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CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS

Obras de Terraplenagem
Professor:
Eng.º Civil José Nelson
Vieira da Rocha

E-mail:
jose.rocha@doctum.edu.br

Construção de Edifícios
Prof. José Nelson
TERRAPLENAGEM

Obra de terra que tem por fim modificar o


relevo natural de um terreno e que consiste
em 3 etapas distintas, ou seja, escavação,
transporte e aterro. A terraplenagem
aplicada em preparo do terreno para
edificações, geralmente de pequeno vulto,
comparada com a aplicada em estradas,
barragens, ete.
Adota-se a expressão movimento de
terra explicitamente na área da
construção de edifícios, onde a
preocupação maior é a saída e
entrada de terra no canteiro, deixando
em segundo plano como é feita a
escavação, carregamento, caminho
seguido para o aterro ou escavação.
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SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA

Terraplanagem

Com base na planta e levantamento topográfico marcam-se os níveis da


obra.
Nesta fase são feitos os cortes no terreno e a movimentação de terra. Assim, é
feita a marcação do dimensionamento e níveis adequados ao projeto.

É muito importante a definição correta dos níveis.

Tipos de Movimento de Terra

Quando for necessário um movimento de terra é possível que se tenha uma


das seguintes situações:

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SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA

a) CORTE;
b) ATERRO; ou
c) CORTE + ATERRO.

A situação "a)" geralmente é a mais desejável uma vez que


minimiza os possíveis problemas de recalque que o edifício possa
vir a sofrer. Por outro lado, quando se tem a situação “c)”, não se faz
necessária a retirada do solo para regiões distantes, minimizando
as atividades de transporte, uma vez que poderá haver a
compensação do corte com o aterro necessário.

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SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA

Níveis, cortes

Nesta fase geralmente utiliza-se um trator para o trabalho pesado.


Na movimentação de terra o ideal é que haja uma compensação entre
aterro e desaterro, tirando terra de um lado e passando para outro, para
que não haja necessidade de retirar ou colocar terra extra no terreno.
A área de aterro formada deverá ser compactada.
A utilização do trator geralmente é computada por hora e deve- se
planejar muito bem a atuação do tratorista para minimizar o tempo e o
trabalho.

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SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA

Equipamentos Usualmente Empregados na Escavação

Podem-se empregar equipamentos manuais ou mecânicos. Os


manuais constituídos, sobretudo pelas pás, enxadas e picaretas, são
empregados quando se tem pequeno volume de solo a ser
movimentado (até 100m³). Para volumes superiores, recomenda-se a
utilização de equipamentos mecânicos que permitem maior
produtividade, dentre os quais destacam-se, para uso em escavações
de edifícios:

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SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA

O movimento de terra pode ser de quatro tipos


1) Manual - Dizemos que o movimento de terra é manual quando é executado pelo
homem através das ferramentas: pá, enxada e carrinho de mão.
2) Motorizado - Quando são usados para o transporte, caminhão ou basculante,
sendo que o desmonte ou a escavação poderá ser feita manualmente ou por
máquinas. Ex: "traxcavator", "draglines".
3) Mecanizado - Quando a escavação, carregamento e transporte é efetuado pela
própria máquina. Ex: "traxcavator", "scraper", "turnapull". O movimento de terra
mecanizado é utilizado em obras industriais de desenvolvimento horizontal.
4) Hidráulico - Quando o veículo transportador de terra é a água. Por exemplo,
dragagem.

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traxcavator draglines

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scraper turnapull

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Equipamentos Usualmente Empregados na Escavação


· pá-carregadeira (sobre pneus, sobre esteiras);
· escavo-carregadeira;
· retro-escavadeira;
· clam-shell;
· pá-carregadeira de pequeno porte;
· Escavadeira;

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Escavo-carregadeira Retroescavadeira

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Clam-Shell pá-carregadeira de
pequeno porte

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MOTONIVELADORA / PATROL

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PÁ CARREGADEIRA

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RETROESCAVADEIRA

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CAÇAMBA

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(1) Pá carregadeira; (2) Retroescavadeira; (3) Empilhadeira; (4) Escavadeira de esteira;


(5) Rolo compactador; (6) Motoniveladora; (7) Guindaste; (8) Caminhão munck; (9)
Caminhão betoneira.

