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Faculdade de Engenharia
Professor: Eduardo Martins
Alunos:
Anderson Melo
Gabriel Motta
Leonardo Carvalho
Novembro de 2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
6. METODOLOGIA DE MONITORAMENTO 8
8.1. NOX 9
8.2. OZÔNIO 9
8.4. METANO 10
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10. PROPOSTA DE MELHORIAS 28
11. BIBLIOGRAFIA 29
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1. INTRODUÇÃO
Os primeiros sinais da necessidade de controle e monitoramento das emissões de
poluentes atmosféricos e qualidade do ar surgiram, no Brasil, a partir da Política
Nacional de Meio Ambiente (PNMA), estabelecida pela Lei 6.938/1981, e das
Resoluções CONAMA nº 05/1989 e 03/1990, as quais integram o Programa Nacional
de Controle de Qualidade do Ar (PRONAR).
Dentre as medidas a serem tomadas, está o cumprimento das exigências técnicas
e legais que estabelecem limites de emissão, sendo, portanto, considerado um dos
principais instrumentos de controle da poluição atmosférica. Em adição, as Resoluções
CONAMA resolução nº 491, de 19 de novembro de 2018 e nº 382/2006 trazem o
conceito de limite máximo de emissão (LME) aplicável a fontes fixas.
Quando o objetivo é controlar e mitigar as emissões atmosféricas, a fim de
manter a qualidade do ar, a regulamentação utilizada é a Resolução CONAMA nº
491/2018, que estabelece os padrões de qualidade do ar.
Como forma de atender a Resolução CONAMA e estar assegurado quanto ao
princípio da prevenção, foi implementado pelo INEA – Instituto Estadual do Meio
Ambiente o Plano e Programa de Controle e Monitoramento das Emissões Atmosféricas
e Qualidade do Ar.
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Por estar localizada no estacionamento a estação não possui interferência na
circulação do ar no seu entorno.
A figura abaixo representa a estação em estudo.
Figura 1: Estação automática de monitoramento da qualidade do ar Engenhão.
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5. TIPOS DE REDE E PARÂMETROS MONITORADOS
5.1. REDES DE MONITORAMENTO
a) REDE AUTOMATICA
As estações da rede automática se caracterizam pela capacidade de processar na
forma de médias horárias, no próprio local e em tempo real, as medidas dos parâmetros
de qualidade do ar. Estas médias são transmitidas para a central de telemetria e
armazenadas em servidor de banco de dados dedicado, onde passam por processo de
validação técnica periódica e, posteriormente, são disponibilizadas diariamente no
endereço eletrônico do INEA.
A rede automática é composta por estações que realizam medições contínuas das
concentrações dos poluentes dispersos no ar e dos parâmetros meteorológicos. Os
poluentes monitorados são os gases NOx, CO, SO2, O3, HC (metanos e não metanos),
COV (compostos orgânicos voláteis, ex. benzeno) e partículas como o PTS, PI e PM2.5.
Os parâmetros meteorológicos monitorados são direção e velocidade do vento,
temperatura, umidade, radiação solar, pressão atmosférica e precipitação. Os dados
obtidos são transmitidos em tempo real para a central de telemetria do INEA e
compõem o banco de dados do Instituto.
b) REDE SEMI-AUTOMÁTICA
As estações semiautomáticas utilizadas na rede de monitoramento do estado do
Rio de Janeiro monitoram os parâmetros PM2.5, PM10 e Partículas suspensas totais
(PTS). Nessas estações, a amostragem é realizada durante 24 horas, a cada seis dias.
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internos estão intimamente relacionadas com as concentrações externas, uma vez que
este poluente se difunde com muita facilidade de fora para dentro das edificações
através de mecanismos de ventilação. A isto se soma o fato de existirem várias fontes de
NO2 e outros óxidos de nitrogênio (NOX) dentro das residências, como fogões a gás,
aquecedores que utilizam querosene (mais frequente em regiões frias) e o cigarro.
Ozônio (O3): O ozônio presente na troposfera é formado por uma série de
reações catalisadas pela luz do sol (raios ultravioletas). Tem como precursores, óxidos
de nitrogênio (NOx) e hidrocarbonetos, derivados de fontes de combustão móveis,
como os veículos automotores, de fontes estacionárias, como usinas termelétricas, e até
mesmo fontes naturais como as árvores, que contribuem na produção de compostos
orgânicos voláteis.
