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Resistência Dos Materiais I

ECI/UNILA/2021.6

Prof. Ulises Bobadilla Guadalupe

1
Tensões Tangenciais
(Cisalhamento, Corte)
A solicitação de CISALHAMENTO (ou
de corte) é aquela que ocorre quando um
corpo tende a resistir a ação de forças
agindo
próximas e
paralelamente,
mas em sentidos
contrários.
Tensões Tangenciais
(Cisalhamento)
A força cortante, como o próprio nome
sugere, é a carga que atua
tangencialmente sobre área de seção
transversal da peça (A).

A tensão tangencial media é:


Deformação por Cisalhamento
Tensões de cisalhamento agindo em um
elemento de material são acompanhadas
por deformações de cisalhamento.
Uma deformação por
cisalhamento produz uma
mudança de forma no
elemento. Esta mudança
de forma é chamada de
distorção (γ) e é angular (rad).
Exercício
Uma chapa é deformada até a forma
representada pelas linhas tracejadas na
Figura. Se, nessa forma deformada, as
retas horizontais
na chapa
permanecerem
horizontais e seus
comprimentos não
mudarem .
Exercício
Defina (a) a deformação normal ao longo
do lado AB e (b) a deformação por
cisalhamento média da chapa em relação
aos eixos x e y.
Lei de Hooke (Introdução)
1. Deformações Normais:
O módulo de Young ou
módulo de elasticidade
Longitudinal (E) é um
parâmetro mecânico que
proporciona uma medida
da rigidez de um
material sólido.
Lei de Hooke (Introdução)
1. Deformações Normais: E é o módulo
de elasticidade longitudinal.
Lei de Hooke (Introdução)
1. Deformações Normais: E é o módulo
de elasticidade longitudinal
σEε
2. Distorções: G é o módulo de
elasticidade Transversal
τGγ
3. Relação entre E e G: E
G
21  υ 
υ é o coef. de Poisson
(parâmetros elásticos)
Lei de Hooke (Introdução)
1. Deformações:

E
σEε τGγ G
21  υ 
Fator de Segurança
No projeto de estruturas (prédios,
máquinas, aviões, etc.), existem
condições importantes a serem
considerados como: funcionalidade,
resistência, rigidez, economia e, até,
sustentabilidade. Entretanto, ao se
estudar a mecânica dos materiais, nosso
principal interesse é a resistência, ou
seja, a capacidade do elemento estrutural
de suportar e/ou transmitir cargas.
Fator de Segurança
Se a falha estrutural deve ser evitada, as
cargas que a estrutura seja capaz de
suportar devem ser maiores que as
cargas às quais a estrutura será
submetida quando utilizada.
Como resistência é a capacidade de
uma estrutura de resistir cargas, o critério
anterior pode ser definido como: a
resistência real de uma estrutura deve
exceder a resistência exigida.
Fator de Segurança
A razão da resistência real em relação à
resistência exigida é chamada de fator
de segurança:
Resistênci a real
Fator de segurança (Fs)=
Resistênci a exigida
Naturalmente o Fs deve ser maior que 1,0

Assim; existem Fs de 1,0 até quase 10,0


Tensões Admissíveis
A resistência de uma estrutura pode ser medida pela
sua capacidade de suportar carga, ou pode ser
medida pela tensão atuante no material.
Assim; fatores de segurança (Fs) podem ser
definidos em relação a alguma tensão limite do
material.
Para muitas estruturas, é importante que o material
permaneça dentro do intervalo elástico linear, para
evitar deformações permanentes
quando as cargas são removidas.
Tensões Admissíveis
Sob essas condições, um Fs é
estabelecido em relação ao escoamento
da estrutura.
Por isso, aplicando um Fs
em relação à tensão de
escoamento, obtemos uma tensão
admissível (ou tensão de trabalho) que
não deve ser excedida em nenhum
ponto da estrutura.
Tensões Admissíveis
Tensão de escoamento
Tensão Admissível 
Fator de Segurança

Esta fórmula é válida


para materiais dúcteis.
Para Materiais frágeis o limite seria a
tensão última. Assim:
u u
 adm  ;  adm 
Fs1 Fs2
Fator de Segurança
Exercício:
Estado Uniaxial de Tensões
Estado Plano de Tensões
Estado Geral de Tensões
Estado Geral de Tensões
Estado Geral de Tensões
Estado Geral de Tensões
Exercícios para casa

1. Determinar a tensão de cisalhamento


que atua no plano A da figura (MPa).
OBS: Unidades em mm.

