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ECONOMIA DA CHINA

Introdução

A China possui atualmente uma das economias que mais crescem no mundo. A
média de crescimento econômico deste país, nos últimos anos é de quase 10%.
Uma taxa superior a das maiores economias mundiais, inclusive a do Brasil. O
Produto Interno Bruto (PIB) da China atingiu US$ 6,05 trilhões ou 39,8 trilhões
de yuan em 2010 (com crescimento de 10,3%), fazendo deste país a segunda
maior economia do mundo (fica apenas atrás dos Estados Unidos). Estas cifras
apontam que a economia chinesa representa atualmente cerca de 15% da
economia mundial.

Vejamos os principais dados e características da economia chinesa:

- Entrada da China, principalmente a partir da década de 1990, na


economia de mercado, ajustando-se ao mundo globalizado;
- A China é o maior produtor mundial de alimentos: 500 milhões de
suínos, 450 milhões de toneladas de grãos;
- É o maior produtor mundial de milho e arroz;
- Agricultura mecanizada, gerando excelentes resultados de produtividade;
- Aumento nos investimentos na área de educação, principalmente técnica;
- Investimentos em infra-estrutura com a construção de rodovias,
ferrovias, aeroportos e prédios públicos. Construção da hidrelétrica de
Três Gargantas, a maior do mundo, gerando energia para as indústrias e
habitantes;
- Investimentos nas áreas de mineração, principalmente de minério de
ferro, carvão mineral e petróleo ;
- Controle governamental dos salários e regras trabalhistas. Com estas
medidas as empresas chinesas tem um custo reduzido com mão-de-obra
(os salários são baixos), fazendo dos produtos chineses os mais baratos do
mundo. Este fator explica, em parte, os altos índices de exportação deste
país.
- Abertura da economia para a entrada do capital internacional.
Muitas empresas multinacionais , também conhecidas como transnacionais,
instalaram e continuam instalando filiais neste país, buscando baixos
custos de produção, mão-de-obra abundante e mercado consumidor amplo.
- Incentivos governamentais e investimentos na produção de tecnologia.
- Participação no bloco econômico APEC (Asian Pacific Economic
Cooperation), junto com Japão , Austrália, Rússia, Estados Unidos,
Canadá, Chile e outros países;
- A China é um dos maiores importadores mundiais de matéria-prima.
- No ano de 2010, com o crescimento do PIB em 10,3%, a economia da
China demonstrou que conseguiu consolidar a recuperação com relação a
crise econômica mundial de 2008.
- O forte crescimento econômico dos últimos anos gera emprego, renda e
crescimento das empresas chinesas. Porém, apresenta um problema para a
economia chinesa que é o crescimento da inflação.
- Em 2010 a balança comercial chinesa foi positiva em US$ 190 bilhões
com exportações de US$ 1,58 trilhão e importações de US$ 1,39 trilhão.
Problemas:

Embora apresente todos estes dados de crescimento econômico, a China


enfrenta algumas dificuldades. Grande parte da população ainda vive em
situação de pobreza, principalmente no campo. A utilização em larga
escala de combustíveis fósseis (carvão mineral e petróleo) tem gerado um
grande nível de poluição do ar . Os rios também têm sido vítimas deste
crescimento econômico, apresentando altos índices de poluição. Os
salários, controlados pelo governo, coloca os operários chineses entre os
que recebem uma das menores remunerações do mundo. Mesmo assim, o
crescimento chinês apresenta um ritmo alucinante, podendo transformar
este país, nas próximas décadas, na maior economia do mundo.

http://www.suapesquisa.com/geografia/economia_da_china.htm

China dobra participação na


economia mundial em cinco anos
País superou o Japão na posição de segunda maior economia global

O PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país) da China alcançou ao fim de
2010 a marca de 9,5% do total mundial, com o que duplicou a participação que havia registrado cinco
anos antes, informou o Escritório Nacional de Estatísticas chinês.

