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CENTRO PAULA SOUZA

ETEC EXTENSÃO BALNEÁRIO MARACANÃ

OTÁVIO DE OLIVEIRA FERNANDES CAMACHO

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

PRAIA GRANDE - SP
2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................3

2. CAUSAS.............................................................................................................................3

3. ESTOPIM............................................................................................................................6

4. FORÇAS BELIGERANTES............................................................................................7

5. CONSEQUÊNCIAS..........................................................................................................8

REFERÊNCIAS......................................................................................................................10
1. INTRODUÇÃO

Foi a primeira guerra do século xx e o primeiro conflito em estado


de guerra total (aquele em que uma nação mobiliza todos os seus recursos para
viabilizar o combate). Estendeu-se de 1914 a 1918 e foi resultado das
transformações que aconteciam na Europa. Os desacertos dessa guerra
contribuíram para uma nova guerra em 1939.

2. CAUSAS

A competição capitalista estimulou o crescimento de algumas empresas;


porém, levou ao fracasso muitas outras. Empresas mais fracas foram compradas ou
faliram, enquanto que as grandes ficaram maiores ainda.
Os chamados monopólios passaram a controlar os grandes setores da
economia. Tais empresas queriam crescer e enriquecer cada vez mais.
Para conseguir isso as empresas precisavam investir capital em outros
lugares do mundo e criar impérios econômicos (principalmente em países de
economia mais frágil) e tudo isso com a ajuda de seus respectivos governos.
Economistas alemães e ingleses do início do século XX chamaram essa
nova fase do capitalismo mundial de Imperialismo. Esse choque de imperialismos
acabou deflagrando a Primeira Grande Guerra.
O Imperialismo estava ligado a dois fenômenos: investimento de capital no
estrangeiro e domínio econômico de um país sobre o outro
Os países imperialistas colonizaram vastas regiões na África e na Ásia e
justificaram as suas ações baseadas no racismo (“raça branca merece dominar as
demais”), etnocentrismo (“brancos civilizados levam progresso aos povos
primitivos”), darwinismo (“nações mais fortes sobrevivem e mais fracas, não”).
Um dos fatos que marcaram a ascensão das hostilidades entre os países
que participaram da I Guerra Mundial foi o nacionalismo. Criado como identidade de
povos durante o século XIX, o nacionalismo foi utilizado como forma de persuasão
das massas populares para os desejos expansionistas dos governantes de Impérios
e demais países. O discurso da necessidade do cidadão civil em se alistar no
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exército para defender sua nação e pátria foi um recurso utilizado como forma de
ampliar o contingente dos exércitos.
Além disso, o discurso nacionalista serviu para fomentar a expansão
territorial de alguns estados, situação que era apresentada como necessária para
unir povos. Nesse sentido que surgiram alguns grandes movimentos nacionalistas
que iriam influir na I Guerra Mundial.
Com o início da Guerra Franco-Prussiana, em julho de 1870, as tropas
germânicas conseguiram uma rápida e fulminante vitória sobre os franceses,
iniciando o avanço territorial a partir da Alsácia.
Napoleão III foi feito prisioneiro, representando o fim do II Império Francês e
o início da Terceira República. Tal situação levou à construção de um sentimento de
vergonha entre parte da população francesa, que acabaria no chamado revanchismo
francês. Esses sentimentos nacionalistas seriam utilizados para a eclosão da I
Guerra Mundial. Além disso, a França teve que ceder os territórios da Alsácia e
Lorena, ricos em carvão e minérios, além de pagar pesadas indenizações e
reconhecer o Império Alemão.
Nos fins do século XIX, a região dos Bálcãs foi um dos vários palcos de
disputa entre as grandes nações imperialistas. Nessa época, o Império Turco-
Otomano perdia o controle sobre a região e dava espaço para que várias nações
independentes ali surgissem. Observando o desmembramento dos territórios,
algumas potências vizinhas prontamente manifestaram interesse em impor seus
interesses políticos naquele lugar.
Por um lado, a Rússia apoiou expressamente os movimentos pan-eslavistas
que defendiam a formação de uma única nação entre os povos eslavos. Apoiando
esses movimentos, os russos pretendiam garantir sua vindoura influência política e
econômica. Para tanto, contavam com o apoio da Sérvia, que pretendia capitanear
localmente a anexação dos territórios.
Em contrapartida, o Império Austro-Húngaro, com o apoio alemão,
ambicionava construir uma estrada de ferro ligando as cidades de Berlim e Bagdá
através do território balcânico. A concretização de tal projeto seria um primeiro
passo para que os germânicos obtivessem vantagens políticas e econômicas em um
território politicamente e militarmente esfacelado. Teríamos assim a construção de
uma rivalidade imperialista apartando russos e austro-húngaros.
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Por volta de 1912, o Império Austro-Húngaro se envolveu em uma série de
conflitos onde acabou sendo derrotado por uma coligação militar composta por
diversos povos eslavos. Aproveitando dessa situação, a Bósnia e a Hezergovina se
inclinaram a romper com a hegemonia que os austríacos impunham em seus
respectivos países. Nesse momento, o imperialismo austríaco nos Bálcãs se via
claramente ameaçado por todos os lados.
Dessa forma, a frustração em torno das vias de negociação diplomática
incentivou uma grande corrida armamentista entre as nações européias. O incentivo
na compra e fabricação de armas agravou ainda mais as disputas econômicas, pois
os grandes gastos no setor armamentista ampliavam a demanda por lucros e
matéria-prima, esse período também é conhecido com paz armada.

