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TREINAMENTO EM CUIDADOS CLÍNICOS NO

CONTEXTO DA SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA


GRAVE (SRAG)

COVID-19
ATUALIZAÇÃO CLÍNICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

No final deste curso, você será capaz de:

▪ Descrever a apresentação clínica da infecção por COVID-19.


▪ Comparar a infeção por COVID-19 com a MERS, SARS e outros
coronavírus.
▪ Fornecer referências para definição de caso e outras orientações para a
OMS.
COVID-19

Microscópio eletrônico:

A partículas de vírus do
COVID-19

B partículas de COVID-19 no
interior de células epiteliais das
vias aéreas humanas

Na Zhu et al. O COVID-19 de Pacientes com Pneumonia na China, 2019.


CORONAVÍRUS (1/3)

▪ Vírus de RNA de cadeia positiva, grandes e com envelope.


▪ 4 Coronavírus humanos (H)nCoV causam cerca de 10-30% das
infecções das vias respiratórias superiores (IVRS).
▪ SARS-CoV, MERS-CoV & COVID-19 causam graves infecções graves
em humanos.
▪ Outros coronavírus tipo SARS-CoV, foram encontrados em
reservatórios animais, mas ainda não foram detectados em
humanos.
CORONAVÍRUS (2/3)

Características principais dos coronavírus que causam SRAG:

▪ Transmissão entre humanos limitada, predominantemente nosocomial


(MERS > SARS);
▪ Replicação viral no trato respiratório inferior, e
▪ Resposta imune anormal do hospedeiro (regulação positiva de citocinas
pró-inflamatórias).
CORONAVÍRUS (3/3)
RECEPTOR DE LOCALIZAÇÃO DO NÚMERO DE
RESERVATÓRIO TAXA DE CASOS
NOME LIGAÇÃO RECEPTOR CASOS ATÉ A
ANIMAL FATAIS
(predominante) (predominante) DATA*

SARS-CoV Morcegos ACE2 Trato respiratório inferior 8.098 10%

Trato respiratório inferior


MERS-CoV Dromedários DPP4 Trato gastrointestinal, rins 2.494 34%

COVID-19 ? ACE2 Trato respiratório inferior 7.783 ?

Tipo SARS-CoV Morcegos ACE2 (apenas in vitro)

# Ainda sem infeções humanas


* A partir de 30 de janeiro de 2020
DEFINIÇÃO DE CASO
A. Pacientes com síndrome respiratória aguda grave (febre, tosse e necessitando admissão hospitalar), E com
nenhuma outra etiologia que explique o quadro clínico E ao menos uma das seguintes ocorrências:
▪ histórico de viagem para, ou residência na cidade de Wuhan, Província de Hubei, China nos 14 dias
anteriores ao aparecimento dos primeiros sintomas,
OU
▪ paciente é trabalhador da área de saúde e trabalhou em um ambiente onde infeções respiratórias agudas
graves de etiologia desconhecida estão sendo tratadas.
OU
B. Pacientes com qualquer doença respiratória aguda E ao menos uma das seguintes ocorrências:
▪ contato próximo com um caso confirmado ou provável de COVID-19 nos 14 dias anteriores ao início da doença,
OU
▪ em visita ou trabalhando em um mercado de animais vivos em Wuhan, Província de Hubei, China, nos 14
dias anteriores ao início dos sintomas,
OU
▪ trabalhou ou participou em prestação de cuidados de saúde domiciliares nos 14 dias anteriores ao
aparecimento dos sintomas, onde foram relatados casos de infeção hospitalar associados ao COVID- 19.
COVID-19 - TRANSMISSÃO

▪ Aglomerado de casos de pneumonia reportados em Wuhan em 31 de dezembro de


2019, com o 1º caso sintomático em 8 de Dezembro
▪ Casos iniciais associados a um mercado em Wuhan
▪ Disseminação rápida em Wuhan e para muitas outras províncias chinesas, e para
outros países
▪ Transmissão entre humanos ocorre, porém desconhece-se extensão completa
▪ Ocorre transmissão nosocomial para os profissionais de saúde
▪ Disseminação ocorre através de gotículas e contacto
COVID-19 - EPIDEMIOLOGIA*
▪ Idade: 59 anos (15-89)

