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OS JOGOS E BRINCADEIRAS COMO INSTRUMENTO DE DESCOBERTA NO

PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO.

RESUMO

O presente trabalho trata dos jogos e brincadeiras no processo de aprendizagem na


educação infantil, partindo do pressuposto de que esses recursos pedagógicos colaboram de forma
expressiva para o ensino aprendizagem e desenvolvimento dos alunos. Assim temos como objetivo
geral compreender a importância da interação escolar no uso das brincadeiras e dos jogos na
aprendizagem do estudante nos anos iniciais. A pesquisa trata do lúdico no ensino aprendizagem de
crianças da Educação Infantil e tem o objetivo de compreender o ensino lúdico e o uso de
brincadeiras no processo da aprendizagem; aborda-se a importância do lúdico na aprendizagem e na
formação do professor, no cotidiano escolar, nos pontos intensos e fracos da aplicabilidade do ensino
lúdico e verificou-se como a ludicidade interfere na assimilação de conhecimentos do dia a dia e no
contexto escolar. A análise é uma maneira que se faz assim como se faz ciência, e sendo assim
como ela progride e evolui ao longo dos anos, não é uma tarefa fácil. São muitas as questões de
dificuldades que surgem no decorrer desse processo. Esclarecer todas as bases em que se funda em
todas as crenças sobre as quais se erguem ramos de estudos específicos, as comunidades de
cientistas que compartilham de uma mesma visão de mundo e que, em conjunto, determinam os
rumos. Neste artigo, foi utilizada tendo apresentação teórica das idéias de teorias de Vygotsky (1984),
Piaget (1998), Paulo Freire (1983) entre muito outros. Nas quais sempre buscaram prestigiar e
entender a conduta do humano e como se dá a relação social das pessoas no meio que está inserido.

PALAVRAS-CHAVE: Jogos. Brincadeiras. Lúdico. Educação Infantil. Ensino aprendizagem.

INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é fazer uma abordagem sobre lúdico no ensino


aprendizagem infantil. Os jogos e brincadeiras utilizadas de forma adequada como
recurso pedagógico poderão contribuir para o processo de aprendizagem das
crianças na escola, especialmente na educação infantil, pois estes recursos neste
contexto retém o interesse da criança possibilitando assim, o seu desenvolvimento
global de habilidades necessárias para processo educativo.

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Por meio do brinquedo, a criança constrói o seu universo, manipulando-o e


trazendo para a sua realidade situações inusitadas do seu mundo imaginário. O
brincar possibilita o desenvolvimento, não sendo somente um instrumento didático
facilitador para o aprendizado, já que os jogos, brincadeiras e brinquedos
influenciam em áreas do desenvolvimento infantil como: motricidade, inteligência,
sociabilidade, afetividade e criatividade. Desse modo, o brinquedo contribui para a
criança exteriorizar seu potencial criativo.

Através da pesquisa é possível comprovar que a utilização de procedimentos


metodológicos que envolvem brincadeiras tende a contribuir com mais facilidade
para o processo de ensino e aprendizagem da criança, na formação de atitudes
sociais como cooperação; socialização; respeito mútuo; interação; lideranças e
personalidade, que favorecem a construção do conhecimento do educando.

Assim, o problema que norteou este estudo consistiu em discutir de que modo
educadores pensam as atividades lúdicas e qual a contribuição destas para a
aprendizagem. É claro e notório que jogos e brincadeiras são poucos utilizados no
ensino fundamental como recurso didático para o desenvolvimento de um ambiente
alfabetizador, já que os alunos e professores pouco se utilizam desse recurso
didático.

Desse modo, foi abordada a importância de se utilizar os brinquedos em sala


de aula, pois, assim, as crianças aprendem brincando. Atividades dinâmicas de
motivação, utilização de jogos pedagógicos, bem como os momentos de
socialização e afetividade oportunizam aprendizagem por meio do mundo
imaginário.

