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HEMOGRAMA

HEMOGRAMA - O é o exame laboratorial


QUE É? de rotina para
avaliação quantitativa
e qualitativa dos
elementos figurados do
sangue.
HEMOGRAMA - O exame + solicitado no
QUE É? laboratório;
presente em todas as
revisões
HEMOGRAMA - O apesar da tecnologia, ainda
QUE É? há variação
interlaboratorial porque o
hemograma depende da
qualidade do equipamento
+ grau de especialização do
pessoal técnico + filosofia
de trabalho do laboratório
HEMOGRAMA =
ERITROGRAMA +
LEUCOGRAMA +
PLAQUETOGRAMA
MODELO DE LAUDO
PARTE 1 =
ERITROGRAMA
ERITROGRAMA RBC: número total de
eritrócitos;
HGB: concentração de
hemoglobina;
HCT: hematócrito
(razão de eritrócitos
para volume sanguíneo
total);
RBC: número total Contagem de hemácias = contagem de
eritrócitos.
de eritrócitos Deve ser interpretada no contexto (sexo,
idade, exames complementares)

Não utilizar sozinha para verificar


anemia.
HGB: concentração Dado básico do hemograma.

de hemoglobina Anemia é quando o valor de


hemoglobina é muito baixo.
HCT: hematócrito Volume da massa eritróide na
amostra.
(razão de eritrócitos Atualmente é um valor calculado e
para volume fornecido pelo equipamento.

sanguíneo total)
ERITROGRAMA VCM: volume corpuscular
médio do eritrócito na
amostra total;
HCM: hemoglobina
corpuscular média por RBC;
CHCM: concentração média
de hemoglobina
VCM: volume Medida do volume dos eritrócitos.

corpuscular médio VCM ALTO = macrocitose


VCM BAIXO = microcitose
do eritrócito na VCM NORMAL =normocitose

amostra total
HCM: hemoglobina HCM = Quantidade média de
hemoglobina por eritrócito.
corpuscular média por Calculada pelo equipamento.

RBC
CHCM: concentração CHCM= Concentração de
hemoglobina corpuscular média.
média de hemoglobina Concentração média
(massa/volume) de hemoglobina
nos eritrócitos.
CHCM BAIXO = hipocromia
CHCM ALTO = hipercromia
ERITROGRAMA RDW-SD: largura de
distribuição calculada de
eritrócitos, desvio padrão;
RDW-CV: largura de
distribuição calculada de
eritrócitos, coeficiente de
variação.
Indica o grau de anisocitose (diferença no
RDW volume) dos eritrócitos;

Normalmente entre 11,5 e 14,5%

Uma população eritróide com RDW


aumentado é excessivamente heterogênea
PARTE 2 =
LEUCOGRAMA
LEUCOGRAMA WBC: número total de
leucócitos;
NEUT %/#: percentagem
e contagem absoluta de
neutrófilos;
LYMPH %/#:
percentagem e contagem
absoluta de linfócitos;
LEUCOGRAMA MONO %/#: percentagem
e contagem absoluta de
monócitos;
EO %/#: percentagem e
contagem absoluta de
eosinófilos;
LEUCOGRAMA BASO %/#: percentagem e
contagem absoluta de
basófilos.
IG %/#: percentagem e
contagem absoluta de
granulócitos imaturos.
Contagem total e diferencial com a
WBC: contagem quantificação e avaliação morfológica
dos diversos tipos.
total de leucócitos
Deve ser interpretada no contexto (sexo,
idade, exames complementares).
Neutrofilia = Aumento do nº absoluto de
NEUTRÓFILOS: neutrófilos no sangue.

contagem absoluta Desvio à esquerda = Aumento do nº de


neutrófilos bastonados no sangue.
e percentual Critério subjetivo, dependente da leitura
e varia muito entre laboratórios.
Presente nas doenças inflamatórias
agudas e crônicas.

Neutropenia = Diminuição do nº
absoluto de neutrófilos no sangue.

Deve ser avaliada com cautela. Nunca


considerar neutropenia isolada. Abaixo
de 1000 sinaliza problema hematológico.
NEUTRÓFILOS:
contagem absoluta
e percentual

neutrófilo segmentado
e neutrófilo bastonado
Linfocitose = Aumento do nº absoluto de
LINFÓCITOS: linfócitos no sangue.

contagem absoluta Linfocitose sem atipia: hemograma


normaliza em semana, ocorre a ausência
e percentual dos sintomas, após 40 anos investigar
LLC.

