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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO


EE MANOEL DA COSTA LIMA

Professor: Maria de Lourdes Alves da Siva - Língua Portuguesa - 1º ANO E


- 8 Aulas
Gêneros literários
LITERATURA

A Literatura é uma manifestação artística difícil de ser conceituada. Para nos ajudar a melhor entendê-la,
Aristóteles, em sua Arte Poética, definiu aquilo que chamamos de gêneros literários. Portanto, é
interessante observar que a história da teoria dos gêneros pode ser contada a partir da Antiguidade greco-
romana, quando também surgiram as primeiras manifestações poéticas da cultura ocidental.
Os gêneros literários reúnem um conjunto de obras que apresentam características análogas de forma e
conteúdo. Essa classificação pode ser feita de acordo com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos,
formais, contextuais, entre outros. Eles se dividem em três categorias básicas: gêneros épico, lírico e
dramático. Vale salientar também que, atualmente, os textos literários são organizados em três gêneros:
narrativo, lírico e dramático.
Gênero épico ou narrativo: No gênero épico ou narrativo há a presença de um narrador, responsável por
contar uma história na qual as personagens atuam em um determinado espaço e tempo. Pertencem a esse
gênero as seguintes modalidades:
Épico;
Fábula;
Epopeia;
Novela;
Conto;
Crônica;
Ensaio;
Romance.
Gênero lírico: Os textos do gênero lírico, que expressam sentimentos e emoções, são permeados pela
função poética da linguagem. Neles há a predominância de pronomes e verbos na 1ª pessoa, além da
exploração da musicalidade das palavras. Estão, entre as principais estruturas utilizadas para a composição
do poema:
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Elegia;
Ode;
Écloga;
Soneto.
Gênero dramático: De acordo com a definição de Aristóteles em sua Arte Poética, os textos dramáticos são
próprios para a representação e apreendem a obra literária em verso ou prosa passíveis de encenação
teatral. A voz narrativa está entregue às personagens, atores que contam uma história por meio de
diálogos ou monólogos. Pertencem ao gênero dramático os seguintes textos:
Auto;
Comédia;
Tragédia;
Tragicomédia;
Farsa.

Atividades:
1-Sobre o gênero lírico, estão corretas, exceto:
a) Gênero marcado pela subjetividade dos textos. Presença de um eu lírico que manifesta e expõe seus
sentimentos e sua percepção acerca do mundo.

b) As mais conhecidas estruturas formais do gênero lírico são a elegia, o soneto, o hino, a sátira, o idílio, a
écloga e o epitalâmio.
c) São longos poemas narrativos em que um acontecimento histórico protagonizado por um herói é
celebrado.
d) Nota-se, no gênero lírico, a predominância de pronomes e verbos na 1ª pessoa e a exploração da
musicalidade das palavras.
e) Os poemas do gênero lírico podem apresentar forma livre ou estruturas formais.

2- Leia os fragmentos abaixo para responder à questão:

I. “A serena, amorosa Primavera,


O doce autor das glórias que consigo,
A Deusa das paixões e de Citera;

Quanto digo, meu bem, quanto não digo,


Tudo em tua presença degenera.
Nada se pode comparar contigo (...)”.
Nada se Pode Comparar Contigo - Bocage

II.Canta, ó deusa, a cólera de Aquiles, o Pelida


(mortífera!, que tantas dores trouxe aos Aqueus
e tantas almas valentes de heróis lançou no Hades,
ficando seus corpos como presa para cães e aves
de rapina, enquanto se cumpria a vontade de Zeus),
desde o momento em que primeiro se desentenderam
o Atrida, soberano dos homens, e o divino Aquiles.
Ilíada - Homero

III.MADAME CLESSI – Deixa o homem! Como foi que você soube do meu nome?
ALAÍDE – Me lembrei agora! (noutro tom) Ele está-me olhando. (noutro tom, ainda) Foi uma conversa que
eu ouvi quando a gente se mudou. No dia mesmo, entre papai e mamãe. Deixe eu me recordar como foi...
Já sei! Papai estava dizendo: “O negócio acabava...”

(Escurece o plano da alucinação. Luz no plano da memória. Aparecem pai e mãe de Alaíde.)

