A preparação de sabão constitui uma das sínteses químicas mais antigas que se conhece. Os
antigos ferviam o sebo de cabra com a lexívia potássica feita com as cinzas da madeira, as tribos
germânicas, contemporâneas de César, realizavam a mesma reacção química que é levada a
efeito, em enorme escala, pela moderna indústria do sabão. O sabão não é mais do que um dos
produtos da reação, conhecida como saponificação, ou seja, são a designação atribuída aos sais
alcalinos de ácidos gorda superiores que contenham no mínimo oito átomos de carbono.
A designação de saponificação refere-se à hidrólise das gorduras (ésteres do glicerol e de ácidos
gordos), com hidróxido de sódio ou de potássio para formar glicerol e sais alcalinos de ácidos
gordos (sabão). A reação que traduz a saponificação:
Os sabões contêm uma cadeia hidrocarbonada hidrófoba (que repele a água) que se dissolve nas
gorduras e óleos e um ou mais grupos polares hidrófilos (com afinidade para a água) solúveis
em água. As moléculas de sabão rodeiam a partícula de sujidade até a envolverem numa
camada, denominada micela.
Na análise de gorduras é vulgar determinar o designado índice de saponificação ou número de
saponificação, esse é um índice característico que indica o número de miligramas de hidróxido
de potássio necessários para a saponificação de 1 g de gordura.
A equação abaixo representa, genericamente, a hidrólise alcalina de um glicerídeo (óleo ou
gordura).
A hidrólise alcalina de glicerídeos denomina-se, genéricamente, por reacção de saponificação
porque esta reacção dá origem aos sais dos ácidos carboxílcos (sabão) e ao glicerol.
II - Materiais
III - Procedimento
Parte A – Solubilidade
Foram pegos 3 tubos de ensaio, onde os mesmos foram identificados como 1,2 e 3 em
seguida com o auxilio de uma pipeta e um pipetador foi adicionado 5mL de água
destilada ao tubo 1, 5mL de acetona ao tubo 2 e 5 mL ao tubo 3 e ao mesmo foram
adicionou 3 gotas de óleo em cada tubo, os tubos foram homogeneizados e anotados o
observado.
Foi pego um tubo de ensaio, onde foram adicionadas 20 gotas de óleo ao mesmo, em
seguida foi mergulhado um papel indicador de pH ao mesmo, anotando-se o observado.
Parte C – Saponificação
Foi pego um erlenmeyer, onde adicionou-se 60 gotas de óleo e com auxilio de uma
pipeta de um pipetador, foi adicionado 10mL de solução de KOH, o mesmo foi levado
ao banho Maria a 100ºC por 5 min, após isso o erlenmeyer foi resfriado, anotando-se o
observado. Logo em seguida foi adicionado 20mL de água destilada, agitando-se a
mistura e anotando-se o observado.
Parte C.1- Insolubilidade
Foi pego um tubo de ensaio, onde foi pego uma amostra da mistura C ao tubo, em
seguida foi adicionado com o auxilio de um pipetador e uma pipeta de Pasteur 5 gotas
de solução de CaCl2 a 10%.
O tubo foi homogeneizado, onde foi anotado o observado.
Foi pego um béquer, onde foi transferido à mesma parte da mistura obtida na pratica C,
onde foi adicionado com uma pipeta de Pasteur 2 gotas de solução alcoólica de
fenolftaleína e reservado, em uma bureta fixada em suporte universal foi adicionado
solução de HCl até o menisco, onde a mistura do béquer foi titulada com o HCl ate o
ponto de viragem de rosa para incolor, anotando-se o observado da mistura formada.
V – Resultados
Pratica A Pratica B
Tubo 1 Insolúvel pH.5.0
Tubo 2 Insolúvel
Tubo 3 Solúvel
Pratica C
Formação de um gel após resfriamento
Formação de espuma com adição de H2O
Pratica C.1
Formação de um precipitado com adição de CaCl2
Pratica C.2
Coloração cor de rosa inicial após adição de HCl-coloração incolor
Formação de separação do óleo e formação de uma borra insolúvel
VI – Discussão
Prática A
Com os resultados obtidos na pratica A, se observa que os lipídeos são insolúveis em
água por serem biomoléculas hidrofóbicas e álcool (etanol) por ser solvente polares e
solúveis em acetona, solvente orgânico apolar
Prática B
Com resultado de pH em torno de pH.5,0, observa que os ácidos graxos possuem
caráter acido onde o mesmo esta totalmente ionizado na mistura.
Prática C
Com a adição de KOH alcoólica e aquecimento observa a reação de saponificação
formação de um sabão na forma mais líquido isso devido base utilizada, proporciona
essa característica no sabão formado, constatando a formação do sabão com adição de
água e formação de espuma
Prática C.1
Com a adição de CaCl2, observa a formação de Ca(OH)2 através da formação de um
precipitado devido o sal de CaCl2 ser formado por um metal alcalino terroso.
Prática C.2
Com adição de fenolftaleína observa a coloração rósea, isso se da devido após a reação
de saponificação o sabão formado é caráter alcalino e com adição de HCl, provocou a
precipitação do acido graxo, ou seja, a separação do acido graxo e da água, formando
uma borra de óleo, isso se da devido o óleo utilizado ter impurezas.
VII – Conclusão
Allinger, N. L.; Cava, M. P.; Jongh, D. C.; Johnson, C. R.; Lebel, N. A.; Stevens, C. L.
Química Orgânica, 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara dois,1978.