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1.

INTRODUÇÃO

O seguinte trabalho tem como objetivo apresentar elementos que compõem uma análise
detalhada sobre os empresários, e tem como propósito, reconhecer, interpretar e
entender o papel do mesmo e as suas etapas na sociedade, observando sua crescente e
sua importância no mercado de trabalho, podendo verificar suas diferenças e impactos no
processo de evolução da sua própria história.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Empresário Individual define-se como “único titular do seu negócio, sendo este uma
pessoa física responsável pelo cumprimento e andamento do empreendimento, não
sendo permitido ter outros sócios, e não poderá ser transferida para outra pessoa, exceto
por falecimento ou autorização judicial, porém não tem limitação de colaboradores
contratados para atuar na sob seu comando’’. Exerce seu nome próprio a razão social para
a atividade de empresário, e não possui personalidade jurídica, não tendo distinção entre
seus bens ou dívidas pessoais e empresarial, assim se for acionado judicialmente por
algum cliente ou colaborador os bens são os mesmo, caso deseje fazer a separação
jurídica dos bens da empresa, deve requer a categoria EIRELI.

O empresário responde com seu patrimônio pessoal pelas obrigações


contraídas por sua empresa. em outras palavras, a responsabilidade do
empresário é sempre ilimitada. (Reis, 2019).

Categoria EIRELI pode ser uma empresa constituída sem necessitar de um sócio, sendo
assim podendo ter apenas um único dono, essa categoria foi criada em 2011 sob a lei
12.441 com a intenção de prevenir a constante prática de um sócio fantasma, onde a
sociedade era apenas para abrir a empresa. Seu patrimônio empresarial é separado do
privado, sendo assim que se for acionado judicialmente os seus patrimônios empresariais
serão utilizados para quitar os débitos, exceto se a empresa estiver envolvida em atos
ilegais, como licitações ilícita e fraudes.

O empresário individual deve estar obrigatoriamente registrado na Junta Comercial por


meio do requerimento de empresário que deve conter o seu nome, nacionalidade, estado
civil, se casado, domicílio, o regime de bens; a firma, com a respectiva assinatura
autografa; o capital; o objeto e a sede da empresa. Também deve ser averbado na Junta
Comercial os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação,
herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade e a
sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de
reconciliação. O empresário individual pode se enquadrar como microempreendedor
individual (MEI) se tiver receita bruta anual até um determinado valor onde poderá
recolher seu imposto por meio do simples nacional.

Antigamente o empresário era aquele que fazia parte das corporações de ofício, após a
revolução francesa surgiu um novo conceito, o empresário era todo aquele que praticava
atos de comércio, porém com o novo código civil, empresário é todo aquele que pratica
atividades empresárias, ou seja, atividade organizada e exercida de forma profissional e
com onerosidade. Para se tornar empresário individual á alguns requisitos necessários que
precisam ser seguidos conforme art.972 do código civil e não for legalmente impedido.
Sendo assim não poderá exercer a função menores de 16 anos, os relativamente
incapazes (maiores de 16 anos e menores de 18 anos, os ébrios habituais, os viciados e
incapacitados momentaneamente ou definitivamente de exprimir sua vontade. Porém
existem quatro classes que são proibidos de exercer a atividade empresarial, os
funcionários públicos, os militares integrantes das forças armadas, os auxiliares do
empresário, e o falido.

O empresário é uma atividade exercida com habitualidade, feita com profissionalismo,


pois é um meio de vida e sobrevivência, e sua maior importância na sociedade é seu
desenvolvimento econômico e social do país que veio em crescente desde a sua “criação”,
contudo é necessário que cumpra sua função social exercendo suas atividades em
consonância com a previsão contida na sua constituição.

Porem em 1850 comerciante era pessoa física ou jurídica (sociedade empresária) que, em
caráter habitual e profissional, pratica atos de comércio visando lucro, e sendo praticados
com habitualidade, profissionalidade e intuito de lucro pelos comerciantes, porem com o
passar dos anos veio as mudança e com ela Cesare Vivante desenvolveu uma nova teoria
para identificação do sujeito das normas do Direito Comercial, recepcionada inicialmente
pelo ordenamento jurídico italiano, particularmente o Código Civil italiano de 1942. Que
refere-se a teoria da empresa, que inspirou a reforma da legislação comercial de inúmeros
países, e com a unificação parcial do direito civil e do direito comercial a lei passou a
considerar empresário todo aquele que, em caráter profissional, habitual e com intuito de
lucro exerce atividade econômica organizada para produção de bens ou serviços,
art. 966 do Código Civil de 2002.