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O acerto da topografia do terreno, de


acordo com o projeto de implantação e o
projeto executivo, pode ser entendido como
um conjunto de operações de escavação,
aterros, carga, transporte, descarga,
compactação e acabamentos executados a
fim de passar de um terreno natural para
uma nova conformação (Cardão, 1969).

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As etapas que influenciam no projeto de movimento de terra


são:
Sondagem do terreno;
Sequência da execução do edifício;
Níveis das construções vizinhas;
Localização do canteiro de obras.

Podemos executar, conforme o levantamento altimétrico,


cortes, aterros, ou cortes + aterros:

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Cortes

No caso de cortes, deverá ser adotado um volume de solo


correspondente à área de projeção do corte multiplicada pela
altura média, acrescentando-se um percentual de empolamento
(Figura 5.2.1).
O empolamento é o aumento de volume de um material, quando
removido de seu estado natural e é expresso como uma
porcentagem do volume no corte. Por exemplo, o empolamento
de um solo superficial é de 43% (Tabela 5.2.1), significa que um
metro cúbico de material no corte (estado natural) encherá um
espaço de 1,43 metros cúbicos no estado solto.

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Cortes

Tabela 5.2.1 - Relação de Empolamentos (Manual Caterpillar, 1977)

Materiais %
Argila natural 22
Argila escavada, seca 23
Argila escavada, úmida 25
Argila e cascalho seco 41
Argila e cascalho úmido 11
Rocha decomposta
75% rocha e 25% terra 43
50% rocha e 50% terra 33
25% rocha e 75% terra 25
Terra natural seca 25
Terra natural úmida 27
Areia solta, seca 12
Areia úmida 12
Areia molhada 12
Solo superficial 43

OBS.: Quando não se conhece o tipo de solo, podemos considerar o empolamento


entre 30 a 40%

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Cortes

O corte é facilitado quando não se tem


construções vizinhas, podendo fazê-lo maior.
Mas quando efetuado nas proximidades de
edificações ou vias públicas, devemos
empregar métodos que evitem ocorrências,
como: ruptura do terreno, descompressão
do terreno de fundação ou do terreno pela
água.

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Cortes

No corte os materiais são classificados em:


- materiais de 1ªcategoria: são materiais que podem ser extraídos com
equipamentos convencionais de terraplenagem (trator de lâmina, “motoscraper”,
pás-carregadeiras) , incluindo eventual escarificação. Compreendem as terra em
geral, argila, rochas em decomposição e seixos com diâmetro máximo de 15cm.
- materiais de 2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior
ao do granito. Exigem um desmonte prévio feito com escarificador ou emprego
descontínuo de explosivos de baixa potência
OBS.: Atualmente o material de 2ª categoria está sendo subdividido:
a) 2ª Categoria com material pré-escarificável
b) 2ª Categoria com o emprego descontínuo de explosivos e pré-escarificação
- materiais de 3ª categoria: rochas com resistência à penetração mecânica igual ou
superior ao granito. Materiais de elevada resistência mecânica que só podem ser
tratados com emprego exclusivo de explosivos de alta potência.

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Cálculo empolamento
Figura 1
𝑉𝑁 = 𝐴𝑏 𝑥 ℎ𝑚 𝑒 𝑉𝑠 = 𝑉𝑁 + 𝑒𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (E)
Sendo Ab = área de projeção do corte
ℎ𝑚 = altura média

𝑉𝑁 = volume natural ou volume no corte


𝑉𝑆 = volume solto

Empolamento:
O empolamento é um fenômeno físico que não pode ser desprezado pelo orçamentista.
Ele é muito importante no dimensionamento de frotas de equipamento, especialmente
aqueles de transporte. Se, por exemplo, o volume de corte é de 100.000m³, o total a ser
transportado em caminhões não é 100.000m³, mas 130.000m³.

