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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA


CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

ESTUDO E DESENVOLVIMENTO DE UM GERADOR EÓLICO

Professor: Alecir Pedro da Cunha


Grupo: Antônio Marcos Maciel
Jeremias Buzynski
Roberts Santos Oliveira

ITAJAÍ-SC
2021
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Parque de geração de energia....................................................................................2

Figura 2 – Gráfico Global de Energia Eólica................................................................................3

Figura 3 – Matriz Elétrica Brasileira............................................................................................4

Figura 4 – Tabela de distribuição dos 18 GWS............................................................................5

Figura 5 - Evolução da Capacidade Instalada.............................................................................5

Figura 6- Rotores de Eixo Vertical...............................................................................................7

Figura7 – Rotores de eixos Horizontal........................................................................................8

Figura 8 - Tubo imaginário circular de corrente do ar anterior e posterior ao rotor................9


Projeto Integrador II

Sumário
1. Objetivos...................................................................................................................................1
2. Introdução Teórica...................................................................................................................2
2.1 A energia eólica nas Américas.................................................................................................3
2.2 A energia eólica no Brasil.........................................................................................................4
2.3 Vento.........................................................................................................................................6
2.4 Conversão em Energia Eólica...................................................................................................6
2.5 Aerogeradores..........................................................................................................................6
2.5.1Rotores de eixo vertical...........................................................................................................7
2.5.2Rotores de eixo horizontal......................................................................................................8
2.6 Energia e potência extraída do vento......................................................................................9
3. Procedimento Experimental..................................................................................................11
4. Resultados..............................................................................................................................11
4.1. Apresentação dos Resultados............................................................................................11
4.2. Discussão dos Resultados...................................................................................................11
5. Conclusão................................................................................................................................11
6. Referências.............................................................................................................................12
1. Objetivos

Nosso objetivo será apresentar o projeto para construção de um aerogerador caseiro


simples utilizando peças recicláveis, com a intenção de ampliar o conhecimento sobre energias
renováveis e entender a capacidade de aproveitamento energético a partir da força dos ventos.
Trabalho avaliativo em grupo para o Projeto Integrador II-A com a orientação do professor
Alecir Pedro da Cunha.

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2. Introdução Teórica

Figura 1 – Parque de geração de energia

Fonte:
 
A energia eólica é produzida através da força do vento e gerada através de
aerogeradores. Em suma, a força do vento move hélices ligadas a uma turbina que aciona um
gerador elétrico. É uma energia renovável, abundante e limpa.
Por conta disso, a tendência é de que, cada vez mais, a fonte eólica ocupe maior espaço
na matriz energética mundial. A necessidade de independência do petróleo e a preocupação
com problemas ambientais são os principais propulsores do uso de fontes alternativas de
energia. Assim, fontes como a eólica, solar e os biocombustíveis estão ganhando mais
notoriedade no meio energético. Como uma fonte em expansão, a energia eólica tem se
destacado principalmente em países como a China e Estados Unidos. Tais países lideram a
capacidade eólica instalada nos últimos anos. Convém ressaltar, também, a Europa, que
atualmente possui 205 GW de capacidade. Em 2019, a fonte eólica cobriu 15% da demanda de
eletricidade no continente.

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2-1 A energia eólica nas Américas

Em relação ao Brasil, no ano de 2018 o país ficou em 5º colocado no ranking mundial de


capacidade eólica, segundo dados divulgados pelo Global Wind Energy Council (GWEC). O país
se destaca entre os países da Américas do Norte, Central, do Sul e Caribe, ocupando o quarto
lugar entre os países que mais instalaram parques eólicos nos últimos 10 anos. De acordo com o
relatório, o Brasil aumentou a geração eólica em 745 MW, (Figura 2) atrás da Argentina com 931
MW, México com 1.284 GW e Estados Unidos, com mais 9.143 GW instalados. Assim, pode-se
observar que, embora o Brasil esteja bem colocado a nível mundial em relação à capacidade
instalada, a instalação de parques eólicos não está sendo competitiva o suficiente. Em um
panorama geral, a potência de energia eólica instalada nas Américas cresceu 221,7% nos
últimos 10 anos. Segundo dados, ocorreu um salto de 46 GW para 148 GW nesse espaço de
tempo. A expectativa do GWEC é que a capacidade da região aumente para 220 GW entre 2020
e 2024, com a instalação de mais 72 GW no período. 

