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Karl Popper, demarca a ciência de outras formas de conhecimento, defendendo que se a

ciência pretende ser racional e objetiva, tem de prescindir inteiramente do recurso à indução.
Assim e para iniciar o estudo da sua conceção epistemológica, devemos ter presentes duas das
suas teses principais, que são:

- a construção do conhecimento científico faz-se através de conjeturas e refutações;

- o critério que garante a cientificidade das teorias é o da sua falsificabilidade.

O método das conjeturas e refutações que hoje se designa por método hipotético-dedutivo
(ou conjetural), pode ser sintetizado em três etapas distintas:

1. Problema – o ponto de partida para a investigação científica não é a observação pura e


imparcial dos factos, mas sim um problema levantado por uma observação que entra
em confronto com as nossas teorias e expectativas prévias;
2. Conjetura – o investigador conjetura uma possível explicação, isto é, uma hipótese ou
teoria para os factos observados baseado na sua experiência passada;
3. Tentativa da refutação – no final, resta ao cientista testar a sua hipótese, isto é,
recorrer aos testes experimentais, não para confirmar uma hipótese, mas para tentar
provar a sua falsidade, ou seja, para tentar refutá-la.

Para evitar os problemas associados à verificabilidade, Popper propõe um novo critério de


demarcação: a falsificabilidade, segundo a qual uma teoria é científica somente se for
empiricamente falsificável, ou seja, se é possível conceber um teste experimental que seja
capas de demonstrar que ela é falsa. Para Popper as boas teorias científicas são aquelas que
têm um elevado grau de falsificabilidade.

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