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º 1
Considere a tabela que se segue com os valores relativos à economia portuguesa para os anos de 2009 a 2011:
2013 2014
2007 2008
PIB preços constantes (ano base: 2000) 123 352 121 878
Calcule:
c) Sabendo que para o ano de 2000, a preços correntes, dispomos ainda dos seguintes dados:
Calcule os valores do Produto Nacional Bruto e Líquido, a preços de mercado para o ano de 2000.
Resolução
c) Sabendo que para o ano de 2000, a preços correntes, dispomos ainda dos seguintes dados:
Calcule os valores do Produto Nacional Bruto e Líquido, a preços de mercado para o ano de 2000.
2005 2006
PIBpm = CF + I + X – M
Tx crescimento nominal do PIB (de 2005 para 2006) = (155 216 – 148 928)/148 928= 0,0422 ou seja, 4,22%.
Tx crescimento ral do PIB (de 2005 para 2006)= (128 703 – 126 963)/126 963 = 0,0137 ou seja, 1,37%.
São várias as razões que justificam a intervenção do Estado na sociedade e economia de uma nação:
i) Falhas da concorrência:
O Estado deve intervir sobre o mercado, sujeitando-o a uma regulamentação exigente que evite comportamentos
abusivos destas empresas, protegendo deste modo os consumidores.
-não-rivalidade no consumo: o consumo de um bem público por um dado indivíduo em nada interfere
na quantidade que fica disponível para os restantes indivíduos consumirem;
São bens essenciais para a sociedade, mas ou não são oferecidos pelo mercado ou são oferecidos em quantidades
insuficientes o Estado tem então a responsabilidade de produzir estes bens tão importantes para a sociedade.
iii) Externalidades:
Um agente económico exerce uma externalidade quando a sua actividade causa benefícios ou impõe custos a
outro(s) agentes económicos, pelos quais não é possível obter ou ser-lhe exigida compensação, respectivamente.
positiva – quando a actividade de um agente (individuo/empresa) proporciona um benefício ou vantagem a outro,
mas não recebe nenhuma recompensa por tal acto.
Ex. Um produtor agrícola efectua uma pulverização aérea no seu terreno com insecticida. O vento espalha parte do
produto para o terreno de um agricultor vizinho que, deste modo, acaba por beneficiar indirectamente desta
operação.
Ex. Uma fábrica produtora de plásticos deixa escapar elevadas quantidades de fumo que se propagam por toda a
região, poluindo o ar que é respirado pela população. Constata-se que a fábrica nunca compensou as vítimas pelo
prejuízo causado.
O Estado pode intervir no caso das externalidades positivas (atribuindo recompensas/subsídios), mas é no
caso das externalidades negativas que a intervenção do Estado é mais importante. O Estado deve reprimir as
externalidades negativas, impondo regras, multas e impostos.
Sempre que os mercados falham no fornecimento de um bem ou serviço (mesmo quando o custo de fornecimento é
inferior ao valor que as pessoas estão dispostas a pagar) então estamos perante mercados incompletos a
intervenção do Estado é fundamental, sobretudo nos mercados complementares.
v) Falhas de informação:
• No mercado de carros usados, o vendedor tem mais informações sobre o bem do que o potencial comprador
garantias, pagamento após verificação de qualidade, ...
• No mercado dos seguros de saúde/vida, o consumidor tem mais informações sobre o seu estado de saúde
do que o vendedor de seguros franquias...
• No mercado dos bens alimentares, o produtor tem sempre mais informações do que o potencial consumidor
rótulos informativos mais completos…
A intervenção do Estado na atenuação das falhas de informação é fundamental. O Estado tem um papel
crucial quer na adopção de medidas de protecção do consumidor (ex: obrigação de informação completa sobre o
conteúdo dos produtos), mas também na provisão de informação que o mercado não fornece (ex: informação
meteorológica – podemos também considerar um bem público).
Os mercados competitivos podem originar uma distribuição muito desigual de oportunidades e do rendimento,
assistindo-se a um crescente número de países em que a maior parte da riqueza está concentrada num grupo
restrito de indivíduos muito ricos em oposição a uma população cada vez mais pobre, assistindo-se a uma gradual
extinção da classe média, fundamental para a existência de uma economia “saudável”.