Linfocitose com atipia: comum em


mononucleose, HIV e outras infecções.

Linfocitopenia = Diminuição do nº
absoluto de linfócitos no sangue.

Deve ser avaliada com cautela e nunca


isoladamente. Normalmente acompanha
a neutropenia.
LINFÓCITOS: linfócitos
típicos
contagem absoluta
e percentual

grande linfócito granular


Eosinofilia = Aumento do nº absoluto de
EOSINÓFILOS: eosinófilos no sangue.

contagem absoluta Causas principais: doenças alérgicas de


pele e parasitoses.
e percentual
Deve ser avaliada com cautela e nunca
isoladamente. Normalmente acompanha
a neutropenia.
Basofilia = Aumento do nº absoluto de
BASÓFILOS: basófilos no sangue.

contagem absoluta Causas principais: LMC

e percentual Deve ser avaliada com cautela e nunca


isoladamente.
Monocitose = Aumento do nº absoluto de
MONÓCITOS: monócitos no sangue.

contagem absoluta Causas principais: monocitoses


reacionais nas doenças infecciosas.
e percentual
Deve ser avaliada com cautela e nunca
isoladamente.
PARTE 3 =
PLAQUETOGRAMA
PLAQUETOGRAMA VPM: volume plaquetário
médio;
PDW: largura de
distribuição calculada das
plaquetas;
PCT: plaquetócrito;
Importante:
PLAQUETAS:
- plaquetas não são células;
- estão envolvidas em todo o processo de
coagulação;
- indispensável microscopia para validar
trombocitopenias e trombocitoses
PLAQUETAS:

Trombocitose: Trombocitopenia:

- aumento do nº de plaquetas no sangue; - diminuição do nº de plaquetas no


- fenômeno reacional, ocorre em sangue;
resposta a algo; - achado frequente e importante;
- não representa em si uma resposta - deve ser confirmada com recoleta
hematológica
HEMOGRAMA
PARTE PRÁTICA
HEMOGRAMA - 2 a 5 ml de sangue total
AMOSTRA IDEAL (anticoagulante EDTA);

Conservação em
temperatura ambiente
por 24 horas.
CRITÉRIOS DE REJEIÇÃO DE
AMOSTRAS
amostras coletadas em tubo
errado;
amostras hemolisadas;
amostras coaguladas;
amostras com volume
inadequado
HEMOGRAMA
COMO FAZER?
após homogeneizar a
amostra, passar no
equipamento na ordem
diária.
Amostras “positivas” devem
ser confirmadas em lâmina.
HEMOGRAMA
COMO FAZER LÂMINA?

ponto ótimo
para leitura
HEMOGRAMA
CRITÉRIOS PARA CONFECÇÃO DE LÂMINAS

cada laboratório define seu


critério de “positividade” para
fazer lâminas. Rotinas
diferentes demandam regras
diferentes.
CRITÉRIOS PARA CONFECÇÃO DE LÂMINAS-
SÉRIE BRANCA- Sugestão
CRITÉRIOS PARA CONFECÇÃO DE LÂMINAS-
SÉRIE VERMELHA- Sugestão
CRITÉRIOS PARA CONFECÇÃO DE LÂMINAS-
PLAQUETAS- Sugestão
HEMOGRAMA
O QUE OLHAR NAS
LÂMINAS?
HEMOGRAMA
O QUE OLHAR NAS
LÂMINAS? SÉRIE VERMELHA
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Distribuição irregular das hemácias em lâmina:

Aglutinação: Roulex:
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades no tamanho e / ou na cor das hemácias:

Anisocitose,
Dimorfismo,
Hipocromia,
Microcitose e Macrocitose Mais comuns e já citadas.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades no tamanho e / ou na cor das hemácias:

Policromasia

Contagem de
Reticulócitos
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:

