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CAMPUS FLORIANÓPOLIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
Florianópolis
2020
Lucas Lapolli Brighenti
Florianópolis
2020
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor,
através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC.
Inclui referências.
O presente trabalho em nível de doutorado foi avaliado e aprovado por banca examinadora
composta pelos seguintes membros:
Certificamos que esta é a versão original e final do trabalho de conclusão que foi julgado
adequado para obtenção do título de doutor em Engenharia Elétrica.
____________________________
Prof. Telles Brunelli Lazzarin, Phd.
Coordenador do Programa
____________________________
Prof. Denizar Cruz Martins, Dr.
Orientador
Aos meus pais Lauro e Denise por todo o apoio e ajuda possível e impossível que me
prestaram nesse período. Afinal, é muito bom ter alguém nos apoiando nesse tipo de locurage,
tipo largar casa, emprego, vida boa para tentar fazer um doutorado e voltar a ter a vida de es-
tudante. À minha namorada Karin por aguentar mais essa do meu lado, sempre me apoiando,
incentivando, até quando a minha vontade era desistir de tudo, invadir uma praia, montar um
barraco e viver de subsistência. Foi a pessoa que mais esteve do meu lado, me escutando, me
ouvindo reclamar e me aguentou quando nem eu me aguentava mais. Obrigado por estar co-
migo em mais essa etapa da minha vida. Aos meus amigos, João Guilherme, Letícia, Martin e
meu irmão Matheus que também estiveram comigo me apoiando, incentivando e brigando
neste período. Normalmente nas histórias, os vilões são sempre doutores (Dr. Hannibal Lec-
ter, Dr. No, Dr. Octopus, Dr. Frankenstein), os heróis são sempre mestres (Mestre Yoda, Mes-
tre dos Magos, Mestre Kame)... o doutorado torna as pessoas más, então é normal os amigos
nos brigarem.
Ao professor e orientador Denizar, que me acolheu de braços abertos no INEP e de-
positou em mim uma confiança que nem eu mesmo tinha em mim. Sempre mostrou muito
empenho em viabilizar recursos para este trabalho, não interrompia uma reunião comigo nem
para atender o telefone, não media esforços para defender seus alunos em uma defesa ou con-
ferência, além de ser um excelente pesquisador e professor. Um exemplo de pessoa e profissi-
onal para se inspirar. Muito obrigado por todo o apoio e por compartilhar seu conhecimento
de forma tão brilhante. Ao coorientador Walbermark, por toda a ajuda, incentivo e ideias.
Aos professores do INEP: André, Arnaldo, Gierri, Marcelo, Roberto, Samir e Telles.
A equipe técnica do INEP: Diogo, Pacheco e Coelho. A todos os colegas do INEP que de al-
guma forma contribuíram, seja por conversas no corredor ou em trabalhos. Agradecimento
especial ao Gabriel Fachinello, Bruno Bertoldi, Delvanei, Rodrigo, Mateo, Andreas, Henrique
Mamede e Nuno quais participamos de projetos juntos ou dividimos a sala 26, amigos que o
INEP me presenteou. A Bruna e ao Pedro, por permitirem que eu coorientasse seus trabalhos
de conclusão de curso. A Romane, por ter trabalhado comigo em seu estágio aqui no Brasil.
Aos membros da banca: Professor Marcelo Cabral, Gierri, Roberto e Telles, por dis-
ponibilizar seu tempo em ler, avaliar e contribuir com o trabalho.
Ao CNPQ, à UFSC e ao INEP pelos recursos financeiros, pela estrutura e por pro-
porcionar e incentivar a pesquisa e o conhecimento.
“Não sabendo que era impossível, foi lá e soube.”
(Adaptado de Jean Cocteau).
RESUMO
Este trabalho apresenta o estudo de geometrias de núcleos para serem utilizadas em barramen-
tos magnéticos em alta frequência. O barramento magnético é utilizado para acoplar sistemas
de energia por meio do fluxo magnético, similar ao barramento capacitivo largamente utiliza-
do em microrredes CC. Em sistemas conectados à rede de distribuição, a isolação galvânica é
indispensável e o acoplamento magnético traz além desta vantagem, a possibilidade de inter-
ligar fontes de energia com diferentes níveis de tensão. Suas aplicações são diversas, desde
microrredes até transformadores de estado sólido, tendo os conversores multiportas, derivados
do Dual Active Bridge, como as principais escolhas para processar a energia de sistemas com
acoplamento magnético em alta frequência. Neste tipo de sistema, o barramento magnético é
de fundamental importância e, desta forma, este trabalho traz um estudo aprofundado do
comportamento do núcleo magnético devido às diferentes formas geometrias. Neste contexto,
são propostas duas geometrias inéditas para o barramento magnético baseadas nos núcleos do
tipo Pote e XS. Os resultados mostraram que a geometria do núcleo tem grande impacto desde
o projeto até seu funcionamento. As geometrias propostas mostraram-se vantajosas em alguns
pontos como menor indutância de dispersão e menores perdas globais no sistema, quando
comparados à projetos similares com outras geometrias. Este trabalho utiliza método de ele-
mentos finitos para avaliar o comportamento magnético do núcleo e apresenta resultados ex-
perimentais para corroborar com as simulações numéricas.
This work presents a study of core geometries to be used in high frequency magnetic bus. The
magnetic bus is used to couple energy systems through the magnetic flux, similar to the ca-
pacitive bus widely used in DC microgrids. In systems connected to the distribution grid, gal-
vanic isolation is essential, and the magnetic coupling brings in addition to this advantage, the
possibility of interconnecting energy sources with different voltage levels. Its applications are
diverse, from microgrids to solid state transformers, with multiport converters, derived from
Dual Active Bridge, as the main choices for processing energy from systems with high fre-
quency magnetic coupling. In this type of system, the magnetic bus presents fundamental im-
portance, and in this way, this work brings an in-depth study of the behavior of the magnetic
core due to the different geometrical shapes. In this context, two unprecedented geometries
for the magnetic bus are proposed based on the pot and XS type cores. The results showed
that the core geometry has a great impact from the design to its operation. The proposed ge-
ometries proved to be advantageous in some points, such as less leakage inductance and less
overall losses in the system, when compared to similar designs with other geometries. This
work uses finite element method to evaluate the magnetic behavior of the cores and presents
experimental results to corroborate with the numerical simulations.
Keywords: Magnetic bus, MAB converter, micro-grids, solid-state transformer, finite ele-
ments
LISTA DE FIGURAS
Figura 10 - Estruturas básicas de transformadores do tipo: (a) solenoidal e (b) coaxial. ....... 60
Figura 11 - Estruturas solenoidais (a) Shell, (b) Core, (c) Matrix e (d) multielementos. ....... 61
Figura 12 - Transformador do tipo Shell proposto por (ORTIZ et al., 2010), com perdas
no núcleo de 1,83 kW, perdas no cobre de 1,93 kW e volume de 11,9 litros. .... 62
Figura 13 - Transformadores propostos por (ORTIZ et al., 2013) feitos com núcleo de:
(a) ferrite e (b) nanocristalino. ............................................................................. 62
Figura 14 - Transformador do tipo Core proposto por (ORTIZ et al., 2010), com perdas
no núcleo de 1,26 kW, perdas no cobre de 1,55 kW e volume de 4,3 litros. ...... 63
Figura 15 - Estrutura solenoidal propostas por (PEREZ et al., 2002) do tipo Core para 2,
3, 4 e 5 enrolamentos. .......................................................................................... 63
Figura 16 - Transformador do tipo Matrix proposto por (ORTIZ et al., 2010), com
perdas no núcleo de 2,23 kW, perdas no cobre de 2,28 kW e volume de 11
litros. .................................................................................................................... 64
Figura 17 - Transformadores de 25 kVA para (a) 25 kHz, (b) 50 kHz e (c) 83 kHz ............. 64
Figura 20 - Transformadores coaxiais operando a (a) 100 kHz, 6,5 kVA e 800 V/400 V
proposto por (KADAVELUGU et al., 2011) e (b) 1 MHz, 4,3 kVA e 110 V,
proposto por (GRZESIK; STEPIEN, 2009). ....................................................... 67
Figura 26 - (a) Conversor Dual Active Half Bridge (DHB) e (b) principais formas de
onda...................................................................................................................... 76
Figura 27 - Estrutura do conversor DAB T-Type proposto por (BEZERRA et al., 2015). ... 77
Figura 30 - (a) Conversor DAB NPC e (b) principais formas de onda. ................................. 79
Figura 31 - Conversor DAB MMC. ....................................................................................... 80
Figura 32 - (a) Conversor DAB CA-CA e (b) forma de onda da tensão e corrente em
meio ciclo de rede. ............................................................................................... 81
Figura 33 - (a) Conversor TAB, (b) representação do conversor TAB como rede de
energia de alta frequência baseado no modelo π do transformador e (c)
formas de onda de tensão e corrente nos enrolamentos do transformador para
φ10/2 > φ20 > φ10. .................................................................................................. 82
Figura 34 - (a) Conversor MAB, (b) circuito Y equivalente do conversor MAB referido
à porta 1, (c) circuito equivalente de Thevenin entre as portas j e k referidas à
porta 1 e (d) circuito Δ equivalente do Conversor MAB, ou rede de
indutâncias. .......................................................................................................... 84
Figura 42 - Barramento magnético com dois enrolamentos (a) a vazio e (b) com carga. ...... 97
Figura 49 - Efeito das correntes parasitas nos condutores: (a) efeito skin, (b) efeito de
proximidade. ...................................................................................................... 114
Figura 51 - (a) Alguns tipos de pacotes de fio Litz. (b) Enrolamentos com folha de
cobre. ................................................................................................................. 115
Figura 53 - Resistência CA em função de d/δ para números fixo de camadas. ................... 117
Figura 56 - (a) Geometria do tipo Shell e (b) dimensões dos núcleos do tipo E. ................. 125
Figura 58 - Detalhamento das áreas que trocam calor entre si, considerando simetria na
geometria. (a) Vista superior e (b) vista frontal. ................................................ 128
Figura 59 - (a) Geometria do tipo Core e (b) dimensões dos núcleos do tipo C. ................. 130
Figura 60 - (Considerações para o cálculo das áreas superficiais que trocam calor com o
ambiente. ............................................................................................................ 130
Figura 61 - (a) Geometria do tipo Matrix, (b) considerações para o cálculo das áreas
superficiais que trocam calor com o ambiente................................................... 132
Figura 63 - (a) Esboço de base para as os núcleos do tipo Pote e XS. ................................. 134
Figura 64 - (a) Modelo do barramento magnético do tipo Pote com θ = 30° e (b) modelo
do barramento magnético do tipo XS com θ = 90°. .......................................... 135
Figura 70 - (a) Modelo térmico em regime permanente análogo ao circuito elétrico para
o barramento magnético do tipo Shell. (b) Corte superior do barramento
magnético do tipo Shell enfatizando os locais de troca de calor. ...................... 145
Figura 71 - (a) Modelo térmico para o barramento magnético do tipo Core. (b) Cortes
superior e frontal. ............................................................................................... 146
Figura 72 - Modelo térmico para o barramento magnético do tipo Matrix. ......................... 147
Figura 73 - Dimensões dos núcleos (a) E, (b) C e (c) Pote. ................................................. 148
Figura 74 - Resultados de simulação por método de elementos finitos: (a) Shell, (b)
Matrix, (c) Core, (d) Pote e (e) XS. ................................................................... 150
Figura 81 - Comparação das perdas no núcleo, perdas no cobre, perdas totais, elevação
de temperatura e densidade de fluxo magnético máximo na saída do
algoritmo de otimização desprezando os efeitos em alta frequência. ................ 161
Figura 82 - Comparação entre perdas no núcleo, perdas no cobre, perdas totais, elevação
de temperatura e densidade de fluxo magnético máximo na saída do
algoritmo de otimização levando em consideração os efeitos em alta
frequência. ......................................................................................................... 161
Figura 84 - Vista superior de condutores torcidos em torno de seu eixo. ............................ 163
Figura 88 - Barramentos magnéticos estendidos. (a) Pote estendido com 2Wa, e 0,5Ac,
(b) XS estendido com 2Wa, e 0,5Ac, (c) Pote estendido com Wa, Ac e 2C, (d)
XS estendido com Wa, Ac e 2C. ......................................................................... 172
Figura 90 - Formas de onda para o barramento magnético do tipo Shell. .............................. 176
Figura 93 - Comparação dos valores obtidos por simulação em cada barramento para (a)
indutância de dispersão, (b) indutância magnetizante, (c) comparação entre
perdas teóricas e simuladas e (d) distribuição das perdas simuladas no núcleo
e teóricas dos enrolamentos. .............................................................................. 180
Figura 94 - Vista em corte superior dos barramentos magnéticos tipo (a) Shell e (b)
Matrix. ............................................................................................................... 181
Figura 99 - Protótipos utilizados na bancada de testes: (a) conversor DAB montado por
(MAMEDE, 2016), (b) módulo de comando dos conversores MAB e (c)
medições e testes dos barramentos magnéticos. ................................................ 190
Figura 100 - Diagrama do conversor DAB utilizado nos testes experimentais. .................... 191
Figura 101 - Barramentos magnéticos montados: (a) P01-T01, (b) P01-T02, (c) P01-T03,
(d) P01-T04 e (e) P02-T05. ............................................................................... 193
Figura 102 - Barramentos magnéticos simulados por método de elementos finitos: (a)
T01, T02 e T03, (b) T04, (c) T05 e (d) T06. ..................................................... 194
Figura 107 - Distribuição da densidade de fluxo magnético no barramento T04 com carga
resistiva no enrolamento E02............................................................................. 198
Figura 108 - Resultados obtidos por simulação no modo transiente para o barramento T04
com uma carga resistiva conectada ao enrolamento E02. ................................. 199
Figura 109 - Mapa de calor dos barramentos magnéticos: (a) T01, (b) T04 e (c) T05. ......... 200
Figura 110 - Resistências CC para os barramentos T01 nos enrolamentos E01 e E02
respectivamente: (a) P01 – T01, (b) P01 – T02, (c) P01 – T03, (d) P01 – T04
e (e) P02 – T05. ................................................................................................. 201
Figura 112 - Dados o ensaio de curto circuito no barramento magnético P01 – T01: (a)
E01 e (b) E02. .................................................................................................... 205
Figura 113 - Formas de onda de tensão e corrente para o barramento magnético P01 –
T01. (a) tensão e corrente com valores originais, reconstruídos com
frequência de corte de 1,5 MHz por meio do algoritmo de FFT e na
frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico de tensão e
corrente. ............................................................................................................. 206
Figura 114 - Comparação entre os valores vistos pelo enrolamento E01 obtidos nos três
equipamentos: (a) indutância de dispersão equivalente e (b) resistência CA
equivalente. ........................................................................................................ 209
Figura 117 - Modelo para o ensaio de circuito aberto de um barramento magnético com
dois enrolamentos. ............................................................................................. 211
Figura 118 - Dados o ensaio de circuito aberto no barramento magnético P01 – T01: (a)
E01 e (b) E02. .................................................................................................... 212
Figura 119 - Formas de onda de tensão e corrente para o barramento magnético P01 –
T01 nas medições feitas no ensaio de circuito aberto: (a) tensão e corrente
com valores originais, reconstruídos com frequência de corte de 1,5 MHz
por meio do algoritmo de FFT e na frequência fundamental de 50 kHz. (b)
Espectro harmônico de tensão e corrente. ......................................................... 213
Figura 120 - Resultados obtidos pelo osciloscópio para a medição de potência nos
enrolamentos (a) E01 e (b) E02. ........................................................................ 213
Figura 121 - Barramento T01 com um entreferro de 0,05 mm. (a) distribuição da
densidade de fluxo magnético e (b) resultados obtidos no pós-
processamento. ................................................................................................... 215
Figura 126 - Dados do pós-processamento obtidos por simulação para o barramento T01
corrigindo os valores dos coeficientes de Steinmetz, resultando em perdas de
7,13 W no núcleo. .............................................................................................. 219
Figura 127 - Diagrama dos conversores e equipamentos sob teste. ....................................... 220
Figura 128 - Medição da temperatura no ponto mais quente dos barramentos T01 a T05 .... 221
Figura 134 - Comparação entre as perdas totais obtidas nos ensaios de circuito aberto e de
curto circuito com as perdas totais em condições nominais. ............................. 223
Figura 135 - Formas de onda para a temperatura final após regime térmico. ........................ 224
Figura 136 - Mapa de calor dos barramentos magnéticos simulados corrigindo com os
valores experimentais de perdas. (a) T01, (b) T02, (c) T03, (d) T04 e (e)
T05. .................................................................................................................... 225
Figura 137 - Modelo em três dimensões dos barramentos magnéticos simulados (a) Pote
estendido e (b) XS estendido. ............................................................................ 227
Figura 138 - Distribuição da densidade de fluxo magnético em seu ponto máximo para as
geometrias propostas (a) Pote estendido e (b) XS estendido. ............................ 227
Figura 139 - Dados do pós-processamento obtidos por simulação para o barramento T06. .. 228
Figura 140 - Dados do pós-processamento obtidos por simulação para o barramento T07. .. 228
Figura 141 - Mapa de calor dos barramentos magnéticos (a) T06 e (b) T07. ........................ 229
Figura 144 - Diagrama esquemático da unidade de comando dos conversores. .................... 279
Figura 145 - Dados o ensaio de curto circuito no barramento magnético P01 – T01: (a)
E01 e (b) E02. .................................................................................................... 280
Figura 146 - Dados o ensaio de curto circuito no barramento magnético P01 – T02: (a)
E01 e (b) E02. .................................................................................................... 280
Figura 147 - Dados o ensaio de curto circuito no barramento magnético P01 – T03: (a)
E01 e (b) E02. .................................................................................................... 281
Figura 148 - Dados o ensaio de curto circuito no barramento magnético P01 – T04: (a)
E01 e (b) E02. .................................................................................................... 281
Figura 149 - Dados o ensaio de curto circuito no barramento magnético P02 – T05: (a)
E01 e (b) E02. .................................................................................................... 281
Figura 150 - Formas de onda de tensão e corrente para o barramento magnético P01 –
T01. (a) tensão e corrente com valores originais, reconstruídos com
frequência de corte de 1,5 MHz por meio do algoritmo de FFT e na
frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico de tensão e
corrente. ............................................................................................................. 282
Figura 151 - Formas de onda de tensão e corrente para o barramento magnético P01 –
T02: (a) tensão e corrente com valores originais, reconstruídos com
frequência de corte de 1,5 MHz por meio do algoritmo de FFT e na
frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico de tensão e
corrente. ............................................................................................................. 282
Figura 152 - Formas de onda de tensão e corrente para o barramento magnético P01 –
T03: (a) tensão e corrente com valores originais, reconstruídos com
frequência de corte de 1,5 MHz por meio do algoritmo de FFT e na
frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico de tensão e
corrente. ............................................................................................................. 283
Figura 153 - Formas de onda de tensão e corrente para o barramento magnético P01 –
T04: (a) tensão e corrente com valores originais, reconstruídos com
frequência de corte de 1,5 MHz por meio do algoritmo de FFT e na
frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico de tensão e
corrente. ............................................................................................................. 283
Figura 154 - Formas de onda de tensão e corrente para o barramento magnético P02 –
T05: (a) tensão e corrente com valores originais, reconstruídos com
frequência de corte de 1,5 MHz por meio do algoritmo de FFT e na
frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico de tensão e
corrente. ............................................................................................................. 284
Figura 155 - Potência instantânea para o ensaio de curto circuito no T01. (a) E01 e (b)
E02. .................................................................................................................... 284
Figura 156 - Potência instantânea para o ensaio de curto circuito no T02. (a) E01 e (b)
E02. .................................................................................................................... 285
Figura 157 - Potência instantânea para o ensaio de curto circuito no T03. (a) E01 e (b)
E02. .................................................................................................................... 285
Figura 158 - Potência instantânea para o ensaio de curto circuito no T04. (a) E01 e (b)
E02. .................................................................................................................... 286
Figura 159 - Potência instantânea para o ensaio de curto circuito no T05. (a) E01 e (b)
E02. .................................................................................................................... 286
Figura 160 - Dados o ensaio de circuito aberto no barramento magnético P01 – T01: (a)
E01 e (b) E02. .................................................................................................... 290
Figura 161 - Dados o ensaio circuito aberto no barramento magnético P01 – T02: (a) E01
e (b) E02. ........................................................................................................... 290
Figura 162 - Dados o ensaio de circuito aberto no barramento magnético P01 – T03: (a)
E01 e (b) E02. .................................................................................................... 291
Figura 163 - Dados o ensaio de circuito aberto no barramento magnético P01 – T04: (a)
E01 e (b) E02. .................................................................................................... 291
Figura 164 - Dados o ensaio de circuito aberto no barramento magnético P02 – T05: (a)
E01 e (b) E02. .................................................................................................... 291
Figura 165 - Formas de onda o barramento magnético P01 – T01: (a) tensão e corrente
com valores originais, reconstruídos e na frequência fundamental de 50 kHz.
