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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
QMC5416 - FISICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL A
PROFESSORA: DRA. VERA LUCIA A. F. BASCUNAN

EXP. 01: DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE DISSOCIAÇÃO DE


INDICADORES POR ESPECTROFOTOMETRIA.

Thainá Hank - 14200135


Luísa de Melo Arruda - 15206759

Florianópolis
Setembro, 2017
Sumário

1. Introdução………………………………………………………. pág. 04
2. Procedimento experimental…………………………………. pág. 07
3. Resultados e discussão……………………………………….. pág. 09
4. Conclusão…………………………………………………...…… pág. 15
5. Referências………………………………………………………. pág. 16

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Resumo

Este trabalho tem como objetivo determinar a constante de dissociação do corante


vermelho de metila por meio da técnica espectrofotometria UV-Vis, explorando conceitos
fundamentais de equilíbrio químico. Esse estudo foi realizado a partir de varreduras do
intervalo de comprimento de onda de interesse (visível) em soluções de mesma
concentração do analito, variando apenas as proporções das espécies dissociadas ou não
em relação ao pH de cada amostra. Observou-se também o comportamento óptico de
outros 7 indicadores, incluindo o vermelho de metila, variando-se o pH.
Palavras-chave: Vermelho de metila. Constante de dissociação. Espectrofotometria UV-Vis.

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Abstract
This work aims to determine the dissociation constant of methyl red dye by
spectrophotometric UV-Vis technique, exploring fundamental concepts of chemical
equilibrium. This study was carried out by scanning the wavelength range of interest (visible)
in solutions of the same analyte concentration, varying only the proportions of the species
dissociated or not in relation to the pH of each sample. The optical behavior of the other 7
indicators, including methyl red, was also observed by varying the pH.
Keywords: Methyl red. Dissociation constant. Spectrophotometric UV-Vis.

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Introdução

Na química, indicadores ácido-base são substâncias empregadas na determinação


qualitativa do pH de um determinado meio, apresentando alteração visual na solução a ser
estudada. Estruturalmente, podem ser ácidos ou bases fracas orgânicas cuja cor quando
não-dissociados difere dos seus íons, de acordo com a teoria da dissociação eletrolítica
iônica dos indicadores, difundida por Wilhelm Ostwald.
Para indicadores ácidos, estes apresentam hidrogênios ionizáveis, logo, quando o
meio encontra-se ácido, por efeito do íon comum, a molécula mantém-se neutra pelo
equilíbrio. Em meio básico, estes hidrogênios ionizáveis são atraídos pelas hidroxilas para
que haja a formação de água, assim dissociando ânions e manifestando uma tonalidade
diferente para a solução. Indicadores básicos, evidentemente, comportam-se de maneira
contrária a dos ácidos.
Contudo, esta teoria não oferece maiores informações quanto ao mecanismo de
produção das cores ou mesmo como estas deixam de existir, sendo necessário também o
embasamento em uma segunda teoria para que se possa compreender. Dessa forma,
desenvolveu-se a teoria cromófora, qual alega que esta mudança se dá pela existência de
determinados grupos de átomos ou ligações na molécula do indicador, sendo capazes de se
rearranjar em diferentes condições de pH.

Figura 1 - Grupos cromóforos e comprimentos de absorção.

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Figura 2 - Exemplo de equilíbrio num indicador ácido-base, Fenolftaleína.