▪ Homens 56%, mulheres 44%

▪ Exposição a mercado:
▪ antes de 1º de janeiro - 64%

▪ 1 a 11 de Janeiro - 16%

▪ 12 a 22 de janeiro - 6%

▪ Período de incubação 5,2 dias (4,1-7,0 95% CI)

▪ Valor de RO 2,2 (1,4-3,9 95% CI)


*Qun Li, M.Med., Xuhua Guan, Ph.D., Peng Wu, Ph.D., Xiaoye Wang, M.P.H., Lei Zhou,
M.Med., et al. Dinâmica de transmissão precoce em Wuhan, China, de uma nova pneumonia
infectada por coronavírus. DOI: 10.1056/NEJMoa2001316
COVID-19 - COMORBIDADES*

▪ Qualquer comorbidade: 32%

▪ Diabetes 20%

▪ Hipertensão 15%

▪ Doenças cardiovasculares 15%

▪ Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) 2%, malignidade 2%

▪ Doença crônica do fígado (2%)

*do grupo inicial em Wuhan: https://doi.org/10.1016/S0140-


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COVID-19 - ASPECTOS CLÍNICOS
▪ O período de incubação pode ser de 5,2 dias;
▪ pacientes podem ser infecciosos durante esse período
▪ Sintomas iniciais*:
▪ febre (98%),
▪ tosse seca (76%),
▪ fadiga e mialgia (44%),
▪ produção de escarro (28%),
▪ dor de cabeça (8%),
▪ hemoptise (5%),
▪ diarreia (3%)
▪ Sintomas subsequentes:
▪ dispneia (25%)
*do grupo inicial em Wuhan: https://doi.org/10.1016/S0140-
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COVID-19 - INVESTIGAÇÕES*
▪ INVESTIGAÇÕES*:
▪ Sangue:
▪ leucopenia (25%),
▪ linfopenia (63%),
▪ AST elevado (37%)
▪ Radiologia:
▪ anormalidades da TC em todos os pacientes (bilateral em 98%);
▪ consolidação lobular e subsegmentar tipicamente bilateral

*do grupo inicial em Wuhan: https://doi.org/10.1016/S0140-


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COVID-19 - COMPLICAÇÕES

▪ Pneumonia (100%)

▪ SDRA (29%)

▪ RNA viral detectado no sangue (15%)

▪ Lesão cardíaca aguda (12%)

▪ Infecção secundária (10%)

▪ 39% internados em UTI, 10% necessitaram de ventilação mecânica

▪ 68% receberam alta, 15% morreram, 17% permanecem no hospital.

*do grupo inicial em Wuhan: https://doi.org/10.1016/S0140-


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COVID-19 - RESULTADOS

▪ Até 30 de Janeiro, existiam 7783 casos reportados a nível global.


▪ Na China, existem 7.736 casos: 1.370 são graves, 170 mortes e 133 receberam alta.

*Observe que muitos pacientes permanecem no hospital e, portanto, não se pode


descrever com precisão os casos fatais.

Consulte o site para obter informações mais atualizadas:


https://www.who.int/emergencies/diseases/novel- coronavirus-2019
COVID-19 – GESTÃO CLÍNICA

▪ Triagem e reconhecimento precoce (módulo 3).


▪ Manutenção de protocolos PCI rígidos (módulo 1b).
▪ Diagnóstico precoce (módulos 2a e 5).
▪ Medidas de suporte para SRAG e septicemia (módulos 8-10).
▪ Prevenção de complicações (módulo 11).
▪ Não há antivirais eficazes comprovados para COVID-19, mas casos graves podem ser
tratados com antibióticos para possíveis coinfecções (módulo 7).
▪ Os antivirais em investigação devem ser administrados como parte de um ensaio clínico
com protocolos, eticamente aprovado (módulo 15).
Consulte o site: https://www.who.int/emergencies/diseases/novel- coronavirus-2019/technical-guidance
RESUMO
▪ Em dezembro de 2019, um novo coronavírus (COVID-19) iniciou um surto de pneumonia
em Wuhan, China
▪ A COVID-19 está relacionada a SARS-CoV e MERS-CoV.