2 O LÚDICO E OS ALUNOS

Pode-se definir lúdico como jogo, brincadeira, divertimento e prazer. É através


de brincadeiras que a criança aprende e aprimora os conhecimentos de forma
significativa e começa a se descobrir através da interação com outras crianças.
Utilizando jogos didáticos o professor consegue atrair a atenção dos alunos fazendo
com que todos possam participar de forma interativa da aula deixando um pouco de
lado a forma tradicional de ensino. Para Garcez (2014) “O jogo pode ser definido
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como qualquer atividade lúdica que tenha regras claras, explícitas, estabelecidas na
sociedade de uso comum, e tradicionalmente aceita, seja de competição ou
cooperação”. O que caracteriza o jogo são as regras as quais devem ser respeitadas
para que a competição seja realizada de forma correta. É através dos jogos que o
aluno aprende a melhorar sua capacidade de raciocínio e interação.

Imagina se que os jogos educacionais mostram a importância da brincadeira


para o desenvolvimento infantil e para a obtenção de conhecimentos dos
educandos, pois inventam novos desafios do dia-a-dia e do lúdico, levando a
identificação da criança à realidade ou, ainda, como forma de alcançar o
conhecimento a sua maneira, podendo-se criar significados e sentidos novos a arte
de aprender. O jogo na forma lúdica deverá dar lugar para a criança sintetizar a
informação a sua maneira, tendo a liberdade para conduzi-lo de forma prazerosa,
alegre e livre. O docente somente deve interferir para estimular a concepção da
criança e a interação dos que apresentarem dificuldades de concentração ou
participação para que o jogo absorva a atenção por completo e contribua para
melhorar o desenvolvimento absoluto da criança.

De acordo com Almeida (2003, p. 32), Makarenko define que “[...] o jogo é tão
importante na vida da criança como é o trabalho para o adulto [...]”, pois a educação
com jogos lúdicos:

[...] além de explicar as relações múltiplas do ser humano em seu contexto


histórico, social, cultural e psicológico, enfatizam a libertação das relações
pessoais passivas, técnicas para as relações reflexivas, criadoras,
inteligentes, socializadoras, fazendo do ato de educar um compromisso
consciente intencional, de esforço, sem perder o caráter de prazer,
satisfação individual e modificador da sociedade (ALMEIDA, 2003, p. 31).

A brincadeira é de suma importância, pois através dela a criança cria seu


mundo de símbolos, desperta a sua criatividade criando cenas do seu cotidiano e o
que presencia. O lúdico torna o aprender mais prazeroso, faz com que a criança
invente cenários imaginários exercitando e explorando a sua criatividade utilizando o
próprio conhecimento.
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2.1 OS PROBLEMAS DO LÚDICO NO COTIDIANO ESCOLAR

Acredita se que a escola deve proteger o brincar em todas as suas formas,


concretizando uma aspiração antiga: a da valorização da ludicidade natural do ser
humano e a democratização das atividades lúdicas, as brincadeiras devem ser
encaradas como um meio, um direito e um dever da criança. O jogar e brincar
possui um encantamento e despertam o interesse da criança gerando maior
participação e interação entre os alunos e o conhecimento, o lúdico vem com a
intenção de promover um desenvolvimento integral da criança.

Santos (1997) afirma que:

O brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual


e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos,
relaciona ideias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e
corporal, reforça as habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se a
sociedade e constrói o seu próprio conhecimento (SANTOS, 1997, p. 20).

Atualmente, com o crescimento dos meios de comunicação como televisão e


a internet, as crianças estão deixando de lado as brincadeiras, buscando o aspecto
lúdico apenas nos jogos de computador, vídeos-games, dentre outros brinquedos
eletrônicos que limitam as crianças, ocasionando a perca da sua própria identidade,
e ao mesmo tempo, apontando para elas o que é correto, direciona-as em meio a
situações com regras prontas, o que as priva de novas experiências que as façam
crescer. Numa sociedade, onde ambos os pais trabalham as crianças têm que viver
em função de particularidades culturais, e a partir dos novos ritmos desta sociedade
é perceptível a forma empobrecedora das experiências lúdicas que a criança tem
vivido, quando fica à margem de vídeo games, televisores e outros meios
eletrônicos. Ou seja, sufocada em exigências de seu cotidiano e em virtude disso, os
meios eletrônicos deixam marcas subjetivas na vida das crianças, o que se torna
desprovido de recursos sua experiência diárias e da mesma forma a imaginação.
Neste contexto, verifica-se no discurso parental e social a grande preocupação com
segurança, limpeza e saúde, que leva a subtrair das crianças a possibilidade de
brincar, para tanto, atendem dos adultos a uma série de regras de controle.
Portanto, os meios eletrônicos interferem na atitude e na formação de personalidade
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das crianças, principalmente quando comparado aos aspectos motores. A


