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Física Experimental II: Análise de Resultados – 3° Bloco

Bruna Grasielli Sebben

Capítulo 11: Introdução aos Equipamentos de Medidas Elétricas

RESUMO DO EXPERIMENTO

Para este experimento, usa-se um gerador de função, um osciloscópio e monta-se


diferentes circuitos, com diferentes associações de componentes (capacitor - C, resistor – R
e indutor magnético – L).
Primeiramente, utilizando um circuito formado por um capacitor de 1microF e um
resistor de 10 Ω monta-se o osciloscópio, utilizando o canal 1 conectado ao gerador de
função e o canal dois conectado ao capacitor. No gerador de função, seleciona-se a função
de onda quadrada e a frequência de 100Hz. Então, no osciloscópio, mede-se a distância entre
duas cristas de onda (ou de dois vales) para averiguar se a frequência informada pelo
gerador de função é a mesma medida. Em seguida, mede-se a amplitude da onda, que
corresponde à diferença de potencial. De acordo com a teoria, calcula-se 63% do valor
obtido de ddp e busca-se este valor no gráfico. Por fim, os cursores referentes à t1 e t2 são
ajustados de forma que t1 fique no ponto mínimo da curva e o t2 fique no cruzamento entre
a onda e a linha correspondente a 63% de ∆𝑉.
Em seguida, altera-se o circuito, mudando o componente que será medido pelo
canal 2, alterando a frequência do gerador de função e, eventualmente, mudando o formato
da onda para senoidal.

Capítulo 12: Força Magnética sobre Condutores de Corrente


Esse experimento foi o tema do relatório, então aqui não está completo.

RESUMO DO EXPERIMENTO

O primeiro experimento consiste em analisar a direção e o sentido dos vetores


campo magnético (𝐵 ⃗ ), corrente elétrica (𝑖𝐿⃗) e força magnética (𝐹 ). Monta-se o conjunto
imã-fio condutor utilizando o imã na posição vertical para melhor visualização do
fenômeno. Conecta-se a ponta de prova vermelha à um interruptor e então à fonte. A ponta
de prova preta deve ser ligada diretamente da fonte ao fio condutor. Variando a intensidade
de corrente e ligando o interruptor é possível fazer uma análise qualitativa do fenômeno,
visto que, com a passagem de corrente e presença de campo magnético, uma força é aplicada
ao fio condutor.
No segundo experimento são utilizadas placas com condutores de diferentes
comprimentos. Prende-se a placa em uma balança e coloca-se um imã com as faces
suficientemente próximas da placa, para que o campo magnético seja o mais uniforme
possível. Além disso, a placa deve ficar centrada em relação ao imã, para que sejam evitados
efeitos de borda e o mesmo campo magnético permeie toda a placa. Toma-se nota das
massas, primeiramente com a ausência de corrente e após com a influência de corrente,
aumenta-se gradualmente a corrente e o mesmo procedimento é realizado para as demais
placas.

ANÁLISE DE RESULTADOS

Carácter Vetorial da Força: Ímã e Fio Condutor


1. Desenhe esquematicamente, na figura 12.3 na página anterior, o sentido da corrente
elétrica, do campo magnético e da força magnética para cada situação analisada no
experimento. Utilize para isso o triedro de vetores.
O sentido da corrente é do terminal vermelho para o preto e o sentido do campo
magnético depende dos polos do imã. Para melhor observação da força resultante, coloca-
se o imã na posição vertical, assim a força resultante aparecerá atuando sobre o fio condutor
na direção horizontal. Seguindo a regra da mão direita, a força magnética atua para o lado
esquerdo no caso em que o campo elétrico aponta para baixo e para a direita no caso em
que o campo aponta para cima. Esta constatação pode ser confirmada experimentalmente
invertendo a posição do imã.
2. Qual é a variação que ocorre, quando se inverte a polaridade dos fios?
Quando a polaridade dos fios é invertida, a corrente passa a percorrer o sentido
contrário do fio condutor, então, para uma mesma direção do campo magnético, a força
aponta para o sentido contrário.
3. Explique o que aconteceu quando a intensidade de corrente foi aumentada.
Quanto maior a intensidade da corrente, maior a força magnética, tal que:

𝐹 = 𝑖𝐿⃗ 𝑋 𝐵

Intensidade da Força: Balança de Corrente


1. Considere o condutor de comprimento 25mm. Utilizando os resultados da tabela
12.1 na página anterior, referentes às correntes de 1A, 2A e 4A que circularam pelo
condutor, calcule a força magnética correspondente a cada leitura. A força peso das
massas em um dos braços da balança é equilibrada pela força magnética sobre o
condutor acrescida da força peso deste condutor, que estão aplicadas no outro braço
da balança. Lembre-se que o que interessa é a variação da força em relação ao valor
medido sem corrente.