A China também tomou do Japão o posto de segunda maior economia do mundo em 2010. Cinco anos
antes, o PIB chinês era apenas o quinto maior do globo, assinalou o escritório, citado pela agência
Xinhua. Ainda assim, o órgão oficial destacou que o PIB per capita da China segue atrás da maioria dos
países, embora não tenha oferecido os dados referentes a 2010.

O investimento estrangeiro direto na China no ano passado alcançou R$ 98 bilhões (US$ 59 bilhões),
aumento de 380% com relação a 2005. O investimento estrangeiro no gigante asiático, que no quesito
passou do 18º posto em 2005 para o quinto em 2009, representa 5,1% do total mundial.

A China superou o Japão como segunda potência econômica mundial em 2010, com um PIB de R$ 9,1
trilhões; já o da China alcançou R$ 9,7 trilhões (US$ 5,87 trilhões). Para o Brasil, a estimativa para 2010 é
de R$ 2,02 trilhões. A economia dos Estados Unidos - a maior do mundo - é de R$ 24,4 trilhões (US$ 14,7
trilhões), na estimativa para 2010.

A economia chinesa agora está atrás apenas do resultado dos Estados Unidos - posição que a economia japonesa
ocupava desde 1968.
O ministro de Política Econômica e Orçamentária do Japão, Kaoru Yosano, cumprimentou a China pela
"rápida progressão" registrada na economia.

- Isso pode ser o sustento de um desenvolvimento da economia regional, ou seja, a Ásia oriental e do
sudeste. Desejamos melhorar as relações entre Japão e China no campo econômico.

A China registra há vários anos um índice de crescimento próximo ou superior a 10%. O PIB aumentou
10,3% em 2010.

http://noticias.r7.com/economia/noticias/china-dobra-participacao-na-economia-
mundial-em-cinco-anos-20110325.html
ECONOMIA DA CHINA
Quem desembarcasse em Xangai, vinte anos atrás, certamente não teria visto um enorme cartaz dos cigarros Marlboro em frente ao aeroporto,
nem teria tomado um taxi Volkswagen Santana, fabricado na China sob licença do Brasil. Agora, tudo isso (e muito mais) é rotina nesse país.

Duas Chinas convivem lado a lado em Xangai: a moderna, bem caracterizada, na região do porto, pela futurista torre da televisão de 468 metros,
pelos shoppings centers, pelos 4 mil prédios de mais de 30 andares em construção e pela presença das principais multinacionais: tudo isso deixa
antever o que poderia ser a China do ano 2000.

Mas, junto com essa Xangai convive a antiga, com seus ônibus urbanos amassados, enferrujados e muito velhos, com centenas de milhares de
bicicletas (ou serão milhões?) que percorrem ininterruptamente as ruas e as avenida da cidade e com os antigos pagodes, encravados, às vezes,
entre um shopping center e um enorme prédio de escritórios. Esses dois mundos até agora não entraram em choque e vivem bem, lado a lado.

A bicicleta parece caracterizar, melhor que tudo, o aspecto tradicional da China: por meio dela transporta-se adubo para o campo, em dois
tambores enormes, pendurados no lugar do bagageiro, geladeiras, presas num triciclo, passageiros em taxis-triciclos e crianças que senhoras de
todas as classes, carregam pela cidade e deixam na porta do colégio.

Os carros são relativamente poucos, na maioria de luxo. Dizem que são dos figurões do partido e dos novos empresários, classe que começou a
aparecer na China depois que Deng Xiaoping inventou o "socialismo de mercado".

GATOS BRANCOS OU PRETOS, TANTO FAZ

Xangai é uma das regiões escolhidas para implantar esse tipo de economia. Deng Xiaoping, o autor da grande reviravolta na economia chinesa,
autorizou a criação de regiões econômicas especiais, geralmente na costa e no sul do país, nas quais as iniciativas são tomadas,
independentemente de Pequim, pelas autoridades locais. Essas começaram concedendo inúmeras facilidades aos empresários de qualquer
parte do mundo que quisessem ali implantar suas fábricas.