Em termos de Volume: 𝑉𝑆
E= −1 𝑜𝑢 𝑉𝑆 = 𝑉𝑁 · (1 + 𝐸)
𝑉𝑁
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Cálculo empolamento
Se em vez de volumes usarmos massas específicas (o que é bastante comum em ensaios
de laboratório),
𝛾𝑁
E= − 1 𝑜𝑢 𝛾𝑁 = 𝛾𝑆 · (1 + 𝐸)
𝛾𝑆
Onde:
𝛾𝑁 − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑖𝑛 𝑠𝑖𝑡𝑢 − 𝑘𝑔/𝑚3
𝛾𝑆 − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑜 − 𝑘𝑔/𝑚3

O fator de conversão (𝜑) é exatamente a noção inversa do empolamento. Ele representa a


relação entre o volume no corte e o volume solto.
𝑉𝑁 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 − 𝜑 =
𝑉𝑆 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑜

Definido o fator de conversão, determinaremos a porcentagem de empolamento que é


dado pela expressão:
1
𝑃𝑜𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 − 𝐸 = − 1 · 100
𝜑

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Cálculo empolamento

𝑉𝑁 1,4𝑚3
Fator de conversão: 𝜑 = → → 0,875
𝑉𝑆 1,6𝑚³
1 1
Empolamento: 𝐸= −1 → − 1 → 0,143 ou 14,3%
𝜑 0,875
1 1
𝜑= → → 0,875
Caminho Inverso: 1+𝐸 1 + 0,143

Volume Natural: 𝑉𝑁 = 𝜑 · 𝑉𝑆 → 0,875 · 1,6m3 → 1,4m³


Volume Solto: 𝑉𝑆 = 1 + 𝐸 · 𝑉𝑁 → 1 + 0,143 · 1,4m3 → 1,6m³

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Cálculo empolamento

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Aterros e reaterros

No caso de aterros, poderá ser adotado


um volume de solo correspondente à
área de projeção do aterro multiplicada
pela altura média, acrescentando de
25% a 30% devido a aproximação dos
grãos, reduzindo o volume de vazios,
quando compactado.

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Compactação e Aterros

𝑉𝑎 = 𝐴𝑏. ℎ𝑚 + 25% 𝑎 30%


Sendo 𝐴𝑏 = área de projeção do aterro
ℎ𝑚 = altura média

Compactação:
Quando uma quantidade de terra é lançada em um aterro e compactada mecanicamente, o
volume final é geralmente inferior ao que a mesma massa ocupava no corte. A essa diminuição
volumétrica dá-se o nome de contração, expressa em percentagem do volume original. Se 1 m³
de solo (no corte) "contrai-se" para 0,8 m3 (aterro) após compactado, a contração é de 20%.
O fenômeno varia com o tipo e a umidade do material, o tipo de equipamento de compactação, a
espessura das camadas do aterro, etc.
Em termos de volume: Em termos de densidade:
𝑘𝑔
𝑉𝐴 𝛾𝑁
𝐶= 𝑜𝑢 𝑉𝐴 = 𝐶 · 𝑉𝑁 𝑚3
𝑉𝑁 𝐶= 𝑜𝑢 𝛾𝑁 = 𝐶 · 𝛾𝐴
𝑘𝑔
𝛾𝐴
𝑚3
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Compactação e Aterros

Fator de Compactação direto do solo Natural para o Aterro

𝑉𝐴 1,0𝑚3
𝐶= → → 0,714
𝑉𝑁 1,4𝑚³

𝑉𝐴 = 𝐶 · 𝑉𝑁 → 0,714 · 1,4m³ → 1,0m³

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Aterros e reaterros

𝐶𝑁 =
𝐸𝑁 = 𝜑𝐴 =

Natural

𝜑𝑁 = 𝐸𝐴 =
𝐶𝐴 =

𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜:


