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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA – DIREÇÃO GERAL

GESTÃO DO CURSO DE DIREITO – CAMPUS SÃO GONÇALO

COORDENAÇÃO DO NEPAC

CRISE E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

PRISCILA JORDÃO DA SILVA PORTO

SÃO GONÇALO – 2021


PRISCILA JORDÃO DA SILVA PORTO

CRISE E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Pré- projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na


UNIVERSO – Universidade Salgado de Oliveira –, como requisito
básico para a conclusão do Curso de Graduação em Direito.

Orientado: Professor Alexandre de Castro Aceti

SÃO GONÇALO – 2021


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO – TEMA PROBLEMATIZAÇÃO 04


2. JUSTIFICATIVA 06
3. OBJETIVOS 07
4. METODOLOGIA DE PESQUISA 08
5. CRONOGRAMA 09
6. REFERÊNCIAS 10
1. INTRODUÇÃO – TEMA PROBLEMATIZAÇÃO

A sociedade de fato é bipartida em ordem civil e comercial, sendo esta última,


juridicamente conceituada como sociedade empresarial; grupo dotado de poder
econômico capaz de desenvolver as sociedades civis, com o objetivo de angariar
lucro, ou seja, vantagens, benefícios, principalmente, as de ordem material.

A evolução legislativa buscou acompanhar a evolução comercial, realizando


grande adaptação contratual e estatutária, estabelecendo quem eram as sociedades
e empresários individuais, da mesma maneira que o fez com associações e
fundações. E assim, tornou possível de forma objetiva, identificar às Pessoas
Jurídicas que poderiam sofrer os efeitos normativos regulamentados, e em especial
a aplicação da Lei de Recuperação Judicial – nº 11.101 do ano de 2005 –, que além
de versar quanto recuperação de empresas em crise, judicial ou extrajudicialmente,
também trata da falência do empresário e da sociedade empresária.

A Lei nº 11.101/2005, embora pareça tardia, sucedeu a Lei de Falências,


Decreto - lei nº 7.661 de 21 de junho de 1945, sancionada por Getúlio Vargas, que
visava administrar as crises econômicas geradas pela Segunda Guerra Mundial
(1939-1945) e a Quebra da Bolsa de Nova Iorque; tendo seus efeitos aplicados em
território nacional, as empresas que enfrentaram as crises de 1980 (Dívida dos
Países da América Latina, também conhecida como Bolha Imobiliária e de Ações
Japonesas e Crise das Dívidas e Hiperinflação); de 1989 (Crise dos Mercados
Emergentes, que estimulou o aumento da dívida externa); e, de 1999 (Crise de
Desvalorização do Real e dos Mercados Emergentes).

Revertida a Crise de Desvalorização do Real, verificou-se a necessidade de


planos mais efetivos, que não tratassem tão somente da insolvência empresarial,
mas que pudesse oferecer meios capazes de promover um plano estrutural, para um
retorno comercial estável, momento este, que o ordenamento jurídico brasileiro, tem
o Decreto – lei nº 7.661/45, revogado pela Lei nº 11.101/2005; que traz maior
abrangência a problemática enfrentada pelas Pessoas Jurídicas.

O advento de uma nova lei, não pode coibir novas crises, mas pode melhor
gerenciá-las, e a Lei de Recuperação e Falências, de forma eficaz teve ampla
aplicação, principalmente durante o Choque Recessivo (2014), onde o número de
investidores tornava-se menor e o montante de desempregados era cada vez mais
crescente.

Apesar das medidas governamentais, questões decorrentes de atos de


corrupção (Lava Jato) afastaram ainda mais investidores, semeando uma nova onda
de crises que afetam a economia nacional.

Nesse esboço é perceptível que as crises econômicas são uma realidade


constante, que podem ser de ordem externa ou interna, mas que facilmente afetam
a saúde financeira empresarial, que mantém sua estabilidade conforme o giro de
produto e/ou serviço; que pode se tornar escasso por condições que não dependem
de sua oferta ou procura.