PAI (continuando a frase) – “...numa orgia louca.”


MÃE – E tudo isso aqui?
PAI – Aqui, então?!
MÃE – Alaíde e Lúcia morando em casa de Madame Clessi. Com certeza, é no quarto de Alaíde que ela
dormia. O melhor da casa!
PAI – Deixa a mulher! Já morreu!
MÃE – Assassinada. O jornal não deu?
PAI – Deu. Eu ainda não sonhava conhecer você. Foi um crime muito falado. Saiu fotografia.
MÃE – No sótão tem retratos dela, uma mala cheia de roupas. Vou mandar botar fogo em tudo.
PAI – Manda.
Vestido de noiva – Nelson Rodrigues

IV.“ (…) Ele gostava de matar, por seu miúdo regozijo. Nem contava valentias, vivia dizendo que não era
mau. Mas, outra vez, quando um inimigo foi pego, ele mandou: – “Guardem este.” Sei o que foi. Levaram
aquele homem, entre as árvores duma capoeirinha, o pobre ficou lá, nhento, amarrado na estaca. O
Hermógenes não tinha pressa nenhuma, estava sentado, recostado. A gente podia caçar a alegria pior nos
olhos dele. Depois dum tempo, ia lá, sozinho, calmoso? Consumia horas, afiando a faca (...)”.
Grande Sertão: Veredas – João Guimarães Rosa

Os fragmentos acima representam, respectivamente, os seguintes gêneros:


a) épico – lírico – dramático – narrativo.
b) lírico – épico – dramático – narrativo.
c) narrativo – dramático – épico – lírico.
d) lírico – épico – narrativo – dramático.
e) dramático – narrativo – lírico – épico.

Trovadorismo
LITERATURA
É chamado de trovadorismo o primeiro movimento artístico que se deu na poesia europeia, sobretudo a
partir dos séculos XI e XII. Composto por cantigas líricas e satíricas, escritas pelos trovadores, que dão
nome ao movimento, era um híbrido entre a linguagem poética e a música.
Acompanhados de instrumentos musicais e de dança, os trovadores viajavam entoando suas cantigas. Foi
um dos gêneros literários mais populares da Idade Média, ao lado das novelas de cavalaria, expressão
da prosa no período.

Contexto histórico

Os trovadores recitavam as cantigas com o acompanhamento de instrumentos musicais.