Figura 2 – Gráfico Global de Energia Eólica

  

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2-2 A energia eólica no Brasil

O Brasil é um país cuja produção de eletricidade baseou-se, historicamente, na


dependência de duas principais matrizes: a hidrelétrica, predominante e prioritária, e a
termoelétrica, cuja maioria das usinas opera somente em tempos de baixa da primeira matriz
citada. Por esse motivo, a expansão da energia eólica no Brasil surge a partir da necessidade de
diversificação das fontes energéticas do país para que este fique menos suscetível a crises no
setor e também gere menos impactos ao meio ambiente. Embora a produção de energia a
partir dos ventos ainda seja pouco representativa no território brasileiro,(Figura 3) é perceptível
a evolução do setor no país ao longo dos últimos anos.
A energia eólica no Brasil tinha capacidade instalada de 18 GW, em fevereiro de 2021
(maior do que a da Usina de Itaipu, que tem 14 GW instalados),(Tabela 4) 10,3% da matriz
elétrica nacional. De acordo com dados apresentados pela Associação Brasileira da Energia
Eólica, são 695 parques e mais de 8.300 aerogeradores. Uma década atrás o segmento ainda
contava com menos de 1 GW de capacidade e hoje é a segunda maior, ficando atrás apenas da
hidrelétrica que possui 58,7% do parque instalado no país.

Figura 3 – Matriz Elétrica Brasileira

Os principais produtores de energia eólica no Brasil, em fevereiro de 2021.

                    Fonte: SIGA/ANEEL última atualização em 01/02/2021

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Figura 4 – Tabela de distribuição dos 18 GWS

Fonte: SIGA/ANEEL última atualização em 01/02/2021

A entidade destaca que em dias de recorde a fonte já chegou a atender até 17% do país
durante todo o dia. A previsão é que, até 2024, considerando apenas os leilões já realizados, a
fonte avance até cerca de 28 GW (Figura 5).

Figura 5 - Evolução da Capacidade Instalada

Fonte: ANEEL/ABEEólica

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2-3 Vento

Os ventos são causados, principalmente, pelo aquecimento desigual da superfície da


Terra pelo Sol. A região próxima da linha do Equador recebe uma maior incidência de raios
solares em relação às regiões polares, originando os gradientes de temperatura. O ar aquecido
torna-se mais leve e menos denso e tende a subir em direção aos polos. As regiões próximas aos
polos ficam com maior volume de ar, criando uma diferença na pressão atmosférica (gradientes
de pressão), impulsionando o ar frio para regiões mais baixas em direção ao Equador.
O movimento do ar ao redor da Terra ameniza a temperatura extrema e produz ventos na
superfície com constante transferência de energia, no entanto, apenas ventos das camadas
atmosféricas mais baixas são acessíveis para a conversão em energia eólica. 

2-4 Conversão em Energia Eólica

A forma mais antiga de utilização dos ventos para a obtenção de energia mecânica ainda
é feita através de moinhos, cata-ventos e barcos a vela. Porém, atualmente, a energia eólica
representa uma fonte alternativa e renovável para geração de energia elétrica. A conversão da
energia cinética dos ventos em eletricidade é feita através de aerogeradores, que são
constituídos, basicamente, por: turbina ou rotor eólico; sistemas integrados ou auxiliares, como
o sistema de orientação, a caixa de multiplicação de velocidade, e o sistema de segurança; e um
gerador elétrico. 22 O rotor, responsável por transformar a energia cinética em energia
mecânica, é o primeiro estágio da conversão. Os outros dois são: transmissão mecânica e
multiplicação de velocidade; e, por fim, o próprio gerador, responsável por converter a energia
mecânica em energia elétrica. O sistema de segurança, composto basicamente por freios, é um
sistema auxiliar necessário para controlar o giro da turbina em condições adversas de operação.
O regime de ventos não é constante e a conexão da turbina à rede elétrica pode provocar
oscilações e sobre tensões. A quantidade de eletricidade que pode ser gerada pelo vento
depende de quatro fatores: da quantidade de vento que passa pela hélice, do diâmetro da
hélice, da dimensão do gerador e do rendimento de todo o sistema. 

2-5 Aerogeradores

Um aerogerador, turbina eólica ou Sistema de Geração Eólica é um gerador elétrico


integrado ao eixo de um cata-vento e que converte energia eólica em energia elétrica.
Existem dois tipos básicos de rotores eólicos: os de eixo vertical e os de eixo horizontal. Os
rotores diferem em seu custo relativo de produção, eficiência, e na velocidade do vento em que
têm sua maior eficiência.
 

