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Duas, a não incidência simples, que decorre da ausência de norma estabelecendo que
sobre tal fato haveria incidência tributária e, a não incidência qualificada, por disposição
constitucional, fica imposto de União, Estados, DF e Municípios não podem tributar
fato específico.
É o vínculo que existe entre o sujeito ativo (aquele que tem o direito subjetivo de cobrar
determinada prestação) e o sujeito passivo (aquele que tem o dever jurídico de cumprir
determinada prestação) que se concretiza quando ocorre um fato jurídico tributário que
se encontra previsto em norma tributária. A obrigação tributária é relação jurídica
tributária. Seu objeto é a prestação, ou seja, a conduta que pode ser exigida do sujeito
passivo.
Se tal conduta for entregar dinheiro (pagamento), essa obrigação será principal. A
obrigação principal, por força do Princípio da Legalidade, decorre da lei em sentido
estrito (Lei Formal).
Se a conduta for qualquer fazer ou não fazer, que não seja entregar dinheiro, essa
obrigação será acessória. A obrigação acessória decorre da legislação tributária, de
forma que é possível que a obrigação acessória seja estabelecida por ato normativo infra
legal (Ex. Decreto do Executivo). Se a obrigação acessória for descumprida, poderá
haver uma punição.
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos
sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros.
De acordo com a constituição federal quanto a imunidade religiosa, fica estabelece que
são imunes a impostos templos de qualquer culto.
Quanto a imunidade reciproca, fica vedado à união, aos Estados, ao distrito federal e aos
municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda e serviços, uns dos outros.
11) Há no direito Tributário três diferentes institutos jurídicos que podem trazer
excepcionalidade no pagamento dos tributos. Dentre eles, a não incidência; a
isenção e a fixação de alíquota zero. Referente ao instituto de não incidência, como
pode definir tal instituto e em quais casos ele ocorre?
O instituto da não incidência como forma excepcional em face a regra de pagamento do
tributo ocorre quando há situações e circunstâncias em que um determinado fato não é
alcançado pela regra da tributação. Este fenômeno pode acontecer quando: 1°) uma
determinada situação que era para ser hipótese de incidência tributária acaba sendo
esquecida pelo ente tributante; 2°) quando ocorre a ausência de competência para que
um ente tributante possa determinar as situações tributáveis como hipóteses de
incidências tributárias; e por fim 3°) A própria constituição restringe a capacidade
tributante dos entes federativos delimitando sua margem de ação de incidência.
12) A liberdade religiosa e a liberdade de culto são direitos individuais protegidos por
cláusulas pétreas pela Constituição Federal e para que esses direitos sejam
garantidos e assegurados de forma plena o legislador originário imunizou os
templos de qualquer culto de terem que pagar os impostos instituídos pelos entes
federados. Nesse prisma, sendo imunes os templos de pagarem impostos (art.150,
inciso VI, alínea b) pode-se dizer que deixaram de pagar apenas o IPTU e ITR,
pois o templo é somente o prédio físico na qual se executa o culto. Tal
entendimento está correto? Há diferença entre o templo e a entidade religiosa?
O presente entendimento de que os templos apenas estão isentos de pagar os impostos
referentes ao IPTU e ITR é equivocado e está, portanto, errado. O fundamento de tal
equivoco se encontra na afirmação da segunda pergunta feita sobre a diferença entre
templo e entidade religiosa. A imunidade tributária recai sobre toda a entidade religiosa,
incidindo sobre o templo, a renda, os serviços prestados, e todas as demais atividades
inerentes aos fins religiosos. Como o escopo da imunidade é evitar a submissão da
entidade religiosa ao Estado, visualiza-se a necessidade de proteger e abarcar todas as
atividades ligadas aos fins religiosos, protegendo assim todo patrimônio, todas as rendas
e todos os serviços da entidade. Portanto, mesmo que o termo utilizado pela CF seja o
templo, toda a entidade religiosa possui imunidade tributária.
13) Qual o principal motivo de ser proibido aos entes federados instituir tributos para
livros, jornais, periódicos ou os recursos para suas produções?
Os entes federados estão proibidos de tributar sobre livros, periódicos, jornais e para os
papéis destinados à sua impressão por conta da imunidade tributária cultural. Esta
imunidade visa deixar o acesso aos recursos culturais mais barateados para que possa
haver uma maior circulação de ideias e discussões para troca do pensamento entre as
pessoas. Promove, igualmente, o exercício pleno da liberdade de expressão, de atividade
intelectual, artística, científica, além de desenvolve nos usuários e consumidores a
comunicação e o acesso a informação. É a única imunidade essencialmente objetiva,
pois é taxativa e determinada: apenas os livros, os jornais e os periódicos, assim como
os papéis utilizados nas produções dos mesmos, são imunes ao pagamento de tributos.
14) A Constituição Federal em seu artigo 150, inciso V, prevê a proibição dos entes
públicos de limitar o tráfego de pessoas e bens mediante tributos interestaduais ou
intermunicipais denominado de Princípio da Liberdade de Tráfego. Entretanto, há
duas exceções para este princípio. Quais são elas?
A primeira exceção do princípio da liberdade de tráfego é a cobrança de pedágio. É um
tema controverso, mas de imenso debate nas discussões legais. Porém, atualmente,
podemos constatar que não se pode considerar o pedágio um tributo, pois ele não é
compulsório. O pedágio serve, e é cobrado, com o escopo de conservação das vias
públicas pelo Poder Público. A segunda exceção é a possibilidade de se cobrar o ICMS
interestadual, e sua validade é constitucional, não podendo discutir sua ilegalidade por ir
contra o princípio da liberdade de tráfego. O fundamente é essencialmente
constitucional, estando acima das regras tributárias.
15) O tributo, por definição, não pode servir de sanção ou punição. Seu caráter não é
de corrigir os atos ilícitos, pois caso tivesse tal natureza seria considero confisco. O
confisco é o ato de punir patrimonialmente um indivíduo retirando seus bens por
não pagar os tributos para o Estado. No Ordenamento Brasileiro o confisco está
expressamente proibido. Nessa seara, as multas tributárias que pune
demasiadamente a pessoa pode ser considerada confisco?
O STF considerou inconstitucional a cobranças de multas que ultrapassem o 100% do
valor dela. Em 2014 o Tribunal estabeleceu o entendimento que é confiscatória a multa
com caráter punitivo que venha ultrapassar o valor da própria obrigação tributária, que
no fim estabeleceu um teto de 100% para todas as multas de ofício, sob pena que gerar
confisco. Tal entendimento tem se pacificado nos últimos anos.