(b) Espectro harmônico. ..................................................................................... 292
Figura 166 - Formas de onda o barramento magnético P01 – T02: (a) tensão e corrente
com valores originais, reconstruídos e na frequência fundamental de 50 kHz.
(b) Espectro harmônico. ..................................................................................... 293
Figura 167 - Formas de onda o barramento magnético P01 – T03: (a) tensão e corrente
com valores originais, reconstruídos e na frequência fundamental de 50 kHz.
(b) Espectro harmônico. ..................................................................................... 294
Figura 168 - Formas de onda o barramento magnético P01 – T04: (a) tensão e corrente
com valores originais, reconstruídos e na frequência fundamental de 50 kHz.
(b) Espectro harmônico. ..................................................................................... 294
Figura 169 - Formas de onda o barramento magnético P02 – T05: (a) tensão e corrente
com valores originais, reconstruídos e na frequência fundamental de 50 kHz.
(b) Espectro harmônico. ..................................................................................... 295
Figura 170 - Formas de onda o barramento magnético P02 – T06: (a) tensão e corrente
com valores originais, reconstruídos e na frequência fundamental de 50 kHz.
(b) Espectro harmônico. ..................................................................................... 295
Figura 171 - Potência instantânea para o ensaio de circuito aberto no T01. (a) E01 e (b)
E02. .................................................................................................................... 296
Figura 172 - Potência instantânea para o ensaio de circuito aberto no T02. (a) E01 e (b)
E02. .................................................................................................................... 296
Figura 173 - Potência instantânea para o ensaio de circuito aberto no T03. (a) E01 e (b)
E02. .................................................................................................................... 297
Figura 174 - Potência instantânea para o ensaio de circuito aberto no T04. (a) E01 e (b)
E02. .................................................................................................................... 297
Figura 175 - Potência instantânea para o ensaio de circuito aberto no T05. (a) E01 e (b)
E02. .................................................................................................................... 298
LISTA DE QUADROS
Quadro 4 - Rotina para cálculo das áreas superficiais totais do barramento magnético
tipo Shell. ........................................................................................................... 246
Quadro 6 - Rotina para cálculo das áreas superficiais totais do barramento magnético
tipo Core. ........................................................................................................... 248
Quadro 8 - Rotina para cálculo das áreas superficiais totais do barramento magnético
tipo Matrix. ........................................................................................................ 250
Quadro 9 - Rotina para o cálculo das resistências térmicas do barramento magnético dos
tipos Pote e XS................................................................................................... 251
Quadro 10 - Rotina para cálculo das áreas superficiais totais dos barramentos magnéticos
tipo Pote e XS. ................................................................................................... 253
Quadro 11 - Arquivo de texto com o nome do projeto a ser carregado pela rotina de
cálculos. ............................................................................................................. 254
Quadro 15 - Dados de saída para os projetos usados nos testes experimentais. .................... 273
Quadro 16 - Resultados do arquivo de saída para a simulação final dos barramentos
estendidos. ......................................................................................................... 274
Tabela 12 - Valores típicos de rigidez dielétrica dos materiais isolantes. ............................ 121
Tabela 14 - Dimensões dos núcleos utilizados para validação dos modelos térmicos. ........ 149
Tabela 15 - Comparação dos resultados obtidos por simulação com os modelos térmicos
no ponto de temperatura máxima. ..................................................................... 150
Tabela 31 - Parâmetros utilizados para o cálculo teórico da resistência CA. ....................... 211
Tabela 32 - Resumo dos valores lidos pelo analisador de potências e osciloscópio para o
ensaio de circuito aberto. ................................................................................... 214
f frequência de operação
i corrente elétrica
N número de espiras
N número de espiras
kf fator de empacotamento
Hc força coercitiva
p quantidade de camadas
PCA perdas totais nos enrolamentos devido aos efeitos de alta frequência e
excitação não senoidal da corrente
η fator de porosidade
ne número de enrolamentos
k número do enrolamento
l espessura
1.2 MOTIVAÇÃO............................................................................................................ 43
1 INTRODUÇÃO GERAL
1.1 INTRODUÇÃO
Figura 2 - Tipos de acoplamento: (a) acoplamento CC, (b) acoplamento CA em baixa frequência e (c) acopla-
mento CA em alta frequência.
Barramento CC Barramento CA
Capacitor Carga CA 1
de acoplamento
Carga CC 1 Fonte CC 1 Fonte CA 1
Carga CA 2
Carga CC 2 Fonte CC 2 Fonte CA 2
Carga CA n
Carga CC n Fonte CC n Fonte CA n
(a) (b)
Barramento CA em alta frequência
Ф
Carga CA AF 1 Fonte CA AF 1
Carga CA AF 2 Fonte CA AF 2
Carga CA AF n Fonte CA AF n
(c)
Fonte: produção do próprio autor.
1.2 MOTIVAÇÃO
Tabela 1 - Quantidades de publicações dos termos solid-state transformer, smart grid, micro grid e renewable
sources na base de dados do IEEE nos anos de 2009 e 2019.
Publicações até Aumento de
Termo pesquisado Publicações até 09/2019
12/2009 publicações
Solid-State Transformer 606 1.709 182%
Smart Grid 158 24.909 15.665%
Microgrid 203 8.139 3.909%
Renewable Sources 1.209 17.845 1.376%
Fonte: base de dados do IEEE (IEEE, 2020).
1.3.1 Transformador
denominado de “gerador secundário”, feito com núcleo de ferro aberto com sistema de cone-
xão em série no secundário, conforme é ilustrado na Figura 3-a. Este transformador foi usado
pela primeira vez em 1884 na Itália, em uma exposição pública na qual abaixou a alta tensão
da rede para alimentar lâmpadas de arco e incandescentes. A patente foi vendida para George
Westinghouse em 1885, mas foi perdida no tribunal para Sebastian Ziani de Ferranti, que in-
ventaram um transformador muito semelhante ao de Goulard e Gibbs dois anos antes
(JESZENSZKY, 1996; WHELAN; ROCKWELL; NORMANDIN, c2014).
Até então, os dispositivos de indução eletromagnética continham um núcleo aberto,
mas com a melhor compreensão das teorias de Faraday e Maxwell, percebeu-se que os efeitos
magnéticos ocorriam através dos polos magnéticos e que as linhas de força do campo magné-
tico tinham um caminho fechado, levando ao uso do núcleo de ferro fechado. Em 1884, os
engenheiros Kákoly Zipernowsky, Ottó Bláthy e Miksa Déri da empresa húngara Ganz de-
senvolveram o primeiro transformador de núcleo de ferro fechado usado em sistemas experi-
mentais e comerciais (Figura 3-b). Como os enrolamentos envolviam o núcleo toroidal fecha-
do, não podiam ser enrolados por máquinas naquela época e isto dificultava a sua fabricação.
Figura 3 - (a) Transformador de núcleo aberto de Gaulard e Gibbs (b) transformador de núcleo fechado de
Zipernowsky, Déri e Bláthy da empresa Ganz.
(a) (b)
Fonte: (a) (GALILEO, c2015), (b) (WHELAN; ROCKWELL; NORMANDIN, c2014).
Gibbs-Goulard era a conexão das bobinas em série, prejudicando a regulação da tensão. Uma
das primeiras patentes de Stanley na área de transformadores foi a bobina de indução
(STANLEY, 1886), composta por dois enrolamentos e um núcleo de gap ajustável (Figura 4),
mas sua contribuição mais importante foi o primeiro transformador “prático” de fácil fabrica-
ção, que contava com núcleo E para aumentar a proteção mecânica dos enrolamentos e maior
facilidade de se enrolar em máquinas, que posteriormente, foi aperfeiçoado por Albert Schi-
mid.
(a)
Fonte: (STANLEY, 1886)
Figura 5 - Transformadores de Stanley: (a) protótipo de 1885 (b) transformador usado na instalação de Great
Barrington.
(a) (b)
Fonte: (WHELAN; ROCKWELL; NORMANDIN, c2014).
49
Figura 6 - Transformador trifásico usado no primeiro sistema de transmissão trifásico de Lauffen até Frankfurt
em 1891.
em quase todos os dispositivos domésticos, inclusive nas lâmpadas. O Electric Power Rese-
arch Institute (EPRI) estima que 70% da energia elétrica nos Estados Unidos é processada por
conversores estáticos de potência e este número tende a atingir 100% (ROSE, 2017). Além
das cargas não lineares ligadas na rede, hoje há um grande apelo para a geração distribuída,
com destaque para as energias limpas e renováveis como solar, eólica, além dos veículos elé-
tricos que se tornam uma opção mais econômica e sustentável para a locomoção, retomando o
conceito das redes de Edison, com geradores próximos aos centros consumidores.
Neste contexto, a modernização das redes de distribuição é essencial para o futuro e
alguns modelos de redes inteligentes já estão sendo desenvolvidos nos centros de pesquisas
(BELITZ; WINTER; REHTANZ, 2013; BLIEK et al., 2010; D’HULST et al., 2015;
HUANG, 2009; MONOT et al., 2017). A rede inteligente é uma estrutura moderna com fluxo
bidirecional de energia para as redes de distribuição, com maior confiabilidade, eficiência e
segurança, além de fazer a integração harmoniosa entre as fontes alternativas de energia, por
meio da comunicação entre os elementos que a compõem, conforme ilustrado na Figura 7
(FANG et al., 2012; GUNGOR et al., 2011).
O conceito de rede inteligente vem evoluindo ao longo do tempo e alguns dos com-
ponentes básicos são: fontes renováveis; elementos de armazenamento de energia; barramento
52
Apesar de tardio em relação aos países do hemisfério norte, o Brasil está caminhando
para a direção da geração distribuída e redes inteligentes, necessitando de avanços em pesqui-
sas nacionais nestas áreas. O barramento magnético (transformador) está presente na maioria
dos dispositivos que compõem as redes inteligentes, SSTs e conversores estáticos para a GD,
tornando essas, as motivações para o seu estudo aprofundado.
As indutâncias de dispersão são formadas pelo fluxo magnético que não atravessa
todos os enrolamentos. A corrente elétrica que circula através de um enrolamento em volta de
um núcleo magnético gera um fluxo magnético, como mostra a Figura 8, parte deste fluxo
circula pelo núcleo de alta permeabilidade magnética e outra parte circula pelo ar.
Enrolamento 1
i1
+ - + -
Fonte: (HURLEY; WÖLFLE, 2013).
56
Quando há outro enrolamento no mesmo núcleo, o fluxo que circula pelo núcleo e
atravessa todos os enrolamentos é denominado fluxo comum (concatenado), já a parcela de
fluxo magnético que circula pelo ar e não atravessa o outro enrolamento acoplado no mesmo
núcleo é denominado fluxo disperso, normalmente modelado por indutâncias de dispersão
(ERICKSON; MAKSIMOVIC, 2001; HURLEY; WÖLFLE, 2013; KAZIMIERCZUK,
2013).
Nos conversores da família MAB, a indutância de dispersão do barramento magnéti-
co é o elemento responsável pela transferência de energia entre as portas (DONCKER;
DIVAN; KHERALUWALA, 1991). Em muitos casos, principalmente para limitar a potência
transferida e os picos de corrente, faz-se necessário acrescentar uma indutância em série com
o barramento magnético. Tendo a necessidade de uma indutância responsável pela transferên-
cia de potência, surgem algumas divergências acerca do projeto do barramento magnético na
literatura. Alguns autores defendem que o barramento magnético deve apresentar a indutância
necessária em sua construção e outros autores defendem a ideia de que o barramento magnéti-
co deve apresentar a menor indutância de dispersão possível, acrescentando um indutor exter-
no quando necessário.
Os modos de controlar a dispersão de um transformador abordados na literatura são:
• sobreposição parcial dos enrolamentos conforme a Figura 9-a (DE LEON;
PURUSHOTHAMAN; QASEER, 2014; STEIGER; MARIETHOZ, 2011);
• inserção de um núcleo magnético entre os enrolamentos conforme a Figura 9-b
(BAEK; BHATTACHARYA, 2011; HERNANDEZ; DE LEON; GOMEZ, 2011;
PAVLOVSKY; DE HAAN; FERREIRA, 2006);
• ajustar as distâncias entre as camadas dos enrolamentos (HERNANDEZ; DE
LEON; GOMEZ, 2011; SHUAI; BIELA, 2013).
Dentre as justificativas para aumentar a indutância de dispersão diretamente no trans-
formador estão: menor número de elementos e maior compactação da estrutura, aumentando
densidade de potência.
Por outro lado, outros autores (BOGUSLAW et al., 2006; CHEN; DIVAN, 2017;
RAULS; NOVOTNY; DIVAN, 1993), defendem que a indutância de dispersão deve ser a
mínima possível, acrescentando indutâncias externas quando necessárias. Como principal
justificativa para isto, argumenta-se que como a indutância de dispersão é decorrente de ca-
racterísticas construtivas e sensível a diversos fatores, como posição dos enrolamentos e se-
quência das espiras, torna-se difícil fazer um controle preciso, principalmente quando se tem
um objetivo de utilizar na indústria, em que não existe espaço para ajustes finos individuais.
57
Figura 9 - Técnicas usadas para aumentar a indutância de dispersão: (a) sobreposição parcial dos enrolamentos
e (b) inserção de um núcleo entre os enrolamentos de um barramento magnético coaxial.
Núcleo Núcleo
externo
Enrolamento
externo
Núcleo
interno
Enrolamento fixo Enrolamento móvel
Enrolamento
Sobreposição parcial interno
(a) (b)
Fonte: (BAEK; BHATTACHARYA, 2011; STEIGER; MARIETHOZ, 2011).
Além disso, em transformadores de alta tensão é difícil manter baixos valores de dis-
persão devido à distância necessária entre os condutores para promover isolação entre eles
(CHEN; DIVAN, 2017). Outro argumento utilizado é que ao aumentar a dispersão do barra-
mento magnético, resulta em uma redução do fator de acoplamento prejudicando de certa
forma a eficiência global do barramento magnético. Em barramentos magnéticos com múlti-
plos enrolamentos, os valores de indutância de dispersão dos enrolamentos devem ser iguais,
ou mais próximos possíveis, sendo mais fácil ajustar estes valores com indutâncias externas
do que no processo de fabricação. Como argumento final, a indutância no barramento magné-
tico não é sempre necessária, apesar dos conversores da família MAB, que necessitam desta
indutância, serem as principais topologias usadas em SSTs, outras topologias, como SSTs
baseados em flyback (MANJREKAR; KIEFERNDORF; VENKATARAMANAN, 2002),
conversores matriciais isolados (BASU et al., 2015) ou topologia Dyna-C (CHEN; PRASAI;
DIVAN, 2017), são prejudicadas com altos valores de indutância de dispersão.
As duas linhas de raciocínio apresentam argumentos válidos, mas devido ao objetivo
deste trabalho ser exclusivamente sobre o barramento magnético em si e todos os problemas
em fazer o ajuste da indutância de dispersão no processo de fabricação, opta-se a linha da mi-
nimização deste valor.
a uma solução viável (AMOIRALIS et al., 2014; SHUAI; BIELA, 2013; VILLAR et al.,
2011) e metodologias baseadas em experiência, em que hipóteses baseadas na experiência do
projetista são usadas em valores iniciais de variáveis, simplificando e acelerando o processo.
As regras mais comuns são (BARRIOS et al., 2015a):
• Seleção do núcleo: a capacidade de processar potência do núcleo é definida pelo
produto das áreas ou por constantes geométricas e os valores de densidade de cor-
rente e densidade de fluxo magnético são preestabelecidos;
• Distribuição das perdas: perdas do núcleo igual às perdas dos enrolamentos;
• Diâmetro mínimo: definir o diâmetro do condutor menor que o diâmetro da pro-
fundidade de penetração devido ao efeito pelicular, ou considerar a perda extra
como uma constante para todo o processo;
• Outras regras: perdas nos enrolamentos primários e secundários equilibradas, en-
rolamentos primários e secundários distribuídos igualmente dentro da área da ja-
nela ou considerar apenas um material magnético para o dimensionamento.