As bandas observadas em espectros eletrônico são derivadas do fenômeno de


absorção de luz, devido à promoção de elétrons de um nível de mais baixa energia para
outro de maior energia. Essas transições eletrônicas são de alto custo energético quando
comparadas a outras transições, como as vibracionais e rotacionais, e por isso necessitam
de luz mais energética (menor comprimento de onda) para seu estudo.
Formalmente um cromóforo é uma parte, geralmente um átomo ou um grupo de
átomos, de uma entidade molecular em que ocorre uma transição eletrônica que é
responsável por uma dada banda no espectro que é aproximadamente localizada. Nem
todas as transições eletrônicas teoricamente possíveis são observadas, é possível prever
quais serão ou não observadas experimentalmente com maior probabilidade utilizando um
conjunto de regras conhecido como regras de seleção. Assim as transições são agrupadas
em permitidas e proibidas, sendo as permitidas com maior probabilidade de ocorrerem e as
proibidas com probabilidade muito menor de serem observadas.
Segundo a IUPAC, espectroscopia é o estudo de sistemas físicos por meio da
interação com a radiação eletromagnética ou sua emissão. Já espectrometria é o
procedimento de medida da radiação para obter informações sobre o sistema e seus
componentes. O espectro de uma solução que absorve luz na região do ultravioleta ou
visível pode ser facilmente obtido a partir de um espectrofotômetro. É possível realizar
medidas incidindo um feixe de luz de um comprimento de onda de interesse através da
amostra e obter a intensidade de luz absorvida. E há também a capacidade de determinar a
variação da quantidade relativa de luz absorvida num intervalo de comprimentos de onda,
sendo esse último método conhecido popularmente como varredura de espectro. A variação
do espectro de absorção de um indicador ácido-base em função do pH oferece um
excelente método para determinar o valor da sua constante de dissociação, ou seja
determinar o valor de pH onde metade do indicador está na forma ácida e metade na forma
básica.
A relação logarítmica de intensidade da luz incidida (Io) e a intensidade da luz que
passou através da amostra (I) é chamada de absorbância (A), ela se dá pela equação (1).

𝐴 = 𝑙𝑜𝑔 (𝐼𝑜 ÷ 𝐼) (1)


As leis de Lambert, Beer e Bouguer que relacionam a atenuação da luz e as
propriedades do material por qual ela atravessa, comumente chamada apenas de lei de

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Lambert-Beer (2), correlaciona absorbância e a concentração (C) das espécies absorventes
analisadas. Sendo ε o coeficiente de absortividade molar e b o caminho óptico.
𝐴 = ε 𝑏 𝐶 (2)

Para medidas de absorbância confiáveis fundamentadas na lei de Lambert-Beer é


necessário calibrar o instrumento utilizado, de modo a utilizar apenas a faixa linear da lei,
desprezando outros fenômenos como o espalhamento Rayleigh.
Este procedimento é de extrema importância para a bioquímica clínica, onde há a
determinação espectrofotométrica de compostos corados quais são produtos de uma
reação entre o reagente a ser estudado e o reagente cromogênico. O método é reconhecido
como colorimétrico, sendo muito sensível, e o fato destes compostos absorverem na região
do visível do espectro eletromagnético torna-o vantajoso.
Quanto aos indicadores, na indústria, a importância destas substâncias deve-se ao
fato de que há processos que só serão possíveis dentro de um controle estrito da
concentração dos íons H+ e, embora existam equipamentos como potenciômetros, estes
não são adequados para reações entre reagentes tóxicos, por exemplo, sendo então a
indicação visual a preferida para esta situação. Ademais, caracteriza-se como um teste
químico simples, podendo ser realizado mesmo em bancada, tendo custo viável. Entretanto,
fatores como temperatura e os solventes escolhidos para determinação da faixa do pH em
que se encontra o sistema são cruciais para obter-se uma melhor visualização do ponto de
viragem, visto que estes compostos estão passíveis a uma perda ou aumento de
sensibilidade, modificando a zona de transição entre a molécula neutra e a ionizada.
Empregando-se solventes não-aquosos, em geral orgânicos, como o etanol, diminui-se a
constante de ionização dos ácidos e bases fracos, aumentando a sensibilidade de
indicadores ácidos aos íons hidrogênio, por exemplo. Ao decorrer da prática realizada,
optou-se por trabalhar com soluções tampão de hidrogeno fosfato de sódio e ácido cítrico.
Conceitualmente, um tampão caracteriza-se por uma solução contendo ácido fraco e
um respectivo sal ou uma base fraca e seu respectivo sal. A finalidade deste preparo é
evitar a variação do pH ao adicionar-se um ácido ou uma base forte ao meio, pois o
equilíbrio ácido-sal ou base-sal deve ser reestabelecido, de acordo com o princípio de Le
Chatelier. Para tanto, as concentrações das soluções iniciais do ácido ou base e seus sais
devem ser próximas, a fim de que o equilíbrio não esteja deslocado, garantindo a eficiência
do tampão.