Hidrocarbonetos totais (HCT) e Hidrocarbonetos não metano (HCnM): Os
hidrocarbonetos são substâncias químicas compostas exclusivamente de carbono e
hidrogênio. Por estarem presentes nos combustíveis de veículos automotivos, como gás
natural, óleo diesel e gasolina, sua maior fonte de emissão é a queima incompleta desses
combustíveis. São compostos reativos e, quando lançados na atmosfera, podem gerar
subprodutos, como o ozônio. Apesar de não haver padrão de concentração para esses
compostos, é importante que haja o monitoramento, para a melhor compreensão dos
efeitos adversos gerados pelo seu acúmulo. Já os hidrocarbonetos não metano, são todos
os hidrocarbonetos com exceção ao metano.
Metano (CH4): O metano ou hidrocarboneto de metila pode ser encontrado
como produto de biodigestão de bactérias anaeróbicas, durante a extração de
combustíveis fósseis, atividades agrícolas e de pecuária, aterros de resíduos urbanos e
estações de tratamento de esgoto. É amplamente utilizado na indústria química como
gás comprimido liquefeito e é um dos principais constituintes do gás natural veicular
(em torno de 89%).
Monóxido de Carbono (CO): É um gás resultante da combustão incompleta de
combustíveis, da oxidação do metano pelo íon hidroxila, de processos industriais e da
queima incompleta de matéria orgânica. Dada sua afinidade à hemoglobina, altas
concentrações de monóxido de carbono causam diversos malefícios à saúde humana, o
que justifica o monitoramento e o controle deste poluente.
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6. METODOLOGIA DE MONITORAMENTO
Os métodos utilizados para medição dos parâmetros, descritos no tópico
anterior, das amostras obtidas pela estação de monitoramento de ar, estão listados na
tabela abaixo.
Parâmetro Método
8.2. OZÔNIO
O ozônio não é um poluente emitido diretamente pelas fontes, mas formado na
atmosfera por meio da reação entre os compostos orgânicos voláteis e óxidos de
nitrogênio em presença de luz solar.
A formação do ozônio na troposfera se inicia com a reação de fotólise do NO2,
gerando monóxido de nitrogênio (NO) e oxigênio monoatômico. A partir da reação do
oxigênio monoatômico com o oxigênio diatômico é formado o ozônio. Na presença do
NO o O3 reage rapidamente para gerar NO2 e O2, sendo assim formando um estado
estacionário. No entanto, a presença de compostos orgânicos voláteis pode converter o
NO em NO2 e assim alterar as concentrações de O3.
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8.3. HIDROCARBONETOS TOTAIS E HIDROCARBONETOS NÃO METANO
Os hidrocarbonetos totais e não metanos são em sua maioria produtos emitidos a
partir da combustão incompleta, podendo essa ser proveniente de um automóvel leve
e/ou pesado, de processos industriais, assim como na evaporação de combustíveis.
8.4. METANO
Sendo em torno de 90% da constituição do gás natural, o metano apresenta sua
origem de emissão nos centros da mesma maneira que outros hidrocarbonetos, a partir
da queima incompleta do combustível utilizado nos automóveis, fogões, fornos e outros
equipamentos que utilizem do gás natural vindo da tubulação. Outra fonte de emissão é
a partir de vazamentos na tubulação e outras fontes antrópicas e não antrópicas citadas
anteriormente.
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Gráfico 1: Comportamento das concentrações médias de NO em um período de 24h.
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Gráfico 3: Comportamento das concentrações médias de NOx em um período de 24h.
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Gráfico 5: Relação das concentrações médias horárias de NOx e O3.
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Gráfico 7: Comparação da concentração média diária de NO, NO2, NOx E O3.
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Gráfico 9: Variação média horária da concentração de NO, NO2, NOx e O 3 associado a
temperatura média horária.
Gráfico 10: Variação média horária da concentração de NO, NO2, NOx e O 3 associado
a umidade relativa.
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Gráfico 11: Concentração média diária de NO.
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Gráfico 14: Relação das concentrações médias diárias de NO, NO2, O3.
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As concentrações elevadas de NOx e NO foram observadas durante todo o
período estudado. Além disso, os resultados apresentam maiores concentrações de NO,
o que pode ser atribuído à maior influência veicular, caracterizada por frota “pesada”.