Estas regras são as mais comumente utilizadas para dimensionar um transformador
ou barramento magnético sem utilização de métodos numéricos ou elementos finitos. Estudos
já mostraram que algumas destas regras não são válidas. No primeiro caso, por exemplo, a
geometria do núcleo, escopo desta tese, também influencia na eficiência de um transformador.
No segundo caso, a distribuição ótima das perdas entre núcleo e cobre depende das caracterís-
ticas dos materiais e da geometria do núcleo, sendo que a distribuição das perdas depende
fortemente dos fatores geométricos dos núcleos. (FOREST et al., 2007; HURLEY;
WÖLFLE, 2013).
De maneira geral, os métodos de dimensionamento dos núcleos, sejam eles iterativos
numéricos ou algébricos, têm o objetivo de acomodar os enrolamentos com perdas distribuí-
das entre cobre e ferro e transferir energia eficientemente entre os enrolamentos. Os métodos
mais comuns encontrados na literatura são: constantes geométricas (ERICKSON;
MAKSIMOVIC, 2001; KAZIMIERCZUK, 2013; MCLYMAN, 1994) e produto das áreas
(HURLEY; WÖLFLE, 2013; KAZIMIERCZUK, 2013; MCLYMAN, 1994). O método do
produto das áreas fornece as dimensões que o núcleo deve possuir com base nos principais
parâmetros do barramento magnético. A equação básica do método de produto de áreas é
(MCLYMAN, 1994; KAZIMIERCZUK, 2013):
m 1
Ap = AcWa = I nVn (1.1)
K K J B f
n =1 f u rms max
59
Em que:
Ap produto das áreas da janela e da perna central do núcleo [m4];
Ac área da perna central do núcleo [m2];
Wa área da janela do núcleo [m2];
In corrente no enrolamento n [A];
Vn tensão no enrolamento n [V];
Kf fator da forma de onda: em geral usa-se 4,44 para formas de onda senoi-
dais e 4,0 para formas de onda quadrada;
Ku fator de utilização do núcleo: calculada pela razão entre a área de cobre
com isolações pela área da janela;
Jrms densidade de corrente [A/m2];
Bmax densidade de fluxo magnético máximo;
f frequência de operação.
O dimensionamento de um barramento não é absoluto, pode ser encontrado vários
métodos com muitas considerações empíricas que direcionam a um projeto mais eficiente,
como os casos propostos em (ERICKSON; MAKSIMOVIC, 2001; HURLEY; WÖLFLE,
2013; KAZIMIERCZUK, 2013; MCLYMAN, 1994). Normalmente o valor de densidade de
fluxo magnético máximo não é limitado pelo seu valor de saturação, mas sim pelas perdas
magnéticas, que serão descritas de forma mais detalhada no item 3.4. A equação (1.1), muito
utilizada para o dimensionamento do núcleo magnético, foi apresentada com o intuito de mos-
trar que o volume do núcleo é inversamente proporcional à frequência, à densidade de fluxo
magnético máximo e à densidade de corrente.
Existem vários métodos para determinar o valor ótimo para a densidade de corrente,
cabe ressaltar neste momento, que ela está diretamente ligada às perdas e à elevação de tem-
peratura dos condutores. Para determinar o número de espiras, utiliza-se a expressão derivada
da lei de Faraday:
Vrms
Np = (1.2)
K f Ac Bmax f
Em que:
Vrms valor eficaz de tensão no enrolamento [V].
A equação (1.2) mostra que o número de espiras de um enrolamento depende direta-
mente do valor da tensão e é inversamente proporcional à densidade de fluxo magnético, à
área da perna central e à frequência de operação. De maneira geral, o dimensionamento de um
60
Fluxo I1
I2
I1
Núcleo
I2 Fluxo
Núcleo
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor.
61
Estruturas do tipo solenoidal estão presentes nas mais diversas aplicações da eletrô-
nica de potência, sendo o núcleo EE, o caso mais clássico e recorrente. Os tipos mais comuns
destas estruturas são: Shell, Core, Matrix e multielementos, conforme é apresentado na Figura
11.
Figura 11 - Estruturas solenoidais (a) Shell, (b) Core, (c) Matrix e (d) multielementos.
As estruturas do tipo Shell, Core e Matrix foram projetadas e simuladas por (ORTIZ
et al., 2010) utilizando núcleos com o material nanocristalino VITROPERM 500F. Suas espe-
cificações foram definidas para operarem em um conversor DAB CC-CC processando 1 MW
de potência nominal, com frequência de comutação de 20 kHz e relação de transformação de
12 kV para 1,2 kV. Seu objetivo foi avaliar as perdas, o volume e a complexidade de fabrica-
ção de cada estrutura. Na sequência, serão descritos mais detalhes de cada estrutura.
Figura 12 - Transformador do tipo Shell proposto por (ORTIZ et al., 2010), com perdas no núcleo de 1,83 kW,
perdas no cobre de 1,93 kW e volume de 11,9 litros.
Figura 13 - Transformadores propostos por (ORTIZ et al., 2013) feitos com núcleo de: (a) ferrite e (b) nanocris-
talino.
(a) (b)
Fonte: (ORTIZ et al., 2013)
lamentos não são sobrepostos, como o caso da Figura 14, há uma maior circulação de fluxo
disperso devido à distância entre os enrolamentos.
O transformador do tipo Core proposto por (ORTIZ et al., 2010) é ilustrado na Figu-
ra 14. Nele foi utilizado isolamento do tipo vaso, resultando em um volume reduzido e meno-
res perdas entre os três transformadores analisados pelo autor.
Figura 14 - Transformador do tipo Core proposto por (ORTIZ et al., 2010), com perdas no núcleo de 1,26 kW,
perdas no cobre de 1,55 kW e volume de 4,3 litros.
Figura 15 - Estrutura solenoidal propostas por (PEREZ et al., 2002) do tipo Core para 2, 3, 4 e 5 enrolamentos.
Secundário Secundário 1 Secundário 1
Primário
Secundário 1 Secundário 2
Secundário 2 Primário
A estrutura do tipo Matrix pode ser considerada como variação do primeiro caso, em
que os núcleos magnéticos estão distribuídos ao longo do enrolamento, reduzindo o fluxo
disperso. O transformador do tipo Matrix proposto por (ORTIZ et al., 2010) é apresentado na
Figura 16. O isolamento entre primário e secundário é feito pela capa de silicone dos cabos,
64
Figura 16 - Transformador do tipo Matrix proposto por (ORTIZ et al., 2010), com perdas no núcleo de
2,23 kW, perdas no cobre de 2,28 kW e volume de 11 litros.
Figura 17 - Transformadores de 25 kVA para (a) 25 kHz, (b) 50 kHz e (c) 83 kHz
Estruturas deste tipo podem ser vistas em (ROTHMUND et al., 2015). A Figura 17
apresenta os transformadores propostos por (ROTHMUND et al., 2015) para processar uma
potência de 25 kVA e tensões de 8 kV/400 V em frequências de 25 kHz, 50 kHz e 83 kHz. O
autor atingiu eficiência de 99,17% no conversor, em que o transformador corresponde a 70%
destas perdas.
1.5.1.4 Multielementos
Figura 18 - Estrutura multielementos com três enrolamentos proposta por (FILCHEV et al., 2009).
ca de potência foi feita em 1990 por (KHERALUWALA; NOVOTNY; DIVAN, 2002) e suas
principais vantagens e desvantagens em relação as estruturas solenoidais são:
• Vantagens:
o alto fator de acoplamento;
o baixa indutância de dispersão;
o boa opção para trabalhar com frequências elevadas;
• Desvantagens:
o maior dificuldade de fabricação;
o o baixo número de espiras conduz a um volume elevado e baixa indutância
magnetizante;
o dificuldade de se utilizar relações de transformação diferentes de 1:1. É possí-
vel utilizar relações diferentes de 1:1, porém, a vantagem do alto fator de aco-
plamento é perdida;
o capacitâncias parasitas entre os enrolamentos deixam de ser desprezíveis,
mesmo operando em frequências menores e potencializando ainda mais em
frequências elevadas.
Figura 19 - Primeiro transformador coaxial para eletrônica de potência proposto por (KHERALUWALA;
NOVOTNY; DIVAN, 2002): (a) esquema de montagem e (b) protótipo montado.
Núcleo
(Toroidal)
Primário
(Tubo)
Secundário
(Litz,
N s espiras)
(a) (b)
Fonte: (KHERALUWALA; NOVOTNY; DIVAN, 2002).
67
Figura 20 - Transformadores coaxiais operando a (a) 100 kHz, 6,5 kVA e 800 V/400 V proposto por
(KADAVELUGU et al., 2011) e (b) 1 MHz, 4,3 kVA e 110 V, proposto por (GRZESIK; STEPIEN,
2009).
(a) (b)
Fonte: (KADAVELUGU et al., 2011), (GRZESIK; STEPIEN, 2009).
Dentre outros trabalhos que podem ser destacados estão: (KLONTZ; DIVAN;
NOVOTNY, 1995) com projeto e protótipo de um transformador coaxial de 120 kW, 20 kHz,
610 V e eficiência de 99,6%; (WATER; LU, 2013) com a simulação de um transformador
coaxial operando entre 100 kHz e 300 kHz para carregadores de veículos elétricos, usando
blindagem para redução da interferência eletromagnética; (WATER; LU, 2012; LI et al.,
2015), em que é proposto o projeto de um transformador coaxial de 8 kW por redes neurais e
simulações por métodos de elementos finitos (FEM) e em (MORIKI et al., 2016;
YAMAGUCHI; KAWAMURA, 2017) é proposto o conceito de um transformador coaxial
para trem elétrico, conforme é ilustrado na Figura 22.
Figura 22 - Conceito proposto por (MORIKI et al., 2016; YAMAGUCHI; KAWAMURA, 2017) de transfor-
mador coaxial aplicado em trens elétricos.
Pode ser considerada uma estrutura viável para uso em barramentos magnéticos, pois apresen-
ta baixa indutância de dispersão e valores simétricos em múltiplos enrolamentos.
1.6 OBJETIVOS
O objetivo geral deste trabalho é fazer o estudo completo pelo ponto de vista das ge-
ometrias das dos núcleos magnéticos para serem utilizados em barramentos magnéticos de
alta frequência.
Os objetivos específicos deste trabalho são:
• estudo de barramentos magnéticos monofásicos;
• apresentar estudos sobre elementos secundários que compõe o barramento magné-
tico: materiais magnéticos, enrolamentos e isolação;
• analisar as principais grandezas que envolvem a operação de um barramento mag-
nético: indutância de dispersão, perdas no núcleo, resistência dos enrolamentos e
perdas nos enrolamentos;
• fornecer conceitos teóricos e práticos para o dimensionamento de um barramento
magnético;
• propor geometrias de barramentos magnéticos.
Nesta revisão bibliográfica foram apresentadas algumas geometrias com potencial a
serem utilizadas em barramentos magnéticos. E no decorrer do trabalho serão apresentadas as
características das principais geometrias. Serão propostas duas estruturas inéditas baseadas no
núcleo XS (Figura 23-a) e Pote (Figura 23-b). Tais geometrias são mais utilizadas para baixas
potências devido ao alto grau de confinamento dos enrolamentos no núcleo. Porém, espera-se
que elas apresentem vantagens como uma melhor distribuição de linhas de fluxo, aumentando
o fator de acoplamento e reduzindo a indutância de dispersão. O conceito inicial destas pro-
postas estendidas foi de permitir uma facilidade em acrescentar e remover enrolamentos após
serem fabricados com a utilização de enrolamentos sequenciais. Com isso, o esboço inicial foi
de o núcleo apresentar um corpo alongado e uma “tampa”, que pudesse ser retirada com faci-
lidade. Os estudos iniciais, que serão apresentados no decorrer do trabalho, mostrarão que o
conceito de versatilidade em modificar o número de enrolamentos após sua construção não é
uma proposta viável, principalmente com o uso de ferrite. Por outro lado, estas estruturas es-
tendidas apresentarão outras características que o tornarão atrativas e serão discutidas.
70
Figura 23 - Geometrias de núcleos propostos para barramento magnético com múltiplas portas para acoplamen-
to em alta frequência: (a) núcleo XS estendido, (b) núcleo Pote estendido.
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor.
2.1 INTRODUÇÃO
i1 i2
1 3 1:a 1' 3'
L n1:n2
V1 V2 R
vp ip vs' vs
Transformador
2 4 2' 4'
A estratégia mais comum para controlar o fluxo de potência é por deslocamento an-
gular em dois níveis, ilustrada na Figura 25, comumente chamada de 2-level phase shift mo-
dulation (psm). Nesta estratégia, aplicam-se sinais de comando com defasagem φ entre os
interruptores complementares de cada conversor em ponte completa. Os interruptores 1 e 4,
assim como 2 e 3 apresentam o mesmo sinal de comando e os interruptores 1 e 2 apresentam
73
V1
i1
vp
φ -V1
V2 '
vs' i2
π π-V2 ' 2π
φ 2π φ
E1 E2 E3 E4 E1 E2 E3 E4
Fonte: Adaptado de (DONCKER; DIVAN; KHERALUWALA, 1991).
Quando as tensões V1 e V2 são iguais, toda a transferência de potência ocorre nas eta-
pas E1 e E4, intervalos em que a diferença de tensão entre vp e vs é máxima.
A corrente no indutor poder ser equacionada por meio das etapas de operação da Fi-
gura 24-b:
V1 + V2
iL (1) () = − I m + → 0 (2.1)
s L
V1 − V2
iL (2) () = I M + ( − ) → (2.2)
s L
V1 + V2
iL (3) () = I m − ( − ) → + (2.3)
s L
V1 − V2
iL (4) () = − I M − ( − − ) → + 2 (2.4)
s L
V2
V2 = (2.5)
a
Em que:
iL corrente instantânea no indutor L [A];
Im valor mínimo da corrente do indutor na etapa 3 [A];
IM valor máximo da corrente do indutor na etapa 3 [A];
V1 valor médio da tensão da Porta 1 [V];
74
V1 − V2 '
iL (2) ( ) = I m → I m − I M = ( − ) (2.7)
s L
O valor médio da corrente na porta 1 pode ser obtida pela integração da corrente no
indutor no intervalo de 0 a π:
1
iL(1) ( ) d + iL( 2) ( ) d
I1 =
0
(2.10)
V1
I2 = 1 − (2.13)
as L
Muitas análises podem ser feitas com estas formas de onda e equações, porém, do
ponto de vista do transformador, os dados mais importantes são os valores eficazes de tensão
e corrente nos enrolamentos. A definição de valor eficaz é:
75
1 T
X rms = f ( t ) 2 dt (2.14)
T 0
I prms = I Lrms =
1
( i
0 L(1)
( ) 2d + iL( 2) ( ) 2d ) (2.15)
Vsrms = V2 (2.19)
VV
P1 = P2 = P = V1 I1 = 1 2
1 − (2.20)
as L
A equação (2.20) mostra que o fluxo de potência entre as portas do conversor depen-
de das tensões nas duas portas, da frequência de comutação e da indutância de transmissão,
assim, é possível determinar a indutância necessária para limitar a potência máxima transferi-
da entre as portas. Estudos mostram que o ângulo máximo de operação para o conversor DAB
é 90° (DONCKER; DIVAN; KHERALUWALA, 1991; SANTOS, 2013), mas com ângulo de
defasagem acima de 45° a potência reativa processada pelo conversor começa a ficar elevada,
desta forma, toma-se este, como ângulo máximo de operação, assim, a indutância de dispersão
máxima pode ser calculada substituindo π/4 em (2.20):
3V1V2
Lmax = , m a x = (2.21)
16as Pmax 4
76
Figura 26 - (a) Conversor Dual Active Half Bridge (DHB) e (b) principais formas de onda.
Defasadas em φ
i1 is1' i2
1 V 1/2 1' V2/2
1:a
L n1 :n2
V1 V2 R
v p ip vs' vs
Transformador
2 V 1/2 2' V2 /2
1', 2' φ
ip
V1 /2
i1
vp
φ -V 1/2
V 2'/2 I2
vs' is1'
π -V2 '/2 π 2π
φ φ
2π
E1 E2 E3 E4 E1 E2 E3 E4
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 27 - Estrutura do conversor DAB T-Type proposto por (BEZERRA et al., 2015).
Vdc1
7
Vdc2
Figura 28 - Visão geral de oito modos de operação empregados para o esquema de modulação otimizado pro-
posto pelo autor.
modo
5
modo 4 modo 6
modo 7
modo 3
modo 8
modo 1 modo 2
Figura 29 - (a) Conversor DAB utilizando um conversor em ponte completa na porta 1 e um conversor NPC na
porta 2, (b) estratégia de modulação e (c) formas de onda de tensão e corrente no transformador.
Alta tensão Barramento CC-CC
NPC 3 níveis 3,8 kV CC
Baixa tensão Sa1 Sb1
Barramento CC-CC
Painéis S1 S3
fotovoltaicos Sa2 Sb2
VP/2
Indutância
de dispersão 1:n
VS VDAB
VAB Vab
S2 S4 Transformador S Sb3
de alta frequência a3 VP/2
Sa4 Sb4
(a)
(b) (c)
Fonte: (MOONEM; KRISHNASWAMI, 2014).
79
Este conversor é da família dos conversores multiníveis e pode fornecer vários níveis
de tensão no enrolamento do transformador, dependendo do número de diodos de grampea-
mento e interruptores. O conversor DAB NPC é composto por dois conversores NPC acopla-
dos por um transformador e assim como ocorre com o conversor T-Type, é muito comum uti-
lizar a topologia NPC apenas na parte de tensão elevada, em que são solicitados maiores es-
forços de tensão nos semicondutores, como os casos apresentado por (MOONEM;
KRISHNASWAMI, 2012, 2014) e ilustrado na Figura 29.
A Figura 30 apresenta o conversor DAB NPC de três níveis proposto por (FILBA-
MARTINEZ; BUSQUETS-MONGE; BORDONAU, 2014). Por ser constituído por dois bra-
ços NPC em cada lado, a tensão nos enrolamentos do transformador apresenta 5 níveis, redu-
zindo o conteúdo harmônico tanto da tensão quanto da corrente nos enrolamentos e reduzindo
também, as perdas tanto no núcleo, quanto no cobre, em relação ao conversor DAB convenci-
onal.
v Ca2 Ca ia ib Cb vCb2
i2a i2b
VA 1:n VB
L
v Ca1 Ca vL Cb vCb1
va vb
i1a i1b
Transformador
(a)
período de comutação no lado a período de comutação no lado a
(b)
Fonte: (FILBA-MARTINEZ; BUSQUETS-MONGE; BORDONAU, 2014).