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Procedimento experimental

Materiais:

1. Bureta 10 mL (02)
2. Pipeta volumétrica 1 mL
3. Tubo de ensaio médio (13)
4. Hidrogeno fosfato de sódio 0,2 mol/L
5. Ácido cítrico 0,1 mol/L
6. Pipeta pasteur
7. Solução de Vermelho de Metila
8. Soluções de indicadores
9. pHmetro
10. Espectrofotômetro UV-Vis

Com o auxílio de duas buretas, foram preparadas 6 soluções tampão a partir de


hidrogenofosfato de sódio 0,2 mol/L e ácido cítrico 0,1 mol/L de acordo com os volumes
indicados na Tabela 1. Para as leituras do pH de cada solução preparada foi utilizado um
pHmetro, ajustando o pH de cada solução para o de interesse com uma pipeta pasteur.

Tabela 1 - Volumes utilizados no preparo das soluções tampão.

Solução HPO42-(aq) (mL) Ácido cítrico (mL) pH teórico pH ajustado

1 2,0 8,0 3,0 2,87

2 4,0 6,0 4,0 3,92

3 5,2 4,8 5,0 4,80

4 5,2 4,8 5,0 5,31

5 6,3 3,7 6,0 5,83

6 8,2 1,8 7,0 7,18

Fonte: McIlvaine T.C., (1921).

Assim que todas as soluções estavam preparadas foi transferido 1 mL de cada


solução para cada tubo de ensaio de um total de 6 tubos, cada qual para um respectivo
valor de pH. Para cada tubo de ensaio desses numerados de 1 a 6 foram adicionados, com
auxílio de uma pipeta volumétrica, 1 mL do corante vermelho de metila diluído.
Os valores de absorbância de cada tubo de ensaio foram medidos utilizando um
espectrofotômetro com introdução da amostra em forma de gota, com ajuda do técnico
responsável pelo laboratório foram feitas varreduras de cada espectro no intervalo de
comprimento de onda contido entre 400 nm e 600 nm.

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As soluções de gradiente de pH anteriormente reservadas foram suporte para o
estudo qualitativo de uma série de indicadores ácido-base listados na Tabela 2, a solução
de maior valor de pH foi dividida em dois recipientes (6a e 6b) para dois testes.

Tabela 2 - Série de indicadores ácido-base utilizados no estudo qualitativo da cor em


relação ao pH do meio.
Solução Indicador pH de mudança Cor A Cor B

1 Alaranjado de metila 2,9 - 4,6 Vermelho Alaranjado

2 Azul de bromofenol 2,8 - 4,6 Amarelo Azul

3 Vermelho de metila 4,2 - 6,3 Vermelho Amarelo

4 Bromocresol púrpura 5,2 - 6,8 Amarelo Púrpura

5 Azul de bromotimol 6,0 - 7,6 Amarelo Azul

6a Vermelho de cresol 7,2 - 8,8 Amarelo Vermelho

6b Fenolftaleína 8,3 - 10,0 Incolor Rosa

Fonte: VOGEL A. I., (1992).