𝐶𝑁 = 1 − 𝑅𝑒𝑎𝑡. → 1 − 0,1 → 0,9
𝐶 − 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒 𝑎 100% 𝑑𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑠 𝑎 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 (𝑟𝑒𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜)

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Aterros e reaterros

𝐶𝑁 =
𝐸𝑁 = 𝜑𝐴 =

Natural

𝜑𝑁 = 𝐸𝐴 =
𝐶𝐴 =

𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐸𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 (𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝐶𝑁 ):


𝑉𝐴 𝑉𝐴 1𝑚3 1m3
𝐶𝐴 = → 10% → 𝑉𝑁 = → → → 1,111
𝑉𝑁 𝐶 (1 − 0,1) 0,9
𝐶 − 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒 𝑎 100% 𝑑𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑠 𝑎 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 (𝑟𝑒𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜)

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Aterros e reaterros

𝐶𝑁 =
𝐸𝑁 = 𝜑𝐴 =

Natural

𝜑𝑁 = 𝐸𝐴 =
𝐶𝐴 =
𝐸𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜:
𝐸𝑁 = 1 + %𝐸 → 1 + 0,3 → 1,3
Compactação 𝑑𝑜 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙(𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝐸𝑁 ): :
1 1
𝜑𝑁 = → 𝜑𝑁 = → 0,77m³
1+%𝐸 1+0,3

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Aterros e reaterros

𝐶𝑁 =
𝐸𝑁 = 𝜑𝐴 =

Natural

𝜑𝑁 = 𝐸𝐴 =
𝐶𝐴 =
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜:
1 1
𝜑𝐴 = · 𝐶𝑁 → 𝜑𝐴 = · 0,9 → 0,70m³
1+%𝐸 1+0,3

𝐸𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑆𝑜𝑙𝑡𝑜(𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝐸𝑁 ): :


𝐸𝐴 = 1 + 𝐸 · 𝐶𝐴 → 𝑉𝑆 = 1 + 0,3 · 1,111 → 1,44m³

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Aterros e reaterros

Para os aterros as superfícies deverão ser


previamente limpas, sem vegetação nem
entulhos. O material escolhido para os aterros e
reaterros devem ser de preferência solos
arenosos, sem detritos, pedras ou entulhos.
Devem ser realizadas camadas sucessivas de no
máximo 30 cm, devidamente molhadas e
compactadas manual ou mecanicamente.

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Aterros e reaterros

Quando o nível de compactação for baixo, isto é, não é


fundamental para o desempenho estrutural do edifício,
é possível utilizar pequenos equipamentos, como os
compactadores mecânicos (sapos), os soquetes
manuais, ou os próprios equipamentos de escavação.
Quando o nível de exigência é maior devem se procurar
equipamentos específicos de compactação, tais como
compactadores lisos e rolos pé de carneiro (Barros,
2006).

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Sistemas de contratação dos serviços de
movimento de terra
Podemos contratar os serviços de movimento
de terra através do aluguel de equipamentos,
por empreitada global ou empreitada por
viagem.
a) Aluguel de equipamentos: Neste caso deve
ser pago a máquina de escavação por hora e os
caminhões para a retirada do solo. É indicado
para obras com grandes movimentos de terra.

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Sistemas de contratação dos serviços de
movimento de terra

b) Empreitada global: A empresa contratada realiza e é


remunerada por todos os serviços (escavação e retirada
de material). Para esse tipo de contratação é necessário
calcular o volume de solo tanto para corte como para o
aterro.
c) Empreitada por viagem: Neste tipo de contratação a
remuneração pelo serviço é efetuada por caminhão
(volume retirado ou colocado). O aluguel da máquina
está incluso no preço da viagem, e deve-se registrar o
número de viagens. Este sistema é indicado para obras
com pequeno movimento de terra.

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Noções de segurança para movimentação de
terra

1 - Depositar os materiais de escavação a


uma distância superior à metade da
profundidade do corte.
2 - Os taludes instáveis com mais de 1,30m
de profundidade devem ser estabilizados
com escoramentos.
3 - Estudo da fundação das edificações
vizinhas e escoramentos dos taludes.