O trovadorismo desenvolveu-se durante o período medieval, principalmente a partir do século XII. À
época, não existiam ainda os Estados nacionais — a Europa encontrava-se dividida em feudos, grandes
propriedades controladas pelos suseranos. O valor, na Idade Média, não era fundamentado no dinheiro,
mas na posse territorial. Por esse motivo, o cotidiano medieval era marcado por muitas guerras, batalhas e
invasões com o intuito da conquista de território.
Estabeleceu-se, então, uma relação de suserania e vassalagem: o suserano, senhor do feudo, precursor da
nobreza europeia, oferecia proteção aos seus vassalos que, em troca, produziam os bens de consumo:
cultivavam, fiavam, forjavam as armas etc.
Com o declínio do Império Romano, a partir dos séculos IV e V, o latim vulgar, língua oficial de
Roma, passou a sofrer modificações entre os povos dominados. Foi nesse longo período da Idade Média
que começaram a surgir as línguas neolatinas, como o português, o espanhol, o francês, o italiano, o
romeno e o catalão. No entanto, foi apenas no século XIV que o português surgiu como língua oficial; as
cantigas dos trovadores foram, portanto, escritas em um outro dialeto: o provençal.
Veja também: A origem da língua portuguesa
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Características do trovadorismo
As obras do trovadorismo são chamadas cantigas, pois eram escritas para serem declamadas (não havia
cultura do livro na Idade Média, a população era em grande parte analfabeta e ainda não havia sido
inventado o livro impresso), e frequentemente eram acompanhadas de instrumentos musicais, como a lira,
a flauta, a viola.
Enquanto o compositor (de origem) era chamado de trovador, o músico era chamado de menestrel.
Chamava-se segrel o trovador profissional, cavaleiro que ia de corte em corte divulgando suas cantigas em
troca de dinheiro.
Havia ainda o jogral, cantor de origem popular que interpretava cantigas de outrem e compunha as suas
próprias. As baladeiras ou soldadeiras eram as dançarinas e cantoras que também os acompanhavam nas
apresentações e dramatizações das cantigas.
Trovador tocando uma lira, instrumento musical que deu o nome ao gênero lírico.
O trovadorismo foi um movimento itinerante, isto é, os grupos de trovadores e menestréis viajavam pelas
cortes, burgos e feudos, divulgando em suas composições acontecimentos políticos e propagando ideias,
como a do comportamento amoroso esperado de um cavaleiro apaixonado.
O amor é um dos temas centrais do trovadorismo. É o eixo condutor das cantigas de amor e das cantigas
de amigo. É comum o tema da coita (coyta), palavra que designa a dor do amor, do trovador apaixonado
que sente no corpo a não realização amorosa. Daí a origem da palavra “coitado”: aquele que foi
desgraçado, vítima de dor ou mazela.
Os trovadores escreveram ainda outros dois tipos de cantiga: as de escárnio e as de maldizer, dedicadas a
satirizar e ridicularizar.
É comum que haja paralelismo nas cantigas: cada ideia desenvolve-se a cada duas estrofes — ou, na
verdade, cobras. A nomenclatura da época era diferente: a estrofe chamava-se cobra, o verso chamava-se
palavra.
Trovadorismo em Portugal
O trovadorismo galego-português desenvolveu-se, em termos gerais, em finais do século XII. Os
pesquisadores apontam sua gênese em uma cantiga de Paio Soares de Taveirós dedicada a Maria Pais
Ribeiro, a favorita do rei Sancho I, que viveu entre os anos de 1154 e 1211.
É importante salientar que a literatura portuguesa do século XII não possuía ainda uma noção de
identidade nacional plenamente instituída. O território fazia parte do Condado Portucalense e do Condado
da Galícia, terras dadas como presente de casamento a soldados cruzados que desposaram duas moças
nobres.
D. Afonso I Henriques transformou os dois condados em um reinado, mas ele mesmo só foi reconhecido
como monarca ao reconquistar essas terras resguardado pelo poder e força da cristandade. A identidade
dos trovadores, portanto, não era portuguesa, mas ibérica e hispânica. A origem desses compositores era
Leão, Galícia, o reino português, Castela etc.
Foi Dom Dinis I, no final do século XIII, quem estabeleceu a língua galego-portuguesa como oficial do reino,
junto às primeiras universidades. E ele mesmo era um rei-trovador. O monarca poeta queria que Portugal
se constituísse como nação de fato, incentivando a identidade cultural e o trovadorismo. O movimento foi,
portanto, muito importante para o desenvolvimento do idioma e da cultura portuguesa.
Saiba mais: Orfismo: a primeira fase do modernismo em Portugal
Autores e obras do trovadorismo
Houve grande número de autores das cantigas galego-portuguesas, parte deles de origem desconhecida,
anônima. Sabe-se, contudo, que a arte trovadoresca é, em sua grande maioria, de autoria dos grandes
senhores medievais ibéricos. Além dos trovadores, havia também os jograis, autores que provinham das
classes populares, que não apenas interpretavam as cantigas mas também as compunham.

Ilustração de um jogral medieval tocando um alaúde.

