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A lista foi elaborada com base no material produzido pela norte-americana Hannah Rosengren.
Redação CicloVivo
Flora Utilizada pelas Jataís
Em alguma jardineira grande, ou nas beiradas do seu quintal, onde bata o sol, semeie flores pequenas, de cores
claras, como a lavanda, a sálvia, a borragem, os ranúnculos, malvas, campânulas. Algumas gostam de ficar na
beira da água, outras gostam mais de estar junto a pedras que se aquecem ao sol. Também os temperos de
cozinha, salsinha, coentro, tomilho, orégano, funcho e tantos mais são atratores de abelhas e outros insetos
polinizadores.
Abelha se atrai por plantas aromáticas, especialmente as que dão flores miúdas, brancas, amarelas, lilases. As
flores amarelas são especialmente atratoras de todo tipo de insetos polinizadores. Mas, o mais importante é que
elas gostam mesmo é quando o canteiro de flores se enche todo de uma vez, isso se chama “floração em massa”.
Manjericão, manjerona, alecrim, dente de leão, hortelã, margaridas e girassóis são um deleite para abelhas.
As plantas do campo, nativas, que crescem por todo lado sem a gente ter de plantar também são atratores de
insetos polinizadores então, cuide de mantê-las pois, não é mato de se jogar fora, são importantes para o
equilíbrio de todo o ecossistema onde vivemos.
Fonte: GreenMe
“Praticamente todas as ervas com flores atraem as abelhas”, diz Silvia. Porém, o tipo mais eficiente nessa tarefa é
o manjericão, e se desenvolve bem em vasos e jardineiras ensolaradas. As demais gostam de mais espaço e muito
sol e, por isso, devem ser plantadas preferencialmente num vaso grande, canteiro ou pequeno jardim.
ERVAS
Manjericão comum (Ocimum basilicum): pode ser cultivado em vasos e canteiros, desde que estejam em um
lugar que bata sol durante boa parte do dia. Cultivo por sementes ou estacas. Suas folhas verde-claras são
aromáticas e muito usadas em preparo de molhos (pesto), saladas e até mesmo batido na suco verde. Também
pode aromatizar azeites e vinagres. As abelhas adoram suas pequenas flores brancas que, aliás, também são
comestíveis.
Guaco (Mikania glomerata): trepadeira de grande porte com folhas de cor verde-escura e pequenos buquês de
florzinhas brancas adoradas pelas abelhas. Adapta-se a todo tipo de solo, mas prefere solos úmidos, argilosos e
ricos em matéria orgânica. Se você optar em plantar o guaco em um vaso, este tem que ser profundo e com um
tutor para o crescimento da erva. Pode ser exposto direto no sol ou meia sombra. As folhas são indicadas para o
preparo de xarope para tratar tosse, gripe, asma e bronquite.
Coentro (Coriandrum sativum): prefere solo bem nutrido, solto e drenado, com boa exposição ao sol. Pode ser
plantado por sementes em vasos, jardineiras e canteiros. As abelhas são atraídas pelas suas flores pequenas e
brancas. As folhas verde-escuras e as sementes são bastante usadas na culinária, especialmente nas regiões
Norte, Nordeste e Centro-oeste do Brasil.
Incenso (Tetrania riparia ou Iboza riparia): planta de fácil cultivo. Pode ser plantada em solos ruins, mas precisa
estar sempre exposta ao sol. Adapta-se melhor em canteiros ou vasos grandes (mais de 30 centímetros de altura).
Crescem cachos de flores rósea-creme, de maio a agosto. Funciona como um repelente natural de insetos, mas as
abelhas são muito bem-vindas.
Tomilho (Thymus vulgares): é uma planta pouco exigente, sobrevive praticamente em qualquer tipo de solo, sem
muitos cuidados. Mas gosta de sol pleno. Tem folhas pequenas e de coloração clara na parte inferior. Folhas,
flores e sementes podem ser usadas no preparo de receitas salgadas.