▪ A origem inicial foi provavelmente zoonótica, mas a transmissão entre humanos é


altamente provável.

▪ O número de casos está aumentando rapidamente, a maioria dos pacientes tem doença
leve, apresentando febre, tosse, fadiga e mialgia.

▪ A gestão envolve reconhecimento precoce, rigoroso PCI e cuidados de suporte.


Traduzido para o português pelos Tradutores Sem Fronteiras de Clinical Care Training for Severe Acute Respiratory Infection (IRAS)., 2020. A OMS
não se responsabiliza pelo conteúdo ou precisão desta tradução. No caso de existir alguma inconsistência entre a versão em inglês e a tradução em
português, a versão em inglês deverá ser a versão obrigatória e autêntica

TREINAMENTO EM CUIDADOS CLÍNICOS NO CONTEXTO


DA SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE(SRAG)

PREVENÇÃO ECONTROLE DE INFECÇÃO


EM PACIENTES COM SRAG
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

No final deste módulo, você será capazde:

▪ Descrever os princípios gerais de Prevenção e Controle de Infecção (PCI)


ao prestar cuidados a pacientes com infecção respiratória aguda grave.
▪ Descrever medidas específicas a serem realizadas em ambiente hospitalar
ao cuidar de pacientes com SRAG, incluindo aquelas com potencial
pandêmico ou epidémico.
▪ Descrever como os controles administrativos e de engenharia facilitam a
implementação de PCI.
PRINCÍPIOS GERAIS
▪ Reconhecer rápido e precocemente os pacientes suspeitos e efetuar o
controle apropriado.

▪ Aplicar medidas de PCI de rotina (ou seja, precauções padrão) a todos os


pacientes.
▪ Aplicar precauções adicionais em pacientes selecionados, dependendo
do diagnóstico.

▪ Colaborar e comunicar com a infraestrutura de PCI das unidades de


saúde.
DIRETRIZES DA PCI

Prevenção e controle de infecção no


contexto das infecções respiratórias
agudas propensas a epidemias e
pandemias na assistência à saúde.

progra
mme
IRAS QUE PODEM CONSTITUIR UMA EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA
DE IMPORTÂNCIA INTERNACIONAL

• Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS).

• Síndrome Respiratória do Oriente Médio(MERS-CoV).

• Influenza humana causada por um novosubtipo.

• Influenza zoonótica que causa doença em humanos.

• IRAs emergentes que causam grandes surtos ou surtos com alta morbidade e
mortalidade, tal como aCOVID-19.
IRAS QUE PODEM CONSTITUIR UMA EMERGÊNCIA DE SAÚDE
PÚBLICA DE IMPORTÂNCIA INTERNACIONAL
▪ Indícios epidemiológicos:
– Ter viajado para uma área com circulação conhecida do patógeno em questão dentro
do período deincubação.
– Ter tido contato desprotegido com pacientes com IRA em questão durante o período
de incubação.
– Ser parte integrante de um grupo de pacientes com IRA de causa desconhecida que se
dispersa rapidamente.

▪ Indícios clínicos:
– Paciente com IRA ou a morrer de IRA de causa desconhecida com histórico de
exposição como descrito acima.

▪ Éfundamental a notificação imediata das autoridades sanitáriaspertinentes!


QUANDO SUSPEITAR DE COVID-19
▪ Indícios epidemiológicos:
– Ter viajado para uma área com circulação conhecida do patógeno em questão
dentro do período de incubação.
– Ter tido contato desprotegido com pacientes com a IRA em questão durante o
período de incubação.
– Ser parte de um grupo de pacientes com a IRA de causa desconhecida , que se espalha
rapidamente,
▪ Indícios clínicos:
– Paciente com IRA ou a morrer de IRA, de causa desconhecida , com histórico de
exposição como descrito acima.

