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MAR 2016

Pagamento de salários e regime cambial


O Banco Nacional de Angola (“BNA”) publicou um conjunto de resposta a questões
frequentes relativas ao novo regime cambial, de que destacamos o seguinte:

1. Os salários dos trabalhadores residentes cambiais devem ser pagos em moeda


nacional (Kwanzas), independentemente do ramo de actividade em que estes
exerçam funções, sendo que este imperativo legal resulta da Lei n.º 2/12, de 13 de
Janeiro, definido pelo Aviso n.º 20/12, de 25 de Abril, em vigor desde 1 de Julho de
2013;

2. Para este efeito, consideram-se residentes cambiais os cidadãos com residência legal
habitual no país, diplomatas nacionais, representantes consulares ou equiparados em
exercício de funções no estrangeiro, bem como membros das respectivas famílias,
bem como cidadãos nacionais cuja ausência do país, até um ano, seja por motivo de
estudos ou determinado pelo exercício de funções públicas;

3. Mesmo nos casos em que os salários estejam indexados em moeda estrangeira, os


salários devem ser pagos em moeda nacional. No entanto as partes são livres de fixar
a taxa de câmbio, devendo ter como referência base a taxa de câmbio divulgada
diariamente pelo BNA. No caso de participação em programas de desenvolvimento no
exterior, os valores pagos pela entidade patronal devem ser pagos no exterior, na
moeda do país de acolhimento, salvo se houver disposição em contrário no país em

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causa, sendo que havendo remuneração a ser recebida em Angola, deve ser paga em
Kwanzas;

4. Relativamente às pensões pagas directamente por entidades não residentes em


contas domiciliadas em instituições financeiras estabelecidas em Angola, os
trabalhadores podem recebê-las em moeda estrangeira: tratando-se do empregador a
efectuar o pagamento das pensões, deve fazê-lo sempre Kwanzas;

5. As pessoas colectivas ou singulares titulares de contas bancárias domiciliadas em


instituições financeiras em Angola em moeda estrangeira podem efectuar depósitos e
levantamentos: os valores das referidas contas em moeda estrangeira poderão ser
movimentados pelos seus titulares;

6. O reembolso dos empréstimos obtidos em moeda estrangeira junto a instituições


bancárias e ainda em curso devem, na cobrança das prestações dos créditos
concedidos, aceitar fundos disponíveis nas contas dos clientes em quaisquer moedas,
independentemente da moeda contratada;

7. A taxa de câmbio a utilizar pelas instituições financeiras para reembolso dos créditos
concedidos em moeda estrangeira corresponderá àquela que estiver em vigor no dia
da transacção na instituição financeira credora: a referida taxa está sujeita aos limites
impostos pela regulamentação do BNA;

8. Para adquirir moeda estrangeira para viagem, para pagamento de serviços ou adquirir
mercadoria deve sempre recorrer-se ao banco comercial no qual tenha conta bancária
ou a uma casa de câmbios: Também é possível a utilização de cartões de pagamento
de marca internacional disponibilizados pelos bancos nacionais. Recomenda-se que
se evite a compra e a venda de moeda no mercado informal, devido ao
desconhecimento da proveniência e autenticidade dessa moeda, correspondendo tal
prática a um ilícito cambial;

9. Nenhuma entidade ou agente económico pode fazer cobrança por serviços prestados
ou bens comercializados em moeda estrangeira, sem autorização expressa do BNA: a
recusa na aceitação de moeda nacional como pagamento por bens ou serviços
comercializados no país é crime, corresponde a violação da Lei da Moeda Nacional,
da Lei Cambial e do Código Civil, sendo que esta prática deve ser denunciada às
autoridades policiais e ao BNA.

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