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Resultados e discussão
O Gráfico 1 foi obtido utilizando-se o espectrofotômetro com introdução da amostra
em forma de gota, onde realizou-se uma varredura na região do visível para cada amostra
contendo o indicador vermelho de metila, em diferentes pH. A partir dessa representação
visual foi possível escolher um comprimento de onda que apresentou melhor contraste entre
absorbâncias em diferentes pH, portanto o estudo do pH em função da absorbância foi
realizado no comprimento de onda 525 nm. Em torno do comprimento de onda 465 nm foi
observado um ponto onde várias curvas se encontraram. Esse ponto é denominado ponto
isoabsortivo ou isosbéstico e é característico de sistemas constituídos por dois cromóforos
que são interconvertíveis, de maneira em que a quantidade total seja mantida constante. A
existência de um ponto isosbéstico salienta a ocorrência de um equilíbrio químico entre as
duas espécies.

Gráfico 1 - Varreduras espectrais na região do visível das 6 soluções de diferentes pH.

Fonte: Ilustração fornecida pelas próprias autoras.

Neste trabalho foi considerado que a absorbância total mensurada é proveniente


apenas da soma das absorções das duas espécies oriundas do vermelho de metila em
solução (3). Com o auxílio da equação de Henderson-Hasselbalch a expressão do pH em
função da absorbância (4) foi derivada, adotando que a absorbância lida da solução de
maior pH é proveniente de apenas espécies absorventes do vermelho de metila ionizado e

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analogamente, que a absorbância lida da solução de menor pH é proveniente de apenas
espécies absorventes do vermelho de metila não ionizado. Sendo pH o potencial
hidrogeniônico de cada solução, pk a constante de dissociação, A a absorbância de cada
solução, AH a absorbância do vermelho de metila não ionizado e AI a absorbância do
vermelho de metila ionizado.
𝐴 = 𝐴𝐻 + 𝐴𝐼(3)

𝑝𝐻 = 𝑝𝑘 + 𝑙𝑜𝑔 ( (𝐴) − (𝐴𝐻)


(𝐴𝐼) − (𝐴) ) (4)
A equação da reta foi plotada no Gráfico 2 com pH no eixo das ordenadas e o log do
quociente como eixo das abcissas, sendo pk o coeficiente linear da reta.

Gráfico 2 - Representação da equação de Henderson-Hasselbalch a partir dos


valores de absorbância obtidos.

Fonte: Ilustração fornecida pelas próprias autoras.

A equação da melhor reta (5) foi obtida através da linha de tendência dos pontos e
com ela foi determinado o valor do coeficiente linear, ou seja, o valor da constante de
dissociação do vermelho de metila (pk).

y = 0,871x + 5,201 (5)


pk = 5,20

Fazendo uso dos valores obtidos de absorbância das soluções de vermelho de


metila e seus respectivos pH, no comprimento de onda de estudo, foi possível plotar o
Gráfico 3 de absorbância versus pH. O comportamento de maior absorção (nesse

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comprimento de onda específico) da espécie protonada apresentado já era esperado pois é
visualmente perceptível no Gráfico 1, porém mesmo com poucos pontos pode-se notar a
suave inflexão quando o pH se aproxima de 5,00, o que de fato corrobora o resultado
apresentado para a constante de dissociação.

Gráfico 3 - Absorção de radiação de comprimento de onda 525 nm em função do pH.

Fonte: Ilustração fornecida pelas próprias autoras.

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Figura 1 - Teste qualitativo de pH utilizando diversos indicadores ácido-base.

Fonte: Figura fornecida pelas próprias autoras. Da esquerda para a direita, tubos de ensaio
enumerados de 1 a 6.

A respeito do teste qualitativo, escolheu-se indicadores cuja faixa de mudança da