▪ Éfundamental anotificação imediata àsautoridades sanitárias pertinentes!


DEFINIÇÃO DE CASO DO COVID-19

A. Um paciente com infecção respiratória aguda (com febre e pelo menos um dos seguintes
sinais/sintomas de doença respiratória como tosse e falta de ar). E sem outra etiologia que explique
completamente a apresentação clínica E com histórico de viagem para, ou com residência num país/área ou
território a reportar transmissão local de COVID-19 durante os 14 dias que antecederam o início dos
sintomas.
OU
B.Paciente com qualquer doença respiratória aguda E tenha estado em contacto com um caso confirmado
ou provável de COVID-19 nos últimos 14 dias que antecederam o início dos sintomas;
OU
C.Um paciente com síndrome respiratória aguda grave (com febre e com pelo menos um dos seguintes
sinais/sintomas de doença respiratória como tosse, falta de ar E a necessidade de hospitalização E com
nenhuma outra etiologia que explique completamente a apresentação clínica.
APLIQUE AS PRECAUÇÕES PADRÃO EM TODOS OS MOMENTOS

▪ Em todos os momentos, ao cuidar de quaisquer pacientes:


– Higiene das mãos
– Higiene respiratória
– EPIs de acordo com o risco
– Práticas seguras de injeção, manejo de objetos perfurocortantes e prevenção de
acidentes
– Manuseio, limpeza e desinfecção segura de equipamentos de assistência ao
paciente
– Limpeza do ambiente
– Manuseio e limpeza seguros de roupas sujas
– Gestão de resíduos
Técnica de higienização dasmãos
com formulação a base deálcool
Técnica de lavagem dasmãos
com água e sabão
HIGIENE DAS MÃOS: COMO?
- Usar produtos e técnicas adequadas

- É preferível a utilização de um produto à base de


álcool para esfregar as mãos, caso não estejam
visivelmente sujas
- Esfregue as mãos por 20 a 30 segundos!

- Sabonete, água corrente e toalhas descartáveis,


quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou
contaminadas com material proteico
- Lave as mãos por 40 a 60 segundos!
HIGIENE DAS MÃOS: QUANDO?
▪ Sempre realize a higiene das mãos quando
indicado, ou seja, nas “Cinco ocasiões”
– antes e depois de qualquer contato com os
pacientes
– antes de qualquer procedimento de limpeza e
após risco de exposição a fluidos corporais
– após contato com o ambiente do paciente/itens
contaminados
1. Antes de tocar num paciente
2. Antes do procedimento de assepsia/limpeza
3. Após risco de exposição a fluidos corporais
4. Depois de tocar num paciente
5. Depois de tocar no ambiente do paciente
HIGIENE RESPIRATÓRIA/ETIQUETA
(aplicável aos profissionais de saúde, visitantes e familiares)
▪ Cobrir o nariz e a boca ao espirrar e/ou tossir com um pedaço de pano,
um lenço de papel ou uma máscara cirúrgica
▪ Descartar imediatamente e adequadamente esses items
▪ Tossir/espirrar na dobra do cotovelo se não houver tecido disponível
▪ Realizar a higienização das mãos com produtos à base de álcool para
esfregar as mãos, ou água e sabão se as mãos estiverem visivelmente
sujas
▪ Usar uma máscara cirúrgica se tiver sintomas respiratórios
▪ Afastar-se dos outros quando estiver doente
▪ Não cumprimentar com beijo ou aperto de mãos quando estiver
doente
▪ Evitar contato próximo com pessoas que apresentam sintomas
AVALIAÇÃO DE RISCO PARA O USO ADEQUADO DOS EPIS