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Noções de segurança para movimentação de
terra

4 - Sinalizar os locais de trabalho com placas


indicativas.
5 - Somente deve ser permitido o acesso à obra
de terraplenagem de pessoas autorizadas.
6 - A pressão das construções vizinhas deve ser
contida por meio de escoramento.

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Noções de segurança para movimentação de
terra

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Noções de segurança para movimentação de
terra

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Noções de segurança para movimentação de
terra

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A Importância do Movimento de Terra nas
Obras de Edifícios
Exemplos:
A importância desta atividade no contexto da execução de
edifícios convencionais decorre principalmente do volume
de recursos humanos, tecnológicos e econômicos que
envolvem.
A título de ilustração, tomem-se as seguintes situações:
a) necessidade de terraplenagem em um terreno de
dimensões 20x50m, com apenas 1% de declividade;
b) o mesmo terreno descrito em "a", com a necessidade de
escavação de dois subsolos, com 800m² de área cada um.

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Exemplos da influência do fator de
empolamento
Tabela 5.1 - Exemplos da influência do fator de empolamento
Tipo de Estado do Fator de
solo solo Empolamento
areia
natural 1,00 1,11 0,95
solta 0,90 1,00 0,86
compactada 1,05 1,17 1,00
argila
natural 1,00 1,43 0,90
solta 0,70 1,00 0,63
compactada 1,11 1,59 1,00
Estado do Natural solta compactada
solo

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Respostas

• Serão movimentados 250m³ de solo compactado, os


quais, considerando-se um fator de empolamento de
1,43 (argila natural para solta), serão transformados
em aproximadamente 357,5m³, o que exigirá cerca de
60 caminhões (com capacidade de 6,0m³) para a sua
completa remoção, pelo menos dois dias e meio de
trabalho contínuo, considerando 20min de carga
transporte e descarga e 8 horas trabalhadas por dia.

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Respostas
•No segundo caso, a situação é mais crítica, pois se
considerado um pé-direito de 3,0m para cada subsolo,
deverá ser feita uma escavação de aproximadamente
4.800m³, os quais, considerando-se as mesmas
características do solo anterior, resultarão num
movimento de terra da ordem de 6.864m³ de solo, o
que exigirá a retirada de 1.144 caminhões (de 6,0m³) a
ser realizada em pelo menos 48 dias úteis de trabalho,
ou seja, desconsiderando-se os dias de chuva e aqueles
necessários aos serviços de execução das contenções e
drenagem.

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EXERCÍCIOS

1 – A necessidade de terraplenagem em um terreno


30x90m em argila e cascalho seco, com apenas 1%
de declividade no sentido transversal. Qual o
volume de corte?

30𝑚 · 0,3𝑚
𝑉𝑁 = · 90𝑚
2

0,3m 𝑉𝑁 = 405 𝑚³
30m

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EXERCÍCIOS

2 – O terreno de dimensões 25x40m, com apenas


1,5% de declividade no sentido longitudinal em areia,
com a necessidade de escavação de um subsolo
com3m de pé direito, com 900m² de área. Qual o
volume de corte e de movimentação de terra?
900m²
0,6m 3,0m
40m

Considerando empolamento de E = 12%


40𝑚 · 0,6𝑚
𝑉𝑁 = · 25𝑚 + (900𝑚2 · 3𝑚) 𝑉𝑆 = 𝑉𝑁 · (1 + 𝐸)
2 𝑉𝑆 = 3.000𝑚³ · (1 + 0,12)
𝑉𝑁 = 3.000 𝑚³ 𝑉𝑆 = 3.360 𝑚³