No gráfico se pode ver os níveis aumentados de concentração de O 3, provavelmente
devido à diminuição dos níveis de NO e, consequentemente, ao menor consumo de O3,
produzindo um acúmulo de O3 troposférico. O aumento dos níveis de NO e NOx podem
causar uma redução de O3. Em uma atmosfera limitada de NOx (com altas
concentrações de NOx), o O3 pode depender do nível global de NOx (Seinfeld e Pandis,
2006). Além disso, a concentração ambiente de O3 é fortemente influenciada pela
flutuação diária do NO2 e a proporção de NO2 para NO (Sebald et al, 2000).
As concentrações mais baixas de O3 durante o mês mais frio, no cenário, julho
podem ser atribuídas à presença de maiores concentrações de NO, NO 2 e NOx e
condições climáticas específicas que favorece uma presença de radiação solar mais
baixa, menor camada de mistura e ventos fracos. Nesses dias mais frios, a formação
fotoquímica de O3 é inibida pela falta de radiação solar intensa.
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Gráfico 15: Média móvel de 8h da concentração de O3 no dia com maior emissão.
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necessário uma comparação direta destes poluentes com limites fora da norma em
estudo.
Para a correlação dos resultados de NO2 obtidos pela estação de medição, com a
CONAMA 491/2018 foi se necessário utilizar do maior valor coletado em amostra e
compará-lo com o menor limite máximo atribuído para esse poluente, o padrão de
qualidade do ar final PF, no valor de 200 mg/m³. Não foi possível realizar o cálculo da
média horária dos dados coletados pela estação, uma vez que os dados são coletados no
intervalo de uma hora, logo seguindo o critério do Relatório de Qualidade de Ar do
INEA, em que a média horária é definida utilizando 75% das medidas válidas no
intervalo de 1 hora, foi se necessário utilizar o dado único coletado. Sendo assim, ao
considerarmos o maior valor de NO2 e compará-lo com o limite da norma, foi
observado que o limite não foi ultrapassado, tendo a medida representando 66% do
valor limite.
Para a comparação do O3, como a CONAMA 491/2018 utiliza o critério de
máxima média móvel obtida no dia em um intervalo de 8 horas, utilizamos do mesmo
método. Foi escolhido o dia de maior concentração, para considerar o cenário mais
desfavorável, e em seguida foi feita a média móvel para as concentrações de O3 para
este dia. A partir disso foi possível comparar os resultados obtidos com os limites da
CONAMA 491/2018, utilizando o limite de PF, por ser o limite mais restritivo. Como
resultados obtivemos o valor de 91,6 mg/m³, próximo ao limite de 100 mg/m³
apresentado na norma, contudo ao observarmos o gráfico 15 é possível perceber que no
intervalo de 14:30 a 17:30 foi ultrapassado o limite, mas devido ao método de medição
não é considerada uma quebra de limites.
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Gráfico 17: Comportamento das concentrações médias de HCT em um período de 24h
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Gráfico 19: Comportamento das concentrações médias de CH4 em um período de 24h.
Gráfico 20: Relação das concentrações médias de HCT, HCnM e CH4 em um período
de 24h.
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poluentes BTEX, TPH e PAH e, consequentemente, determinar qual fração cada grupo
representa dos HCT.
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Gráfico 24: Concentrações médias diárias de HCT, HCnM e CH4.
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Gráfico 26: Cinco maiores concentrações de CH4 no mês de julho.
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valores medidos pela estação, apresentado 13 resultados acima desse valor médio,
contudo são resultados dispersos e não ultrapassam de maneira alarmante. Sendo assim,
para a avaliação dos padrões de qualidade do ar, foram destacadas as 5 maiores
concentrações horárias desses poluentes no mês de julho.
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Gráfico 29: Variação média horária da concentração de CO associado a umidade
relativa.
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Gráfico 31: Concentração média diária de CO.
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pelo motivo da resolução utilizar o mesmo método de máxima média móvel diária no
período de 8 horas, apenas alterando a unidade de medição para ppm. A partir disso
foram obtidos os dados apresentados no gráfico 32 e na tabela 3, demonstrando que o
limite pré-estabelecido pela norma não foi ultrapassado. Vale ressaltar que os dados
utilizados para a realização da média móvel foram os que apresentavam o pior cenário,
maiores concentrações.
11. BIBLIOGRAFIA
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