inatividade destes jogos, a influência alimentar, a hiperatividade, a liberação de
violência, entre outras ações inadequadas adquiridas em conseqüências do mau uso
dos aparelhos eletrônicos constituem exemplos de suas influencias na vida humana.

Os alunos vivem em um mundo eletrizado e para orientá-los é preciso


preparo, não basta apenas criticar a televisão, os pais, os brinquedos eletrônicos se
não é oferecida pela escola conscientização para uma melhoria nos hábitos que
influenciam a educação.  Portanto os alunos de hoje acreditam somente nos
professores que sabem transmitir suas aulas em trabalho-jogo, envolvendo
seriedade e prazer, sabem manter um relacionamento de irmão mais velho, sabem
desafiar, aproveitar cada momento, cada situação para debater, discutir e
proporcionar a aprendizagem, já que quando um aluno gosta de um professor ele
acaba gostando daquilo que ele ensina, e quando um professor desperta na criança
a paixão pelos estudos, ela mesma buscara o conhecimento e fará tudo para
corresponder. Segundo Almeida, (1998) p.64 “A escola dá o conhecimento, impõe o
saber e o cobra com medo de que os alunos não o dominem.”

Os professores devem utilizar os jogos e as brincadeiras de forma que


possibilite a criança descobrir, vivenciar, modificar e recriar regras. A escola é o local
de preservação e aprendizagem da cultura lúdica e os educadores devem levar em
consideração os saberes a respeito do brincar e sua predisposição em criar,
lembrando que se estimuladas com novos saberes à criança só evoluirá. Os jogos e
brincadeiras são fortes instrumentos como estratégia de aprendizagem. Sabemos
que o brincar é uma atividade natural da criança, dessa maneira, o educador deve
aliar a atividade de brincar com as atividades de ensino, pois aprender para as
crianças através desses instrumentos pedagógicos se torna uma aprendizagem
mais envolvente, estimuladora e significativa. Ao se utilizar os jogos no espaço
escolar da educação infantil, deve-se tomar alguns cuidados, o professor não deve
apenas aplicar o jogo no dia a dia da sala de aula, mas sim, mostrar qual papel o
jogo desempenhará no desenvolvimento infantil. De acordo com Oliveira (2008, p.
230) “Os que trabalham com a educação de crianças até 6 anos falam muitas vezes
em jogo simbólico, sem, contudo, dar mostras de terem elaborado de um modo mais
cientifico como ele ocorre e qual sua função no desenvolvimento humano. ”.
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2.2 OS AUXILIOS DE JOGOS E BRINCADEIRAS NO PROCESSO DE


APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO INFANTIL

O período da educação infantil é o inicio da vida escolar de uma criança, é


nesse período que ela ira desenvolver a parte cognitiva, motora, emocional, social e
cultural. Mas para que ocorra o processo de desenvolvimento do ensino-
aprendizagem a criança tem que explorar esse ambiente, por isso é importante que
seja limpo, com cores vivas e brinquedos atrativos. É importante ressaltar que, o
ambiente da sala de aula da educação infantil deve ser acolhedor, atraente,
prazeroso e agradável. E que neste espaço ofereçam as crianças oportunidades e
experiências para o seu desenvolvimento e aprendizagem.