O Estado deve intervir de modo a promover uma sociedade menos desigual, com uma distribuição do rendimento
mais justa, em que todos têm acesso às mesmas oportunidades. Neste contexto, destaca-se o papel da Segurança
Social, fundamental numa mais justa redistribuição do rendimento.
O Estado intervém para resolver grandes problemas macroeconómicos (desemprego, inflação e outros...):
Desemprego:
• -em termos estáticos: é possível melhorar a situação de alguns (os desempregados) sem piorar a situação de
outros.
• -em termos dinâmicos: o desemprego significa uma degradação dos recursos /perda de competências e
agrava-se no longo prazo.
-Representa uma injustiça relativa (não equidade): aumenta a desigualdade na distribuição de rendimento.
• - em termos não económicos: frustração individual, exclusão social, instabilidade social e criminalidade;
• - em termos económicos: perda de produto;
-Segundo alguns economistas, o elevado nível de desemprego é a mais dramática e convincente prova das falhas de
mercado;
O Estado intervém quer através da atribuição do subsídio de desemprego quer através de políticas activas de
emprego (formação profissional, requalificação,…)
Inflação:
-A inflação é uma subida sustentada no nível geral de preços que se traduz numa diminuição do valor do
dinheiro;
• quanto às causas: por excesso de procura, pelos custos ou pelos lucros, importada,…
• quanto ao ritmo de crescimento de preços: moderada, galopante e hiperinflação,…
A inflação é uma manifestação de conflito social que pode por vezes assumir formas extremas:
• envolve sempre uma alteração dos preços relativos: nem todos conseguem aumentar os seus preços (de
produtos ou de trabalho) tanto ou mais do que a média;
• a inflação provoca uma redistribuição, tanto do rendimento como a riqueza,muitas vezes não equitativa e,
portanto, contrária às finalidades de crescimento da economia (ineficiente).
O Estado intervém para reduzir a inflação de modo a reduzir quer o conflito social que lhe está associado quer
o risco de um crescimento descontrolado de preços sob a forma de hiperinflação.
-Desenvolvimento: conceito mais abrangente que engloba o crescimento, mas também outros factores socio-
económicos como: aumento do bem estar; redução da pobreza; melhorias na saúde; aumento da esperança de vida;
melhor ambiente,…
Quando um país não cresce nem se desenvolve então o Estado deve intervir activando todos os instrumentos e
ferramentas que dispõe para promover o crescimento e o desenvolvimento da nação.
Orçamento:
Previsão das receitas e das despesas a realizar num determinado período de tempo.
Lei do Orçamento:
Autorização dada pela Assembleia da República para o exercício da actividade financeira do Estado num
dado ano.
Entidades que constituem o Sector Público Administrativo (SPA) e entram no orçamento de Estado:
Administração Central;
Estado (governo);
- Segurança Social.
Despesas públicas:
Despesas correntes
- Transferências correntes;
Despesas de capital
- realizam-se num determinado ano mas os efeitos prolongam-se nos anos seguintes:
- Compras de acções;
- Reembolsos de empréstimos;
- Transferências de capital
► Funções sociais:
- Educação, saúde, segurança a acção sociais, habitação e serviços colectivos, serviços culturais, recreativos e
religiosos.
► Funções económicas:
► Outras funções
Receitas Públicas:
- Taxas;
- Impostos;
-Directos:
-Indirectos:
Ópticas de registo:
“Óptica dos compromissos”, ou seja, as receitas e despesas são registadas no ano a que dizem respeito, mesmo que
só se venham a realizar no futuro (e.g. juros e dívidas vencidos num ano pagos nos anos seguintes).
“Óptica de caixa”, ou seja, as receitas e despesas são registadas no exacto momento das suas entradas e saídas,
independentemente do ano a que digam respeito.