80
ARM3
SW1 SW3
L arm1 L arm3
MVDC
LVDC
U V W O1 Lk
Lm is
O2
ARM4
Figura 32 - (a) Conversor DAB CA-CA e (b) forma de onda da tensão e corrente em meio ciclo de rede.
i1 i2
S1 S3 vLT T S5 C1
n1:n2
v1 iLT vp LT v’s vs v2
S2 S4 S6 C2
Porta 1 = Porta 2
(a)
V 1 (θ)
IL (θ)
I1 (θ) I1AVG
θ
Ts/2
Tg /2
(b)
Fonte: (BRIGHENTI et al., 2017)
O conversor TAB, introduzido por (MICHON et al., 2004), é uma extensão do con-
versor DAB, formando a categoria de conversores multiportas. Quatro portas podem ser obti-
82
das com a associação de duas, como o trabalho proposto por (SANTOS et al., 2014). O con-
versor TAB pode apresentar todas as variações topológicas do conversor DAB, mas devido à
grande extensão do conteúdo, será analisado apenas o conversor DAB convencional.
A Figura 33-a mostra o circuito do conversor TAB proposto por (MICHON et al.,
2004), em que é feito o acoplamento de uma fonte de tensão gerada por uma célula combustí-
vel, uma carga e baterias para armazenamento. A análise do conversor pode ser simplificada
considerando ele como uma rede de indutores utilizando o modelo π representado na Figura
33-b. Neste modelo ilustrado, a indutância magnetizante está toda referida à porta 0 e as for-
mas de onda de tensão são quadradas e em alta frequência. A Figura 33-c, mostra apenas uma
condição específica, mas pode apresentar diferentes formatos de corrente dependendo da
combinação dos parâmetros de cada porta.
Figura 33 - (a) Conversor TAB, (b) representação do conversor TAB como rede de energia de alta frequência
baseado no modelo π do transformador e (c) formas de onda de tensão e corrente nos enrolamentos
do transformador para φ10/2 > φ20 > φ10.
L0 1:n1 L1
V0 V1 R v0
v 0 i0 i1 v 1 φ 10
Fonte L3 Carga
v1 '
L2
V2 φ20
i2 v 2 v2 '
1:n2 Baterias
(a)
i0 L10 i0
+V0 +V1
-V0 L00 L21 -V1
1:1 1:n1 ϕ 10 i1 '
L20 +V2
1:n2 -V2 i2 '
ϕ 20
(b) (c)
Fonte: Adaptado de (MICHON et al., 2004; SANTOS, 2013).
V0V2
P20 = 20 1 − 20 (2.23)
n2 s L20
83
VV
P21 = 1 2
21 1 − 21 (2.24)
n1n2 s L20
Em que:
Pij potência fluindo da porta i para a porta j;
φij defasagem entre a tensão vi e vj;
Lij indutância entre os conversores i e j.
As equações mostram que a variação de qualquer parâmetro em uma das portas afe-
tará todas as demais. Estratégias de controle como desacoplamento dinâmico (ZHAO;
ROUND; KOLAR, 2008, 2006) e desacoplamento por frequência podem ser utilizados para
fazer o controle de tensão individual da tensão ou potência.
O desacoplamento dinâmico consiste em equacionar e compensar o efeito da varia-
ção de uma variável nas demais portas, assim, por exemplo, a variação na defasagem da porta
2, modificará apenas a tensão da porta 2, mas internamente, o acoplador ajustará a defasagem
das demais portas para manter os valores constantes. O problema desta técnica ocorre quando
há mudanças nos pontos de operação do conversor, invalidando todo o equacionamento pre-
definido.
O desacoplamento em frequência é mais simples de ser implementado, pois consiste
em deixar a banda do controlador de uma das portas muito menor do que a banda da outra
porta, desta forma, os controladores não irão interferir no funcionamento um do outro. Apesar
de simples, esta técnica é muito limitada, pois para um desacoplamento em frequência, a dife-
rença de banda dos controladores deve ser de no mínimo 10 vezes. Dependendo da frequência
de operação, esta técnica torna-se totalmente inviável.
O princípio de funcionamento dos conversores com mais de três portas é muito se-
melhante ao conversor TAB utilizando o modelo de rede de indutâncias. O conversor QAB,
introduzido por (QIANG; WEI-YANG; ZHEN-LIN, 2009), apresenta quatro portas isoladas.
Em (COSTA; BUTICCHI; LISERRE, 2015) é investigado o uso de conversores multiníveis
para a composição do conversor, entre elas estão: NPC, capacitor flutuante e T-Type, compa-
84
radas com a topologia em ponte completa e dentre os cenários analisados, o conversor T-Type
apresentou a pior performance. A generalização do conceito de conversores multiportas foi
feita por (FALCONES; AYYANAR; MAO, 2013) e ilustrada na Figura 34-a.
A análise como rede de alta frequência também é explorada por (FALCONES;
AYYANAR; MAO, 2013), que inicialmente obtém o modelo Y referindo todas as indutâncias
para a porta 1 e substituindo os conversores em ponte completa por uma fonte de onda qua-
drada em alta frequência, conforme ilustrado na Figura 34-b. As indutâncias para o modelo π,
usado no conversor TAB, mas denominado de modelo Δ pelo autor (Figura 34-d), são obtidas
com o circuito equivalente de Thevenin do modelo Y (Figura 34-c).
Figura 34 - (a) Conversor MAB, (b) circuito Y equivalente do conversor MAB referido à porta 1, (c) circuito
equivalente de Thevenin entre as portas j e k referidas à porta 1 e (d) circuito Δ equivalente do Con-
versor MAB, ou rede de indutâncias.
iLj' iL1
L j' L1
Eq. Thevenin
i1 L1 n1 n2 L2 i2
V2 vj' v1
V1 v1 iL1 iL2 v2
k = 1, 2..., n Lk' iLk '
k≠j
vj'
im-1 Lm-1 n nm Lm im
m -1
Ln ' iLn '
Vm
V m-1 vm -1 iLm-1 iLm vm
vn'
Lm
(a) (b)
iLj1 '
LLj1 iLk1 '
Eq. Thevenin LLk1
Lj' Pjk LTHj iLj' P jk Pkj
Ljk =Lkj iLk'
A indutância de Thevenin LTHj proposta pelo autor é obtida pelo equivalente de todas
as indutâncias, com exceção da indutância j:
−1
1 n
1
LTHj = + ' (2.28)
Lm k j Lk
O objetivo é calcular o fluxo de potência entre as portas j e k, portanto, a tensão de
Thevenin da fonte k do circuito da Figura 34-d é obtida zerando todas as demais fontes, com
85
isso, as indutâncias restantes formam um divisor resistivo com a indutância k, assim, a equa-
ção para a tensão vTHk fica:
−1
1 n
1
+
Lm l j ,k L'l
vTHk = v' (2.29)
−1 k
1 n
1
L'k + + '
Lm l j ,k Ll
A potência entre as portas j e k é dada por:
v j vTHk jk
Pjk = 1 − (2.30)
s ( L' j + LTHj )
jk
Que conforme visto anteriormente, também pode ser calculada por:
v'j vk' jk
Pjk = j k 1 − (2.31)
s L jk
Comparando (2.30) e (2.31) chega-se à expressão da indutância entre j e k:
−1
1 n
1
L jk = ( L j + LTHj )
' '
+ ' (2.32)
Lm l j ,k Ll
O número de indutâncias presentes na rede é dado pela combinação:
n!
links = C ( n, 2 ) = (2.33)
2!( n − 2 )!
v1 v2 vn
vL 2 = v2 − v0 (2.35)
vLn = vn − v0 (2.36)
Sabe-se que:
diL
vL = L (2.37)
dt
diL vL
= (2.38)
dt L
Assim:
diL1 v1 − v0
= (2.39)
dt L1
diL 2 v2 − v0
= (2.40)
dt L2
diLn vn − v0
= (2.41)
dt Ln
diL1 diL 2 di
+ + ... + Ln = 0 (2.43)
dt dt dt
Substituindo (2.41) em (2.43):
v1 − v0 v2 − v0 v −v
+ + ... + n 0 = 0 (2.44)
L1 L2 Ln
Isolando vo em (2.44):
1 1 1 v v v
v0 + + ... + = 1 + 2 + ... + n (2.45)
L1 L2 Ln L1 L2 Ln
1 1 1 1
= + + ... + (2.46)
Leq L1 L2 Ln
Desta forma:
Leq Leq Leq
v0 = v1 + v2 + ... + vn (2.47)
L1 L2 Ln
87
diL 2 v2 Leq v1 v2 v
= − + + ... + n (2.49)
dt L2 L2 L1 L2 Ln
diLn vn Leq v1 v2 v
= − + + ... + n (2.50)
dt Ln Ln L1 L2 Ln
As equações (2.48), (2.49) e (2.50) podem ser representadas de forma compacta:
diLi vi Leq n
vx
dt
= −
Li Li
L
x =1
(2.51)
x
A equação (2.51) reforça claramente que uma perturbação em uma das tensões afeta
todas as demais. Desta forma, para compreender mais sobre o comportamento das correntes e
tensões do conversor MAB, foi elaborado uma rotina no MATLAB com o recurso App De-
signer, com a possibilidade de variar os parâmetros e avaliar o funcionamento.
3 BARRAMENTO MAGNÉTICO
3.1 INTRODUÇÃO
Esta seção é uma pequena revisão de (BASTOS, 2012; HURLEY; WÖLFLE, 2013;
KAZIMIERCZUK, 2013). Em 1865 Maxwell unificou as equações que regem o eletromagne-
90
tismo moderno acrescentando contribuições e criando uma conexão entre fenômenos eletros-
táticos e magnetostáticos. A formulação moderna das equações de Maxwell na forma conhe-
cida hoje são apresentadas no Quadro 2.
Lei de Gauss para o B da = 0
magnetismo
B = 0 G
Fonte: (BASTOS, 2012; HURLEY; WÖLFLE, 2013; KAZIMIERCZUK, 2013).
Este item apresenta as chamadas relações constitutivas, que são utilizadas nas mani-
pulações das equações de Maxwell. A intensidade do campo elétrico E, ao passar por um
meio com permissividade elétrica ε, origina uma densidade de fluxo elétrico D. Isto ocorre
também com a intensidade de campo magnético H, que dá origem a uma densidade de fluxo
magnético B ao passar por um meio com permeabilidade magnética μ. A relação entre estas
grandezas são:
91
D = E (3.1)
B = H (3.2)
É comum a utilização de valores relativos para permissividade elétrica e permeabili-
dade magnética tendo como base seus valores no vácuo, desta forma, estas variáveis podem
ser escritas como:
= 0 r (3.3)
= r 0 (3.4)
Em que:
ε0 permissividade elétrica no vácuo [≈ 8,854∙10-12 F/m];
εr permissividade elétrica relativa;
μ0 permeabilidade magnética no vácuo [≈ 4π∙10-7 H/m];
μr permeabilidade magnética relativa.
Pode-se calcular o fluxo magnético ϕ atravessando uma superfície S por meio da in-
tegral de superfície da densidade de campo magnético B:
= B da (3.5)
S
Em que:
S superfície enlaçada por um contorno C;
a vetor normal à superfície S.
Outra relação que será importante para a manipulação das equações de Maxwell é a
densidade de corrente, que pode ser calculada de forma semelhante ao fluxo magnético ϕ.
i = J d a (3.6)
S
Em que:
i corrente elétrica que atravessa uma superfície S.
A lei de Ohm pode ser expressa em função da condutividade elétrica:
J = E (3.7)
As equações (3.1), (3.2) e (3.7) são chamada de relações de passagem ou constituti-
vas e são usadas para auxiliar nas equações de Maxwell.
92
Em que:
C caminho fechado ao redor das correntes ou curva Amperiana;
l vetor no sentido da curva Amperiana.
C
H dl = J da
S
(3.11)
C
H dl = i (3.12)
C
H dl = Ni (3.13)
A equação (3.12) apresenta uma interpretação mais visual da lei de Ampère, como é
ilustrado na Figura 37.
i2 H
i1
i3
H C
Fonte: (KAZIMIERCZUK, 2013).
Como abordado no item 1.3.1, a lei de Faraday, também conhecida como lei da indu-
ção eletromagnética, é um marco para a invenção do transformador, pois é ela que relaciona a
indução de uma tensão elétrica a partir da variação de um campo magnético. A contribuição
de Heinrich Friedrich Emil Lenz nesta lei diz que a direção da corrente induzida tende a se
opor a variação do fluxo magnético que lhe deu origem, conforme é ilustrado na Figura 38.
ig ii
ϕ
S Bg
Bi
ig ii
V
Fonte: produção do próprio autor.
B
C
E d l = −
S t
da (3.16)
fem = − N (3.20)
t
fem = − (3.21)
t
Em que:
fem potencial elétrico [V];
λ fluxo concatenado Nϕ [Tm2].
Esta equação relaciona carga elétrica dentro de um volume com a densidade de fluxo
elétrico D. A Figura 39 apresenta a interpretação desta lei.
Figura 39 - Ilustração da lei de Gauss.
D
Borda da
superfície
Q fechada G
Volume V
Fonte: produção do próprio autor.
G
D da = v dv = Q
V
(3.23)
Em que:
G superfície fechada (Gaussiana);
V volume interno da gaussiana;
Q carga elétrica no interior da gaussiana.
A equação da lei de Gauss para o magnetismo indica que a densidade de fluxo mag-
nético B é conservativa. Ou seja, o fluxo magnético que entra em um volume é igual ao que
sai e isto evidencia inexistência de monopolo magnético, como pode ser visto na Figura 40.
Borda da B
B superfície
fechada G
Gerador de B Volume V
G
B da = 0 (3.25)
lC
fmm = Ni = (3.26)
r 0 AS
96
lC
= (3.27)
r 0 AS
fmm = Ni = (3.28)
Em que:
lC comprimento do caminho C [m];
AS área da superfície S [m2];
ℜ relutância magnética [A/Wb].
A equação (3.28) apresenta o mesmo formato da lei de Ohm, permitindo uma analogia
do circuito magnético com um circuito elétrico conforme é ilustrado na Figura 41. A força
magnetomotriz é uma fonte que força a circulação de fluxo magnético em um circuito, análo-
ga a uma fonte de tensão em um circuito elétrico. A relutância magnética é uma resistência do
material à circulação fluxo magnético, fazendo analogia à resistência elétrica. Já o fluxo mag-
nético é análogo à corrente elétrica. Circuitos mais complexos, com meios diferentes podem
ser analisados com maior facilidade com esta ferramenta. A equação (3.27) mostra que a relu-
tância é dependente da geometria do núcleo (lC e AS) e das características do material
(μ = μrμ0).
i ϕ
+
N +
fmm = Ni ℜ
fmm = Ni
-
-
lc
Fonte: produção do próprio autor.
fluxo magnético variante no tempo gerado por um enrolamento induz uma tensão também
variante no tempo nos demais enrolamentos enlaçados por este fluxo. A Figura 42 apresenta
um barramento magnético com dois enrolamentos operando a vazio e com carga. Na operação
a vazio, ilustrada na Figura 42-a, apenas o fluxo magnetizante circula pelo núcleo. Ao conec-
tar uma carga, conforme mostra a Figura 42-b, a tensão induzida no enrolamento 2 faz circu-
lar uma corrente i2 que gera um fluxo ϕ2 no interior do núcleo.
Figura 42 - Barramento magnético com dois enrolamentos (a) a vazio e (b) com carga.
ϕ ϕ1 ϕ
iϕ i1 +iϕ ϕm 2
i2
+ + + + + + +
v1 e1 N1 N2 e2 v1 e1 N1 N2 e2 v2
_ _ _ _ _ _ _
(a) (b)
Fonte: adaptado de (HURLEY; WÖLFLE, 2013).
Em que:
N número de espiras;
Am área efetiva da seção transversal do núcleo;
kf fator de empacotamento.
Figura 43 - Diferentes formas de onda de tensão e densidade de fluxo magnético relacionados pela lei de Fara-
day.
V1 V1
vp (t) vp (t)
-V1 -V1
2π Bmax Bmax
B(t) B(t)
π -Bmax 2π -Bmax
π
De forma simplificada, considera-se que o fluxo magnético é igual para todos os en-
rolamentos que envolvem o núcleo, assim, aplica-se este conceito em (3.29) para a existência
de dois enrolamentos:
dB
v1 = N1 Am (3.31)
dt
dB
v2 = N 2 Am (3.32)
dt
Substituindo (3.31) em (3.32):
v1 v
= 2 (3.33)
N1 N 2
N1 v1 i2 1
= = = (3.37)
N 2 v2 i1 a
Em que:
a relação de transformação normalizada em relação a N1.
Multiplicando (3.33) por (3.36):
R1 N12
= (3.38)
R2 N 2 2
A equação (3.38) mostra que a relação de impedâncias é quadrática.
O circuito equivalente do barramento magnético é ilustrado na Figura 44. As reatân-
cias Xl1 e Xl2 representam a indutância de dispersão, a reatância Xc refere-se à indutância mag-
netizante. As resistências R1 e R2 correspondem às perdas nos enrolamentos e a resistência Rc
representa as perdas no núcleo. As capacitâncias parasitas de cada enrolamento são represen-
tadas por Cp1 e Cp2. Entre os enrolamentos há uma capacitância parasita denominada C12 (LU;
ZHU; HUI, 2003). Para simplificar as análises pode-se referir todas as impedâncias para um
lado do barramento magnético. Este conceito pode ser utilizado para múltiplos enrolamentos
por meio do modelo Y já apresentado na Figura 34-b.
Figura 44 - Circuitos equivalentes do barramento magnético de dois enrolamentos: (a) circuito completo, (b)
impedâncias do secundário referidas ao primário e (c) impedâncias equivalentes referidas ao primá-
rio.