Muitas vezes o empresário individual se confunde com o MEI, porém MEI foi criado em
2008 e é um profissional autônomo ou microempresário, que tem sua atividade
legalizadas e introduzido pela Lei Complementar 128/08 e inserido na Lei Geral da Micro e
Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06). Sendo assim ele não pode ter sócio e é
possível ter apenas 1 colaborador como empregado, sua renda bruta anual não poderá
ultrapassar a 81 mil reais, assim se enquadrará no Simples Nacional e fica isento dos
tributos federais (Imposto de Renda, PIS, COFINS, IPI e CSLL). Paga apenas o valor fixo
mensal de R$ 48,70 (comércio ou indústria), R$ 52,70 (prestação de serviços) ou R$ 53,70
(atividades mistas, comércio e/ou indústria e serviços), que será destinado à Previdência
Social e ao ICMS ou ao ISS. De acordo com o salário-mínimo essas quantias são atualizadas
anualmente. Caso o valor anual do MEI ultrapasse ele pode migrar para empresário
individual e até empresa de pequeno porte, sempre dependendo do faturamento anual
do seu empreendimento.

ao contrário do MEI, o Empresário Individual tem um faturamento anual máximo


muito maior, podendo chegar até a R$ 360 mil sendo considerado ME
(Microempresa) ou até 4,8 milhões sendo EPP (Empresa de Pequeno Porte), isso
se enquadrando no regime do Simples Nacional. (JÚNIOR, 2021).

Contudo teve a uma crescente impactante no cenário braseiro desde a sua criação, MEI
que tem o significado de Microempreendedor Individual, que por sua vez é um
profissional autônomo que quando cadastrado como MEI, passa a ter um CNPJ,
garantindo suas facilidades de uma pessoa jurídica.

Temos também a sociedade unipessoal, onde também chega a ser comparada ou confundida com
o empresário individual, porém na sociedade unipessoal os sócios não podem ser
responsabilizados pelos prejuízos dos negócios, com exceção das suas cotas de participação.
Assim, seus patrimônios pessoais ficam protegidos e separados do empresarial. O governo lançou
a Medida Provisória 881/2009, já convertida para a Lei nº 13.874, de 20 de setembro de
2019, que traz uma série de medidas nesse sentido, possibilidade da constituição da sociedade
limitada unipessoal. Essa lei altera o artigo 1.052 do Código Civil , que agora diz: “a sociedade
limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas”. Não se trata, portanto, de um novo
formato jurídico, mas da possibilidade de usar um formato já existente com uma nova
configuração. Uma grande vantagem é não possuir limite de faturamento, podendo também
contatar vários funcionários e viabilizando a formalização de inúmeras atividades empresariais,
também não exige a integralização de um capital social mínimo não precisando investir os valores
iniciais.

Contudo com a evolução histórica dos empresários individuais houve a necessidade de


agrupamento entre os comerciantes com a finalidade de enfrentar a concorrência exercendo uma
atividade econômica organizada, entretanto a maior evolução referente aos empresários foi o
Microempreendedor Individual (MEI) que segundo o portal do empregador, que informa a
crescente, trazendo um grande crescimento econômico para o pais vem tendo um aumento de
cadastramento anualmente, entretanto ganhou um crescimento de quase um milhão de MEI
durante a pandemia, com a alta de desemprego e  trabalhadores por conta própria buscando ter
maiores benefícios e ter um CNPJ, número de microempreendedores individuais chega a 10,8
milhões.

Fonte: Portal do empreendedor – Número de MEI no Brasil – Foto: Economia G1

Por mais que os empresários individuais tenham ganhado mais destaque nos últimos
anos, existem também outros tipos de empresas com enquadramentos diferentes, nas
quais podem ser mais proveitosas e lucrativas para certas sociedades, no entendo todas
contribuem para o funcionamento empresarial e econômico no país, e essas empresas
vem mudando e se adaptando ao longo do tempo, um grande exemplo disso é o EIRELI
que foi extinta pela lei 14.195 publicada no dia 27 de agosto de 2021. Dando espaço para
a nova modalidade SLU (Sociedade Limitada Unipessoal).

Outra Modalidade menos conhecida é a S.A, (Sociedade anônima), essa sociedade se


caracteriza por ter um investimento inicial alto e pretensão de grande crescimento, e é
uma sociedade dividida em ações, e seus sócios acionistas tem responsabilidade limitada
de acordo com o valor de suas ações adquiridas, na empresa a S.A pode ser do tipo de
capital aberto que permite negociação de ações e de capital fechado que não permite
negociação de ações, e o patrimônio pessoal dos acionistas não confunde com os da
empresa

Uma empresa que é muito conhecida é a sociedade Limitada (LTDA), essa se caracteriza
principalmente por ser dividida em quotas com valor nominal, em outras palavras, limitar
a responsabilidade dos sócios da empresa de acordo com o quando investiram na
empresa. Essa sociedade oferece proteção as patrimônio pessoal dos sócios, e é mais
simples que uma S.A, por esses e mais alguns motivos essa sociedade é a mais popular no
Brasil. Essas e várias outras sociedades existem para suprir necessidades econômicas
diferentes e se encaixaram melhor ao que o empreendedor pretende Investir.

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