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3. ESTOPIM

A faísca para essa guerra foi o assassinato do arquiduque austríaco


Francisco Ferdinando em Sarajevo em 1914. Ele era herdeiro do Império Austro-
Húngaro e foi morto junto com sua esposa.
O atentado foi obra de um ativista sérvio, Gavrilo Princip, membro do grupo
"Jovem Bósnia" (que agrupava sérvios, croatas e bósnios). O ato tinha
um objetivo político, o de causar o rompimento das províncias eslavas da Áustria-
Hungria, para que pudessem ser reunidas em uma Grande Sérvia, ou "Iugoslávia".
A Bósnia estava sob o domínio da Áustria-Húngria desde 1878, mas era
ligada etnicamente e culturalmente ao reino independente da Sérvia. Este reino tinha
desde 1903 uma monarquia de cunho altamente nacionalista, e desejava
restabelecer as fronteiras do antigo Império Sérvio do século XIV. 
O arquiduque tinha em mente reformar o Império Austro-Húngaro,
federalizando o estado, e freando os planos de expansão da monarquia sérvia.
Oficiais militares sérvios estavam por trás do ataque e, no ultimato, a
Áustria-Húngria fazia exigências que caso não aceitas dariam início a uma ofensiva
militar austríaca. As demandas feriam na prática a independência do Reino da
Sérvia, mas esta aceitou todas, menos a que exigia que autoridades austríacas
fizessem investigações em solo sérvio.
Tomando parte do lado sérvio, o Império Russo corre em sua defesa, pela
ligação eslava entre ambos. Com a recusa sérvia em acatar as exigências
austríacas, a Alemanha foi acionada, como produto das emaranhada rede de
alianças estabelecidas pelos países europeus durante as últimas décadas. Estava
assim iniciada a primeira grande guerra.

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4. FORÇAS BELIGERANTES

Mesmo sem guerras antecedentes, no final do século XIX e o início do


século XX, as principais nações envolvidas nas disputas imperialistas realizaram
uma grande corrida armamentista. A tecnologia bélica sofreu grandes avanços
nessa época, e grande parte desses armamentos eram testados nas possessões
coloniais espalhadas pelo continente asiático e africano.
Antes de 1914, as nações européias realizaram um grande número de
alianças que polarizaram as disputas econômicas entre as nações. No ano de 1882,
a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e a Itália formaram a chamada Tríplice
Aliança. Nesse acordo ficava estabelecido que caso um dos países declarasse
guerra, os demais envolvidos se comprometiam a permanecerem neutros. Além
desse ponto, outras questões militares ficaram pré-estabelecidas.
O acordo entre essas três nações possibilitou a assinatura da Tríplice
Entente. Essa aliança estabeleceu um processo de polarização política, militar e
econômica entre as grandes potências européias. Nesse contexto se institui a
chamada “paz armada”, um equilíbrio diplomático que poderia se esfacelar ao menor
conflito que pudesse justificar a luta direta entre as duas alianças formadas. Foi
quando, em 1914, um incidente terrorista nos Bálcãs despertou as rivalidades
historicamente fomentadas.