C 12
R1 X l1 iϕ n1:n2 X l2 R2
i1 i2
C p2
v1 v2 ZL
Cp1 ic im E 1 E2
Rc Xm 1:a
(a)
C 12
i1 R1 X l1 iϕ X l2 ' i2 R2'
C p1 C p2 '
v1 v 2' Z L'
ic im
Rc Xm
(b)
C12
iϕ X eq ' R eq '
i1 i2
v1 C peq' v 2' Z L'
ic im
Rc Xm
(c)
Fonte: adaptado de (HURLEY; WÖLFLE, 2013) e (LU; ZHU; HUI, 2003).
100
n12
Xl2 ' = Xl2 (3.40)
n2 2
A queda de tensão através das indutâncias de dispersão pode ser considerada insigni-
ficante sobre o efeito total das capacitâncias parasitas (LU; ZHU; HUI, 2003). Desta forma, a
capacitância parasita equivalente pode ser simplificada por:
C peq ' C p1 + C p 2 ' (3.41)
Os núcleos magnéticos, responsáveis por criar um caminho bem definido para o flu-
xo magnético, são fabricados com materiais que possuem capacidade criar um campo de in-
dução magnético B elevado ao serem submetidos a um campo magnético H. Ou seja, devem
possuir uma elevada permeabilidade magnética relativa µr. Os materiais magnéticos são par-
tes fundamentais de um barramento magnético, pois nele ocorre toda a transferência de potên-
cia por meio do fluxo magnético ϕ.
Neste item serão apresentadas as características gerais dos materiais magnéticos e in-
troduzir os materiais mais utilizados para servirem de núcleo para os barramentos magnéticos.
Embora existam diversos materiais, os principais são: o ferro silício, ferrite, materiais amorfos
e nanocristalinos (SHE; HUANG; BURGOS, 2013; MCLYMAN, 1994; DU et al., 2010). Os
dados presentes nesta seção são baseados exclusivamente nas informações fornecidas pelos
fabricantes, sem a realização de ensaios experimentais.
mentos (MCLYMAN, 1994). Conforme a lei de Ampére (3.13), o campo elétrico H é propor-
cional à corrente no enrolamento, e pela lei de Faraday (3.19), a densidade de fluxo magnético
B é proporcional à integral da tensão no enrolamento e B está relacionado com H pela perme-
abilidade magnética μ. Desta forma, materiais com alta permeabilidade magnética apresentam
uma maior densidade de fluxo B, para menores amplitudes de corrente no enrolamento
(HURLEY; WÖLFLE, 2013).
Os materiais magnéticos são basicamente divididos em dois grupos:
• meios doces ou moles: materiais diamagnéticos, paramagnéticos e ferromagnéti-
cos;
• meios duros: imãs permanentes.
Os materiais diamagnéticos apresentam permeabilidade relativa μr próxima, porém
ligeiramente menor que um. Alguns exemplos de materiais diamagnéticos são: mercúrio, ou-
ro, prata e cobre. Já os materiais paramagnéticos, como o alumínio, apresentam permeabilida-
de relativa levemente maior que 1, porém muito próxima.
Os materiais ferromagnéticos tais como o ferro, níquel, cobalto e suas ligas apresen-
tam permeabilidade magnética relativa muito maior do que um, sendo estes, os materiais mais
usados nos núcleos.
Figura 45 - Saturação do núcleo: a) ilustração do núcleo saturado com o fluxo magnético circulando pelo núcleo
e pelo ar e b) curva B-H de um material ferromagnético.
Fluxo Magnético
ϕ
i
Vista superior
N
H B [T] μ 0H
μH
Núcleo Magnético μ0 H
H [A/m]
Fonte: adaptado de (MCLYMAN, 1994).
102
Nesta situação, o fluxo magnético passa a circular pelo ar ao invés do núcleo, con-
forme ilustrado na Figura 45. Nesta situação, há uma não linearidade na curva B-H, pois o
fluxo magnético não aumenta mais linearmente com o aumento da corrente i.
A temperatura também afeta o comportamento magnético dos materiais. Ao aquecer um
material a uma temperatura crítica, aproximadamente 770°C para o ferro e 200°C para o ferri-
te, ele passa a se comportar como um material paramagnético. Este valor crítico de temperatu-
ra é denominado “temperatura de Curie” (TC).
3.4.1.2 Histerese
A histerese é um fenômeno ilustrado pela Figura 46-a que ocorre devido ao efeito de
“memória” causado ao aplicar um campo magnético externo. Considerando um material fer-
romagnético completamente desmagnetizado, se aumentar a densidade de fluxo magnético B
até seu valor de saturação Bsat por meio do incremento do campo magnético H, o comporta-
mento da magnetização segue a curva (1) na Figura 46-a.
Figura 46 - (a) Laço de histerese na magnetização de um material ferromagnético, (b) curva de permeabilidade
magnética em função do campo magnético.
B
(1) μ
Bsat μmax
Br
μi
(2) (3) (4)
-Hc Hc H
-Br
-Bsat
(a) (b) H
Fonte: (HURLEY; WÖLFLE, 2013).
guirá a curva (4). As perdas por histerese são calculadas pela área interna ao laço de histerese,
então, materiais com menor força coercitiva apresentam menores perdas.
A permeabilidade magnética nos materiais ferromagnéticos não é constante, ela parte
de um valor inicial μi e atinge o valor de permeabilidade máxima μmax próximo ao valor de
saturação Bsat, conforme ilustrado na Figura 46-b.
As variáveis representadas na Figura 46 são:
Bsat máxima densidade de fluxo magnético;
Br densidade de fluxo magnético remanescente;
Hc força coercitiva;
μi permeabilidade magnética inicial;
μmax permeabilidade magnética máxima.
n=l/t
(a) (b)
Fonte: (HURLEY; WÖLFLE, 2013).
104
Em que:
Pfe perdas no ferro [W];
Kc constante para a equação de Steinmetz para o material [W/(T·Hz)];
f frequência da excitação senoidal [Hz];
Bmax valor máximo da densidade de fluxo magnético [T];
α constante para a equação de Steinmetz para o material;
β constante para a equação de Steinmetz para o material.
Dentro das aplicações da eletrônica de potência, é mais comum trabalhar com excita-
ções não senoidais no transformador. Devido à característica não linear dos materiais magné-
ticos, não basta apenas somar as perdas referentes a cada componente da série de Fourier. A
equação geral de Steinmetz melhorada (iGSE - improved General Steinmetz Equation)
(VENKATACHALAM et al., 2003), permite o cálculo das perdas para excitações não senoi-
dais, mantendo mesmas constantes usadas na GSE. O valor médio das perdas em um período
é dado por:
1 T dB ( t ) −
Pfe = ki B dt (3.44)
T 0 dt
Em que:
105
Kc
ki = 0
(3.45)
−1
2 −1
cos ( ) d
2
O ferro silício é o material mais indicado para barramentos magnéticos que operem
em baixas frequências, até cerca de 500 Hz. Para esta faixa de frequência, as perdas por histe-
rese são muito menores que as perdas por correntes parasitas, sendo normalmente desprezadas
nos cálculos. Por outro lado, a baixa resistividade do aço torna as perdas por correntes parasi-
tas elevadas. A adição de silício ao ferro, normalmente de 1% a 3%, aumenta a resistividade e
permeabilidade magnética e reduz as perdas por histerese, porém, reduz a densidade de fluxo
magnético de saturação (Bsat) e a temperatura de Curie (KAZIMIERCZUK, 2013).
Uma das estratégias de reduzir as perdas por correntes parasitas é usar lâminas finas
isoladas entre si, como foi apresentado na Figura 3. A laminação a frio foi uma tecnologia que
agregou uma grande melhora nos núcleos de ferro silício para transformadores, obtendo cha-
pas de grão orientado (GO) que apresentam uma fácil magnetização no sentido da orientação
dos grãos. Este processo tornou possível fabricar lâminas mais finas que as de grão não orien-
tado (GNO), além de apresentar uma estrutura molecular que reduz as perdas por histerese e
aumenta a permeabilidade magnética (MCLYMAN, 1994; OLIVEIRA, 2011). As lâminas de
GO apresentam um excelente uso em núcleos de transformadores, pois a direção do fluxo é
constante, podendo aproveitar a característica da orientação dos grãos. A espessura mínima
típica em lâminas de GNO é de 0,5 mm , já em lâminas de GO, chegam a 0,18 mm, como as
fabricadas pela empresa AK steel (AK STEEL, c2020). A empresa Arnold fabrica lâminas de
0,127 mm em GNO e 0,025 mm em GO (ARNOLD, 2020). No mercado nacional, há três
grandes fabricantes de aço para fins magnéticos: Aperam, CSN e Usiminas (LANDGRAF,
2002). A Tabela 2 apresenta os dados disponíveis no catálogo da siderúrgica nacional Aperam
(APERAM, 2012).
As lâminas de ferro silício apresentam elevados valores de densidade de fluxo mag-
nético de saturação, alta permeabilidade magnética relativa (normalmente entre 500 a 5.500) e
elevada temperatura de Curie (em torno de 770°C). As desvantagens das lâminas de ferro
silício são as perdas por correntes parasitas devido à baixa resistividade do aço, em torno de
10-7 Ωm, e elevadas perdas por histerese quando se trabalha em alta frequência.
106
3.4.4 Ferrite
aumenta até um valor máximo e depois decresce até atingir a unidade e o valor da densidade
de fluxo magnético de saturação Bsat diminui. A resistividade elétrica diminui com o aumento
da frequência.
A TDK, Fair-Rite e Ferroxcube são alguns fabricantes internacionais e no Brasil, a
Thornton é o principal fabricante. O ferrite apresenta uma gama grande de materiais, depen-
dendo de sua composição. A Tabela 3 e a Tabela 4 apresentam os principais dados dos nú-
cleos de ferrite disponibilizados pelos fabricantes para algumas condições específicas.
Tabela 4 - Principais dados de alguns núcleos de ferrite para diferentes pontos de operação.
Material Pfe (W/L) @ 0,1 T, 100°C ¹ Pfe (W/L) @ 0,2 T, 100°C ¹
Frequência 25 kHz 50 kHz 100 kHz 25 kHz 50 kHz 100 kHz
95 11 20 47 65 146 390
97 9 17 50 53 120 350
3C92A 5 14 45 41 120 330
3C95A 5,5 15 40 43 116 315
PC47 6,5 16,5 37 48 116 270
PC95 4,8 14 45 33 103 285
IP6 43 100 240 163 335 690
IP12E 16 43 115 96 230 550
¹ exceto para o núcleo IP6, em que o fabricante disponibiliza apenas dados para 80°C.
Fonte: catálogos: Fair-Rite (FAIR RITE, 2020), Ferroxcube (FERROXCUBE, 2018), TDK (TDK, 2020), Thorn-
ron (THORNTON, 2020) e Magmattec (MAGMATTEC, 2020).
Materiais magnéticos amorfos são ligas de ferro e outros materiais magnéticos como
níquel e cobalto ou metais de transição como boro, silício, nióbio ou manganês, com estrutura
atômica não cristalina e totalmente aleatória, formadas pela sua rápida solidificação. Também
são chamados de vidros metálicos devido à estrutura ser similar ao vidro. A permeabilidade
magnética relativa μr é muito alta, entre 150.000 até 1.000.000 e a densidade de fluxo magné-
tico de saturação está na faixa de 0,7 T a 1,8 T. Apresentam baixa resistividade, entre
108
1,2·10-6 Ωm a 2·10-6 Ωm e pode operar em frequências até 250 kHz. Devido à baixa resistivi-
dade, estes materiais são feitos em lâminas, porém, até 10 vezes mais finas que de ferro silício
(na faixa de 15 μm) (KAZIMIERCZUK, 2013; METGLASS, 2020), permitindo assim, o uso
em frequências elevadas. Sua característica laminar permite uma boa customização. Apesar de
operarem em altas frequências, as perdas ficam elevadas nestas condições, sendo necessário
trabalhar com valores de densidade de fluxo magnético menores, conforme pode ser observa-
do na Tabela 5.
A empresa Metglas foi a pioneira na produção de materiais amorfos, mas este mate-
rial também é fabricado pela Magnetic Metals, VAC e Hitachi Metals que infelizmente, não
fornecem dados suficientes para uma análise em seus catálogos. A Tabela 6 apresenta as per-
das magnéticas dos materiais para alguns valores de frequência e densidade de fluxo magnéti-
co. As tabelas mostram que não é um material muito adequado para trabalhar em alta fre-
quência, porém, em baixa frequência, apresenta perdas inferiores ao ferro silício.
3.4.6 Nanocristalino
Os materiais nanocristalinos surgiram com pesquisas feitas pela empresa Hitachi Me-
tals em 1988 em decorrência do aperfeiçoamento dos materiais amorfos (LUCIANO;
KIMINAMI, 2000; YOSHIZAWA; OGUMA; YAMAUCHI, 1988). Apresentam as melhores
características para trabalharem em alta frequência, mas com a desvantagen de apresentarem
um custo elevado em relação aos outros materiais. Devido ao processo de fabricação, são en-
contrados apenas formato toroidal ou C, limitando a customização do barramento magnético
(SHE; HUANG; BURGOS, 2013). A Hitachi Metals foi empresa pioneira na produção de
materiais nanocristalinos, fabricando a liga à base de ferro, cobre, nióbio, silício e boro, cha-
mada de Finemet®. A Tabela 7 apresenta alguns dados dos núcleos Finemet® da empresa
Hitachi. Outros materiais nanocristalinos encontrados no mercado são: Nanoperm®
(MAGNETEC, 2020), Magnetic Metals (MAGNETIC METALS CORPORATION, 2020) e
Vitroperm® (VACUUMSCHMELZE, 2020).
² o fabricante não disponibiliza dados que auxiliem na obtenção de dados em outras condições.
Fonte: Catálogo dos fabricantes (HITACHI, 2020; MAGNETEC, 2020; VACUUMSCHMELZE, 2020).
3.4.7 Comparativo
A Tabela 8 agrupa os principais dados apresentados nos itens 3.4.4, 3.4.5 e 3.4.6. O
ferro silício não está incluído, pois o fabricante não fornece dados suficientes para obter tais
resultados nas frequências descritas. Importante ressaltar que estes dados são baseados uni-
camente nas informações disponibilizadas pelos fabricantes em seus catálogos.
A Figura 48, que compara os materiais destacados da Tabela 8 e Tabela 9 em dife-
rentes frequências e densidades de fluxo magnético, mostra que cada material apresenta van-
tagens e desvantagens dependendo da faixa das condições de operação. Com densidade de
fluxo magnético baixa, o ferrite apresenta menores perdas por volume. Ao trabalhar com Bmax
elevado, os materiais nanocristalinos apresentam menores perdas por volume.
Apesar da densidade de fluxo magnético de saturação ser um parâmetro importante,
normalmente o valor de Bmax usado é limitado pelas perdas magnéticas e não pelo seu valor de
saturação, conforme os dados das tabelas indicam. Em transformadores e indutores CA, as
perdas magnéticas normalmente ficam muito elevadas para valores elevados de Bmax, forçando
o projetista a trabalhar com valores bem abaixo de Bsat. Valores muito baixos de B também
geram problemas, pois o campo magnético gerado pelos enrolamentos é muito baixo, prejudi-
cando o acoplamento entre os enrolamentos, principalmente em transformadores volumosos.
Tabela 8 - Comparativo entre as principais características dos materiais de ferrite, amorfos e nanocristalinos
com perdas a 0,1 T.
Pfe (W/L) ¹ TC ρ
Material μ Bsat (T)
25 kHz 50 kHz 100 kHz (°C) (Ωm)
95 11 20 47 3000 0,50 220 2
97 9 17 50 2000 0,50 220 2
3C92A 5 14 45 1800 0,57 280 5
Ferrite
Figura 48 - Perdas em Watts por litro comparando materiais de ferrite, amorfo e nanocristalino para: (a)
Bmax = 0,1 T, (b) Bmax = 0,2 T e (c) Bmax = 0,2 T
(a)
(b)
(c)
Fonte: produção do próprio autor.
112
Tabela 9 - Comparativo entre as principais características dos materiais de ferrite, amorfos e nanocristalinos
com perdas a 0,2 T e 0,3 T.
Pfe @ 0,2 T (W/L) ¹ Pfe @ 0,3 T (W/L) ¹
Material
25 kHz 50 kHz 100 kHz 25 kHz 50 kHz 100 kHz
95 65 146 390 184 467 1345
97 53 120 350 150 376 1092
3C92A 41 120 330 125 420 1000
Ferrite
( )
FT-3M 14 ² - 600 29 (2) - -
talinos
3.5 CONDUTORES
lC
R= (3.47)
As
Em que:
ρT resistividade na temperatura T [Ω∙m];
ρT0 resistividade na temperatura T0 [Ω∙m];
αT coeficiente de temperatura da resistividade [°C-1];
R resistência elétrica do condutor [Ω].
De acordo com (3.46) e os dados da Tabela 10, um condutor de alumínio deve ter
uma área da seção transversal 64% maior que do cobre. Por outro lado, tem metade do peso
do enrolamento de cobre e seu preço é 68% menor, que resulta em uma redução de 84% no
custo do enrolamento, justificando a preferência na escolha em transformadores de distribui-
ção. Porém, esta é uma análise leviana, pois o alumínio apresenta grandes desvantagens tais
como: grande taxa de deformação plástica, ocasionando danos permanentes aos enrolamentos,
baixa resistência à fadiga; o óxido do alumínio, diferentemente do óxido de cobre é isolante;
perda de material durante a corrosão galvânica ao ficar em contato com conectores de ligas
diferentes e dificuldade na solda (BENIWAL; DWIVEDI; GUPTA, 2010; DEL FERRARO;
GIULII CAPPONI, 2007; MELLOR et al., 2014). Em relação aos transformadores de distri-
buição e máquinas elétricas, há bastante discussão sobre o uso do cobre ou alumínio. Porém
quando se trata em operações em alta frequência, muito pouco se fala sobre condutores de
alumínio, inclusive nos principais livros didáticos (ERICKSON; MAKSIMOVIC, 2001;
HURLEY; WÖLFLE, 2013; KAZIMIERCZUK, 2013; MCLYMAN, 1994), sendo o cobre a
principal escolha.
Figura 49 - Efeito das correntes parasitas nos condutores: (a) efeito skin, (b) efeito de proximidade.
H(t)
ic1 ic2
Hi(t)
J(r ) H
ii-c2 ic2
Hi
r
H (r )
-ro 0 ro r
(a) (b)
Fonte: (a) adaptado de (KAZIMIERCZUK, 2013), (b) produção do próprio autor.