Minimize a exposição direta não protegida ao sangue e aos


fluidos corporais.
PROTEÇÃO MÁSCARA BATA LUVAS HIGIENE DAS CENÁRIO
OCULAR DESCARTÁVEL MÃOS
Sempre antes e depois do contato com o
x paciente e após contato com o ambiente
contaminado
Se houver contato direto com sangue e
x x fluidos corporais, secreções, excreções,
mucosas, pele não íntegra
Se houver risco de respingos no profissional de
x x x saúde
Se houver risco de respingos no corpo e no
x x x x x rosto
APLIQUE PRECAUÇÕES DE GOTÍCULAS AO CUIDAR DE
TODOS OS PACIENTES COM SRAG

▪ Pacientes com SRAG e suspeita de infeção por:


– vírus influenza humano (sazonal,pandémica)
– vírus influenza zoonótico
– MERS-CoV
– adenovírus, RSV, vírus parainfluenza
– vírus respiratório emergente potencialmente importante (COVID-19).

▪ As precauções de gotículas previnem a transmissão de vírusrespiratórios.


PRECAUÇÕES DE GOTÍCULAS

▪ Profissional de saúde
– use uma máscara cirúrgica quando estiver a menos de 1m do
paciente com IRA

– Use proteção ocular (óculos ou protetor facial) se houver


risco de respingos no rosto

▪ Paciente
– colocado em quarto individual (quando disponível)
– separado de outros por pelo menos 1m
– movimentação limitada fora do quarto hospitalar
– deve usar uma máscara cirúrgica se precisar sair da área.

© OMS/Tom Pietrasik
APLIQUE PRECAUÇÕES DE CONTATO NOS PACIENTES COM
SRAG
▪ Em pacientes com suspeita de infeção por:
– MERS-CoV, SARS-CoV, COVID-19
– vírus influenza zoonótico
– RSV,adenovírus, parainfluenza
– vírus respiratório emergente de potencialimportância.

▪ Não é necessário ao cuidar de pacientes com influenza sazonal ou infecções respiratórias bacterianas
comuns:
– uso de EPIcom base na avaliação de risco.

▪ As precauções de contato impedem a transmissão direta ou indireta por contato com


superfícies contaminadas.
PRECAUÇÕES DE CONTATO

▪ Profissional de saúde
– Use EPIapropriado (luvas, máscaras, proteção ocular, bata de mangas compridas) ao entrar no quarto ou ficar a
menos de 1m de distância. Remova-o depois de sair da quarto, e realize a higiene das mãos.
– Realize a higiene das mãos de acordo com os “5 momentos”, em particular antes e depois do contato com o
paciente e após a remoção dos EPIs
– Use equipamento descartável ou dedicado para o paciente, quando possível.
– Limpe e desinfete entre o uso se compartilhou entre os pacientes.
– Evite tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos com ou sem luvas contaminadas.
– Evite contaminar superfícies não envolvidas no atendimento direto ao paciente: por exemplo, maçanetas,
interruptores de luz,telefones.
– Garanta a limpeza, desinfecção e esterilização apropriada e frequente (por exemplo, pelo menos diariamente)
do ambiente e do equipamento (quando indicado). Priorize superfícies tocadas com frequência (por exemplo,
trilhos da cama, mesa de refeição, cômoda de cabeceira, superfícies de lavatório nas casas de banho dos
pacientes, maçanetas) e equipamentos nas imediações do paciente.

progra
mme
PRECAUÇÕES DE CONTATO

▪ Paciente
– Colocado num quarto individual ou agrupado comoutros
pacientes com o mesmodiagnóstico.

– >1m entre opaciente.

– Evitar movimentação ou transporte de pacientes parao


exterior do quarto dohospital.

progra
mme
QUANDO USAR PRECAUÇÕES COM A
TRANSMISSÃO PELO AR (1/2)
▪ Em todos os pacientes com SRAG que requerem precauções contra gotículas e são
submetidos a procedimentos geradores de aerossóis:
– aspiração ou sucção aberta de secreções do trato respiratório
– intubação
– reanimação cardiopulmonar
– broncoscopia
– nebulizador aerossolizado *
– ventilação não invasiva *
– oxigénio de alto fluxo*

▪ Embora os dados sejam limitados, estas intervenções podem produzir aerossóis e,


portanto, são recomendadas as precauções de transmissão pelo ar.