A Recuperação da empresa, como objeto direto e conciso, não gera amparo


apenas para reestruturar uma sociedade empresária, preocupando se com crises
que poder ser de ordem econômica, caso fortuito ou força maior; questões
imprevisíveis, ou falha administrativa, já que a depreciação de uma empresa culmina
em aspectos negativos que vão desde a redução da concorrência (consequente
aumento de preço, concentração de lucro em pequeno grupo, falta de insumos,
produtos, serviços, possível baixa na qualidade, entre outros aspectos).

Nos tempos atuais, a maior crise econômica (afetação em escala mundial) é


devida ao gravíssimo quadro de crise sanitária, provocado por um vírus (SARS-CoV-
2), popularmente conhecido como COVID-19, que acarretou em milhares de mortes
em todo o mundo. E por serem ausentes, tratamento eficaz, vacina ou redução
impactante na forma de contágio os impactos econômicos são catastróficos. Que
apesar de medidas governamentais e apoio legal para tornar o empresário solvente,
não se pode projetar soluções efetivas a curto, médio ou longo prazo.

Essa é uma breve ilustração do objeto que o Trabalho de Conclusão de Curso


visa explorar, principalmente quanto à eficácia do processo de recuperação do
empresário, e ainda se fatos isolados podem causar prejuízos tão amplos, quanto
aqueles que afetam a ordem econômica em grande escala.
2. JUSTIFICATIVA

A Sociedade Empresária e o Empresário Individual são a principal fonte


geradora de empregos no país; sua saúde financeira implica na manutenção de
mais da metade dos trabalhadores formais do país; e algumas delas, fornecem
produtos ou insumos, aos trabalhadores informais. O colapso da sociedade
empresarial gera dano direto a sociedade civil, já que uma depende da outra de
forma simbiótica. Emergir discussões sobre o tema pode gerar uma consciência
comum de como preservar a economia a fim de não sofrer consequências muito
gravosas. Respondendo questões como: Qual o melhor meio de recuperação? A
crise atual é um fato ou uma questão governamental? É possível prevenir crises?
Qual a responsabilidade empresarial para com a sociedade civil?
3. OBJETIVOS

Ainda que inexista pretensão em esgotar vasto tema, o presente trabalho


objetiva apontar as possibilidades da sociedade empresária de encontrar um ponto
de equílibrio a fim de manter-se no mercado econômico de forma saudável, em
tempos de crise, gerando movimentação financeira, aumentando a projeção do
desenvolmento do país e de seus colaboradores

3.1 Objetivo Geral

Por objetivo geral, buscamos a compreensão dos feitos da crise economica e


seu impacto na sociedade empresária e empresário individual.

3.2 Objetivo Específico

O estudo abordará fatos concretos de risco e resultado que necessitam de


intervenção, direta ou indireta, para minimizar os impactos econômicos capazes de
depreciar a sociedade empresária e o empresário individual. Tendo como apoio a
doutrina, a jurisprudencia e as diversas vertentes que vêem discutindo o tema.
4. METODOLOGIA DA PESQUISA

Para alcançar o objetivo proposto serão realizadas pesquisas bibliográficas


(livros, artigos, dissertações e teses); pesquisas descritiva (análise de dados e
correlação dos fatos, além dos estudos de caso); e, pesquisa jurisprudencial.
5. CRONOGRAMA

Atividade Fevereiro Março Abril Maio


Pré-projeto x
Pesquisa x
Elaboração x x
Correção x x
Entrega x
6. REFERÊNCIAS

BORBA, José Edwaldo Tavares Borba. Direito Societário. 18ª Ed. São Paulo: Atlas;
2020.

COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à Lei de Falências e de Recuperação de


Empresas – Lei 14.112/20, Nova Lei de Falências. 14ª Ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais; 2021.

MAMEDE, Gladston. Direito Empresarial Brasileiro – Direito Societário –


Sociedades Simples e Empresárias. 10ª Ed. Revisada e Aualizada. São Paulo:
Atlas; 2019.

SANCHEZ, Alessandro. GIALLUCA, Alexandre. Direito Empresarial IV:


Recuperação de empresas e falência. 12ª Ed. São Paulo: Saraiva: 2019.

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