Acantócitos: São células redondas,


hipercrômicas com 2 – 20 projeções do
citoplasma ou espículas de tamanho,
espessura e forma variáveis. A
recomendação é quantificar a
acantocitose.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:
Hemácia mordida (Bite cell): São células com
alterações na membrana (mordida) causada
pela retirada de Corpos de Heinz pelos
macrófagos sendo uma característica da
hemólise oxidativa. A anemia microangiopática
ou o dano mecânico podem causar alterações
idênticas. A recomendação é a de quantificar
estas células.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:
Hemácia em bolha (Blister cell): Células nas
quais a hemoglobina se restringe a uma das
metades da célula deixando o restante como
uma área vazia. A recomendação é a de
quantificar estas células.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:
Eliptócitos e Ovalócitos: Eliptócitos são células
com forma elíptica, enquanto que os ovalócitos
apresentam forma ovalada. A recomendação é
a de quantificar eliptócitos e ovalócitos.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:
Células contraídas: são menores e mais
densas que as normais e não apresentam o
halo claro central. Entretanto, não são
regulares como os esferócitos. A
recomendação é a de quantificar estas células.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:
Esquizócitos: fragmentos de hemácias
produzidos por dano mecânico na circulação e
são uma característica das Anemias
Hemolíticas Microangiopáticas (AHM).
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:
Hemácias em foice/drepanócitos: hemácias em
forma de lua ou de foice com extremidades
agudas como resultado da polimerização da Hb
S A recomendação é a de quantificar estas
células e indicar pesquisa para
hemoglobinopatias.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:
Esferócitos: diâmetro pequeno (<6,5 m), são
densos e de forma esférica apresentando VCM
normal ou diminuído. Podem ser formados
como consequência de anormalidades no
citoesqueleto ou na membrana, hemólise
imunológica ou Microangiopática ou dano
físico à membrana. A recomendação é a de
quantificar estas células.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:
Estomatócitos: São células unicôncavas, que
apresentam uma área clara central em forma de
fenda. A recomendação é a de quantificar estas
células.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:
Hemácias em alvo: células finas apresentando
uma superfície maior que o volume globular e
uma área corada no centro do halo claro. A
recomendação é a de quantificar estas células.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:
Hemácias em lágrima: São células
apresentando forma de pera ou de lágrima. A
recomendação é a de quantificar estas células.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:

Pontilhado basófilo: presença de grânulos


finos, médios ou grosseiros causados pela
agregação anormal de ribossomos distribuídos
uniformemente pela célula. A recomendação é
a de quantificar estas células.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:

Pontilhado basófilo: presença de grânulos


finos, médios ou grosseiros causados pela
agregação anormal de ribossomos distribuídos
uniformemente pela célula. A recomendação é
a de quantificar estas células.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:

Corpúsculo de Howell-Jolly: inclusões


basofílicas, únicas e perfeitamente redondas
formadas por material nuclear (DNA) A
recomendação é a de quantificar estas células.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:

Cristais de hemoglobina: agregados cristalinos


de Hb que podem ser observados nas
hemoglobinopatias SS ou SC. Os cristais são
densamente corados, variam em tamanho com
bordas retas e extremidades bem definidas. A
recomendação é a de reportar a presença
destas estruturas.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:

Microorganismos: Podem ser observados


dentro ou fora das hemácias em pacientes com
infecções por bactérias, fungos, protozoários
ou parasitos. A recomendação é a de reportar
sua presença quando observados. A
identificação das espécies de Plasmodium
deve ser realizada. Para pacientes com malária
a quantidade de parasitos é importante para o
monitoramento da resposta do paciente ao
tratamento.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:

Corpos de Pappenheimer: agregados de


ferritina intraeritrocitários, visíveis pela
coloração de Romanowsky no sangue
periférico como inclusões basofílicas de
tamanho e distribuição variados usualmente no
citoplasma. São corados pela coloração de
ferro (Perls – Azul da prússia). A recomendação
é a de reportar sua presença quando
observados.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA SÉRIE
VERMELHA
Anormalidades na forma das hemácias:

Eritroblastos: precursores eritrocitários. A


recomendação é reportar o valor absoluto de
eritroblastos em 100 leucócitos contados na
diferencial. Quando os eritroblastos
ultrapassam 5 em 100 convém descontá-los da
contagem.

ex: paciente com 7.200/µL leucócitos. Durante a


contagem de 100 leucócitos, foram vistos 20
eritroblastos. A contagem de leucócitos
corrigida será (7200 / 120) x 100= 6.000/µL
HEMOGRAMA
O QUE OLHAR NAS
LÂMINAS? SÉRIE BRANCA
DESENVOLVIMENTO
NORMAL DA SÉRIE
BRANCA - LINHAGEM
MIELÓIDE