Dos autores mais conhecidos, destacam-se João Soares de Paiva, autor mais antigo presente nos
manuscritos, João Zorro, Martin Codax, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Vasco Martins de
Resende e os reis D. Dinis I e Afonso X.
As obras do trovadorismo constituem de pergaminhos e manuscritos. O que chegou até nossos dias está
compilado nos Cancioneiros. São mais conhecidos os pergaminhos Vindel e Sharrer, por possuírem notação
musical. Com base neles, foram feitas gravações contemporâneas de algumas cantigas, como “Ondas do
mar de Vigo”, do jogral Martin Codax, permitindo que possamos ouvir as cantigas conforme foram
idealizadas por seus autores.
Cantigas
As cantigas dividem-se em dois tipos: lírico e satírico.
Cantigas líricas
Cantigas líricas são as de temática amorosa, e possuem dois tipos: cantigas de amor e cantigas de amigo.
Cantigas de amor
Gênese da poesia amorosa que surgiria nos séculos seguintes, a cantiga de amor é cantada em 1ª pessoa.
Nela, o trovador declara seu amor por uma dama, geralmente acometido pela coita, a dor amorosa diante
da indiferença da amada.
A confissão amorosa é direta, e o trovador comumente dirige-se à dama como “mia senhor” ou “mia
senhor fremosa” (“minha senhora” ou “minha formosa senhora”), em analogia às relações de senhorio e
vassalagem medievais. O apaixonado é, portanto, servo e vassalo da amada e enuncia seu amor com
insistência e intensidade.
Mesura1 seria, senhor2, Pero sabe Nostro Senhor
3
de vos amercear  de mi, que nunca vo-l’eu mereci,
4
que vós em grave  dia vi, mais sabe bem que vós servi,
e em mui grave voss’amor, des que vos vi, sempr’o melhor
tam grave que nom hei poder que nunca pudi fazer;
d’aquesta coita mais sofrer por em querede-vos doer
de que muit’há fui sofredor. de mim, coitado pecador.
[...]
(D. Dinis, em Cantigas de D. Dinis, B 521b, V 124)
[1] mesura: “cortesia”
[2] senhor: “senhora”. Os sufixos terminados em “or” não possuíam flexão feminina.
[3] amercear: “compadecer-se, sentir compaixão”
[4] grave: “difícil, infeliz”
Nessa cantiga, o trovador espera que a dama tenha a cortesia de sentir compaixão por ele. Sofrendo, diz
que foi infeliz o dia em que a conheceu e mais infeliz ainda o amor que por ela sentiu, tão difícil que não
pode mais sofrer da coita, pois que há muito é sofredor. Sabe Deus que ele nunca mereceu esse
sofrimento, sabe Deus que ele sempre ofereceu à dama o seu melhor e diz que ela é que quer vê-lo
padecer, coitado pecador.

Cantigas de amigo
Embora compostas por trovadores homens, representam sempre uma voz feminina. É a dama quem vai
expor seus sentimentos, sempre de maneira discreta, pois, para o contexto provençal, o valor mais
importante de uma mulher é a discrição. A donzela dirige-se por vezes à sua mãe, a uma irmã ou amiga, ou
ainda a um pastor ou alguém que encontre pelo caminho. Existem sete categorias de cantigas de amigo:
- as albas, que cantam o nascer do Sol;
- as bailias, que cantam a arte da dança;
- as barcarolas, de temática marítima;
- as pastoreias, de temática bucólica;
- as romarias, de celebração religiosa;
- as serenas, que cantam o pôr do Sol;
- as de pura soledade, que não se enquadram em nenhum dos temas anteriores.
Oy eu, coytada, como vivo em gran cuydado
por meu amigo que ey alongado!
Muito me tarda
o meu amigo na Guarda
Oy eu, coytada, como vivo em gran desejo
por meu amigo que tarda e non vejo!
Muyto me tarda
o meu amigo na Guarda
(D. Sancho I ou Alfonso X [autoria duvidosa], Cancioneiro da Biblioteca Nacional, B 456)
Nessa cantiga, verifica-se que a donzela também sofre as penosas dores do amor, da distância entre ela e o
amado, oficial da guarda, que há muito não vê. Percebemos, entretanto, que o discurso amoroso é mais
sutil, não é dirigido diretamente ao rapaz; trata-se de um lamento de saudade.
Cantigas satíricas
Destinam-se a ironizar ou difamar determinada pessoa. Existem dois tipos de cantigas satíricas: as
de escárnio e as de maldizer.
Cantigas de escárnio
São mais irônicas e trabalham sobretudo com trocadilhos e palavras de duplo sentido, sem mencionar
diretamente nomes. São críticas indiretas: é um “mal dizer” de maneira encoberta, insinuada.
Ai dona fea, fostes-vos queixar vos quero já loar todavia;
que vos nunca louv'en[o] meu cantar; e vedes qual será a loaçom:
mais ora quero fazer um cantar dona fea, velha e sandia!
em que vos loarei todavia; Dona fea, nunca vos eu loei
e vedes como vos quero loar: em meu trobar, pero muito trobei;
dona fea, velha e sandia! mais ora já um bom cantar farei
Dona fea, se Deus mi perdom, em que vos loarei todavia;
pois havedes [a]tam gram coraçom e direi-vos como vos loarei:
que vos eu loe, em esta razom dona fea, velha e sandia!
(João Garcia de Gilhade, Cancioneiro da Biblioteca Nacional, B 1485 V 1097)
Nessa cantiga de escárnio, o trovador responde a uma dama que se teria queixado de nunca ter recebido
dele nenhuma trova. Irônico, ele diz que fará, então, uma cantiga para louvá-la, chamando-a “dona feia,
velha e louca [sandia]”.