|𝐹𝑏𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑎 | = |𝐹 | + |𝐹𝑝𝑒𝑠𝑜 |

|𝐹 | = 𝑚𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑔 − 𝑚𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 𝑔

2. O que você observa com a força magnética à medida que a corrente aumenta?
Como são grandezas diretamente proporcionais, conforme a intensidade da
corrente aumenta, o módulo da força magnética aumenta também.
3. Considerando as incertezas da leitura da balança e da aceleração da gravidade e os
resultados da tabela 12.1 na página anterior calcule, para a trilha horizontal de
comprimento 25mm percorrida pela corrente de 2A, a força magnética com
incerteza.
𝑚
|𝐹 | = (34,35 ± 0,005). 10−3 𝑘𝑔 . (9,78 ± 0,01)
𝑠2
− (34,04 ± 0,005). 10 𝑘𝑔. (9,78 ± 0,01)𝑚/𝑠 2
−3

|𝐹 | =
4. Para cada trilha horizontal, faça um gráfico com a leitura da balança representada
no eixo vertical e a corrente no eixo horizontal. Ajuste uma curva a estes pontos
experimentais e obtenha a sua equação. Esboce o resultado obtido na figura 12.4.

|𝐹 | = 𝑖|𝐿⃗|𝑋|𝐵
⃗ | = 𝑖𝐿𝐵𝑐𝑜𝑠𝜃 = 𝑖𝐿𝐵

𝐹𝑏𝑎𝑙 = 𝐹𝑚𝑎𝑔 + 𝐹0 = 𝑖𝐿𝐵 + 𝐹0


𝐿𝐵
𝑚𝑏𝑎𝑙 = 𝑖 + 𝑚𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎
𝑔

Para este gráfico, os coeficientes angular e linear representam LB/g e a massa da placa,
respectivamente. As únicas grandezas que variam, neste caso, são a massa e a corrente do
circuito. O comprimento da trilha horizontal, o módulo do campo magnético e a aceleração
da gravidade são constantes e por isso compõem o coeficiente angular.

Capítulo 13: Circuitos RC e RLC no Regime Transitório

ANÁLISE DE RESULTADOS

Circuito RC
1. Qual é a constante de tempo obtida em cada curva? Elas deveriam ser iguais?
Justifique.
A constante de tempo de carga e descarga devem ser iguais porque as funções VR e VC
são complementares. Além disso a resistência e a capacitância do circuito são constantes,
então, se RC=cte, τ=cte.
−𝑡
𝑉𝐶 = 𝜀 (1 − 𝑒 𝑅𝐶 )

−𝑡
𝑉𝑅 = 𝜀 𝑒 𝑅𝐶

2. Analise a diferença obtida entre o valor medido de C e o valor nominal. Qual foi o
desvio obtido? Quais foram as possíveis causas?
Para cálculo do C:
𝜏
𝜏 = 𝑅𝐶; 𝐶 =
𝑅
Os dois valores obtidos foram os mesmos, porém para casos em que o resultado é
diferente, uma possível causa pode ter sido a dificuldade de encontrar no osciloscópio
exatamente os 63% da diferença de potencial máxima.
3. Se você quisesse determinar a carga máxima no capacitor, como você procederia?
𝑞
𝐶= ; 𝑞 = 𝐶𝑉
𝑉
𝑞𝑚𝑎𝑥 = 𝐶 𝑉𝑚𝑎𝑥 = 𝐶𝜀
Circuito RLC
1. Faça uma comparação do circuito RLC com o oscilador massa-mola. Analise com
detalhes todas as semelhanças.
A equação diferencial do operador massa-mola é:
𝑑2 𝑥 2 𝑑𝑥
𝑚 2
+𝑏 + 𝑘𝑥 = 𝐹𝑒𝑥𝑡
𝑑𝑡 𝑑𝑡
A equação diferencial do circuito RLC em série é:

𝑑2 𝑞2 𝑑𝑞 𝑞
𝐿 2
+𝑅 + =𝑉
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝐶
Ao comparar as duas equações, percebe-se uma certa similaridade e pode-se comparar
as grandezas analisadas em cada caso, visto que o comportamento de tais equações é
similar.
L=m, q=x, R=b, 1/C=k, V=Fext.