HEALTH
QUANDO USAR PRECAUÇÕES COM A
TRANSMISSÃO PELO AR (2/2)

▪ Sempre em pacientes com suspeita de um vírus respiratório


emergente de potencial importância.

▪ Em todos os momentos, em pacientes com suspeita de TB.

▪ As precauções de transmissão pelo ar impedem a transmissão de


gotículas muito pequenas, de todos os patógenos respiratórios.
PRECAUÇÕES COM A TRANSMISSÃO PELO AR
▪ Profissional de saúde
– usar um respirador de partículas, bata, proteção para os olhos, luvas.

▪ Paciente
– colocar em quarto individual
– evitar pessoas desnecessárias no quarto.

▪ Sala com precaução com transmissão pelo ar


– ventilação natural com fluxo de ar de pelo menos 160 L/s/ paciente
– salas de pressão negativa com pelo menos 12trocas de ar por hora
© OMS
– direção controlada do fluxo de ar.
AJUSTE DA MÁSCARA N95: FAÇA A VERIFICAÇÃO DA
VEDAÇÃO ANTES DE ENTRAR NO QUARTO!

5A Verificação da vedação positiva 5B Verificação da vedação negativa


- Expire profundamente. Uma pressão - Inspire profundamente. Se não
positiva dentro da máscara = nenhum houver vazamento, a pressão negativa
vazamento. Se houver vazamento, fará com que a máscara fique presa
ajuste a posição e/ou as tiras em seu rosto.
ajustáveis. - O vazamento resultará na perda de
pressão negativa na máscara
Teste a vedação novamente.
devido à entrada de ar através de
- Repita os passos até que a máscara brechas na vedação.
esteja bem vedada.
Se o paciente tem sintomas de IRA emergente com potencial
epidêmico ou pandêmico e a transmissão ainda não
estabelecida, implemente as precauções com a transmissão
pelo ar, de contato, e contra gotículas, para além das
precauções padrão.
COMPONENTES BÁSICOS DO PCI

▪ A primeira prioridade é o controle administrativo.

▪ A segunda prioridade é o controle deengenharia.

▪ A terceira prioridade é o equipamento de proteçãoindividual.

Essas três prioridades trabalham juntas para prevenir,


detectar e controlar infecções.
Comunique-se e colabore com a sua equipe de PCI.
INFRAESTRUTURA, POLÍTICAS E PROCEDIMENTOS

Infraestrutura, políticas e procedimentos

Implementar Organizar a prestação


Gerir pacientes
políticas e Implementar de serviços de saúde
doentes que
procedimentos medidas de por exemplo, adiar
procuram procedimentos
de saúde controle da fonte
atendimento eletivos, restringir
ocupacional
visitantes
GESTÃO DE PACIENTES DOENTES QUE PROCURAM ATENDIMENTO

Admissão de
Triagem pacientes
oportuna e
numa área
eficaz
dedicada

Transporte Protocolos
seguro e alta específicos de
casos e de
para casa gestão clínica
TRIAGEM
▪ Evitar asuperlotação.

Triagem Admita
pacientes em
▪ Coloque pacientes com IRA em áreas de
oportuna e
eficaz
uma área
dedicada
espera dedicadas com ventilação
adequada.
Caso
Transporte específico e
seguro e alta protocolos
para casa de gestão ▪ Implemente as precauções contra
clínica
gotículas, além das precauções padrão.

▪ Realize triagem rápida.


ADMISSÕES HOSPITALARES

▪ Evitar admitir pacientes de baixo risco, com


infecção sazonal não complicada pelo vírus
Triagem
Admita
pacientes
influenza.
oportuna e
eficaz
em uma
área
▪ Agrupar pacientes com o mesmo diagnóstico
dedicada numa só área.
Caso ▪ Não colocar pacientes suspeitos na mesma
Transporte específico e
seguro e alta protocolos área daqueles que estão confirmados.
para casa de gestão
clínica
▪ Colocar pacientes com IRA de potencial
importância em quarto individual e bemventilado.
▪ Atribuir um profissional de saúde comexperiência
em PCI e epidemias.
POLÍTICAS DE SAÚDE OCUPACIONAL (1/2)
▪ Informe a equipe sobre:
- IRAS
- medidas de proteção
- fator de risco para doença grave.