De acordo com (Oliveira 2002), o ato de brincar proporciona uma mudança


“significativa” na “consciência infantil” pelo motivo de determinar das crianças um
jeito mais “complexo” de conviver com o mundo. Oliveira diz que jogos, brinquedos e
brincadeiras estimulam o desenvolvimento cognitivo. A partir do brincar, a criança
tem uma experiência vivenciada, descobre assim um mundo mágico , inventa , cria ,
estimula habilidades, a curiosidade e em especial a sua independência. Ao construir
suas hipóteses a criança constrói suas próprias ideias sobre o mundo que a cerca,
refletindo com isso seu desenvolvimento psicológico e cognitivo em que se encontra.
Quando o professor de Educação infantil compreende a importância de se avaliar os
mecanismos e raciocínio empregados em cada brincadeira deixa de existir o certo e
o errado. Toda ideia elaborada pela criança passa, então, a ser valorizada, 19
competindo ao professor apena conduzir o aluno a refletir, para que a própria
criança faça suas reformulações e atinja de maneira significativa o seu aprendizado.
O uso de jogos e brincadeiras, em uma visão pedagógica estimula o
desenvolvimento psicomotor, emocional, afetivo, cognitivo entre outras áreas de
aprendizagem, mas é preciso que se identifiquem as necessidades individuais de
cada aluno para que possa estabelecer uma estratégia que supra essas carências.
Deve-se entender melhor as necessidades e dificuldades mais imediatas do sujeito e
utilizar as atividades lúdicas justamente na busca de possibilidades de
aprendizagem e compreensão não só de conteúdos mas de valores também.
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Acredita-se que brincando a criança aprende, se socializa, assimila regras,


integra-se ao grupo, aprende a dividir, a competir, a cumprir regras. Sabendo disso a
escola pode valer-se do uso se materiais concretos e de jogos e brincadeiras para
facilitar a aprendizagem e tornar as aulas mais agradáveis e eficazes. Os jogos e
brincadeiras proporcionam as crianças, aprender de forma prazerosa. Por meio dos
jogos e brincadeiras as crianças interagem umas com as outras desenvolvendo suas
habilidades, ampliando seu intelecto sem ter a “obrigação” de aprender; tudo
acontece de forma espontânea. Através dos jogos a criança passa a entender e a
estabelecer regras por si mesmas ou pelo grupo, isso possibilita a criança a resolver
possíveis conflitos gerados no momento do jogo. Permitem que as crianças
desenvolvam a imaginação de modo que elas possam sonhar sentir, decidir, se
aventurar e agir, recriando o tempo e o espaço da brincadeira, colocando toda sua
imaginação em ação. Ao se utilizar os jogos no espaço escolar da educação infantil,
deve-se tomar alguns cuidados, o professor não deve apenas aplicar o jogo no dia a
dia da sala de aula, mas sim, mostrar qual papel o jogo desempenhará no
desenvolvimento infantil. “Os que trabalham com a educação de crianças até 6 anos
falam muitas vezes em jogo simbólico, sem, contudo, dar mostras de terem
elaborado de um modo mais cientifico como ele ocorre e qual sua função no
desenvolvimento humano. ” (OLIVEIRA, 2008, p. 230).

O brincar é fundamental para o desenvolvimento infantil da criança, já que é


uma atividade sociocultural, impregnada de valores, hábitos e normas que refletem o
modo de agir e pensar de um grupo social. Para Lopes, (2005, p. 35) “o jogo para a
criança é o exercício, e a preparação para a vida adulta”. De acordo com as ideias
da autora, a criança aprende brincando, ela afirma que o jogo para criança é o
exercício que a faz desenvolver suas potencialidades. A autora ainda nos diz que
enquanto a criança está simplesmente brincando incorpora valores, conceitos e
conteúdo.

Os jogos podem ser utilizados como um dos instrumentos pedagógicos para


ensinar conteúdos na educação, mas para que isso aconteça é necessário uma
intencionalidade educativa, o qual implica do professor um planejamento, visando
alcançar objetivos. Quando jogamos estamos praticando, direta e profundamente,
um exercício de coexistência e de reconexão com a essência da vida. Ao utilizar os
jogos o professor deve estar ciente de que a criança não está brincando livremente,
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mas sim que há objetivos didáticos sendo o professor o mediador entre crianças e
objetos propiciando as situações de aprendizagem articulando os conhecimentos
trazidos pela criança àqueles que se deseja transmitir.