Primeiro, foram para lá as firmas de Taiwan e Hong Kong, depois as grandes transnacionais, atraídas pelas isenções fiscais, os salários baixos e
a possibilidade de explorar um mercado de mais de um bilhão de pessoas. Quando perguntava como foi possível passar de uma economia de
estado a uma economia de mercado, mantendo a aparência de um pais comunista, todos citavam a famosa frase atribuída a Deng Xiaoping:
"Não importa que os gatos sejam pretos ou brancos: o que interessa é que peguem os ratos".

Trocando em miúdos: o que importa é que entre dinheiro no país; se para isso for preciso quebrar os dogmas do marxismo e convidar as
multinacionais, que seja feito. Não se pode dizer que o consumismo já seja uma realidade na China: a multidão de pessoas que circulam de
bicicleta pelas ruas das grandes cidades do país são uma prova de que o chinês é um povo que vive sem muitos recursos, sem o supérfluo que
se vê no Ocidente, um povo, podemos dizer, ainda pobre.

O número de shopping centers, contudo, abarrotados de todo tipo de mercadoria, deixa prever que se o comunismo ainda não chegou, poderá
ser uma realidade dentro em breve. O povo chinês pode ser pobre sim , mas, pelo que vi nas megalópoles visitadas, como Pequim, Xangai e
Xian, é um povo que vive sua pobreza com dignidade. Em nenhuma cidade chinesa vi favelas, meninos de rua, pedintes, e constatei que as
pessoas andam pelas ruas despreocupadas, sem medo de assalto ou violência, mesmo de noite. Não sei o que acontece no interior: essa foi a
impressão que tive nas cidades.

SALÁRIOS, MORADIA E UNIDADES DE TRABALHO

Portanto, pobreza sim, mas não miséria. Como isso é possível, em cidades do tamanho de São Paulo? Por vários motivos. O salário mínimo do
chinês é de cerca de 300 yuans (8 yuans valem 1 real), o médio está entre 500 e 600 yuans e o máximo mal chega a mil. Mas, com 150 yuans
uma pessoa pode comer durante um mês, com 20 paga a moradia, quando é oferecida pela unidade de trabalho, e com poucos centavos paga a
condução. Sobra dinheiro para outras despesas, como, por exemplo, o vestuário: entendemos assim porque, ao visitante estrangeiro, não se
apresentam todos os sinais de miséria que estamos acostumados a ver, por exemplo, em nossa América Latina.

Cada chinês pertence a uma unidade de trabalho, que pode ser a escola, a fábrica ou o hospital onde exerce sua profissão. A unidade de
trabalho garante moradia, a preços baixíssimos já vistos, escola para as crianças e assistência médica. Todos os habitantes de uma cidade estão
divididos em unidades de trabalho que, além de proporcionar a seus membros tudo o de que eles precisam, controlam-nos em tudo o que fazem,
aonde vão, que pessoas freqüentam, se freqüentam alguma religião.

O controle chega a tais pormenores, que é a unidade de trabalho que decide quando, como, onde, com quem os seus membros devem casar e
determina que moradia devem ocupar. Ou melhor, tudo isso funcionou assim até cinco - seis anos atrás; agora já não funciona como antes. O
crescimento das indústrias, a incessante chegada de novas multinacionais às regiões autorizadas pelo governo exige continuamente nova mão-
de-obra. Muitas pessoas vêm do interior para a cidade em busca de trabalho, exatamente como acontece no Brasil com os imigrantes mineiros
ou nordestinos que vão para as grandes cidades do sul.