▪ Propor tarefas de trabalho alternativas aos funcionários de


grupos de risco.
▪ Vacinar os funcionários, se houver vacina disponível.
▪ Monitorar a equipe quanto a sintomas de IRA.

progra
mme
POLÍTICAS DE SAÚDE OCUPACIONAL (2/2)
▪ Instruir a equipe que desenvolver sintomas de IRA a:
– Notificar imediatamente às autoridades/equipes de controle de
infecção do hospital.

– Parar de trabalhar com os pacientes imediatamente.

– Limitar o contato com outros membros da equipe.

– Excluir-se das áreas públicas.

– Aplicar as precauções padrão e de gotículas.


CONTROLE DA FONTE
(1/2)
▪ É necessário permitir o acesso a equipamentos, educação, formação,
políticas e protocolos adequados a fim degarantir:

– higiene das mãos

– uso de EPI

– limpeza e desinfecção de materiais e meio ambiente

– itens de atendimento ao paciente de usoúnico:


• ou seja, dispositivos de fornecimento de oxigénio, circuitos de
ventilação, sistema de sucção fechado.
CONTROLE DA FONTE
(2/2)
▪ Infraestrutura básica:

– separação física mínima de 1 m entre os pacientes

– estruturas físicas como barreiras para separar áreas de triagem

– corredores bem ventilados

– áreas de assistência ao paciente bem ventiladas.


EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

© OMS/T. Cura
▪ Última linha de defesa contra perigos
que não podem ser eliminados ou
controlados.

© OMS/T. Cura
▪ Uso adequado de EPI:
– somente eficaz se utilizado durante períodos
potenciais de exposição
– somente efetivo se a adesão for 100%

© OMS/Isadore Brown
– deve ser usado e mantido adequadamente
– não elimina a necessidade de higiene das mãos.
VOCÊ IDENTIFICA ALGUM PROBLEMA?

© OMS, Dr. Sergey Eremin © OMS, Dr. Sergey Eremin

© OMS, Dr. Sergey Eremin


RESUMO

▪ Ao cuidar de todosospacientes, utilize sempre asprecauçõespadrão.


▪ Ao cuidar de pacientes com suspeita de SRAG e infecção de vírus respiratório, use
também precauções contra gotículas.
▪ Ao cuidar de pacientes com suspeita de COVID-19, influenza zoonótica, MERS- CoV, ou
vírus respiratório emergente, use também precauções decontato.
▪ Ao executar procedimentos geradores de aerossol de alto risco, como intubação ou
aspiração aberta em pacientes com SRAG use também precauções com a transmissão
pelo ar.
▪ Ao cuidar de pacientes com infecção emergente importante (e padrão de transmissão
desconhecido), use precauções com a transmissão pelo ar, contra gotículas e contato,
para além das precauções padrão.
AGRADECIMENTOS

Colaboradores
Dr. Eric Walter, Universidade de Washington, Seattle,EUA
Dra. Monica Thormann, Associação Panamericana de Infectologia, Santo Domingo, República
Dominicana
Dr. Niranjan Bhat, Universidade Johns Hopkins, Baltimore, EUA
Dr. Timothy Uyeki, Centros para Controle e Prevenção de Doenças, Atlanta, EUA Dr. Sergey
Romualdovich Eremin, Sede da OMS
Dra. Janet Diaz, Consultora da OMS
Dra. Paula Lister, Hospital Great Ormond Street, Londres, Reino Unido Dra. Natalia
Pshenichnaya, Universidade Estadual de Medicina de Rostov, Federação Russa
Dra. RosaConstanza Vallenas Bejar De Villar, Sede da OMS

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