A importância da brincadeira na vida da criança fica explicita nas palavras da


Teixeira (2010, p.49) quando afirmar que: Por meio da brincadeira, a criança
aprende a seguir regras, experimentar formas de comportamento e se socializar,
descobrindo o mundo ao seu redor. Brincando com outras crianças, encontra seus
pares e interage socialmente, descobrindo, dessa forma, que não é o único sujeito
da ação, e que, para alcançar seus próprios objetivos, precisa considerar o fator de
que outros também têm objetivos próprios. Percebemos na ideia da autora algumas
das contribuições que a brincadeira pode oferecer as crianças para o seu
desenvolvimento e aprendizagem. As atividades lúdicas são de fundamental
importância para o desenvolvimento infantil da criança, já que é uma atividade
sociocultural, impregnada de valores, hábitos e normas que refletem o modo de agir
e pensar de um grupo social.

Ao brincar a criança não tem preocupação em adquirir conhecimento, mas


sim trata o jogo como diversão. Ao utilizar o jogo em sala de aula o professor deve
ter o cuidado para não o transformar em trabalho, uma das características do jogo
infantil é que ele é escolhido pela criança por livre e espontânea vontade, quando o
professor não dá oportunidade de escolha e ação sobre o jogo para a criança isso
se torna um trabalho, destaca Kishimoto (2011, p. 30) “Quando o professor utiliza
um jogo educativo em sala de aula, de modo coercitivo, não oportuniza aos alunos
liberdade e controle interno. Predomina, neste caso, o ensino, a direção do
professor”.

Vygotsky apud Rau (2011 p. 58) define como característica do jogo a


circunstância que, nele, “uma situação imaginária é criada pela criança. O brincar da
criança é a imaginação em ação. O jogo é o nível mais alto do desenvolvimento na
educação pré-escolar e é por meio dele que a criança se move cedo, além do
comportamento habitual na sua idade”. Dispondo dessas concepções sobre as
características do jogo, pode-se concluir que os profissionais da educação infantil
devem agir com cautela na hora de selecionar os jogos, mas também tem que dar a
opção de a criança escolher o que ela quer jogar, para que o jogo não se torne um
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trabalho, deixando ela se posicionar dentro do jogo, sendo o professor apenas


observador, e também ela deve ter livre e espontânea vontade de jogar.

Para favorecer uma aprendizagem significativa às crianças na educação infantil, é


necessário oferecê-las atividades que possibilitem construir seu próprio
conhecimento, além disso, o educador deve utilizar-se de jogos e brincadeiras como
recursos pedagógicos e adaptar-se a essa nova metodologia de ensino. Os jogos e
brincadeiras são instrumentos pedagógicos altamente importantes, mais do que
entretenimento, são um auxilio indispensável para o processo ensino-aprendizagem,
que propiciam uma aprendizagem significativa para a criança. Nesta direção Rizzi e
Haydt (2007) afirmam que:

O jogo é uma atividade que tem valor educacional intrínseco... Mas além
desse valor educacional, que lhe é inerente o jogo tem sido utilizado como
recurso pedagógico. Várias são as razões que levam os educadores a
recorrer ao jogo e a utilizá-lo como recurso no processo ensino-
aprendizagem: o jogo corresponde a um impulso natural da criança, e neste
sentido, satisfaz uma necessidade interior, pois o ser humano apresenta
uma tendência lúdica. A atividade de jogo apresenta dois elementos que a
caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo (RIZZI E HAYDT 2007. p
13,14).

O jogo e a brincadeira são importantes para que a criança se integre ao


grupo, forme pares com quem tem mais afinidades, desenvolva o raciocínio-lógico
dentre outras conquistas. A professora Magali ressalta que por meio da brincadeira o
professor conhece a criança e influencia no seu processo de aprendizagem. A
colocação desta professora relaciona-se com a contribuição da fundamentação de
Maluf (2009, p.41), quando ela diz que “Durante as atividades lúdicas, os
educadores podem perceber traços de personalidade do educando, de seu
comportamento individual e coletivo e o ritmo de seu desenvolvimento”. Em relação
à compreensão que as professoras possuem sobre jogo e brincadeira, percebemos
que as colaboradoras compreendem a importância desses instrumentos no processo
de aprendizagem e desenvolvimento da criança.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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A presente pesquisa é descritiva e de cunho qualitativo, com coleta de dados


através pesquisa bibliográfica, questionário estruturado e observação. O tipo de
observação empregada na pesquisa foi à observação não participante, que de
acordo com Barros e Lehfeld (2007, p.75) a observação não participante é “um tipo
de observação em que o observador permanece de fora da realidade a estudar. A
observação é feita sem que haja interferência ou envolvimento do observador na
situação. O pesquisador tem o papel de espectador”.