FLORES
Gerânio (Pelargonium domesticum): gosta de terra rica em matéria orgânica, locais ensolarados e clima ameno. É
importante que o vaso tenha uma boa drenagem, já que a planta não gosta de umidade. O ideal é replantá-lo
anualmente para manter sua exuberância quando florido.
Lantana (Lantana camara) e minilantana: florescem quase o ano todo, especialmente quando cultivada sob sol
pleno. Não costuma ser atacada por pragas e, quanto mais bem tratada com água, matéria orgânica e adubo,
mais responde com flores multicoloridas que atraem borboletas e abelhas.
Lavanda (Lavanda dentala): é fácil de ser cultiva, mas exige de uma incidência solar de no mínimo 4 horas por dia
e solo drenado – o excesso de umidade faz com que suas raízes apodreçam. As mudas devem ser replantadas a
cada dois anos. As folhas têm coloração cinza-esverdeada e as florzinhas lilás. Essas duas partes da planta são
aromáticas e costumam ser usadas para acalmar.
Um guardião é aquele que preserva e protege a abelha em qualquer situação e local. Quem quiser ajudar a
polinizar essa ideia também pode entrar em contato com o S.O.S. Abelhas Sem Ferrão. “Somos uma entidade
destinada a preservação das abelhas nativas no Brasil, em especial as sem ferrão. Nossas principais áreas de
atuação são a educação ambiental, o resgate de enxames em risco e a divulgação de informações necessárias
para a proteção desses insetos maravilhosos”, finaliza Gerson.
A ideia desse texto é compartilhar, com os amigos e amigas que acompanham esse blog, imagens e informações
de espécies vegetais com potencial apícola (abelhas nativas, africanizadas, mamangavas).
Muitas plantas produzem flores com muito de néctar e/ou pólen e resinas vegetais que são fundamentais para a
sobrevivência das abelhas, insetos tão importantes para a manutenção da vida na terra. Espero ajudá-los, com
esse material, na escolha por vocês de plantas importantes para as abelhas, e que cada vez mais as pessoas
espalhem flores por onde passarem.
Planta trepadeira, gosta de sol, floresce na primavera-verão, pode ser cultivada em cercas, muros, pergolados a
pleno sol. Multiplica-se por sementes e estacas. É muito utilizada no paisagismo.
Árvore nativa do sul e sudeste do Brasil, altura de 4 a 6 m, florada intensa nos meses de agosto a novembro.
Multiplica-se por sementes. Além das flores, as abelhas aproveitam a resina dessa espécie. É bastante empregada
na arborização de vias e praças.
assa-peixe (Vernonia sp)
Planta arbustiva, 1-3 m de altura, gosta de bastante sol, tem crescimento rápido, multiplica-se facilmente por
sementes, floresce no inverno , época com pouca oferta de flores na natureza, sendo, por tanto, ótima o
enriquecimento de apiários e meliponários. Além disso, apresenta propriedades medicinais. Nativa do Brasil.
Planta arbustiva, atinge 2 a 4 m de altura, floresce no outono, época com pouca oferta de flores na natureza,
sendo, por tanto, ótima para o enriquecimento de apiários e meliponários. É muito utilizada no paisagismo,
apresenta inflorescência rosa, branca muito bonita e perfumada. Pode ser plantada em sistemas agrícolas com a
função de quebra-vento.
Árvore nativa do nordeste ao sul do Brasil, altura de 7 a 15 m, florada intensa nos meses de outubro a dezembro.
Multiplica-se por sementes. Pode ser utilizada e apiários e meliponários para o fornecimento sombra. Árvore
muito bonita, principalmente quando em floração e frutificação. Os frutos, muito abundantes, são excelentes
para alimentar a avifauna.