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2-5.1 Rotores de eixo vertical

Em geral, os rotores de eixo vertical têm a vantagem de não necessitarem de


mecanismos de acompanhamento para variações da direção do vento, o que reduz a
complexidade do projeto e os esforços devido as forças de Coriolis. Os rotores de eixo vertical
também podem ser movidos por força de sustentação (lift) e as forças de arrasto (drag). Os
principais tipos de rotores de eixo vertical são Darrieus, Savonius e turbinas com torre de
vórtices. (Figura 6) Os rotores do tipo Darrieus são movidos por forças de sustentação e
constituem-se de lâminas curvas (duas ou três) de perfil aerodinâmico, atadas pelas duas pontas
ao eixo vertical.

Figura 6- Rotores de Eixo Vertical

Em, 1927, na França, Darrieus desenvolveu sua turbina                    Turbina eólica Savonius
de eixo vertical

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 Fonte:

2-5.1.1 Rotores de eixo horizontal

As turbinas eólicas horizontais são o tipo de turbinas mais comum para turbinas eólicas
de grande e baixo porte devido a sua alta eficiência, investimento tecnológico e custo-benefício.
Estes tipos de turbinas são usados principalmente em regiões agrícolas e com poucos
obstáculos, como prédios e árvores, pois requerem ventos mais laminar ou pouco turbulento.
Geralmente os números de pás que encontramos nesse tipo de turbinas são três. Idealmente
uma turbina eólica precisa ter uma a quatro pás para garantir a melhor eficiência. Contudo, com
apenas uma pá teríamos problemas com o balanceamento da turbina e as vibrações ao longo
prazo poderiam destruir nossa pá. Com uma ou duas pás a turbina giraria muito rápido,( Figura
7) o que causaria problemas, como ruído excessivo e esforços mecânicos altos causados pelo
efeito da força centrífuga. Com quatro pás o ganho de eficiência comparado a turbina de três
pás seria muito baixo e acrescido do investimento de ter mais uma pá. Esses são os motivos que
fazem com que a turbina de quatro pás seja pouco comum.

Figura7 – Rotores de eixos Horizontal

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Fonte: tecnogera.com.br

2-6 Energia e potência extraída do vento

A energia cinética de uma massa de ar m em movimento a uma velocidade v é dada por:

Considerando a mesma massa de ar m em movimento a uma velocidade v,


perpendicular a uma sessão transversal de um cilindro imaginário (figura 8), pode-se
demonstrar que a potência disponível no vento que passa pela seção A, transversal ao fluxo de
ar, é dada por:

Onde:

 P = potência do vento [W]


 ρ = massa específica do ar [kg/m3]
 A = área da seção transversal [m2]
 v = velocidade do vento [m/s]

Figura 8 - Tubo imaginário circular de corrente do ar anterior e posterior ao rotor.

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Fonte: site researchgate.net

O coeficiente de potência e a potência extraída da corrente de ar só dependem da


relação entre as velocidades do ar antes e depois de passar pelo rotor. Esse coeficiente de
potência atinge o valor máximo quando a relação entre as velocidades v1/v2 for igual a 1/3. Ou
seja, mesmo que o sistema eletromecânico seja ideal, só é possível extrair no máximo cerca de
59,3% da energia cinética dos ventos. Betz foi o primeiro a obter este resultado e por causa
disso é muitas vezes chamado de "Fator Betz".

Na forma matemática, temos:

Sendo:

P: potência útil da turbina


ρ: densidade da massa do ar que entra na turbina
A: área varrida pela turbina
v: velocidade do vento que chega na turbina

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3. Projeto/Dimensionamento

4. Resultados (PODE SER IGNORADO NO PARCIAL)

5. Conclusão

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6. Referências

https://www.canalenergia.com.br/noticias/53163929/energia-eolica-chega-a-18-gw-de-
capacidade-instalada-no-brasil

https://inriufsm.com.br/energia-eolica/a-expansao-da-energia-eolica-no-brasil-e-no-
mundo/

https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/19308/19308_3.PDF

http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=com_content&lang=pt&cid=221

https://www.scielo.br/j/rbef/a/fmxzk4CKmm8msVRqqy9Qkbp/?lang=pt#

https://energes.com.br/energia-eolica/historia-da-energia-eolica 

https://www.eolicafacil.com.br/turbina-eolica-horizontal 

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