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TRAGÉDIA CLÁSSICA

O QUE É?
A tragédia é uma forma dramática ou peça de teatro, em geral é um
género dramático mais formal, que tem como objetivo excitar o
terror ou a piedade, cujos são baseados no percurso e no destino da
personagem, que termina, maior parte das vezes, envolvido num
acontecimento letal. É na tragédia que se expressa o conflito entre a
vontade humana e os acontecimentos inevitáveis do destino, é nela
que se geram paixões contraditórias entre o indivíduo e o coletivo ou
o transcendente. Num sentido mais amplo, a tragédia pode abranger
qualquer obra ou qualquer situação marcada por acontecimentos
trágicos, ou seja, acontecimentos em que surja algo terrível ou
comovente.

QUAL A SUA ORIGEM?


A tragédia como teatro teve origem no que parece em 534 a.C.,
quando um corifeu (elemento essencial do teatro grego; chefe do
coro) chamado Tépsis decidiu tomar a personagem Dionísio,
dramatizando os ditirambos (composições líricas corais) num diálogo
com os restantes elementos do coro, que passou a ter um papel de
espectador privilegiado dos outros espectadores. Foram os cantos e
as danças entusiastas que com sátiras (sátira = ridicularização de um
tema) a alguns aspetos da vida que permitiram o aparecimento da
comédia, já as reflexões mais tristes e sérias que mostravam alguns
aspetos negativos da existência, que muitas das vezes eram
provocadas pela crença num destino mau, permitiram o
aparecimento da tragédia.
QUAL A SUA ESTRUTURA?
Quanto à estrutura, as partes principais da tragédia clássica são: o
Prólogo, que consiste na introdução e na preparação para a entrada
do coro; o Párodo, que consiste na entrada do coro; os Episódios que
consistem nas cenas representadas em palco, entre os cantos corais
com atos que constituíam a intriga; os Estásimos que consistem em
trechos líricos executados pelo coro; o Epílogo que consiste no
desenlace.

QUAIS OS SEUS ELEMENTOS?


Na tragédia conseguimos verificar que existe uma espécie de
percurso, ou seja, existe um certo procedimento que é: após a
hybris, que é o desafio do protagonista aos deuses, às autoridades
ou ao destino; acontece a páthos que é o sofrimento intenso como
consequência do desafio e capaz de despertar a compaixão do
espectador e surge a agnórise ou anagnórise que é o
reconhecimento de um facto inesperado, que desencadeia o clímax
que é o crescimento trágico até à peripécia, ou seja, à mudança
repentina de estado nas personagens, muitas vezes como resultado
da agnórise; disto resulta a cathársis que é a reflexão purificadora, a
purificação das emoções dos espectadores e por fim, a catástrofe ou
catástase que é o desfecho trágico.
Ainda estão presentes na tragédia clássica, a némesis que é a
vingança dos deuses, ou do destino, perante o desafio arrogante do
homem; o destino; a ananké que é a necessidade como fatalidade; a
phóbos que é o sentimento de terror e de medo e por último, a éleos
que é o sentimento de piedade.
ALGUNS
POETAS/DRAMATURGOS
Ler no powerpoint.

SOBRE A OBRA FREI LUIS DE


SOUSA
A obra de Almeida Garret “Frei Luís de Sousa”, apesar de ser um
drama romântico, pode aproximar-se da tragédia clássica na medida
que é possível encontrar quase todos os elementos da tragédia,
embora nem sempre obedeça à sua estrutura.

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