O efeito skin é ocasionado por correntes parasitas geradas de forma se opor ao fluxo
magnético no interior do condutor. Essas correntes parasitas cancelam parte da corrente que
circula pelo centro do condutor, como pode ser visto na Figura 49-a, fazendo com que a cor-
rente flua pelas extremidades do condutor, de forma similar a um anel oco. Na prática, isto
resulta na redução da seção transversal do condutor, aumentando sua resistência. A profundi-
dade de penetração da corrente até o ponto em que a densidade de corrente reduz 36,79%
(1/e) é dada por:
= (3.48)
f
Para o cobre a 100°C:
75, 7
= mm (3.49)
f
Em que:
δ profundidade de penetração da corrente [m].
A Figura 50 apresenta um gráfico da profundidade de penetração da corrente no co-
bre em função da frequência. A solução mais comum é utilizar condutores com raio menor
que δ, garantindo que a corrente circule por todo o condutor.
115
No mercado, existe a opção de fio litz, que consiste em vários condutores AWG iso-
lados entre si empacotados formando um único fio. A Figura 51-a apresenta alguns tipos de
pacotes de fio litz. Outra opção é fazer enrolamento com folhas de cobre com espessura de no
máximo 2δ, desta forma, consegue-se aumentar a área da seção transversal aumentando a lar-
gura da folha, como mostrado na Figura 51-b. As folhas de cobre apresentam vantagens em
relação ao fio litz devido a relação entre espessura e largura, que permite um maior fator de
ocupação do núcleo, maior dissipação de calor e custo menor, por outro lado, é mais comple-
xo aplicar técnicas de interleaving (BARRIOS et al., 2015b).
Figura 51 - (a) Alguns tipos de pacotes de fio Litz. (b) Enrolamentos com folha de cobre.
(a) (b)
Fonte: (a) (PACK LITZ WIRE, c2020), (b) (CHEN; DIVAN, 2017).
O fluxo magnético gerado pela corrente de um condutor induz uma corrente no con-
dutor adjacente e isso faz com que a distribuição de corrente no segundo condutor seja deslo-
cada pro lado oposto ao primeiro, conforme é ilustrado na Figura 49-b. Ao agrupar fios de
cobre isolados, resolve-se problema do efeito skin, porém surge o efeito de proximidade, que
116
Perna central
Secundário
Secundário
Secundário
Secundário
Primário
Primário
Primário
Primário
do núcleo
do núcleo
2i
i
i -i -2i -i i -i i -i
ϕ 2ϕ ϕ ϕ ϕ ϕ
J J
0 x 0 x
fmm
2i
d/δ >>1 fmm
i i d/δ>>1
d/δ=1 d/δ=1
0 x 0 x
Pe Pe
0 0
(a) x (b) x
Fonte: (KAZIMIERCZUK, 2013).
3.5.3 Resistência CA
' = n (3.53)
Assim:
N
PCA = RCA,n I rms
2
,n (3.55)
n =1
Em que:
n número do harmônico de corrente;
δ' profundidade de penetração da corrente para o harmônico n [m];
RCA,n resistência CA para o harmônico n [Ω];
N quantidade de harmônicos considerado de harmônicos considerada;
Irms,n valor eficaz da componente harmônica de ordem n da corrente;
PCA perdas totais nos enrolamentos devido aos efeitos de alta frequência e ex-
citação não senoidal da corrente.
O fator de porosidade leva em consideração o efeito do formato do condutor, con-
forme ilustrado na Figura 54.
Figura 54 - Transformação equivalente do condutor para fita de cobre retangular, condutores retangulares e
condutores redondos.
d d d
d dr
hw p p
hc
dw = dr (3.57)
4
Em que:
η fator de porosidade;
hc altura da janela do núcleo [m];
hw altura do enrolamento [m];
dr diâmetro do condutor circular [m];
p espessura do condutor somado ao espaço entre os condutores [m].
119
A consideração do fator de porosidade faz com que as resistências sejam iguais para
todos os formatos. Desta forma, ao aplicar estas considerações na equação de Dowell obtém-
se:
'
'' = = (3.58)
n
Tabela 11 - Níveis de isolamento para a maior tensão eficaz, fase-fase, em transformadores de potência a seco
de acordo com (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2016a).
Valor eficaz máximo de Valor eficaz máximo de tensão Tensão de impulso atmosférico [kV]
tensão o equipamento suportável nominal durante 1 min
Classe – 1 Classe – 2
[kV] [kV]
<1,1 3 − −
3,6 10 20 40
7,2 20 40 60
12,0 28 60 75
15 34 95 110
24,2 50 125 150
36,2 70 150 170
Fonte: adaptado de (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2016a).
Entre enrolamentos de cobre, a isolação é feita normalmente com vernizes e são clas-
sificadas por (KAZIMIERCZUK, 2013) como: isolamento simples, pesado, triplo e quádru-
plo. Além disso, o isolamento deve ser capaz de suportar as temperaturas de operação do con-
versor. Em transformadores de alta potência e alta tensão, utilizam-se papéis isolantes em
volta dos fios, além de serem impregnados com verniz e imersos em óleo.
O papel, cujas propriedades isolantes já foram observadas por Faraday em 1836, foi
o primeiro material usado para a isolação. Como desvantagem, ele apresenta o inconveniente
de reter umidade, prejudicando a vida útil do isolamento (DU et al., 1999; KRAUSE, 2012).
Os materiais a base de celulose, incluindo os papeis isolantes são os principais materiais usa-
dos para isolação, destacando-se: o papel Kraft, papel presspan, chapas prensadas, papel No-
mex® e fenolite.
Transformadores de alta potência são normalmente imersos em óleo mineral ou ve-
getal, esta imersão melhora a isolação e o arrefecimento, tornando possível a fabricação de
transformadores com maior densidade de potência e mais eficientes (SPOHNER, 2016). Por
outro lado, a imersão em óleo traz problemas quando à degradação dos papéis isolantes, riscos
de incêndio, necessidade de manutenção frequente, além de edificações especiais, quando
instalados em locais fechados (MOLLER; SOPPE; SCHNETTLER, 2017; POMPILI et al.,
2017; SPOHNER, 2016).
Por questões ambientais, de segurança e aumento da densidade de potência, é prefe-
rível a utilização de isolamento a seco em barramentos magnéticos em alta frequência, sem a
utilização de óleo isolante e isto torna sua isolação bem mais rigorosa (SHE; HUANG;
BURGOS, 2013). Dois métodos são mais viáveis para isolação de transformadores a seco:
121
O fluxo que circula por todos os enrolamentos é denominado de fluxo mútuo e os en-
rolamentos que compartilham do mesmo fluxo magnético estão magneticamente acoplados ou
indutivamente acoplados. A interação entre os enrolamentos por meio do campo magnético
induzido por um deles é caracterizado pela indutância mútua e a polaridade da tensão induzi-
da é determinada pela direção do enrolamento por meio da lei de Lenz (KAZIMIERCZUK,
2013). Na prática, parte do fluxo gerado pelo enrolamento não passa pelos demais enrolamen-
tos acoplados ao núcleo magnético, sendo este, denominado fluxo disperso, conforme é repre-
sentado na Figura 55.
122
Fluxo comum
ϕ
+ +
ϕlk1
e1 Fluxos ϕ lk2 e2
_ dispersos _
A indutância própria L11 é resultado do fluxo magnético gerado pela corrente i1. Nes-
te fluxo, parte dele é o fluxo disperso (Llk1) e parte dele circula pelo enrolamento 2 (L1). A
indutância mútua é relacionada com a indutância magnetizante (KAZIMIERCZUK, 2013) L1
pela relação de transformação:
n1
L1 = M (3.65)
n2
n2
L2 = M (3.66)
n1
Assim:
M = L1L2 (3.67)
n2
Llk 2 = L22 − M (3.69)
n1
L1
k1 = (3.70)
L11
L2
k2 = (3.71)
L22
Multiplicando (3.70) com (3.71) e substituindo (3.65) e (3.66):
M2
k1k2 = k = 2
12 (3.72)
L11 L22
Onde k12 é o coeficiente de acoplamento entre os enrolamentos 1 e 2 e a indutância
mútua em função deste parâmetro pode ser encontrada por:
M = k12 L11L22 (3.73)
Esta seção apresenta a análise quantitativa e qualitativa das geometrias dos barra-
mentos magnéticos estudados nesta tese: Shell, Core, Matrix, Pote e XS. Estas análises serão
utilizadas posteriormente para o dimensionamento do barramento magnético que será restrin-
gido aos núcleos E, C, Pote e XS, sendo os dois últimos com a geometria totalmente desen-
volvida nesta tese. É importante ressaltar que o conceito de geometria do barramento magné-
tico refere-se ao barramento como um todo, composto por núcleos, enrolamentos, isolação e
sistemas de arrefecimento. Já a geometria do núcleo é o formato geométrico do núcleo mag-
nético apenas. Há diferentes tipos de geometrias de núcleos magnéticos no mercado, sendo as
mais comuns: E, I, C, toroidal, Pote e planar.
As grandezas quantizadas nesta seção são:
• MLT: mean length turn ou comprimento médio da espira, usado para determinar
as perdas no cobre;
• MPL: magnetic path length ou comprimento do caminho magnético, utilizado pa-
ra estimar o valor da indutância mútua;
• volume do núcleo: grandeza utilizada para determinar as perdas magnéticas do
núcleo;
• área superficial: área do barramento magnético que troca calor com o ambiente.
Utilizada na estimação da elevação de temperatura;
• volume ocupado: volume que envolve todo o barramento magnético considerando
a área da base sendo a vista projetada no plano inferior. Utilizada para determinar
a densidade de potência.
A Figura 56-a ilustra um barramento magnético tipo Shell. Este barramento pode ser
composto por núcleos do tipo EE, EI ou composições de núcleos do tipo I.
125
Figura 56 - (a) Geometria do tipo Shell e (b) dimensões dos núcleos do tipo E.
A
B
C
F
Y
X Z
D
E
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 57 - (a) considerações para o dimensionamento do MLT, MPL e carretel e (b) considerações para o cál-
culo das áreas superficiais que trocam calor com o ambiente.
MPL
r MPL A 4 = p4 · Y
A 1 = p1·2·C
eCarretelV
2 vezes A 4
eCarretelH A3 = D·E
p4 = 2(D + E) 2 vezes A 3
4 vezes A 2
rMLT MLT
At = A1 +4·A2 +2·A3 +2·A4
A
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor.
126
rMPL = 0, 25 B (3.84)
hW = 2 ( C − eCarretelH ) (3.85)
Wa = hW lW (3.86)
Em que:
eCarretelH espessura da parede do carretel na horizontal [m];
eCaretelV espessura da parede do carretel na vertical. Em um núcleo EE esta espes-
sura aparece duas vezes, uma na parte superior e outra na parte inferior
[m];
eisolação espessura da isolação entre os enrolamentos [m];
hW altura útil da janela, considerando o carretel [m];
lW largura útil da janela, considerando o carretel [m];
Wa área da janela [m²].
As demais variáveis são referentes ao núcleo e estão definidas na Figura 56-b. As
que não estão detalhadas são dimensões intermediárias com o intuito de simplificar a notação
das equações.
O volume do núcleo EE (considerando o par de núcleos E) é:
Vc = 2F E D − 4C X D (3.87)
A área da superfície At que troca calor com o ar já está bem definida na Figura 57-b,
sendo a somatória das áreas A1, A2, A3 e A4, considerando as vezes que elas são repetidas na
geometria:
A1 = p1 2C (3.88)
p1 = 2 ( D + 2 Z + X + B ) (3.89)
A2 = 0, 25 X 2 + B X (3.90)
A3 = D E (3.91)
127
A4 = p4Y (3.92)
p4 = 2 ( D + E ) (3.93)
At = A1 + 4 A2 + 2 A3 + 2 A4 (3.94)
Este é o volume real que o barramento magnético ocupa, sendo a medida mais indi-
cada para referência de densidade de potência.
Por se tratar de uma análise mais detalhada e complexa, a avaliação das áreas que fi-
cam em contato e trocando calor entre si são analisadas nesta subseção. Estes dados são apli-
cados no modelo térmico da seção 3.10. Para não tornar o texto repetitivo, esta análise será
feita apenas para o barramento magnético do tipo Shell, introduzindo as considerações e con-
ceitos que podem ser replicadas para os demais. Os cálculos para os demais barramentos são
disponibilizados no APÊNDICE A. A Figura 58-a apresenta o corte da vista superior com
detalhamento das áreas que entram em contato entre si. A análise fica simplificada conside-
rando a simetria do núcleo, como mostrado na Figura 58-a. O núcleo também apresenta sime-
tria vertical conforme ilustra a Figura 58-b. As áreas com índice h estão no plano horizontal
em relação à Figura 58-a, enquanto as áreas com índice v estão no plano vertical, em que uma
dimensão é a linha indicada em vermelho e a outra é a altura vertical.
128
Figura 58 - Detalhamento das áreas que trocam calor entre si, considerando simetria na geometria. (a) Vista
superior e (b) vista frontal.
eixo de simetria
A2e,h Ae
A2i,v
A2e,v A1e,v A1e,h
Ai1e Ac,e A1i,v
Ae
A2i,h A1i,h A AB,v
c,i
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor.
AB ,v = 0,5B C (3.101)
lW − ne eisolação
lWk = (3.103)
ne
Nota-se que a equação (3.103) é definida considerando que as espessuras de todos os
enrolamentos são iguais. Esta normalmente é uma consideração inicial válida para os primei-
ros cálculos, porém, de forma a deixar esta informação mais abrangente, acrescenta um fator
de ocupação normalizado à equação:
129
f
k =1
wk =1 (3.105)
Em que:
ne número de enrolamentos;
fwk fator de ocupação de cada enrolamento;
k número do enrolamento.
Assim, as áreas horizontais podem ser definidas por:
Aki ,h = 0,5D lWk (3.106)
( ) , k = 1: n − 1
2
Aike = 0,5 B eisolação + 0, 25 r( k +1)i − rke e (3.109)
(l ( )
k
rki = ecarretelH +
z = 2, z k
W z −1)
+ eisolação (3.110)
Figura 59 - (a) Geometria do tipo Core e (b) dimensões dos núcleos do tipo C.
B B MPL
C
F
E MLT
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor.
Nesta tese, será analisado o barramento composto por núcleos do tipo C com os enro-
lamentos envolvendo as pernas no núcleo. Barramentos magnéticos com núcleo toroidal tam-
bém são classificados como do tipo Core.
Figura 60 - (Considerações para o cálculo das áreas superficiais que trocam calor com o ambiente.
A2 =πX2/4+B·X+D ·X/2 A4 = p4 ·Y
4 vezes A2
A3 = D·E A 1 = 2C ·p1
2 vezes A3 2 vezes A1
p4 = 2·(D+E)
p1 = D+2B+2π·X/2 2 vezes A4
At = 2A1+4·A2+2·A3+2·A4
Fonte: produção do próprio autor.
131
p1 = D + 2B + 2 X / 2 (3.120)
A2 = X 2 / 4 + B X + D X / 2 (3.121)
A3 = D E (3.122)
A4 = p4 Y (3.123)
p4 = 2 ( D + E ) (3.124)
At = 2 A1 + 4 A2 + 2 A3 + 2 A4 (3.125)
O volume do barramento magnético é dado por:
Vt = 2F A3 + 2C 2 A2 (3.126)
O volume máximo ocupado pelo barramento magnético do tipo Core é:
VM = 2 F ( A3 + 2 A2 ) (3.127)
Não será feita a análise detalhada das áreas em contato, visto que se trata apenas de
observações geométricas que podem ser deduzidas com facilidade. O conceito e as considera-
ções feitas foram apresentados na seção 3.9.1.1 e repetir para todas as demais geometrias tor-
na-se desnecessário e repetitivo. Os cálculos usados para determinar as áreas de contato são
apresentados no APÊNDICE A por meio de uma rotina no software MATLAB.
O barramento magnético do tipo Matrix, apresentado na Figura 61-a, pode ser consi-
derado uma variação do barramento magnético do tipo Shell, com o núcleo dividido e distri-
buído. A maior vantagem da estrutura Matrix em relação à estrutura Shell, está na melhor tro-
132
ca de calor do núcleo com o ambiente devido ao aumento de sua área superficial. Isto favore-
ce melhor troca de calor por convecção tanto para o núcleo como para os enrolamentos, pois
há uma distribuição e divisão dos pontos dos enrolamentos que ficam confinados no interior
do núcleo.
Figura 61 - (a) Geometria do tipo Matrix, (b) considerações para o cálculo das áreas superficiais que trocam
calor com o ambiente.
2
A 3 = π·X +nC·B ·X
2 vezes A 3
A3
A 5 = p 5·2·C
B r =X A 4 = n C·B ·2·C
p5 = nC·B ·2·C+2π·X
p2 = 2·(E +2·F)
A 2 = p2 ·D
nC vezes A 2
A 1 = 2·F ·E-2·C·X
2·nC vezes A 1
At = 2·nC·A 1+nC·A2 +2·A 3+A 4+A 5
nC = número de núcleos CC
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor.
A2 = p2 D (3.130)
p2 = 2 ( E + 2 F ) (3.131)
A3 = X 2 + nc B X (3.132)
A4 = nc B 2C (3.133)
A5 = p5 2 C (3.134)
133
p5 = nc B 2C + 2 (3.135)
At = 2nc A1 + nc A2 + 2 A3 + A4 + A5 (3.136)
t =
( nc − 2 )180
(3.139)
2nc
Assim:
A6 = nc D 2 tg ( ) / 4 (3.140)
A7 = nc B 2 tg ( ) / 4 (3.141)
Figura 62 - Simulação simplificada mostrando o efeito de montar um enrolamento em apenas uma perna lateral
da geometria Matrix. (a) Densidade de fluxo magnético e (b) Densidade de corrente.
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor.
134
Caso não haja corrente no enrolamento de uma das pernas, haverá uma corrente no
primário, devido às correntes nas demais pernas, que induzirá um campo magnético no interi-
or deste núcleo. Sem a presença de uma corrente que gere um fluxo magnético que se oponha
ao fluxo criado pelo enrolamento primário, as perdas magnéticas neste núcleo serão elevadas,
podendo chegar à saturação do núcleo, ou até mesmo à um superaquecimento. Este efeito é
similar ao de se ligar um transformador de corrente em aberto, como pode ser observado na
Figura 62.
2F 2C
C
F
Y
θ X X Zi Z
E
Fonte: produção do próprio autor.
