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1-5, 42-47
2 No dia de Pentecostes,[a] todos estavam reunidos num só lugar. 2 De
repente, veio do céu um som como o de um poderoso vendaval e encheu a
casa onde estavam sentados. 3 Então surgiu algo semelhante a chamas ou
línguas de fogo que pousaram sobre cada um deles. 4 Todos ficaram cheios do
Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os
habilitava.42 Todos se dedicavam de coração ao ensino dos apóstolos, à
comunhão, ao partir do pão e à oração.43 Havia em todos eles um profundo
temor, e os apóstolos realizavam muitos sinais e maravilhas. 44 Os que criam
se reuniam num só lugar e compartilhavam tudo que possuíam. 45 Vendiam
propriedades e bens e repartiam o dinheiro com os necessitados, 46 adoravam
juntos no templo diariamente, reuniam-se nos lares para comer e partiam o
pão com grande alegria e generosidade,[j] 47 sempre louvando a Deus e
desfrutando a simpatia de todo o povo. E, a cada dia, o Senhor lhes
acrescentava aqueles que iam sendo salvos.
INTRODUÇÃO
L u c a s é o e v a n g e lis t a que mais e fatiza a obra do Espírito Santo na
vida de Jesus e da igreja. O mesmo Espír to que desceu sobre Jesus no
Jordão, guiou-o no deserto e revestiu-o com poder para salvar, libertar e curar
(Lc 3.21,22; 4.1,14,18) agora vem sobre os discípulos de Jesus (At 1.5,8;
2.33). Nos capítulos iniciais de Atos, Lucas refere-se à promessa, à dádiva, ao
batismo, ao poder e à plenitude do Espírito na exp riência do povo de Deus.
O Pentecostes não foi um acont cimento casual, mas uma agenda esta-
belecida por Deus desde a eternidade. Como o Calvário, o Pentecostes foi um
acontecimento único. A ação do Espírito Santo na vida da igreja Espírito Santo
foi enviado a fim de estar para sempre com a igreja. Temos outros
derramamentos do Espírito regi trado em Atos e no decurso da história, mas
todos eles decorreram deste Pentecostes. Concordo com John Stott quando
diz que devemos cuidar para não diminuir nossas expectativas ou relegar à
s
e
n
i
e
categoria do excepcional aquilo que Deus talvez queira que seja a experiência
normal da igreja. O vento e o fogo eram extraordinários, e provave mente
também as línguas; mas a nova vida e a alegria, a comunhão e o culto, a
liberdade e o poder, não.
O livro de Atos dos Apóstolos nos apresenta o enraizamento e a expansão do
evangelho nos primórdios da cristandade: começa com a ascensão de Jesus
aos céus e a divulgação do evangelho a partir de Jerusalém, chegando
finalmente a Roma, onde o livro termina.
A despeito das perseguições, os novos discípulos testemunhavam todos os
dias, não cessavam de ensinar e anunciar a Jesus Cristo: nas ruas, nas casas,
nas vilas, cidades, ensinando e proclamando intensamente o evangelho.
Todos, indistintamente, estavam empenhados em organizar novas igrejas,
obedecendo a um plano de avanço missionário. E hoje, o que estamos
fazendo em prol da evangelização local e universal?
O livro dos Atos dos Apóstolos foi, evidentemente, designado por Deus como
guia e paradigma do esforço missionário para todas as gerações.
Há exemplos de toda experiência e de todas as circunstâncias que envolvem
os obreiros de Cristo. O livro não termina com uma história completa. A
narrativa é interrompida de maneira abrupta, deixando Paulo em Roma, a
maior metrópole do mundo, “pregando o Reino de Deus e ensinando com toda
a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento
algum”.
Apta conclusão, pois a obra ficou inacabada e as atividades dos missionários
continuariam até à consumação dos séculos. Mas como isto tudo começou??
l
O Pentecoste era a segunda das três grandes festas anuais dos judeus, sendo
a Páscoa a primeira e a dos Tabernáculos a terceira (veja Deuteronômio
16:16). Um número bem maior de peregrinos chegava para a festa de
Pentecoste, visto que essa época do ano era a melhor para as viagens Sem
dúvida isto constituiu fator decisivo na ordenação providencial dos eventos.
Aqueles discípulos já eram salvos. Por três vezes Jesus havia deixado isso
claro (Jo 13.10; 15.3; 17.12). De acordo com a teologia de Paulo, se eles já
eram já salvos, já tinham o Espírito Santo, pois o apóstolo escreveu: [...] Se
alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele (Rm 8.9).
Jesus disse: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar
no Reino (Jo 3.5). Além de já terem o Espírito Santo, após sua ressurreição
Jesus ainda soprou sobre eles o Espírito Santo, e disse: [...] Recebei o
Espírito Santo (Jo 20.22).
Mas a despeito de serem regenerados pelo Espírito e de receberem o sopro do
Espírito, eles ainda não estavam cheios do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito
Santo, outra é o Espírito Santo ter alguém. Uma coisa é ser habitado pelo
Espírito, outra é ser cheio dele.
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