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GUARATINGUETÁ - SP
2021
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GUARATINGUETÁ - SP
2021
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
CONCLUSÃO 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25
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INTRODUÇÃO
A FIV felina é um dos diagnósticos mais temidos pelos tutores ao levar o pet no
veterinário. Conhecida como Imunodeficiência Viral Felina ou AIDS Felina, é uma
doença infecciosa causada por um retrovírus do gênero Lentivirus e pode ser
classificado em cinco subtipos filogeneticamente distintos: A, B, C, D e E. Os
subtipos A, B e C são mundialmente distribuídos, com o subtipo D encontrado no
Japão e Vietnã, e o subtipo E que, até hoje, foi identificado somente na Argentina.
No Brasil pouco se conhece sobre a diversidade genética do FIV e, até então,
apenas o subtipo B foi isolado.
Por atacar o sistema imunológico, a AIDS Felina pode ser fatal principalmente por
conta de suas complicações, mas caso seja diagnosticada cedo, pode ser
controlada, garantindo maior longevidade e qualidade de vida ao animal. Por isso
mesmo, é muito importante conhecer como é transmitida e quais são os primeiros
sintomas da doença.
CONTÁGIO E TRANSMISSÃO
Fonte: wikiHow
Além disso o vírus da imunodeficiência felina também pode ser transmitido via
transplacentária que ocorre quando a mãe possui FIV e fica prenha, os filhotes
podem nascer com a patologia. Também pela lactação (amamentação), decorrente
de transfusões sanguíneas e, pelo sêmen de machos soropositivos ou por
contaminação cruzada através de materiais cirúrgicos e objetos contaminados
apesar de mais raras, também pode ocorrer.
SINAIS CLÍNICOS
Fonte: wikiHow
A doença pode ser assintomática no início, mas vale ficar atento a sinais como
febre, aumento dos gânglios, dificuldade respiratória, anemia, problemas
estomacais e nas gengivas, queda de pêlo, perda de peso, diarreia, vômitos,
conjuntivites, problemas nasais, estomatite, otite entre outros. Para ter o diagnóstico
de ambas as doenças, é preciso fazer exames de sangue específicos solicitados por
um médico veterinário.
Assim como ocorre no contágio do HIV, a FIV afeta os gatos de maneiras diferentes.
Enquanto alguns pets apresentam mais rapidamente os sintomas após a infecção,
outros podem passar anos assintomáticos. Alguns gatos podem desenvolver uma
boa resposta imune para o vírus, diminuindo sua replicação e carga viral, no entanto
não elimina a infecção. Da mesma forma que ocorre com os humanos, os sintomas
da AIDS felina podem ser diferentes, assim como os estágios da doença.
A infecção pode ser subdividida em três fases, sendo elas: fase aguda, fase
assintomática e fase crônica. Cada uma delas possui sua particularidade, sendo
assim, cada paciente deve ser avaliado individualmente e tratado de acordo com
suas necessidades no presente momento.
O pico de carga viral ocorre entre oito a doze semanas após o início da infecção.
Apesar da rápida resposta imune dos hospedeiros infectados, não há, na maioria
das vezes, a depuração da infecção, resultando na persistência viral. Os anticorpos
contra o FIV são encontrados no plasma em presença de altas taxas de carga viral
no sangue periférico, podendo ser reconhecidos de duas a quatro semanas após o
início da infecção. Como alerta adicional, não deixe de investigar, caso o bichano
fique doente com frequência, pois isso pode significar uma baixa nos leucócitos.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Fonte: santainesvet.com.br
Os felinos “FIV-Positivos” não deverão ser eutanasiados, visto que podem ter uma
expectativa de vida tão longa quanto a dos gatos que não foram acometidos. Os
infectados devem ser submetidos a consultas semestrais com um profissional
médico veterinário, incluindo exame físico completo com monitoração de peso e
exames complementares bioquímicos e hematológicos.
A imunodeficiência felina não é uma doença que cause morte súbita, sendo assim, a
sobrevivência de animais que testam positivo depende da influência do meio
ambiente e rapidez no diagnóstico. É uma doença que ainda não tem cura e por
isso o suporte é a realização do tratamento, o qual possui a função mais importante
que é manter o gato o mais saudável possível, oferecendo ração de qualidade,
cuidados higiênicos, vermifugação e acompanhamento veterinário.
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É importante lembrar que quanto antes a doença for diagnosticada e maiores forem
os cuidados, mais chances o animal terá de responder bem ao tratamento, ainda
que isso não elimine a infecção.