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EXERCÍCIOS
3 – Um terreno com declividade acentuada, com possibilidade de
compensação entre corte e aterro, possui área de projeção de 800 m²
de corte com a menor altura de h = 1,50 m e a maior com H = 3,7 m. A
área de projeção do aterro é de 1.200 m² e possui desnível de 2,00m.
Quais os volumes de cortes e de aterros? Será necessário carga de
transporte? Considere empolamento de 35% e reaterro de 10%
Aterro Corte
3,7m 3,7𝑚 + 1,5𝑚 2,0m
→ 2,6𝑚
2
1,5m
2𝑚
𝑉𝑁 = 800𝑚2 · 2,6𝑚 → 2.080 𝑚³ Volume a Aterrar : 𝑉𝐴 = 1.200𝑚2 · 2
→ 1.200 𝑚³

𝑉𝐴 1.200
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎𝑟: 𝑉𝑁 = → → 1.333,33 𝑚³
(1 − 𝑅𝑒𝑎𝑡. ) (1 − 0,1)
Resultado: 2.080 𝑚3 − 1.333,33 𝑚3 = 746,67 𝑚3
𝑆𝑒𝑟𝑖𝑎 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 𝑢𝑚 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑉𝑆 = 746,67 · 1,35 = 1.008 𝑚³

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EXERCÍCIOS
3 – Um terreno com declividade acentuada, com possibilidade de
compensação entre corte e aterro, possui área de projeção de 800 m²
de corte com a menor altura de h = 1,50 m e a maior com H = 3,7 m. A
área de projeção do aterro é de 1.200 m² e possui desnível de 2,00m.
Quais os volumes de cortes e de aterros? Será necessário carga de
transporte? Considere empolamento de 35% e reaterro de 10%
C = 1 − 0,1 → 𝑥 0,9

𝐸 = 1 + 0,35 → 𝑥 1,35 1
𝜑= · 0,9 → 𝑥 0,667
1 + 0,35

1
𝜑= → 𝑥 0,741 𝐸 = 1 + 0,35 · 1,11 → 𝑥 1,5
1 + 0,35
1
C= → 𝑥 1,11
1 − 0,1

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DESAFIO

Na execução da terraplenagem em um terreno para a


implantação de um aeroporto, foi necessário, na movimentação
de terra, o empréstimo de solo. Depois de compactado, mediu-
se o volume de 1.200 m3 de solo aterrado. Por meio do controle
tecnológico conduzido, verificou-se que a densidade do solo
compactado era de 2.030 kg/m³, a densidade natural era
de 1.624 kg/m3 e a densidade solta era de 1.160 kg/m3.

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DESAFIO

Na execução da terraplenagem em um terreno para a


implantação de um aeroporto, foi necessário, na movimentação
de terra, o empréstimo de solo. Depois de compactado, mediu-
se o volume de 1.200 m3 de solo aterrado. Por meio do controle
tecnológico conduzido, verificou-se que a densidade do solo
compactado era de 2.030 kg/m³, a densidade natural era
de 1.624 kg/m3 e a densidade solta era de 1.160 kg/m3.
Dados:
𝛾𝑁 1.624𝑘𝑔/𝑚³
𝛾𝑁 =1.624 kg/m³ E= −1 → − 1 → 0,4
𝛾𝑆 =1.160 kg/m³ 𝛾𝑆 1.160𝑘𝑔/𝑚³
𝛾𝐴 =2.030 kg/m³ 𝛾𝑁 1.624𝑘𝑔/𝑚³
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎𝑑𝑜: 𝑉𝐴 = 1.200 𝑚³ 𝐶= → → 0,8
𝛾𝐴 2.030𝑘𝑔/𝑚³