Sangue
ANORMALIDADES
QUALITATIVAS
Bastonetes de Auer: Inclusões
citoplasmáticas em forma de bastão
fino de coloração avermelhada formado
a partir do desenvolvimento anormal de
grânulos primários. São encontrados
em mieloblastos ou promielócitos
leucêmicos, coram- se positivamente
pela mieloperoxidase e são
considerados como marcadores
positivos das neoplasias da linhagem
mielóide. A recomendação é a de
reportar a presença destas estruturas
sempre que identificadas.
ANORMALIDADES
QUALITATIVAS
Corpos de Döhle: inclusões citoplasmáticas
encontradas na periferia dos citoplasmas dos
neutrófilos de coloração azul-acinzentada. Os
Corpos de Döhle são estruturas reativas
não-específicas mas podem indicar a
presença da Anomalia de May-Hegglin se
associados à presença de trombocitopenia e
plaquetas gigantes. Os Corpos de Döhle
também podem ser encontrados em
pacientes em tratamento com fatores de
crescimento. A recomendação é de citar a
presença caracterizando a frequência (raros,
alguns ou vários).
ANORMALIDADES
QUALITATIVAS
Hipergranulação dos neutrófilos, Hipogranulação dos neutrófilos:
granulações tóxicas.

Grânulos grosseiros de coloração roxa que Granulação reduzida ou ausente causando


ocorrem como resposta a infecções e uma coloração azul clara ou cinza no
citoplasma. A recomendação é quantificar a
inflamações. A recomendação é de citar e
hipogranulação.
quantificar a presença da hipergranulação
sempre que vista.
ANORMALIDADES
QUALITATIVAS
Vacuolização nos neutrófilos. Pode parecer
como buracos de agulha – vacúolos
pequenos e discretos ou podem ser maiores.
Outras causas de vacuolização pode ser a
toxicidade alcoólica ou a exposição
prolongada ao EDTA (artefato de
conservação). A recomendação é a de relatar
a presença de vacúolos sempre que
presentes.
ANORMALIDADES
QUALITATIVAS
Neutrófilos hipossegmentados –
Neutrófilos hipersegmentados: Os neutrófilos hipolobulados: são
neutrófilos hipersegmentados neutrófilos maduros e podem ser
exibem mais de 5 ou mais lóbulos. A diferenciados pelo núcleo
hipersegmentação é definida pequeno, menor relação núcleo:
quando qualquer neutrófilo exibe citoplasma (N:C) e cromatina
mais de 6 lóbulos ou mais de 3% mais condensada. A
dos neutrófilos apresentem mais de recomendação é que sejam
5 lóbulos. A recomendação é relatar contados e sua presença relatada
a presença destas células sempre de forma adequada.
que observadas.
CÉLULAS MIELÓIDES NAS NEOPLASIAS
HEMATOLÓGICAS
Mieloblastos: Podem ser pequenos ou grandes. Apresentam em geral
cromatina delicada, alta relação N:C e 1 ou mais nucléolos. Podem
também apresentar baixa relação N:C e alguma granulação
citoplasmática com bastonetes de Auer. O núcleo pode estar dobrado
e o citoplasma basófilo apresentando bolhas ou pseudópodos. A
recomendação é que os Mieloblastos sejam contados e suas
características morfológicas descritas no comentário.

Promielócitos anormais na Leucemia Promielocítica


aguda: A recomendação é contar estes Promielócitos
como equivalentes a blastos, mas é importante que
seja feita uma descrição destas células no comentário
e que o clínico seja comunicado diretamente.
CÉLULAS MIELÓIDES NAS NEOPLASIAS
HEMATOLÓGICAS
Monoblastos: São maiores que os Mieloblastos (20 – 30
µm), com núcleo redondo ou oval, cromatina delicada e 1
ou 2 nucléolos. O citoplasma é basofílico usualmente sem
grânulos.

Prómonócitos: São raramente vistos no SP em


condições reativas ou em leucemias. A recomendação é
contar os promonócitos na diferencial e comentar sua
presença. Os promonócitos leucêmicos devem ser
contados como blastos nos casos de Leucemia
Mieloblástica Aguda (LMA)
DESENVOLVIMENTO
NORMAL DA SÉRIE
BRANCA - LINHAGEM
LINFÓIDE

Sangue
ANORMALIDADES QUALITATIVAS NAS
CÉLULAS LINFÓIDES
Problema: morfologia dos linfócitos sujeita a uma enorme variação causada
pelos estímulos imunológicos presentes nas doenças inflamatórias,
infecciosas e neoplasias → linfócitos com alterações morfológicas em diversas
quantidades.