coloração por intermédio do pH incluísse os supostos valores de pH das amostras
preparadas para determinação. Assim, optou-se por empregar o alaranjado de metila, azul
de bromofenol, vermelho de metila, bromocresol púrpura, azul de bromotimol, vermelho de
cresol e fenolftaleína, respectivamente, como mencionado anteriormente na tabela 2.
Para o tubo de ensaio número 1, contendo a solução de pH teórico 3, ao gotejar-se
o alaranjado de metila, visualizou-se uma coloração avermelhada de pouca intensidade.
Portanto, o resultado é coerente, visto que a faixa de viragem para este indicador está entre
2,9 - 4,6; sendo os extremos vermelho e alaranjado. Logo, o pH da solução deve estar perto
de 2,9, como previsto.
Para o tubo de ensaio número 2, contendo a solução de pH teórico 4, ao gotejar-se
o azul de bromofenol, visualizou-se uma coloração entre o marrom e o roxo, em tom de
vinho. Por isso, este resultado condiz com o esperado, já que o tom de roxo pode ser
compreendido como uma mescla do amarelo e azul, tonalidades presentes nos extremos da
faixa de viragem deste indicador, e o pH teórico está em um ponto intermediário desta faixa.
Para o tubo de ensaio número 3, contendo a solução de pH teórico 5, ao gotejar-se
o vermelho de metila, visualizou-se uma coloração rosa alaranjada. Assim, reafirma o
previsto, pois a solução está num pH intermediário na faixa de viragem deste indicador,
sendo os extremos vermelho e amarelo.
Para os demais tubos de ensaio, assumiu-se os mesmos comportamentos uma vez
que as soluções preparadas estavam em pH intermediário se comparados às faixas de
viragem, exceto o último tubo de ensaio onde dividiu-se parte da amostra de pH teórico 7
que permaneceu incolor, isto porque a fenolftaleína só apresenta coloração em meio básico
acima de pH 8.

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Conclui-se, assim, que o teste qualitativo apresentou eficiência desejada,
condizendo com os pH medidos com o auxílio do pHmetro, sendo uma ferramenta
importante para confirmações rápidas. Contudo, os indicadores não são capazes de
determinar o pH exato em que se encontra a solução, entrando em desuso para situações
onde é necessária uma maior precisão devido às práticas conduzidas.

Estruturas dos indicadores usados e equilíbrios presentes nos mesmos.

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Ao término da prática, os resíduos foram preparados para o devido descarte. As
soluções manipuladas já estavam inicialmente diluídas, sendo de caráter biodegradável e
não tóxico, portanto o tratamento a ser feito deve ser a correção do pH, uma vez que o
recomendado é de que os efluentes estejam num pH entre 5 e 9. Ajustou-se o pH das
amostras com o auxílio do pHmetro, adicionando-se gotas de ácido ou base conforme
necessário. Com a intenção de que a coloração proveniente do teste qualitativo fosse
removida, depositou-se as soluções num recipiente contendo carvão ativado já presente no
laboratório, junto aos resíduos de práticas anteriores de outras equipes.
Durante o processo de remoção da cor das soluções por meio do carvão ativado,
ocorre o fenômeno físico-químico em que o componente da fase líquida é transferido para a
superfície da fase sólida, tendo como força motriz a diferença de concentrações. A fase
sólida é empacotada em um leito fixo, como uma coluna ou bloco, e o fluido a ser separado
deverá permeá-lo, até que não haja mais transferência de massa. A eficiência da adsorção
será maior para adsorventes - fase sólida - de maior porosidade, pois a fase líquida se
concentra mais nestes devido ao aumento da superfície.

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Conclusão
O estudo do equilíbrio ácido-base do indicador vermelho de metila através da
técnica de espectrofotometria de absorção se mostrou bem sucedida. A constante de
dissociação do indicador foi determinada como 5,20, o que aparenta ser um valor coerente
quando comparado tanto com o intervalo de mudança na coloração observado no teste
qualitativo, quanto quando comparado a valores encontrados na literatura. A prática se
revelou informativa, conduzindo à familiaridade do aluno para com diversos indicadores e
suas faixas de cores, de modo natural, sem a necessidade de ensino por memorização.
Outro ponto alto do experimento é a introdução de estudantes de química à calibração e
uso de um pHmetro, como também a introdução de amostra por gota em um
espectrofotômetro.

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Referências

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527 p.

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<http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/quimica/chuva_acida/ppp/dd_aprofundament
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VOGEL, Arthur Israel. Analise quimica quantitativa. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, c1992.
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