Os saldos orçamentais estão entre os indicadores económicos mais utilizados para avaliar o impacte do orçamento
na economia. Na base deste facto está a circunstância de as receitas e as despesas orçamentais se inscreverem na
densa teia de fluxos económico-financeiros que se estabelecem no seio da atividade produtiva desenvolvida num
país e, desse modo, contribuírem para a definição das grandezas macroeconómicas.
SALDOS ORÇAMENTAIS
• SALDO CORRENTE
• SALDO GLOBAL
• SALDO OPERACIONAL
• SALDO PRIMÁRIO
• SALDO ESTRUTURAL
A figura que se segue foi elaborada com base no quadro anterior e mostra a evolução comparada dos valores que os
diferentes saldos orçamentais registaram em Portugal no decurso da primeira década do presente século. Perante
estes números, torna-se evidente que,
em determinadas situações, estes
indicadores podem apresentar
diferenças significativas entre si,
levando, por vezes, a conclusões
distintas — daí ser aconselhável que a
análise de um saldo seja acompanhada
de informação suplementar,
nomeadamente o valor de saldos
alternativos
► Excedente orçamental:
Ocorre um excedente orçamental quando, num ano, o valor de todos os impostos e outras receitas
são superiores às despesas do Estado.
► Défice orçamental:
Verifica-se um défice orçamental quando, num ano, o valor das despesas ultrapassa o valor das
receitas do Estado.
► Equilíbrio orçamental:
Quando, num ano, o valor das despesas é igual ao valor das receitas, o Estado tem um equilíbrio orçamental.
i. Existem eleições periódicas, pelo que há um adiamento contínuo sobre qual Governo vai recair o cumprimento da
restrição orçamental;
ii. Efeito miopia dos eleitores: os benefícios de um défice “hoje” são claros e visíveis para os eleitores, enquanto o
custo associado aos impostos a cobrar “amanhã” é distante e não totalmente conhecido;
iii. A geração que vai pagar a dívida (mais jovem ou ainda inexistente) muitas vezes não é a geração relevante para
maximizar os votos, i.e., não tem representatividade política.
iv. Quanto menores as probabilidades de reeleição, maior a tentação de acelerar o crescimento dos gastos públicos
em períodos de pré-campanha e durante a campanha eleitoral - não é o Governo actual que vai “herdar” os
problemas por ele gerados…
Necessidade de regras que equilibrem os custos “futuros” e benefícios “presentes” de um défice orçamental –
Pacto de Estabilidade e Crescimento - P.E.C.
Indicadores: Um Estado-membro da UEM não pode incorrer num défice orçamental superior a 3% do PIB do ano
correspondente.
- As multas e os juros dos depósitos revertem a favor dos Estados-membros cumpridores, na proporção do PNB de
cada um no PNB total dos países elegíveis.
Em situações excepcionais – se os défices se ficarem a dever a factores exógenos, não controláveis pelas autoridades
de política, ou se se observar uma recessão (maior tolerância) – as sanções não são aplicáveis.
► Financiamento monetário: emissão de moeda pelo Banco Central, por contrapartida de crédito directo
ao sector público ou de aquisição de títulos de dívida pública – “monetarização da dívida pública ou senhoriagem”.
5. Dívida pública
Já sabemos que:
Saldo Orçamental Primário = Receitas – Despesas (não tem em conta os juros da dívida pública)
«=» Soprimário = T - G
Se Despesas > Receitas o sector publico recorre a endividamento o sector publico tem de suportar os
encargos do financiamento, ou seja, os juros da dívida pública que são tidos em conta no:
Ou seja:
A dívida pública resulta de uma acumulação sucessiva de défices orçamentais e do respectivo financiamento
Défice vs dívida…
► Défice orçamental:
Quando incorre num défice orçamental, o governo tem de pedir emprestado no mercado para pagar as suas
despesas. Para obter este empréstimo, o governo emite obrigações, que são dívidas pelas quais se compromete ao
pagamento futuro (com juros que representam o serviço da dívida pública).
► Dívida pública:
A dívida do Estado, por vezes designada por dívida pública, consiste na dívida total acumulada, devida à emissão das
obrigações destinadas a financiar os défices orçamentais ocorridos nos diversos anos passados.