Árvore nativa do nordeste, sudeste e sul do Brasil, altura de 7 a 18 m, florada intensa entre os meses de julho e
setembro, ficando a planta sem folhas e repleta de flores brancas, extremamente ornamental. Multiplica-se por
sementes. Pode ser utilizada e apiários e meliponários para o fornecimento sombra.
subarbusto, repleta de espilhos, lactescente. Muito interessante como em cerca viva e planta paisagística. Gosta
de sol. Multiplica-se facilmente por estacas. Nativa de Madagascar.
abelha nativa borá (Tetragona clavipes) visitando a flor da coroa-de-cristo (Euphorbia milii).
Planta herbácea, ciclo anual, 0,5-1 m de altura, floresce na primavera-verão. Originária da América do Norte. Pode
ser utilizada na bordadura de sistemas agrícolas. Multiplica-se por sementes. Atrai principalmente a abelha Apis
mellifera.
arbusto, com porte entre 80 cm a 2,5 m, originário da Índia. Planta muito utilizada como adubação verde (fixação
biológica do nitrogênio). Produz vagem e grãos comestíveis. Possuí propriedades medicinais. Atraí muitas
mamangavas, sendo interessante cultivá-las próximos de maracujazeiros, além de que pode ser empregada na
adubação verde e cobertura do solo. Multiplica-se por sementes.
planta herbácea, com porte entre 0,8 a 2,5m, anual, muito utilizada como adubo verde (fixação biológica de
nitrogênio). Suas flores atraem abelhas, principalmente a mamangava, sendo interessante cultivá-las próximos
de maracujazeiros, além de que pode ser empregada na adubação verde e cobertura do solo. Multiplica-se por
sementes.
escova-de-garrafa (Callistemon sp)
arvoreta, com porte entre 2 a 7 m, nativa da Oceania. Ornamental, sendo utilizada na arborização de vias
públicas. Multiplica-se por sementes.
Existe centenas de espécies de eucalipto, todas originarias da Oceania. Árvores que podem atingir 55 m de altura.
Produz uma grande quantidade de flores ricas em néctar, sendo muito importante na atividade da apicultura.
Multiplica-se por sementes e estacas.
planta herbácea, anual, com porte entre 1 a 4 m, originária da América do Norte. Fornece muito pólen para as
abelhas. Pode, também, ser empregada na adubação verde compondo sistemas agrícolas biodiversos.
Árvore de grande porte (10 a 15 m), frutífera e nativa do Brasil. Praticamente todas as árvores da família
Myrtaceae (pitangueira, uvaia, cereja-do-rio-grande, gabiroba, araças, cambuci, entre outras produzem flores que
atraem muitas abelhas, dessa forma, essas espécies, além de produzirem frutos muito saborosos, alimentam as
abelhas com suas flores.
árvore, com altura entre (4 a 15 m) , nativa do Brasil, além de uma importante frutífera suas flores alimentam
uma enorme quantidade de abelhas.
palmeira, pode atingir cerca de 15 m de altura, nativa da Mata Atlântica. Assim como as outras palmeiras, as
flores do jerivá são uma importante fonte de pólen para as abelhas. Também pode ser utilizada no paisagismo.
Multiplica-se por sementes.
palmeira, pode atingir cerca de 15 m de altura, nativa da Mata Atlântica. Assim como as outras palmeiras, as
flores da juçara são uma importante fonte de pólen para as abelhas. Também pode ser utilizada no paisagismo.