𝑉𝐴 𝑉𝐴 1.200𝑚³
𝐶= → 𝑉𝑁 = → → 1.500𝑚³ 𝑉𝑆 = 𝑉𝑁 · 1 + 𝐸 → 1.500𝑚³ · 1 + 0,4
𝑉𝑁 𝐶 0,8 𝑉𝑆 = 2,100𝑚³
2,100𝑚3
Considerando um caminhão de 6m³: → 350 𝑉𝑖𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠
6𝑚3
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EXERCÍCIOS
Exemplos:
Na construção de uma barragem com 1.200.000m³, tenho os seguintes dados:
Reaterro = 10%, Empolamento = 22%. O empreiteiro forneceu orçamento pelo
volume transportado de R$ 6,0m³/Km – Distância = 3,2 Km. Considere:
𝑉𝐴 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎𝑑𝑜 (𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎𝑑𝑜) → 1.200.000𝑚³
𝑉𝑆 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑜 (𝑒𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜) → 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑜
𝑉𝑁 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑛𝑎 𝑗𝑎𝑧𝑖𝑑𝑎 → 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑎 𝑗𝑎𝑧𝑖𝑑𝑎 (𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑣𝑎𝑑𝑜)
Dados: Reat. = 10% Emp. = 22%
𝑉𝑆 Devemos calcular o volume solto pois o
𝐸𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 → E = −1 𝑜𝑢 𝑉𝑆 = 𝑉𝑁 · (1 + 𝐸) orçamento do empreiteiro é referente a volume
𝑉𝑁 transportado:
𝑉𝐴 𝑉𝐴 1.200.000
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 → φ =
1
𝑜𝑢
𝑉𝑁 𝐶 = → 𝑉𝑁 = →
(1+𝐸) 𝑉𝑆 𝑉𝑁 (1 − 𝑅𝑒𝑎𝑡. ) (1 − 0,1)
𝑉
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜 → 𝐶 = 𝐴 𝑜𝑢 𝑉𝐴 = 𝐶 · 𝑉𝑁 𝑉𝑁 = 1.333.333𝑚³
𝑉𝑁
𝑅𝑒𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 → 𝑅𝑒𝑎𝑡. = 1 − 𝐶 → 𝐶 = (1 − 𝑅𝑒𝑎𝑡. ) 𝑉𝑆 = 𝑉𝑁 · 1 + 𝐸 → 1.333.333𝑚³ · 1 + 0,22
𝑉𝑆 = 1.626.666𝑚³
𝑅$ 6,00
Cálculo do preço:R$ 6,0m³/Km → · 1.626.666𝑚3 · 3,2𝑘𝑚 → 𝑅$ 31.232.000,00
𝑘𝑚
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EXERCÍCIOS
Exemplos:
Na construção de uma barragem com 1.200.000m³, tenho os seguintes dados:
Reaterro = 10%, Empolamento = 22%. O empreiteiro forneceu orçamento pelo
volume transportado de R$ 6,0m³/Km – Distância = 3,2 Km. Considere:
𝑉𝐴 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝐴𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎𝑑𝑜 (𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎𝑑𝑜) → 1.200.000𝑚³
𝑉𝑆 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑜 (𝑒𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜) → 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑜
𝑉𝑁 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑛𝑎 𝑗𝑎𝑧𝑖𝑑𝑎 → 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑎 𝑗𝑎𝑧𝑖𝑑𝑎 (𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑣𝑎𝑑𝑜)

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EXERCÍCIOS
Exemplos:

Em uma obra, o equipamento scraper (26 m³) deu 120 viagens, transportando
material de 1ª categoria – (E=32%). O preço por m³/Km é de R$1,30 (Medido no
corte). O centro de massa da jazida está a 1,6 Km da obra. Qual o preço da
terraplanagem?

𝑉𝑆 = 120 · 26𝑚3 → 3.120𝑚³

1 1
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 → φ = → → 0,758
(1 + 𝐸) (1 + 0,32)

𝑉𝑁
φ= → 𝑉𝑁 = 𝑉𝑆 · φ → 3.120𝑚3 · 0,758 → 2.363,63𝑚3
𝑉𝑆

𝑃𝑟𝑒ç𝑜 = 2.363,63𝑚3 · 𝑅$ 1,30 · 1,6𝑘𝑚 → 𝑅$ 4.916,36

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PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM

A produção sofre a influência de três fatores básicos:


O empreiteiro tem certa quantidade
1-Tempo de m³ de terra para ser removida, em
determinado prazo

2-Material
3-Eficiência A partir daí pode determinar quantos m³
devem ser removidos por hora de trabalho

