracional mais o
potencial) entre átomos e ou moléculas definem a energia interna do corpo. Por outro lado, essa energia interna
está relacionada com a sua temperatura. Por conta disto, é comum alguns autores afirmarem que a
temperatura é uma grandeza que mede o grau de agitação de um corpo. Não se trata de uma definição precisa
de temperatura, mas dá uma noção do que ela é.
É certo que quando um corpo recebe calor, a energia interna aumenta, aumentando o grau de agitação
térmica. No entanto, nem sempre isto reflete num aumento de temperatura do corpo. Dependendo das
condições, a energia recebida pode quebrar a ligação entre as moléculas do sólido, de forma que elas podem
se tornar líquido ou gasoso. Se o corpo em estado líquido ou gasoso ceder calor, pode se tornar um sólido.
Nessas situações específicas, a troca de calor levou a uma transição de fase do corpo, com a sua temperatura
permanecendo constante.
De uma forma geral, exceto por algumas anomalias, o aumento da temperatura causa aumento na
energia interna, o que causa maior amplitude de agitação térmica. Como resultado macroscópico, observamos
a dilatação térmica do corpo.

O que é Trabalho [W]

Na Física o trabalho [W] é definido como sendo a transferência de energia mediante ação de uma ou
mais forças que agem num corpo, onde este sofre um certo deslocamento na direção dessa força. Na
termodinâmica, o conceito de trabalho também tem esse mesmo significado físico.

Análise dos sinais

Quando utilizarmos a relação matemática da Primeira Lei da Termodinâmica devemos
identificar o tipo de processo que está ocorrendo pois ele indicara o sinal, positivo ou negativo,
que iremos empregar.

ΔU – será positivo, se a temperatura do sistema aumentar;

ΔU – será negativo, se a temperatura do sistema diminuir;

Q – Será positivo, se o sistema absorver calor do meio externo;

Q – Será negativo, se o sistema ceder calor ao meio externo;

W – Será positivo, se o sistema se expandir, realizando trabalho sobre o meio externo;

W– Será negativo, se o sistema se contrair, recebendo trabalho do meio externo.

Segunda Lei da Termodinâmica

Se num dia de calor para você quiser tomar um copo d’água um pouco mais fria do que a temperatura
em que sai do filtro naturalmente, uma possibilidade é por um ou dois cubos de gelo dentro do copo. Com esse
raciocínio, mostramos que nossa própria intuição nos diz que vai haver uma troca de calor entre a água e os
cubos de gelo.
Além disso, a água, mais quente, deverá perder calor e enquanto que os cubos de gelo, mais frios,
deverão ganhar calor.
Agora pergunto: Seria possível espontaneamente, por algum motivo desconhecido, os cubos de gelo
aquecerem a água? Acreditamos que não. Note que na pergunta foi utilizado o termo “espontaneamente”, pois,
em nossas geladeiras, por exemplo, há um processo de transformação termodinâmica onde o calor passa de
uma fonte mais fria para outra mais quente.
 Explicação prática: o processo ocorrido na geladeira não é espontâneo, pois, existe a realização de
trabalho por parte do motor da mesma que força o fluxo de calor a inverter seu processo natural.
Agora, vamos enunciar a 2ª lei da Termodinâmica (ou Segundo Princípio da Termodinâmica), que será
apresentada em suas duas formas:

1ª forma: enunciada por Clausius (Rudolf Clausius, 1822 – 1888)

“O Calor não passa espontaneamente de um corpo para outro mais quente.”

2ª forma: enunciada por Kelvin (Lord Kelvin, 1824 – 1907) e Planck (Max Planck,
1848 – 1947)
“Torna-se impossível a construção de uma máquina, com operação cíclica, que retire
calor de uma fonte e converta integralmente em trabalho.”

Máquinas Térmicas
Foi visto na aula anterior que para sistemas cíclicos no sentido horário, torna-se possível a transformação
de calor em trabalho. Porém, obedecendo a 2ª lei da Termodinâmica, são necessárias duas fontes, uma mais
quente e outra mais fria, para que ocorra a realização de trabalho.
Quando o ciclo opera de uma fonte mais quente para outra mais fria, denominamos de Máquinas
Térmicas e o inverso de Máquinas Frigoríficas, apesar de ambas serem Máquinas Térmicas. Vamos trabalhar
inicialmente com as Máquinas Térmicas.
O esquema ao lado representa uma Máquina Térmica que, através de um processo termodinâmico, retira
(recebe) uma Quantidade de Calor Q1 da fonte com temperatura T1, realiza uma quantidade de trabalho W e
rejeita (cede) uma Quantidade de Calor Q2 para a fonte com temperatura T2, sendo que T1 > T2.
Em Física definimos a grandeza Rendimento como sendo a razão da Energia Útil pela Energia Total de um
sistema.

No caso das Máquinas Térmicas, a Energia Útil equivale ao

Trabalho realizado e a Energia Total a Quantidade de Calor
recebida. Matematicamente, podemos expressar o Rendimento
como segue:

Lembrando que W = Q1 – Q2, temos que:

Obs.: o rendimento é uma grandeza adimensional, sendo

Certamente entre as máquinas térmicas

geralmente dado em porcentagem.
mais conhecidas, está a Locomotiva a
Vapor, ou simplesmente denominada de
uma forma carinhosa como “Maria
Fumaça”, onde a fonte de calor é uma
caldeira alimentada pela queima de lenha
e a fonte que recebe o calor rejeitado
através da fumaça, que sai pela chaminé,
a própria atmosfera, sendo o Trabalho
utilizado para mover a locomotiva.
Com Calcular? Suponha que ao receber uma quantidade de calor Q=50J, um gás realiza um trabalho igual a W =
12J, sabendo que a Energia interna do sistema antes de receber calor era U0=100J, qual será esta energia interna
final (Uf) após o recebimento?

Vamos utilizar a 1° Lei da Termodinâmica: ΔU = Q – W

Uf – Ui = Q – W
Uf – 100 = 50 -12
Uf = 50 – 12 +100 = 138 J