PROFILAXIA
Desde os anos 90 – alguns anos depois da descoberta do vírus, têm sido feitos
vários estudos na tentativa de produzir uma vacina eficaz contra o FIV. Sendo
assim, em 2002, foi licenciada a primeira vacina comercial (inativada), com eficácia
estimada de 82% (PERROTTI, 2009). O FIV é um retrovírus, sendo assim, possui
uma capacidade recombinante, produzindo novas variantes virais, por esse motivo
há certa dificuldade para desenvolver uma vacina, tendo em conta a grande
diversidade genética do Lentivírus e sua capacidade de sofrer mutações no
hospedeiro.
agressivo, quanto a tendência dos gatos de escaparem para a rua onde podem se
envolver em brigas com animais contaminados, colaborando também para a
redução de estresse relacionado ao estro da fêmea e possível transmissão para
suas crias.
Gatos com FIV podem conviver com outros gatos, desde que não briguem entre si,
por isso, é fundamental fazer o teste em todos os felinos da casa com regularidade
a fim de detectar e controlar a doença. Vários gatos portadores de FIV conseguem
viver bem durante muitos anos tomando-se os cuidados necessários, alguns sequer
necessitam de medicação. A Aids Felina não tem cura nem tratamentos muito
específicos, então reforçar a imunidade do gatinho é a melhor forma de impedir o
desenvolvimento da doença.
Fonte: Bloggoapp.pet
A FELV é uma sigla para a Leucemia Viral Felina, doença infecciosa causada por
um retrovírus envelopado que pertence ao gênero Gammaretrovirus. Sendo a
doença infecciosa que mais mata gatos no Brasil, é considerada gravíssima, pois o
vírus causador, possui habilidade de provocar imunodeficiência, distúrbios de
medula óssea e neoplasias, assim, diminuindo a expectativa e qualidade de vida do
bichano.
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O vírus da Leucemia Felina faz parte da subfamília do vírus HIV dos seres humanos
e, também, da FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina). É uma doença complexa,
mas, felizmente, não é zoonótica!
Fonte: Wikipédia
Subtipo FeLV-B: Este não consegue se manifestar sozinho. O animal irá possuir o
vírus, poderá transmitir, porém será assintomático. Ele só causará doenças se
estiver junto com o subtipo A.
Fonte: DocPlayer
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CONTÁGIO E TRANSMISSÃO
As formas de contágio deste vírus se dão por vias nasal e oral, a transmissão pode
ocorrer quando secreções de um gato positivo entram em contato direto ou indireto
com um gato saudável.
SINAIS CLÍNICOS
Não há sinais clínicos específicos para a FeLV, podendo variar dependendo da fase
e cepa em que o vírus se encontra no organismo do animal, mas assim que notar o
seu gato indiferente ou notar que ele vem ficando doente com mais frequência,
corra para o veterinário para testar o seu bichinho.
Alguns sinais que podem indicar a presença do vírus são: perda de peso, dermatite,
anemia, apatia, problemas respiratórios, estomatites, febre, anorexia, tumores,
uveíte. Em casos mais graves, costumam apresentar distúrbios hematológicos,
linfoma, problemas neurológicos e paralisia.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Além dos exames físicos e anamnese, existem testes próprios para a identificação
desse vírus no organismo dos felinos.
Fonte: Ibapcursos.com
Fonte: MyTxai
Nenhum teste é 100% confiável, mas são extremamente precisos. Para uma maior
certeza, indica-se que repita os testes 40-60 dias depois de se realizar o primeiro,
pois se o animal teve contato com o vírus em menos de 4 semanas, o teste poderá
dar negativo. Vale ressaltar, que mesmo testando somente a mãe, não é certo dar o
mesmo diagnóstico aos filhotes, levando em conta que a mãe pode ser positiva e os
filhotes não ou vice e versa.
A Leucemia Viral Felina, assim como a FIV, não tem cura, e o tratamento para esta
doença é suporte, ou seja, iremos tratar os sintomas enquanto eles aparecem.
Apesar de não haver a cura, podemos praticar uma série de coisas para prolongar a
vida do animal, já que, um felino positivo precisa de cuidados extras do tutor. Além
de tratarmos dos problemas secundários que a FeLV traz, iremos cuidar do animal
em um todo.
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Existem nos mercados suplementos vitamínicos para ajudar o animal que apresenta
deficiência de algum componente. Esta suplementação será indicada e receitada
apenas por um médico veterinário com base nos exames feitos.
Fonte: Buono
Os gatos são animais ativos que precisam descarregar toda a energia que contém.
Brincadeiras também é uma forma de contribuir para saúde do bichano, investir em
enriquecimento ambiental é uma boa dica para manter o felino entretido.