A terminologia para estes linfócitos é muito variada e confusa.

Recomendação:
“Linfócito reativo” → linfócitos de etiologia benigna.
“Linfócito anormal” → quando houver suspeita de malignidade ou etiologia clonal.
ANORMALIDADES QUALITATIVAS NAS
CÉLULAS LINFÓIDES
Tricoleucócitos (hairy cells) A leucemia de células cabeludas é uma
neoplasia crônica da linhagem B que apresenta linfócitos
morfologicamente distinguíveis. Estes linfócitos são maiores que os
normais, apresentam citoplasma abundante de coloração
acinzentada com finas projeções em forma de fios de cabelo.

Numa primeira apresentação, é recomendado que os tricoleucócitos


sejam contados como linfócitos anormais e as características
morfológicas descritas detalhadamente no comentário. Após a
imunofenotipagem as células podem ser contadas como
tricoleucócitos.
ANORMALIDADES QUALITATIVAS NAS
CÉLULAS LINFÓIDES

Células de linfoma: Os linfomas são neoplasias de linfócitos B, T ou


Natural Killer (NK). Os linfomas podem apresentar uma “fase
leucêmica” na qual os linfócitos anormais podem ser encontrados
no SP periférico. A classificação dos linfomas está além dos
objetivos deste documento.
ANORMALIDADES QUALITATIVAS NAS
CÉLULAS LINFÓIDES

Células plasmáticas: A célula plasmática é maior que o pequeno


linfócito, apresenta citoplasma profundamente azul, núcleo
excêntrico, redondo ou oval com cromatina condensada e a zona de
Golgi ou halo perinuclear adjacente ao núcleo. A recomendação é de
contar as células plasmáticas como uma população distinta na
diferencial. Leucemia de células plasmáticas. Notar a coloração
azulada da proteína de fundo e a presença de rouleaux. Uma das
células apresenta características imaturas e pode ser considerada
como um plasmablasto.
ANORMALIDADES QUALITATIVAS NAS
CÉLULAS LINFÓIDES

Pró-linfócitos: Os pró-linfócitos B têm o dobro do tamanho dos


linfócitos normais, apresentam núcleo redondo com cromatina
nuclear moderadamente condensada, nucléolo evidente e
citoplasma escasso e basofílico. Os pró-linfócitos T são pequenos e
mais pleomórficos que os da linhagem B. O núcleo é irregular ou
lobulado. O citoplasma escasso e moderadamente basofílico
podendo exibir algumas bolhas. Os nucléolos em geral são menos
evidentes que os observados nas células B.

É recomendado que os prolinfócitos sejam contados como uma


população distinta na diferencial.
ANORMALIDADES QUALITATIVAS NAS
CÉLULAS LINFÓIDES
Restos celulares (smudge cells): Os restos celulares são
formados no momento da confecção da lâmina e são formados
pelo núcleo rompido das células frágeis. Quantidades
aumentadas de restos celulares podem ser encontradas na
Leucemia Linfocítica Crônica (LLC). Nestes casos a contagem
automatizada pode ser utilizada, mas recomenda-se que a
presença dos restos nucleares seja incluída no comentário.
ANORMALIDADES QUALITATIVAS NAS
CÉLULAS LINFÓIDES
Linfoblastos leucêmicos: Os linfoblastos não podem ser distinguidos dos
mieloblastos, linfócitos reativos ou células de linfoma com segurança.

É necessário que informações obtidas de outros testes como a


imunofenotipagem e colorações especiais sejam consideradas para que o
diagnóstico definitivo seja firmado. A recomendação é a de contar estas células
como blastos e descrever sua morfologia nos comentários.
HEMOGRAMA
O QUE OLHAR NAS
LÂMINAS? PLAQUETAS
ANORMALIDADES QUALITATIVAS PLAQUETAS

TAMANHO: A plaqueta normal mede de 1,5 – 3 µm de diâmetro


enquanto as macroplaquetas de 3 – 7 µm. As plaquetas
gigantes podem ser maiores que as hemácias (10 – 20 µm) e
podem ser identificadas pelos alarmes dos equipamentos
automatizados.

Em indivíduos normais, de modo geral, menos de 5% das


plaquetas são maiores que o normal.

A recomendação é que as plaquetas gigantes sejam relatadas.


Um comentário sobre o número de plaquetas e a presença de
plaquetas grandes ou gigantes pode ser feito.

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