Multiplica-se por sementes. Verifiquei muitas jataí, iraís, arapuas, Apis mellifera e mamangava visitando as
inflorescências da juçara. Produz uma polpa de coloração roxa muitíssimo semelhante ao açaí amazônico, o que
pode impulsionar o seu cultivo comercial e manejo em áreas nativas para fins de geração de renda e alimento – é
mais interessante que a exploração do palmito, pois para retirar o palmito corta-se a palmeira, já o uso da polpa
tem-se uma renda anual e antem a palmeira em pé, sem contar que o resíduo da extração da polpa é semente
que pode ser vendida, fazer mudas ou jogá-las na mata.
arbusto, com um pouco de espinhos, com altura entre 1,5 a 2,5 m. Atrai muitas mamangavas. Planta comestível e
com propriedades medicinais. Propaga-se por sementes.
arbusto sublenhoso 1,5 a 3,5 m de altura, originário da América do Norte, floresce no outono e inverno, tem
propriedades medicinais, pode ser usada no paisagismo, também é muito empregada como adubo verde. Pode
ser usada como quebra vento. Propaga-se por sementes e estacas.
árvore com altura de 5 a 12 m, floresce durante os meses de maio a junho. Ocorre na Mata Atlântica e Floresta
Amazônica. Tem crescimento rápido e tolera solo úmidos. Muito melífera.
árvore com 5 a 12 m de altura, originária da Oceania, da mesma família que o eucalipto (Myrtaceae).
Extremamente melífera. Apresenta propriedades medicinais. Floresce em maio. Propaga-se por sementes.
arbusto, com muitos espinhos, com altura de 3 a 5 m, ocorre no nordeste, sudeste e parte do sul. Muito apícola.
Trata-se de uma planta comestível, muito rica em proteínas. Ela e s sua prima Peresskia aculeata são extremante
melíferas. Ambas são comestíveis. Podem ser usadas com sucesso no paisagismo e cerca viva.
erva, muito aromática, 15-30 cm de altura. Suas flores atraem muitas jataís, mirins e iraís. Ótima planta para se
ter em casa, pois além de ser utilizada como condimento, alimenta as abelhas. Funcho, cenoura, coentro são da
mesma família que a salsinha, e todas atraem muitas abelhas. Propaga-se por sementes.
árvore com 7 a 10 m de altura, gosta de solo encharcado, muito comum nas matas ciliares da Mata Atlântica.
Floresce de dezembro a junho. Propaga-se por sementes. Tem propriedades medicinais. Bastante melífera.
árvore de 3 a 5 m de altura, nativa da Floresta Amazônica. Apresenta propriedades medicinais e é muito utilizada
como condimento. Suas flores atraem muitas abelhas nativas sem ferrão e mamangavas. Pode ser plantada
próximo de plantios de maracujá para atrair mamangavas. Propaga-se por sementes.
árvore com 3 a 10 m de altura, algumas com espinhos. Apresentam flores extremamente melíferas, incluem-se
nesse grupo as laranjas, mexericas, limões.
árvore com altura de 6 a 8 m, ocorre no cerrado, tem florescimento durante os meses de outubro a dezembro.
Apresenta uma madeira de ótima qualidade. Bastante elífera.
fruto-sabiá (Acnistus arborescens)
árvore de pequeno porte 2 a 4 m, possuí flores que atraem uma vasta gama de abelhas e seus frutos são bastante
procurados por diversas aves. Propaga-se por sementes e estacas.
subarbusto de 30 – 50 cm de altura, bastante aromático, originário da Ásia tropical. Muito utilizada como
condimentos e apresenta propriedades medicinais. Propaga-se por sementes e estacas.
árvore com altura de 3 a 5 m, nativa da Asia, muito empregada na arborização de vias públicas. Suas flores (rosas
e brancas) atraem uma grande quantidade de espécies de abelhas. Multiplica-se por estacas e sementes.
Bibliografia
guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da
Flora. 768p. 2014.
LORENZI, Harri; Plantas para jardim no Brasil: herbáceas, arbustivas e trepadeiras. Nova Odessa, SP: Instituto
Plantarum, 2013.
Lorenzi H, Matos FJA. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. São Paulo: Nova Odessa; 2008.
LORENZI, H. 2008. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil.
Editora Plantarum Ltda. Nova Odessa, São Paulo vol. 5, 384 p.