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Fonte: Zoowish
Por conta do organismo estar bastante fragilizado com o vírus, doenças que eram
para serem simples podem ficar mais complicadas, agravando ainda mais a saúde
desse felino, por isso, é de suma importância levar o seu gatinho regularmente ao
veterinário para realizar todos os exames necessários para garantir que o seu pet
esteja bem.
Gatos positivos podem ter uma vida “normal” e viver por muito tempo, basta ter os
cuidados essenciais e muito amor.
PROFILAXIA
Já dito que é uma doença altamente perigosa, a forma mais simples dos gatinhos
não se contaminarem, é se prevenir.
Uma outra dica, que infelizmente não depende somente de nós, é controlar o
número de animais em situação de rua.
Fonte: CachorroGato
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Sabe-se que os felinos selvagens ocupam o topo da cadeia alimentar, e o fato deles
percorrerem um longo caminho em busca de abrigo e alimento faz com que eles
fiquem expostos a uma grande quantidade de patógenos presentes no ambiente ou
então transmitidos por outros animais.
A transmissão de FIV e FeLV nos felinos selvagens acontece da mesma forma que
a transmissão dos vírus entre felinos domésticos, por contato. Como estão
exercendo em primeira mão a seleção natural, eles podem ter contato com suas
presas, rivais e animais da mesma espécie que podem estar infectados.
Fonte:Pinterest
Fonte: elements.envato.com
Fonte: zoo.df.gov.br
Fonte: procarnivoros.org.b
Há casos de animais sendo sacrificados devido a esses vírus, então por esse e
mais outros motivos importantes deve-se haver estudos e monitoramentos para que
os profissionais saibam como tratar e como monitorar os animais. De acordo com o
site O Globo Rio, o leão Yuri transferido pelo IBAMA do zoológico de Niterói para o
zoológico de Brasília no dia 15 de Fevereiro de 2011 foi sacrificado pelos
veterinários da instituição, e segundo a diretora da Fundação Zoonit, Giselda
Candiotto a justificativa para a sacrificação foi o fato do animal estar com leucemia,
porém e um segundo depoimento um veterinário informou que o leão foi morto por
ter testado positivo para FIV. O veterinário do Zoonit, Marco Janackovic de Oliveira
afirmou que Yuri poderia ter convivido com FIV por muitos anos sem ser sacrificado.
Fonte: informativoniteroi.blogspot.com
CONCLUSÃO
Aliás, com suspeita dessas doenças ou não, nunca deixe de levá-los para um
check-up completo pelo menos uma vez por ano com veterinários de confiança, pois
só assim para garantir que qualquer alteração no organismo do pet seja identificada
logo em seu estágio inicial.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Blog PETZ; “FIV felina: o que você precisa saber sobre a aids em gatos”.
Disponível em:
<https://www.petz.com.br/blog/saude-e-cuidados/fiv-felina-o-que-voce-precisa-saber
-sobre-a-aids-em-gatos/>. Acesso em 20 de setembro de 2021.
HENRIQUES, Karina; canal Auxiliar Veterinário | Rede Formar; “FIV, Aids Felina”;
Youtube, 05/07/19. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=obfqeok0kxw>. Acesso em 20 de setembro de
2021.
RIBEIRO, Rosangela; “FIV e FELV: entenda essas duas doenças felinas”; blog
Animais em Comunidades. Disponível em:
<https://www.worldanimalprotection.org.br/blogs/entenda-o-que-e-a-fiv-e-felv>.
Acesso em 20 de setembro de 2021.
WALDMAN, Marcio; “FIV e FeLV - O que você deve saber”; PetLove. Disponível
em: <https://www.petlove.com.br/dicas/fiv-e-felv-o-que-saber>. Acesso em 23 de
setembro de 2021.
SOUZA, Juliana Stephani de; “FIV e FeLV - Entenda um pouco mais sobre essas
doenças infecciosas”; PETFriendly Turismo. Disponível em:
<https://www.petfriendlyturismo.com.br/2020/12/10/fiv-e-felv/>. Acesso em 24 de
setembro de 2021.
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Vet Fácil; “Veja todos os exames laboratoriais Vet Fácil”. Disponível em:
<https://www.diagnosticovetfacil.com.br/exames>. Acesso em 24 de setembro de
2021.
FILONI, Claudia; DIAS, José Luiz Catão; "Infecções por retrovírus (FeLV e FIV)
em felídeos selvagens"; Clínica Veterinária, São Paulo, v. 10, n. 54, p. 56-64,
2005. Disponível em: <https://repositorio.usp.br/item/001434784>. Acesso em 27 de
setembro de 2021.