Rpta: 9,98 MPa


Exercícios para casa
2. Uma barra colada, como se representa na figura, tem
secção retangular de dimensões 10 × 20 mm. O plano
que corresponde ao plano de colagem faz um ângulo
de 30o com o eixo da barra, como se mostra na figura.
Admitindo que a resistência ao corte da ligação colada
controla o projeto e admitindo que a tensão de corte
máxima admissível é de 10 MPa, determine a carga
axial P a aplicar à barra.

Rpta: 4,62kN
Exercícios para casa
6. A carga P de 6 227 N é suportada por dois elementos de
madeira de seção transversal uniforme unidos pela emenda
colada mostrada na figura. Determine as tensões normal e de
cisalhamento na emenda colada.

Rpta:
Exercícios para casa
7. Dois elementos de madeira de seção transversal retangular
uniforme são unidos por uma emenda colada como mostra a
figura. Sabendo que a máxima tensão de tração admissível na
emenda é 560 kPa, determine (a) a maior carga P que pode
ser aplicada com segurança e (b) a tensão de cisalhamento
correspondente na emenda.

Rpta:
Exercícios para casa
8. Uma carga P centrada é aplicada ao bloco de granito
mostrado na figura. Sabendo que o valor máximo resultante
da tensão de cisalhamento no bloco é 17,24 MPa, determine
(a) a intensidade de P, (b) a orientação da superfície na qual
ocorre a tensão de cisalhamento máxima, (c) a tensão normal
que atua na superfície e (d) o valor
máximo da tensão normal no bloco.

Rpta: a) 800,6 kN; b) 45°;


c) -17,2 MPa; d) -34,5 MPa.
Exercícios para casa
9. Projetar a junta rebitada para que
suporte uma carga de 125 kN aplicada
conforme a figura. A junta deverá contar
com 5 rebites. A espessura das chapas é
de 8 mm. A tensão admissível de
cisalhamento nos rebites é de 105 MPa e
a *pressão média de contato entre o
rebite e o furo é de 225 MPa.
* Vide slides seguintes:
Rpta: 17,4 mm
Exercícios para casa
OBS: A carga atuante cria um esforço de
compressão entre o elemento (no caso, o
rebite) e a parede do furo.
Esta solicitação é chamada
de pressão de contato (σc)
e não sendo convenientemente
avaliada pode acarretar em
esmagamento do elemento e da parede
do furo.
Exercícios para casa
A pressão de contato (σc) é definida
através da relação entre a carga de
compressão atuante C e a área da seção
longitudinal do elemento que é projetada
na parede do furo (na fórmula d é o
diâmetro do elemento e t é a espessura
da chapa): C é a carga atuante.
C
σ 
c dt
Exercícios para casa
10. O conjunto representado na figura é
formado por: (1) parafuso sextavado M12
(d=12mm); (2) garfo com haste de
espessura 6mm; (3) arruela de pressão;
(4) chapa de aço ABNT 1020 espessura 8
mm; (5) porca M12. A carga cortante Q
que atua no conjunto é de 6 kN.
Determinar:
a) A tensão de cisalhamento atuante;
Exercícios para casa

b) A pressão de contato na chapa


intermediária;
c) A pressão de contato nas hastes do
garfo.
Rptas: a) 26,5 MPa;
b) 62,5 MPa;
c) 41,7 MPa.
Exercícios para casa
11. Represente o tensor de tensões para
o estado uniaxial de tensões mostrado
abaixo.
Exercícios para casa
12. Represente o tensor de tensões para
o estado tensional de corte puro
mostrado abaixo.
Exercícios para casa
13. Represente o tensor de tensões para
o estado plano de tensões mostrado
abaixo.
Exercícios para casa
14. As barras da treliça têm uma área da seção
transversal de 1,25 pol2. Supondo que a tensão normal
média máxima em cada barra não exceda 20 ksi,
determinar a grandeza máxima P das cargas aplicadas
à treliça.
Exercícios para casa
15. Uma prensa utilizada para fazer furos
em chapas de aço está ilustrada,
esquematicamente, abaixo. Sabendo-se
que a força necessária para criar o furo é
P=2,8 kN, determine a tensão média de
cisalhamento atuante na placa, e a
tensão média de compressão atuante na
prensa. Desconsiderar os efeitos de
impacto entre a prensa e a chapa.
Exercícios para casa

Rpta: σprensa = 9,82 MPa (compressão)


τplaca = 7,368 MPa

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