Para saber se tem condições de realizar o


trabalho

Deve saber quantos m³/h pode remover


com seu equipamento

Para isso deve saber o que cada máquina


pode fazer

Construção de Edifícios
59
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PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM
Em qualquer serviço de terraplenagem ou movimento de terra as máquinas
locomovem-se, executando um ciclo regular de trabalho carregam e transportam
o material, fazem o seu despejo e tornam a voltar para o lugar em que
começaram a carregar o mate
CICLO - É o tempo necessário para carregar, transportar e voltar ao lugar inicial.
O tempo de ciclo compreende duas partes definidas a seguir.
1) Tempo fixo - é o tempo necessário para uma máquina carregar o material,
descarregá-Io no basculante, fazer a volta, acelerar e desacelerar. O tempo para
executar essas operações é mais ou menos constante, seja qual for a distância
que o material deva ser transportado.
2) Tempo variáve/ - é o tempo consumido pela máquina ou basculante, na
estrada ou em vias públicas, para transportar o material e voltar vazio para o
ponto inicial. Varia com a distância do corte ao aterro ou ao bota-fora e com a
velocidade de locomoção do equipamento, da intensidade do trânsito nas vias
públicas.
Portanto, o tempo de ciclo é igual ao tempo fixo mais o tempo variável. O tempo
de ciclo determina o número de viagens que pode ser efetuado por hora, portanto
ele deve ser conservado a um mínimo.
Construção de Edifícios
60
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PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM

Providências a serem tomadas para reduzir o tempo fixo:


a) sempre que possível, organizar o serviço de modo que o
carregamento seja feito da parte mais alta para a mais baixa;
b) eliminar o tempo de espera;
c) em alguns casos a desagregação do solo é uma necessidade
para maior facilidade no carregamento.
Para reduzir o tempo variável é preciso planejar cuidadosamente
a localização das estradas e vias de transporte. Não obstante a
linha reta ser a distância mais curta entre dois pontos, convém,
algumas vezes, dar voltas para evitar rampas fortes e
congestionamento.

Construção de Edifícios
61
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PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM

PRODUÇÃO - viagens por hora e metros cúbicos por viagem


determinam· a produção das máquinas. Conhecendo-se o tempo de
ciclo, que é a soma dos tempos fixos e variáveis, calcula-se o número
de viagens por hora.
60 𝑚𝑖𝑛
𝑉𝑖𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 𝑝𝑜𝑟 ℎ𝑜𝑟𝑎 =
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 (𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠)
A produção horária é calculada conhecendo-se o número de viagens
ou ciclos por hora.
Produção horária (m³ medidos no corte) = m³ por viagem (medido no
corte) x viagens por hora.

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PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM
Fator de Eficiência: Eficiência de trabalho é um dos elementos mais complexos no
cálculo de produção, pois é influenciado por fatores como:

-Experiência do Operador

-Pequenos Consertos e Ajustamentos

-Atrasos Pessoais

-Atrasos Causados pelo Plano Geral de Trabalho

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PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM
Pás mecânicas: Quando os conjuntos transportadores são carregados por
meio de pá mecânica, é preciso calcular o número de conjuntos necessários
para conservar a pá mecânica trabalhando todo o tempo. Para isso, é preciso
assumir que a pá mecânica trabalhe os 60 min de cada hora, pois do outro
modo não se teria a certeza de que a capacidade dos conjuntos de
transportes seria adequada todo o tempo.
O número de conjuntos de transportes necessários podem ser encontrado por
meio da seguinte expressão:
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑎 𝑝á 𝑚𝑒𝑐â𝑛𝑖𝑐𝑎
𝑚3

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜𝑠 = 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒
𝑚3
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒

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PRODUÇÃO NA TERRAPLENAGEM
As condições que influem no rendimento da pá mecânica são:
a) curva que faz a lança em seu movimento giratório para
alcançar o caminhão;
b) tipo do material com que se trabalhe;
c) o tamanho da caçamba da pá mecânica;
d) a profundidade de escavação.

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Construção de Edifícios
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