2. Que mudança você observa nos gráficos ao utilizar diferentes resistores?


Quando se usa dois resistores diferentes, o de maior resistência apresenta um gráfico
com maiores amplitudes de oscilação, assim como menor tempo de oscilação de cada pico.
Consequentemente, se a resistência for menor, a amplitude dos picos será menor e o tempo
de cada oscilação será maior.
3. Observando os gráficos no osciloscópio compare as fases das tensões sobre o
indutor e o capacitor. O que você observa? Explique.
O indutor possui a característica de atrasar 90° a corrente, enquanto que o capacitor
atrasa em 90° a tensão.
4. A teoria prediz que num circuito RLC a frequência de ressonância é igual a
1
𝑓𝑜 =
2𝜋√𝐿𝐶
Com base nesta afirmação, determine a indutância da bobina utilizada.

5. Considere os dados obtidos com o resistor de 22Ω. Com base na equação da


envoltória da oscilação amortecida
𝑅
𝐴(𝑡) = 𝐴𝑚 𝑒 −2𝐿𝑡
faça um gráfico de A em função de t e o ajustamento necessário para obter o valor
da resistência total do circuito. Coloque o esboço na figura 13.7.
6. Com os dados utilizados no item anterior, faça um gráfico de ln(A) em função de t.
Coloque o esboço na figura 13.7. Faça o ajuste e compare o resultado com aquele
obtido no gráfico anterior.
7. Capítulo 14: Indução Magnética

ANÁLISE DE RESULTADOS

Ímã caindo

1. Por que os picos que surgem são desiguais?

Porque a velocidade do imã é menor na entrada do que na saída do indutor.


Teoricamente as áreas abaixo de cada pico devem ser iguais porque a variação do fluxo é
igual para a entrada e saída do ímã do indutor.

2. Qual dos picos é o maior? Tente descobrir por quê.

O segundo pico é maior do que o primeiro porque, como o ímã leva menos tempo para
atravessar segunda metade do indutor, a diferença de potencial nesse trecho é maior
porque a velocidade do imã aumenta (devido à força da gravidade). Além disso, a variação
do fluxo deve ser o mesmo nos dois casos, então se o tempo aumenta a diferença de
potencial diminui e vice-versa.

3. O que muda no gráfico quando o ímã é invertido?

Quando o ímã é invertido o gráfico é espelhado no eixo t (ou x), assim, a diferença de
potencial inverte de sinal devido à inversão dos polos do ímã.

4. O que muda no gráfico quando o número de espiras é aumentado?

Quanto maior o número de espiras utilizado, maiores serão as diferenças de potencial


representadas no gráfico. Isso acontece porque, quando o imã percorre o indutor, a variação
do campo magnético provoca um fluxo magnético em cada uma das espiras. O total do fluxo
é representado pela soma do fluxo em cada espira, então, com maior quantidade de espiras,
maior o fluxo magnético.

5. Para uma das curvas, selecione os dados da tensão medida e transfira os para um
programa de planilha e análise de dados. Programe esta planilha de forma que seja
calculado, por integração numérica, o fluxo magnético fi(t) em todos os instantes.
Faça o gráfico do fluxo calculado em função do tempo e esboce-o na figura 14.7.
1. Qual foi a forma de onda da tensão induzida no indutor 2 quando foi aplicada uma
onda triangular no indutor 1? Observando os gráficos registrados, que relação
matemática associa estas duas funções?

O formato da onda induzida vai sempre ser a derivada da onda do indutor primário,
então, para uma onde triangular, no indutor secundário a forma de onda induzida será
quadrada. (derivada reta> constante, alternância entre retas com coef angular positivo e
negativo provocam o caimento da função quadrada).

2. Qual foi a forma de onda da tensão induzida no indutor 2 quando foi aplicada uma
onda senoidal no indutor 1?

A forma de onda induzida será a derivada da função seno, que é a função cosseno.

3. Qual a forma de onda da corrente elétrica no primário? Qual a relação da forma desta
corrente com a tensão aplicada pela fonte?

Normalmente o formato da corrente elétrica é o mesmo da onda do indutor primário,


porém com amplitudes diferentes, já que 𝑖 = 𝑉/𝑅, a amplitude da função será R vezes
menor do que a da onda de tensão.

4. No caso da onda senoidal, existe diferença de fase entre a tensão aplicada pela fonte
e a corrente circulando no primário? Explique.

Neste caso a onda de corrente estará com uma diferença de fase de 90°.

Capítulo 15: Circuitos RC e RLC no Regime Senoidal Permanente


ANÁLISE DE RESULTADOS

Circuito RC

1. Faça um gráfico de (VF /VR) ² em função de 1=f². Esboce o resultado na figura 15.4.
2. Que forma de curva você espera obter para este gráfico?

Reta

3. Ajuste uma equação para ele usando um programa de computador.

a = 157.982,7912; b =1,0749

Circuito RLC

1. Construa um gráfico de I/VF em função da frequência f. Represente as duas curvas,


relativas a R1 e R2, num mesmo gráfico. Esboce o resultado na figura 15.5.

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