Este ângulo pode ser modificado de forma a transformar este núcleo base em Pote ou
XS. Será adotado ângulo de 30° para núcleo Pote e 90° para núcleo XS. Ao alterar o valor de
θ, deve-se manter as áreas transversais do caminho do fluxo magnético iguais para qualquer
ângulo, assim, as dimensões E, F, Y, Z, variam em relação à θ e as dimensões Bi, B, Zi, C e X
são constantes.
135
Figura 64 - (a) Modelo do barramento magnético do tipo Pote com θ = 30° e (b) modelo do barramento magné-
tico do tipo XS com θ = 90°.
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor.
4 Ac
B= (3.143)
(1 − Bi % 2 )
4 Ac
B= + Bi 2 (3.144)
A equação (3.143) trata a especificação Bi como uma percentagem de B enquanto
(3.144) trata Bi como valor constante. Neste trabalho adotou-se Bi como 20% de B, sendo este,
um valor que aproxima esta medida nos núcleos comerciais, conforme exposto acima. Defini-
do B, encontra-se as outras dimensões:
B − Bi
Zi = (3.145)
2
A = B + 2X (3.146)
Considerando que a soma das áreas das pernas laterais é igual a área da perna central:
Ac A2
E=2 + (3.147)
− 4
E−A
Z= (3.148)
2
Ac
Y= (3.149)
B ( − )
F = C +Y (3.150)
A vista em corte dos barramentos magnéticos do tipo Pote e XS são semelhantes ao
do tipo Shell, apresentando diferenças nas pernas laterais e superiores, assim, o MPL é deter-
minado por:
MPL = 2 X + Zi + Z + 4C + 2Y (3.151)
A3 = Y·2θ·r 3
A4 = 2C·2θ·r4 2F 2C
A5 = π·(r 12 - r22 ) - θ·(r1 2- r3 2)
A6 = θ·(r 42 - r3 2 ) X
A6
A7 A7 = 2F·(X+Z) - 2C·X
2 vezes A6 At = A1 + A2 + A3 + A4 + 2A5 + 2A6 + 4A7 X+Z
Fonte: produção do próprio autor.
r1 = E / 2 (3.154)
A2 = 2F 2 r2 (3.155)
r2 = Bi / 2 (3.156)
A3 = Y 2 r3 (3.157)
r3 = B / 2 (3.158)
A4 = 2C 2 r4 (3.159)
r4 = A / 2 (3.160)
A6 = ( r4 2 − r32 ) (3.162)
A7 = 2 F ( X + Z ) − 2C X (3.163)
At = A1 + A2 + A3 + A4 + 2 A5 + 2 A6 + 4 A7 (3.164)
Figura 66 - Geometrias estendidas com a dimensão C sendo o dobro e a dimensão X a metade em relação a uma
geometria não estendida. (a) Tipo Pote e (b) tipo XS.
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor.
Para chegar nestes conceitos foram realizados estudos prévios e simulações de forma
a alcançar uma boa proporção entre estas medidas estendidas. Observou-se neste processo que
a ideia inicial da versatilidade não é interessante para baixos valores de densidade de fluxo
139
Figura 67 - Distribuição da densidade de fluxo magnético para um barramento magnético do tipo Pote estendido
para Bmax = 0,05 T. (a) enrolamentos concêntricos com Pfe = 1,62 W e (b) enrolamentos em sequên-
cia, sendo o primário localizado na parte inferior e Pfe = 1 W.
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor gerada pelo software Maxwell.
140
Figura 68 - Distribuição da densidade de fluxo magnético para um barramento magnético do tipo Pote estendido
com enrolamentos em sequência para (a) Bmax = 0,15 T e Pfe = 25 W, (b) Bmax = 0,35 T e
Pfe = 227 W e (c) Bmax = 0,42 T, Pfe = 514 W e saturação do núcleo.
(a) (b)
(c)
Fonte: produção do próprio autor gerada pelo software Maxwell.
141
Nas simulações ilustradas na Figura 68, o número de espiras foi reduzido de forma a
aumentar o valor do fluxo magnético. Nota-se que ao aumentar o valor da densidade de fluxo
magnético, ele começa a circular pela parte superior do núcleo, melhorando o acoplamento
dos enrolamentos. Como foi abordado na seção 3.4, a limitação do valor da densidade de flu-
xo magnético máximo nos núcleos de ferrite está mais relacionada com as perdas magnéticas
do que com o seu valor de saturação. O núcleo não está saturado na Figura 68-a e na Figura
68-b, porém as perdas simuladas são 25 W e 227 W respectivamente, valores obtidos por si-
mulação por elementos finitos. Com o núcleo saturado (Figura 68-c), estas perdas chegam a
514 W. Este barramento magnético foi dimensionado para processar 1 kW de potência ativa
com rendimento de 99,6% utilizando o material IP12R da Thornton com AC de 770 mm² e Wa
de 418 mm². A nível de comparação, a estrutura apresentada na Figura 67-a apresenta perdas
de 1,6 W.
Considerando que as estruturas apresentadas na Figura 67-b e Figura 68-a não podem
ser usadas, pois não induzem de forma adequada a tensão no enrolamento secundário de for-
ma adequada e estrutura da Figura 68-c está com o núcleo saturado, a única opção é utilizar o
cenário da Figura 68-b. Porém, este volume de núcleo não tem capacidade de dissipar a tem-
peratura gerada por 227 W de perdas, tornado este tipo de enrolamento impraticável para este
tipo de núcleo de ferrite. Núcleos com a altura da janela menor apresentam o mesmo proble-
ma, porém são menos prejudiciais devido à menor distância entre os enrolamentos. Este proje-
to e os resultados serão apresentados com mais detalhes no capítulo 4. Além disso isto causou
perdas muito elevadas nos enrolamentos em um núcleo EE normal montado cujos resultados
serão discutidas no capítulo 5.
Devido ao que foi exposto acima, conclui-se que a utilização de enrolamentos em se-
quência não é viável para valores baixos de densidade de fluxo magnético, principalmente o
ferrite. Aplicações com enrolamentos em sequência são viáveis de trabalhar principalmente
em núcleo de ferro silício, que apesar da baixa permeabilidade, permite o uso de uma densi-
dade de fluxo magnético alta, de até 1,4 T em média e em núcleos amorfos, que possuem um
alto valor de permeabilidade magnética, principalmente em baixas frequências.
As simulações realizadas mostram que utilizar enrolamentos em sequência, princi-
palmente nos núcleos estendidos, não é viável para ferrite com baixo valor de densidade de
fluxo magnético. Porém, estes resultados acabaram mostrando uma característica muito inte-
ressante nos núcleos estendidos. Ao estender a dimensão C e reduzir a largura da janela, man-
tendo área da janela constante, aumenta-se o caminho magnético, diminuindo a indutância
magnetizante, aumentando consequentemente as perdas no núcleo. Porém, ao reduzir a largu-
142
por sua vez troca calor somente com o enrolamento secundário, sendo este último, que faz a
troca por convecção com o ambiente. Apesar dos modelos serem unidimensionais no sentido
do fluxo de calor, as resistências térmicas podem carregar informações da geometria melho-
rando a precisão do modelo (PURUSHOTHAMAN; DE LEON, 2012; RIES, 2018), ou tam-
bém, acrescentar informações transitórias como em (VILLAR et al., 2009; WROBEL;
MCNEILL; MELLOR, 2010). Quando o gradiente de temperatura não puder ser representado
em uma única direção, há técnicas de aproximação para considerar os efeitos multidirecionais
para o modelo unidirecional em regime permanente, mas que não serão abordados nestes es-
tudos. Apesar da simplicidade dos modelos unidirecionais, eles podem representar com preci-
são inúmeros sistemas de engenharia (INCROPERA et al., 2007). A Figura 69 apresenta o
modelo térmico em regime permanente.
Figura 69 - Modelo térmico em regime permanente para um barramento magnético de dois enrolamentos.
TC Pc: perdas no núcleo
RC P1: perdas no enrolamento 1
T1 P2: perdas no enrolamento 2
TC: temperatura do núcleo
T2 R1 T1: temperatura no enrolamento 1
T2: temperatura no enrolamento 2
R2 TA: temperatura ambiente
P1 P2 RC: resistência térmica do núcleo
PC
R1: resistência térmica do enrolamento 1
RA TA R2: resistência térmica do enrolamento 2
RA: resistência térmica de convecção para o ambiente
Fonte: adaptado de (KAZIMIERCZUK, 2013).
(3.168) e (3.169). As áreas e dimensões envolvidas foram brevemente descritas na seção 3.9 e
o código fonte usado no software MATLAB com o cálculo detalhado das resistências é apre-
sentado no APÊNDICE A.
Figura 70 - (a) Modelo térmico em regime permanente análogo ao circuito elétrico para o barramento magnéti-
co do tipo Shell. (b) Corte superior do barramento magnético do tipo Shell enfatizando os locais de
troca de calor.
TC Enrolamento 2 e ambiente:
RC
R2e e R2A
eixo de simetria
RiC
Tw1 Enrolamento 2: R2
R1 Enrolamento 1: R1
R i1
Tw2 Núcleo: RC
R2
Pw1 R 2e
Pw2 Núcleo e enrolamento 1: RiC
P fe
R i2 R 2A Enrolamentos 1 e 2: Ri1
Núcleo e enrolamento 2: Ri2
TA Núcleo: RC
R CA
Núcleo e ambiente: RCA
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor.
O valor da resistência térmica RC leva em consideração a área do núcleo que está en-
volvida pelo enrolamento 1. O valor de R2 leva em consideração a parcela de área em contato
do enrolamento 2 com o núcleo e R2e representa a resistência térmica do enrolamento 2 em
contato com o ar. Além destas, também foram consideradas as resistências térmicas dos isola-
dores, definidas como Ri. Todas estas resistências descritas são referentes à troca de calor por
146
condução e calculadas por (3.168). As resistências RCA e R2A são referentes às trocas de calor
por convecção e calculadas por (3.169). Nelas, é considerada toda a área superficial das partes
que trocam calor com o ambiente. Os cálculos detalhados podem ser acompanhados no
APÊNDICE A.1.
As equações que representam o circuito elétrico equivalente da Figura 70-a são:
TC − Tw1 TC − Tw 2 TC − TA
Pfe = + + (3.170)
RC + Ric R2 + Ri 2 RCA
Tw1 − Tw 2 Tw1 − TC
Pw1 = + (3.171)
R1 + Ri1 RC + Ric
Tw 2 − TA Tw 2 − Tw1 Tw 2 − TC
Pw 2 = + + (3.172)
R2 e + R2 A R1 + Ri1 R2 + Ri 2
Figura 71 - (a) Modelo térmico para o barramento magnético do tipo Core. (b) Cortes superior e frontal.
TC
RC RC
R iC RiC
Tw1 Tw2
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor.
TC − Tw1 + TC − Tw 2 TC − TA
Pfe = + (3.173)
RC + Ric RCA
Tw 2 − TA Tw 2 − Tw1 Tw 2 − TC
Pw 2 = + + (3.175)
R2 + R2 A R1i + R2i RC + Ric
RiC
Tw1
R1
R i1
Tw2
R2
Pw1 R 2e R1e
Pw2
Pfe
R i2 R 2A R 1A
R CA TA
Tw 2 − TA Tw 2 − Tw1 Tw 2 − TC
Pw 2 = + + (3.178)
R2 e + R2 A R1 + Ri1 R2 + Ri 2
O modelo térmico dos barramentos dos tipos Pote e tipo XS e seus derivados apre-
senta as mesmas características do modelo térmico para o barramento do tipo Shell. Apenas os
valores das resistências térmicas são diferentes. Assim, utiliza-se a Figura 70-a como referên-
cia o sistema de equações (3.170), (3.171) e (3.172) para calcular as temperaturas.
De forma a verificar a confiabilidade dos modelos térmicos, foi feita uma compara-
ção utilizando o método de elementos finitos com auxílio do software Maxwell da Ansys. A
validação foi feita com um barramento magnético com as dimensões dos núcleos apresentadas
na Tabela 14 de acordo com a Figura 73. Estas dimensões foram feitas de forma que todos os
barramentos apresentassem o mesmo volume do núcleo.
X Z X
θ
D D B
A
E E E
(a) (b) (c)
Fonte: produção do próprio autor.
149
Tabela 14 - Dimensões dos núcleos utilizados para validação dos modelos térmicos.
Dimensão Shell Core Matrix Pote Xs
A 44,20 - - 56,90 56,90
B 19,30 9,65 9,65 32,00 32,00
Bi - - - 6,40 6,40
C 22,00 22,00 22,00 22,00 22,00
D 39,90 79,80 13,30 83,78 50,27
E 63,50 31,75 31,75 66,40 72,10
F 32,20 32,20 32,20 31,20 37,40
X 12,45 12,45 12,45 12,45 12,45
Y 10,20 10,20 10,20 9,20 15,40
Z 9,65 9,65 9,65 4,75 7,60
N - 1 6 - -
θ - - - 30 ° 90,0 °
At [cm²] 210,84 247,36 1190,40 219,60 243,59
Vt [cm³] 195,03 228,17 216,31 190,94 189,02
VM [cm³] 209,80 258,30 286,13 198,28 218,20
Dimensões não indicadas em milímetros.
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 74 - Resultados de simulação por método de elementos finitos: (a) Shell, (b) Matrix, (c) Core, (d) Pote e
(e) XS.
(a) (b)
Tabela 15 - Comparação dos resultados obtidos por simulação com os modelos térmicos no ponto de temperatu-
ra máxima.
Temperaturas em [°C] para temperatura ambiente de 20°C
Geometria¹ Núcleo Enrolamento 1 Enrolamento 2 Geral
M S E M S E M S E MS
Shell 51,61 51,69 0,15 52,13 52,32 0,36 52,00 51,86 0,27 43,79
Pote 49,69 56,05 11,35 50,66 56,78 10,78 50,65 56,25 9,96 43,00
XS 47,65 48,79 2,34 48,57 49,54 1,96 48,55 48,92 0,76 41,19
Core 46,61 43,55 7,03 46,36 45,55 1,78 46,36 45,53 1,82 40,84
Matrix 43,34 40,07 8,16 44,07 41,41 6,42 43,99 40,83 7,74 25,69
M: modelo, S: Simulação, E: Erro percentual, MS: Modelo simplificado obtido em (3.167).
¹ ordenado de forma crescente em relação a área superficial total At.
Fonte: produção do próprio autor.
um erro mais elevado, isto não invalida o objetivo destes modelos de fornecer uma estimativa
da temperatura. Isto pode ser verificado observando o valor absoluto destes erros, que no má-
ximo 6 °C, diferença de temperatura que não afetaria o funcionamento adequado.
Já o modelo simplificado apresentado por (MCLYMAN, 1994) apresenta valores
mais afastados dos obtidos por simulação e o maior erro ocorre no barramento magnético do
tipo Matrix, que possui maior área superficial, porém, maior complexidade na geometria.
Em geral, os transformadores apresentam áreas de troca de calor com ambiente com
valores semelhantes para os enrolamentos e para o núcleo. Desta forma nota-se uma certa
coerência entre os resultados da equação simplificada em que os barramentos magnéticos se-
guem esta característica. Portanto, fica evidente, no caso do barramento do tipo Pote, que esta
relação entre área superficial e elevação de temperatura não se aplica. Neste caso, as perdas
são maiores nos enrolamentos, que por sua vez, apresentam pouca área de troca de calor com
o ambiente, fazendo com que a temperatura seja maior que nos demais barramentos.
Figura 75 - Layout padrão de um barramento magnético com algumas das principais variáveis geométrica.
Comprimento médio Área da
da espira, MLT janela, Wa
2r o
Ip Is
kuWa = N p + Ns (3.183)
J J
Substituindo (3.180) em (3.183):
Vp Ip Vs Is
kuWa = + (3.184)
Ac Bmax fK v J Ac Bmax fK v J
Rearranjando (3.184):
V p I p + Vs I s
kuWa = (3.185)
JAc Bmax fK v
A potência aparente pode ser escrita como:
S = VI (3.186)
Substituindo (3.186) em (3.185):
St
kuWa = (3.187)
JAc Bmax fK v
Início
Calcula:
N1, Pfe, Área do condutor, perdas no cobre
Lê dados de especificação do barramento magnético:
VRMS, IRMS, ρcuamb, αcu eCarretelH, eCarretelV, eisolação, fwk, s
ΔT e Perdas toleráveis e fator de potência Incrementa B0 B0 ≤ Bsat?
n
Cálculo das principais variáveis:
SVA, Perdas, ρcuT s
Incrementa
Contador < Nmax?
contador
Lê dados da tabela dos núcleos e armazena em
n
uma matriz:
Dimensões, coeficientes de Steinmetz,
Calcula perdas mínimas para cada
permeabilidade relativa , Bsat e Nmax (número de B0 = B0min núcleo
núcleos cadastrados)
Contador = 1 Fim
Figura 77 - Forma de onda de tensão e densidade de fluxo magnético em função do tempo para (a) forma de
onda quadrada e (b) senoidal.
V V
vp (t) v(t)
-V -V
B max Bmax
B(t) B(t)
1/4f 1/2f 1/f -Bmax 1/4f 1/2f 1/f -Bmax
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor.
Para a Figura 77-a os valores de B(t) e v(t) no intervalo B(t) = 0 até B(t) = Bmax po-
dem ser obtido por inspeção:
v (t ) = V (3.194)
B ( t ) = 4 fBmax t (3.195)
Para a forma de onda apresentada na Figura 77-b, os valores de B(t) e v(t) também
podem ser obtidos por inspeção:
v ( t ) = V cos ( t ) (3.197)
Aplicando em (3.193):
dBmax sen ( t )
V cos ( t ) = N1 Ac (3.199)
dt
V = 2fBmax N1 Ac (3.200)
Substituindo (3.191) em (3.200):
VRMS 2 = 2fBmax N1 Ac (3.201)
Resultando em:
VRMS = 4, 44 fBmax N1 Ac (3.202)
As equações (3.196) e (3.202) mostram que o valor Kv = 4,44 para forma de onda se-
noidal Kv = 4 para forma de quadrada relacionam o valor eficaz de tensão com o valor máxi-
mo da densidade de fluxo magnético nas respectivas formas de onda.
157
wcomprimendo
RCC = (3.204)
Acondutor
kuWa
Acondutor = (3.206)
Nn portas
Em que:
Pcu perdas no cobre para o enrolamento;
RCC resistência CC do enrolamento;
wcomprimento comprimento do enrolamento;
Acondutor área da seção transversal do condutor.