3.1 CARACTERIZAÇÕES DE PESQUISA

Visamos nesta pesquisa se um estudo bibliográfico cientifica com um ponto


de vista histórico, e tendo um pouco da pesquisa descritiva e exploratória. A
pesquisa bibliográfica se caracteriza pela pesquisa e consulta em livros nas
principais fontes de referências.

Segundo Gil (2002) uma pesquisa bibliográfica tem a base o material


elaborado, como os artigos e livros. Ainda, de acordo com Gil (1999: 71): “A principal
vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a
cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia
pesquisar diretamente”.

A fim de observar, analisar e descrever fatos ou fenômenos, a pesquisa


descritiva se faz necessária para que não haja alterações da realidade pesquisada.
A pesquisa exploratória tem por objetivo familiarizar-se com o assunto pouco
conhecido e a descritiva objetiva descrever as características de determinado
assunto, sendo a observação o método escolhido como técnica de coleta dos dados
em uma instituição de educação infantil pública

Utilizamos como instrumentos de coleta de dados a observação participante,


questionários e muito estudo das vivências propostas às crianças de uma instituição
de educação infantil pública do município de Três Marias-Mg.

Ocorreram observações de seis dias, por um período de quatro horas cada,


como fonte de informações do cotidiano precisas para pesquisa. Os questionários
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foram entregues aos docentes e foram recolhidos para que pudesse realizar o
diagnóstico, as observações significam perceber os indicativos que ocorrem
diariamente, as relações estabelecidas entre a educadora e as crianças nos
momentos de brincadeiras livres e direcionadas, higiene de alimentação e das
demais rotinas da instituição.

Este instrumento será de grande importância para, uma vez que a criança
pequena não se comunica apenas pela linguagem falada, mas também por gestos,
sorrisos, brincadeiras, jogos, ações e demais formas de comunicação que
possibilitarão a realização do estudo neste contexto. Foram utilizados, recursos
fotográficos para registrar os momentos mais significativos e propiciar à pesquisa
subsídios concretos.

Gruran (2000) aponta para dois tipos de fotografia em trabalhos de pesquisa.


Uma delas será utilizada para demonstrar e enunciar conclusões. Os retratos
servem também “para contar” corresponde ao momento em que o educador
compreende e, de certa forma, coordenar seu objeto de estudo, utilizando, portanto
o retrato para sobressair com segurança aspectos e situações marcantes da cultura
estudada, e desenvolver sua reflexão apoiado nas evidências que os retratos podem
apontar.

Juntamente com os retratos podem ser feitas sempre também questões não
devem possibilitar respostar exaustivas nem desviar do assunto. Devem ser
objetivas, diretas e expostas de maneira clara e concreta. Será utilizado, também, o
método qualitativo para que ocorra a subjetividade no processo de investigação.

Conforme afirma Maradinho (2009, p.03): Na perspectiva qualitativa, este tipo


de caminho visa nortear o conhecimento científico visam em ajudar processos acima
do método, isso é, privilegia-se a informações bem interpretativas sobre a realidade
em que estamos inseridos, que está centrada na construção de dados e
recebimentos dos mesmos. Se por um lado tem-se um sujeito que traz indagações
de pesquisa a partir de suas concepções de mundo, por outro lado, o objeto é
também um objeto-sujeito que fala e se posiciona conforme o seu contexto histórico-
social.
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A concepção teórica de análise de dados, neste trabalho foi levada em