Cantigas de maldizer
São aquelas em que os trovadores apontam direta e nominalmente o alvo de suas sátiras, de forma
propositalmente ofensiva e fazendo uso de vocabulário grosseiro.
Da mulher vossa, ó meu Pero Rodrigues
Jamais creiais no mal que falam dela.
Pois bem sei eu que ela por vós mui zela,
Quem não vos quer vos traz somente intrigas!
Pois quando deitou ela em minha cama,
A mim mui bem de ti ela falava,
Se a mim deu o corpo, é a vós quem ela ama.
(Martim Soares, versão de Rodrigues Lapa, em Crestomatia arcaica)
Veja também: Humanismo: período de grande desenvolvimento da literatura
Cancioneiros
As cantigas do trovadorismo chegaram até nosso conhecimento pelo registro dos Cancioneiros. Trata-se de
livros, geralmente manuscritos, que são compilados com as letras e, às vezes, notações musicais das
canções, além de ilustrações. São três os principais Cancioneiros.
Cancioneiro da ajuda: compilação de textos do século XIII, foi descoberto na biblioteca do Colégio dos
Nobres apenas no início do século XIX. Possui 310 cantigas, em sua maioria de lírica amorosa, e
permaneceu inacabado, o que é perceptível por possuir iluminuras com as pinturas incompletas ou ainda
apenas com o desenho traçado.
Folha do manuscrito do Cancioneiro da ajuda, conjunto de poemas escritos no século XII. [1]
Cancioneiro da Biblioteca Nacional: manuscrito copiado na Itália no começo do século XVI, por inciativa
do humanista Angelo Colocci, com base em outro manuscrito de origem medieval desconhecida. Contém
1560 poemas de cerca de 150 trovadores e menestréis galego-portugueses, compostos entre os séculos XII
e XIV, nos gêneros lírica amorosa e sátira.
Cancioneiro da Vaticana: também copiado por Angelo Colocci, na Itália, recebe esse nome por ter sido
encontrado na Biblioteca do Vaticano. É composto de 1205 cantigas, das quais 138 são de autoria de D.
Dinis.
Resumo
Foi um movimento poético-musical;
Desenvolveu-se na Idade Média, entre os séculos XI e XIV;
As composições chamavam-se cantigas e eram geralmente acompanhadas de música e dança;
Cantigas de amor (cavaleiro declara amor e coita à dama);
Cantigas de amigo (sempre na voz feminina);
Cantigas de escárnio (ironia e crítica indireta); 
Cantigas de maldizer (ofensivas e diretas, citando nomes);
As cantigas chegaram aos nossos dias graças ao Cancioneiros;
Os trovadores oficiais tinham linhagem nobre, incluindo reis, mas havia também os jograis, nascidos nas
camadas populares;
Apreciada pela corte, a obra trovadoresca foi importante instrumento de consolidação da cultura e do
idioma português.
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Atividades
1- Escreva um trecho de música contemporânea que represente uma cantiga de amor:
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2- Escreva um trecho de música contemporânea que represente uma cantiga de escárnio e maldizer.
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3-Escreva um trecho de música contemporânea que represente uma cantiga de amigo.
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4- Quais foram os principais representantes das obras trovadorescas<
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Produza um texto narrativo ( 5 elementos da narração) Com o título
QUARENTENA ( 20 linhas)
(Anexe seu texto ao material de apoio)

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