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5. CONSEQUÊNCIAS

Durante a Primeira Guerra Mundial morreram, aproximadamente, 9


milhões de pessoas (entre civis e militares). O número de feridos, entre civis e
militares, ficou em cerca de 30 milhões. Com as guerras, as nações
desenvolveram vários armamentos de guerra como, por exemplo, tanques de
guerra e aviões.
 Os impérios Otomano e Austro-Húngaro se desintegraram e surgiram
novas nações na Europa: Iugoslávia, Hungria, Polônia, Tchecoslováquia, Lituânia,
Letônia, Estônia e Finlândia.
  Os Estados Unidos se fortaleceram no cenário político e militar mundial.
As nações europeias necessitavam de enormes quantidades de alimentos e
armas para o conflito. Mesmo que permanecendo neutro, por uma questão de
interesse e afinidade, o governo norte-americano exportava seus produtos apenas
às nações integrantes da Tríplice Entente. O comportamento solidário dos EUA
logo se aprofundou, principalmente quando observamos o empréstimo de
recursos financeiros para a guerra na Europa.

 Assinatura do Tratado de Versalhes que impôs uma série de penalidades


a derrotada Alemanha.
 Geração de crise econômica na Europa, em função da devastação
causada pela Grande Guerra e também dos elevadíssimos gastos militares.
 O Brasil também se beneficiou, os distúrbios provocados pela guerra no
mercado internacional obrigaram o Brasil a prestar mais atenção à sua indústria,
com destaque para a produção de substituição de importações
 Surgimento do sentimento de revanchismo na Alemanha, em função das
duras penalidades impostas pelo Tratado de Versalhes.
  Questões problemáticas, que não foram resolvidas na Grande Guerra,
ressurgiram na década de 1930 e influenciaram na origem da Segunda Guerra
Mundial.
 Houve também uma severa crise econômica, que teve início nos Estados
Unidos em 1929 e afetou o mundo inteiro.

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 Criação de condições favoráveis para o surgimento de regimes fascistas
na Europa (principalmente na Itália e Alemanha).

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REFERÊNCIAS

NEVES, Daniel. Primeira Guerra Mundial. Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/historiag/primeira-guerra.htm. Acesso em: 2 mar.
2021.

SANTIAGO, Emerson. Assassinato de Francisco Ferdinando. Disponível em:


https://www.infoescola.com/historia/assassinato-de-francisco-ferdinando/. Acesso
em: 3 mar. 2021.

SOUSA, Rainer. Alianças para a Primeira Guerra Mundial. Brasil Escola.


Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/aliancas.htm. Acesso em: 3
mar. 2021.

SOUSA, Rainer. Os EUA na Primeira Guerra Mundial. Brasil Escola. Disponível


em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/os-eua-na-primeira-guerra-mundial.htm.
Acesso em: 5 mar. 2021.

RAMOS, Jeferson. Consequências da Primeira Guerra Mundial. Disponível em:


https://www.suapesquisa.com/primeiraguerra/consequencias_primeira_guerra.htm.
Acesso em: 5 mar. 2021

GOMES, Cristiana. Primeira Guerra Mundial. Disponível em:


https://www.infoescola.com/historia/primeira-guerra-mundial/. Acesso em: 5 mar.
2021.

PINTO, Tales. Guerra Franco-Prussiana e a unificação alemã. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/guerras/guerra-francoprussiana.htm. Acesso em: 5
mar. 2021.

SOUSA, Rainer. Questão balcânica. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/questao-balcanica.htm. Acesso em:
5 mar. 2021.
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SOUSA, Rainer. Antecedentes da Primeira Guerra Mundial. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/guerras/antecedentes-primeira-guerra-mundial.htm.
Acesso em: 5 mar. 2021.

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