consideração todo o pressuposto histórico em que foi envolvido, considerando
também o contexto social e cultural em que este inserido, procurando analisar todos
os aspectos e descrevendo a realidade do cotidiano dos dias atuais. Num breve final
podemos dizer que tudo da teoria deveria e tem que ser praticado, para que
somente assim possamos ter resultados e possíveis mudanças, os alunos querem
coisas atuais mais sem perder todo um conjunto de histórias, ou seja o educador
tem em suas mãos muitas práticas para serem estudadas nas mais diversas formas
de aplicação, que vai de uma simples brincadeira até um questionários mais
requisitados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização deste trabalho nos possibilitou a comprovação que as atividades


lúdicas influenciam de forma significativa no processo de aprendizagem e
desenvolvimento, pois essas atividades proporcionam uma aprendizagem
significativa para a criança na educação infantil. Durante a observação, percebemos
que as professoras utilizam em sua prática os jogos e brincadeiras como
instrumento pedagógico no processo de ensino aprendizagem. A aprendizagem
acontece de maneira significativa enquanto a criança brinca, a aprendizagem é um
processo interligado que faz com que ocorra uma transformação em nível de
qualidade na estrutura mental daquele que aprende. Essa transformação se dá
através da modificação do comportamento de um indivíduo. Tendemos a conceituar
a aprendizagem apenas como aquisições escolares formais. A educação formal é
um processo de orientação da aprendizagem, mas nem todas as aprendizagens
pertencem a este estilo, aprendizagens são todas as modificações, relativamente
permanentes, de nossas tendências a reagir, que resultam da experiência de cada
um. O comportamento apreendido não é estático, pois o ser humano modificase
durante toda a sua vida Para se adquirir o aprendizado é muito importante que o
aluno tenha desejo em aprender. Tenha motivação, estímulo para o aprendizado e
esta motivação pode ser incentivada pelo professor através de recursos atrativos,
utilizando a linguagem do aluno com intuito de enriquecer seus conhecimentos. Uma
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forma de tornar o saber prazeroso é inserindo jogos e brincadeiras no planejamento


diário.

A partir das análises das respostas das interlocutoras da pesquisa, ficou


evidente à importância do uso de jogo e brincadeira no processo de aprendizagem
dos alunos, sendo reconhecido com um excelente recurso didático e como um
elemento facilitador desse processo na ação do educador em sala de aula, tornando
assim a aprendizagem em algo prazerosa e envolvente. O jogo e a brincadeira são
importantes para que a criança se integre ao grupo, forme pares com quem tem
mais afinidades, desenvolva o raciocínio-lógico dentre outras conquistas. A
professora Magali ressalta que por meio da brincadeira o professor conhece a
criança e influencia no seu processo de aprendizagem.

Do ponto de vista pedagógico, percebemos que as brincadeiras auxiliam aos


educandos a formar conceitos, relacionar idéias, estabelecer relações lógicas,
desenvolver a expressão oral, reforçar as habilidades sociais e construir seu próprio
conhecimento, confirmando ser esse o papel dos jogos como instrumento facilitador
do desenvolvimento da aprendizagem da criança. É brincando e jogando que a
criança desenvolve sua atenção e afetividade. Desta forma percebemos que a
ludicidade é uma necessidade do ser humano.em qualquer idade mas,
principalmente na infância, na qual ela deve ser vivenciada de maneira a
desenvolver suas potencilidades.

Como foi apresentado nesta pesquisa o jogo e a brincadeira é considerada


uma ferramenta muito importante no que se refere à aquisição do conhecimento no
âmbito escolar. Senso assim é fundamental que educador utilize desses recursos
como proposta pedagógica em sala de aula. Foi através desse estudo que
compreendemos que o jogo e a brincadeira para o desenvolvimento integral do ser
humano nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. O brincar
para as crianças é importante, pois através dessa atividade, a criança desenvolve
suas habilidades motoras, intelectual, cognitiva, entre outras. Diante do exposto,
esperamos que esse estudo contribuísse para a prática pedagógica dos educandos
da educação infantil e para que esses profissionais ampliem sua consciência da
importância do jogo e da brincadeira para o desenvolvimento e aprendizagem da
criança.
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REFERÊNCIAS

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