A polícia aparentemente tolera a situação, porque sabe que as novas empresas que se instalam precisam de mão-de-obra, mas não quer tolerar
a formação, nas grandes cidades, dos bolsões de miséria formados pelas pessoas sem moradia e sem trabalho, que poderiam transformar-se
mais tarde em focos incontroláveis de violência. Todo mês, portanto, a polícia, que tem o controle de todos e de tudo, manda de volta às suas
terras todas as pessoas sem moradia e sem trabalho. Para as pessoas que vêm de fora e arranjam um emprego, as próprias empresas fornecem
uma moradia precária (barracos) dentro da fabrica; se o operário for casado, tem que deixar a família no lugar de origem e só irá visitá-la quando
puder.

A AGRICULTURA

As reformas na agricultura foram bem menores do que as realizadas na indústria, mas assim mesmo alguns passos a frente foram dados. Antes,
o agricultor, que trabalhava em terras pertencentes ao Estado, devia entregar tudo o que conseguisse produzir: fosse boa ou má a colheita, ele
recebia sempre a mesma quantia que mal dava para sobreviver.

Agora, o Estado fixa o que deve entregar de tudo o que ele produzir e a quantia que vai receber. Do que sobrar, pode fazer o que bem entender;
geralmente, ele vende para arredondar a renda familiar. Os agricultores nunca pertenceram a unidades de trabalho e a assistência médica e
escolas para os filhos são muito mais precárias do que as dos operários ou outros funcionários.

A CHINA CONTINUA COMUNISTA?

É essa a pergunta de todo estrangeiro que chega à China. Politicamente, continua um país comunista: o partido comunista é único, manda em
todos e controla tudo. Os atuais detentores do poder querem que essa situação continue porque o marxismo permite conservar o poder e exercê-
lo de forma autoritária. Esse autoritarismo, junto com o controle sobre tudo o que se diz e se faz na China, é relativamente aceito pelo povo,
devido às raízes confucionistas da cultura chinesa.

Confúcio ensinou que o ideal da perfeição humana é alcançar a harmonia com a ordem geral do mundo em todos os aspectos da vida, o
econômico, o social e o religioso: a autoridade é a responsável para que essa harmonia seja conseguida. A sociedade confucionista é organizada
em relações de autoridade - dependência em todos os níveis: governo, onde a autoridade é responsável pelo bem geral dos cidadãos; empresa,
onde o presidente ou o patrão é responsável pelo bem dos funcionários e família, onde o pai é o responsável pelo bem da mulher e dos filhos.

Essa mentalidade está enraizada há 2 mil anos e é um dos aspectos mais marcantes da cultura chinesa. Os comunistas levaram às extremas
conseqüências princípios já aceitos há milênios pelo povo chinês. Mas, se a China é politicamente marxista, agora é também aberta à economia
de mercado, embora somente em determinadas regiões, contrariando assim os princípios do próprio marxismo. Esse casamento poderá
continuar ou é somente uma fase transitória que terá seu desfecho na volta ao antigo (que parece muito improvável) ou na abertura total ao
capitalismo?

QUAL O FUTURO DA CHINA?

Esse é o grande problema: o que vai acontecer após a morte de Deng Xiaoping? Até agora, não apareceu um homem suficientemente forte para
se impor, um homem que tenha o carisma de Mao ou de Deng. O atual presidente, lan Zemin, está ensaiando e testando a extensão de sua
influência. Ele é de Xangai, é apoiado pelo partido e por todos aqueles que têm interesse em que a atual abertura continue, mas não têm o apoio
do exercito. Abrir ou fechar podem ser jogadas para obter maior apoio e, por conseguinte, maior poder. Tudo é possível.

Embora possa haver maior abertura, as religiões serão as últimas a gozarem de seus benefícios. O governo tem medo das minorias religiosas,
como os budistas do Tibet ou os muçulmanos das regiões fronteiriças da antiga U.R.S.S.. que atualmente são foco de movimentos separatistas.
Quanto aos cristãos, o governo chinês têm medo do Vaticano e da suposta influência da Santa Sé sobre os movimentos que levaram à queda do
comunismo na antiga União Soviética.

Fonte: www.pime.org.br

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