Pela equação da lei de Faraday, valores baixos de densidade de fluxo magnético re-
sultam em um número de espiras elevado. Isto faz com que a densidade de corrente nos enro-
158
lamentos seja muito alta, e consequentemente, as perdas nos enrolamentos também ficam
muito elevadas. Para as perdas no núcleo, acontece o inverso, amplitudes baixas de densidade
de fluxo magnético resultam em baixas perdas no núcleo. Ao aumentar o valor da densidade
de fluxo magnético as perdas no núcleo aumentam e as perdas nos enrolamentos diminuem.
Desta forma, as perdas no interior do núcleo apresentam um valor ótimo, que minimiza as
perdas no núcleo, como é mostrado na Figura 78.
Perdas totais
Pt
Perdas [W]
Perdas nos
enrolamentos Perdas no núcleo
P cu Pfe
A Figura 78 mostra propositalmente que valor ótimo para Bmax não está no ponto em
que as perdas no cobre e no ferro são iguais. Em geral são próximos, porém este ponto depen-
de de diversos fatores, como MLT, ku e o comportamento das perdas no núcleo. Os métodos
analíticos que usam o produto das áreas levam em consideração a geometria dos núcleos por
meio de constantes geométricas, assim não determinam corretamente este ponto. Mesmo em
métodos numéricos, este ponto é difícil de se determinar. Isto ocorre devido ao efeito da resis-
tência dos condutores em alta frequência. O algoritmo utilizado nesta tese leva em considera-
ção estes efeitos por meio da equação de Dowell, já introduzida na seção 3.5.3. A Figura 79
apresenta os resultados da saída do algoritmo para uma lista de 18 núcleos do catálogo da
Thornton. De maneira geral, os núcleos estão ordenados de forma crescente pelo comprimen-
to externo E. A tabela de núcleos utilizados e seus respectivos dados estão presentes no
APÊNDICE B. A Figura 80 apresenta os resultados do mesmo projeto, porém considerando
os efeitos de alta frequência nos enrolamentos.
159
Figura 79 - Distribuição das perdas nos enrolamentos e no núcleo desprezando os efeitos de alta frequência nos
enrolamentos
Figura 80 - Distribuição das perdas nos enrolamentos considerando os efeitos de alta frequência pela equação
de Dowell na frequência do projeto (50 kHz).
utilizados. Desta forma a solução encontrada para estimar estes efeitos foi considerar o condu-
tor sendo quadrado com lado lespira definido por:
Wa
lespira = (3.207)
Nn portas
Nota-se que nesta situação não foi considerado o fator de ocupação, visto que a iso-
lação influencia na distribuição. A distribuição das camadas é feita de forma aproximada con-
siderando as dimensões lW e hW:
lW
p= (3.208)
lespira
Onde p já foi definido como o número de camadas laterais que geram efeito na equa-
ção de Dowell. Considera-se que o condutor tenha espessura mínima o suficiente para mitigar
o efeito pelicular. Porém, ao fazer isto, o número de camadas aumenta devido à quantidade de
condutores em paralelo. Para simplificar a estimativa, considera que o número de camadas
aumenta de forma proporcional à raiz quadrada do número de condutores em paralelo.
Atotalcondutor
n paralelo = , arredondando para um número inteiro (3.209)
42
p paralelo = n paralelo (3.210)
O novo valor de Δ será unitário sempre que lespira for maior que 2δ.
Este valor é aplicado na equação de Dowell apresentada na seção 3.5.3.
Esta metodologia não é exata, pois não foi feita a consideração sobre os tipos de
condutores utilizados, mas levam em consideração estes efeitos já na otimização, o que torna
o projeto muito mais confiável. As Figura 81 e a Figura 82 apresentam uma comparação em
gráfico de barras dos resultados de saída do algoritmo de otimização desprezando e conside-
rando respectivamente, os efeitos de alta frequência nos enrolamentos.
Observando a Figura 81 e a Figura 82, nota-se que as diferenças entre a distribuição
de perdas fica mais acentuada para os núcleos da posição 8 para cima. Sendo que estes nú-
cleos apresentam uma elevação de temperatura mais razoável. Nota-se também que as perdas
CA inviabilizam mais núcleos pela elevação de temperatura, o que é uma conclusão óbvia,
sendo que estes efeitos aumentam as perdas CA. Para título de comparação, foi avaliada uma
situação em que as perdas foram forçadas a serem igualmente distribuídas. Estas considera-
ções podem ser observadas na Figura 79 e Figura 80 com as marcas feitas com um círculo.
161
Figura 81 - Comparação das perdas no núcleo, perdas no cobre, perdas totais, elevação de temperatura e densi-
dade de fluxo magnético máximo na saída do algoritmo de otimização desprezando os efeitos em al-
ta frequência.
Figura 82 - Comparação entre perdas no núcleo, perdas no cobre, perdas totais, elevação de temperatura e den-
sidade de fluxo magnético máximo na saída do algoritmo de otimização levando em consideração
os efeitos em alta frequência.
to próximo da distribuição de perdas iguais para a maioria dos barramentos. Vale ressaltar que
esta foi um cenário de aplicação. Outros núcleos com proporções diferentes resultariam em
outras distribuições.
Figura 83 - Comparação dos resultados obtidos na saída do algoritmo de otimização para perdas igualmente
distribuídas.
O fator de ocupação é fundamental para que o barramento magnético possa ser cons-
truído fisicamente e corresponde à razão entre a área ocupada pelo cobre dos enrolamentos
pela área total da janela:
n portas
N k Acondutork
ku = k =i
(3.212)
2CX
Indutores de núcleo EE apresentam fator de ocupação típicos próximos 0,7. Já em
transformadores, este fator cai consideravelmente devido à presença de isoladores entre os
enrolamentos. Este valor é tipicamente de 0,4 a 0,5 (HURLEY; WÖLFLE, 2013;
KAZIMIERCZUK, 2013), porém varia muito dependendo do tipo de enrolamento. Em um
transformador ou barramento magnético, a área da isolação pode ser considerada:
Aisolação = hW eisolação N portas (3.213)
163
Esta tabela não representa a isolação dos condutores, porém, este fator também deve
ser levado em consideração. Na idealização do algoritmo de otimização, inicialmente procu-
rou-se fazer com que ele calculasse automaticamente o fator de ocupação e o melhor condutor
AWG para ser utilizado, tanto que foi necessário elaborar esta tabela. Contudo, como não há
um tipo de padrão nos condutores, isto resultaria em um trabalho muito grande. Além disso,
há outros tipos de enrolamento que não são necessariamente com condutores AWG. Por
exemplo: planar, enrolamentos de alta tensão com isolamento de silicone no condutor e folhas
de cobre. Desta forma, assume-se que o tipo de enrolamento a ser utilizado no barramento
magnético é previamente conhecido. Assim, são fornecidas ferramentas, como a Tabela 16
para auxiliar nestas definições.
Além do agrupamento da Tabela 16, há também o posicionamento dos enrolamentos
no carretel. Este posicionamento é encontrado na maioria dos livros sobre este assunto, como
em (HURLEY; WÖLFLE, 2013; KAZIMIERCZUK, 2013). Ao enrolar um carretel com con-
dutores redondos, os enrolamentos são distribuídos inicialmente ao longo da altura da janela,
até atingir o fim do carretel. Ao recomeçar, eles ficam posicionados entre dois condutores da
camada de baixo. A Figura 85 ilustra este tipo de posicionamento.
Xw = (ncondx - 1) x + dawgo
dawgo /2 x x x x dawgo /2
go
lw
hwt
hw
Tabela 16 - Fatores de ocupação para condutores agrupados e torcidos em torno do eixo central.
Área ocupada
Área ocupada
em paralelo
em paralelo
Condutores
Condutores
condutores
condutores
Diagrama
Diagrama
Diâmetro
Diâmetro
ocupação
ocupação
Fator de
Fator de
ocupado
ocupado
Área de
Área de
1 1,00 0,79 0,79 1,00 21 5,61 24,74 16,49 0,67
alta tensão ou alta potência, onde cada camada é separada por um material isolante espesso,
como madeira.
Ao fazer a análise da Figura 85:
Xw = ( ncondx − 1) x + d awgo (3.214)
Em que:
2
d
x = d awgo 2
− awgo (3.216)
2
3
x= d awgo = 0,866 d awgo (3.217)
2
3
Xw = ( ncondx − 1) d awgo + d awgo (3.218)
2
3
Xw = d awgo ( ncondx − 1) + 1 (3.219)
2
A área total ocupada pelo enrolamento é obtida pela multiplicação de Xw por C2w:
Aocupada = Xw C 2w (3.220)
Este capítulo teve o objetivo de fornecer toda a base necessária para compreender e
dimensionar um barramento magnético. As seções iniciais foram de apresentação e embasa-
mento teórico. Portanto não há conclusões nelas. Com relação aos materiais magnéticos apre-
167
sentados na seção 3.4, foi observado que cada material apresenta suas características. Para
trabalhar em alta frequência, o ferrite e os materiais nanocristalinos são as melhores opções.
Para baixos valores de densidade de fluxo magnético, o ferrite é vantajoso em relação ao na-
nocristalino. Porém, ao trabalhar com valores maiores de densidade de fluxo magnético, os
materiais nanocristalinos são soberanos. Os materiais amorfos, apesar de indicados para alta
frequência não apresentam um bom desempenho e isto também ocorre com o ferro silício.
Na seção 3.5 foi abordado sobre o uso de condutores e seus efeitos em alta frequên-
cia. Neste tipo de operação, o condutor de alumínio, que é bastante utilizado em máquinas
elétricas e transformadores de grandes potências, nem é citado. Assim, o cobre é o condutor a
ser utilizado. Condutores de fio Litz são as melhores opções para alta frequência, reduzindo
consideravelmente as perdas por correntes parasitas e efeito pelicular. Outras opções são:
folha de cobre, porém há uma dificuldade em sua fabricação e condutor sólido. A equação de
Dowell mostra que quanto maior o número de camadas no enrolamento, maior serão os efei-
tos parasitas e isto traz a conclusão de que é melhor, se possível, escolher um projeto com
menor número de camadas.
A isolação de um transformador de potência a seco apresenta critérios muito eleva-
dos a serem atingidos de acordo com o que foi exposto na seção 3.6. Para conectar um trans-
formador na rede de distribuição de 13,8 kV, é necessária uma capacidade de isolação de
34 kV em 1 minuto e suportar surtos de até 110 kV. Fazendo este barramento magnético
imerso em óleo, é fácil atingir estas capacidades com poucos milímetros de espessura entre os
enrolamentos, pois ele apresenta uma rigidez dielétrica de até 37 kV/mm. Contudo, ao traba-
lhar a seco, os materiais isolantes apresentam características levemente piores. A resina epoxi,
muito utilizada em isolação em vaso apresenta rigidez dielétrica de 16 kV/mm. Para alcançar
a capacidade de 34 kV, bastariam cerca de 3 mm. Considerando que transformadores de alta
frequência com onda quadrada apresentam normalmente valores de sobretensão, este espaço
deve ser ainda maior. Contudo, há opções de isoladores que tornam esta tarefa possível e viá-
vel.
As seções 3.7 e 3.8 apresentaram apenas os modelos matemáticos das indutâncias de
dispersão e magnetizante. Já na seção 3.9 foi realizado um estudo aprofundado das geometrias
dos barramentos magnéticos. Nesta seção, a principal conclusão foi que os núcleos estendi-
dos, que fazem parte da proposta inédita desta tese, apresentam vantagens devido à proximi-
dade das paredes com os enrolamentos. Esta característica, que é comum nos transformadores
planares, faz com que a indutância de dispersão seja consideravelmente baixa em relação às
geometrias não estendidas e sejam menos suscetíveis aos efeitos de proximidade dos enrola-
168
4 RESULTADOS DE SIMULAÇÃO
4.1 INTRODUÇÃO
n1:n2
VCC1 v0 i1 v1 v2 i2 V CC2
400 V 200 V
E01 E02
P
1 kW
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 87 - Barramentos magnéticos simulados por métodos de elementos finitos com altura da janela normal.
(a) Shell, (b) variação 1 da geometria Core, (c) variação 2 da geometria Core, (d) variação 3 da ge-
ometria Core, (e) variação 4 da geometria Core, (f) Matrix, (g) Pote e (h) XS.
(g) (h)
• área da janela;
• densidade de fluxo magnético;
• número de espiras;
• diâmetro dos condutores.
Como referência foi utilizado um barramento magnético do tipo Shell com núcleo EE
comercial. Escolheu-se esta geometria por ser a mais comum. Ao obter as dimensões para as
demais geometrias, observou-se que há muitos graus de liberdade ao manter estas dimensões
fixas. Desta forma, adotou-se a dimensão da largura do núcleo como padrão para todas as
geometrias, exceto para as variações 3 e 4 da geometria Core e para os núcleos Pote e XS.
O objetivo de fazer as variações 3 e 4 da geometria Core surgiram para avaliar a me-
lhor opção entre reduzir ou aumentar a sua profundidade. Ao diminuir a profundidade, o fluxo
magnético “percorre” um caminho maior. No ponto de vista prático, a opção comercial mais
viável é a segunda, deixando o núcleo com uma profundidade maior. Os núcleos comerciais
apresentam variações de dimensões limitadas, diferente das simulações numéricas. Assim, ao
necessitar aumentar a área da perna central, utilizar núcleos em paralelo é uma opção mais
viável caso não encontre um núcleo que atenda às necessidades de projeto.
Além da variação das dimensões do núcleo, a geometria do tipo Core apresenta ou-
tras possibilidades de enrolamentos. Assim, sentiu-se a necessidade de avaliar o seu funcio-
namento com enrolamentos padrões para esta geometria, conforme é ilustrado na Figura 87-b
e Figura 87-d e enrolamentos concêntricos, apresentados na Figura 87-c e Figura 87-e.
A geometria Matrix, ilustrada na Figura 87-f, pode apresentar diversas configurações
dependendo do número de núcleos. Ao diminuir o número de núcleos neste tipo de barramen-
to, ele se aproxima da configuração Shell. Ao aumentar o número de núcleos, se aproxima da
geometria Pote. Portanto, optou-se por focar e os resultados com uma configuração interme-
diária utilizando 6 núcleos do tipo CC, em que a dimensão D equivale a um sexto da dimen-
são D do barramento do tipo Shell.
Os barramentos magnéticos do tipo Pote e XS, apresentados na Figura 87-g e Figura
87-h utilizam o esboço padrão proposto na seção 3.9.4. Os critérios de projeto são os mesmos
utilizados para os demais barramentos.
A Figura 88 ilustra dois conceitos utilizados na concepção das estruturas estendidas:
• Conceito 1 (Figura 88-a e Figura 88-b): estender a altura dos núcleos de forma a
não aumentar volume de ferrite em relação ao barramento magnético de referên-
cia. Nesta situação a área da perna central foi reduzida pela metade e a área de ja-
172
nela teve sua dimensão aumentada duas vezes em relação à referência. Com estas
considerações, o volume de ferrite foi levemente reduzido, porém o volume de
cobre aumentou consideravelmente. O valor da relação Ap manteve-se igual ao do
núcleo de referência.
• Conceito 2 (Figura 88-c e Figura 88-d): estender a altura do núcleo e reduzir a lar-
gura da janela na mesma proporção de forma a manter as áreas da janela e da per-
na central iguais às do núcleo de referência. Neste caso o volume de cobre perma-
nece igual ao valor de referência, porém, o volume de ferrite praticamente dobrou
o valor.
Figura 88 - Barramentos magnéticos estendidos. (a) Pote estendido com 2Wa, e 0,5Ac, (b) XS estendido com
2Wa, e 0,5Ac, (c) Pote estendido com Wa, Ac e 2C, (d) XS estendido com Wa, Ac e 2C.
A comparação entre os projetos para cada núcleos são apresentados na Figura 89. O
gráfico mostra que o projeto de número 14 atende às exigências de elevação de temperatura e
perdas. Ficando mais próximo de um dos limites definidos.
Nota-se que a exigência de perdas foi definida propositalmente com valor elevado,
2%. Apesar de todos os projetos a partir do número 5 atenderem o requisito de perdas tolerá-
veis, apenas os projetos 14 a 17 atendem a exigência de elevação de temperatura. O projeto
14, por sua vez apresenta temperatura mais próxima do valor limite, portanto, foi o escolhido.
O núcleo de número 18 corresponde à um núcleo EE com 65 mm de largura e 13 de profundi-
dade, ou seja, é um núcleo estreito comparado aos outros.
174
Figura 89 – Gráfico de comparação de projetos para diferentes tipos de núcleo pelo algoritmo de otimização.
Os resultados obtidos após a escolha do núcleo pelo algoritmo de otimização para es-
te cenário podem ser conferidos no APÊNDICE C. A Tabela 19 e Tabela 20 apresentam os
principais resultados. Estas tabelas têm o objetivo de mostrar as diferenças dos projetos de
cada núcleo.
Tabela 19 - Tabela comparativa com os principais parâmetros disponibilizados pelo algoritmo de otimização
para os núcleos não estendidos.
Grandeza Shell Core Matrix Pote XS
MLT [mm] 163,8 224,3 183,1 145,93 145,93
MPL 152,6 152,6 152,6 148,85 164,1
Vc [cm³] 119,45 119,45 119,45 122,67 142,12
Lmag [mH] 68,516 68,516 68,516 70,242 63,714
PcuCC [W] 1,66 2,273 1,856 1,479 1,479
PcuCA [W] 2,662 3,646 2,976 2,372 2,372
Pfe [W] 1,75 1,75 1,75 1,797 2,082
PfeSqr [W] 1,662 1,662 1,662 1,707 1,977
PtotalCC [W] 3,41 4,023 3,605 3,276 3,561
PtotalCA [W] 4,324 5,307 4,638 4,078 4,349
η CC¹ 99,69 99,63 99,67 99,7 99,67
η CA¹ 99,61 99,52 99,58 99,63 99,6
Cx1 3 3 3 3 3
Cx2 2 2 2 2 2
E [mm] 63,5 31,75 31,75 66,4 72,1
2F [mm] 64,4 64,4 64,4 62,4 74,8
ΔT [°C] 39,78 30,87 36,76 35,71 35,47
¹ rendimento calculado em função da potência do conversor DAB utilizado: 1 kW, que resulta em um fator de
potência para a entrada do barramento magnético de 0,90.
Fonte: produção do próprio autor.
175
Tabela 20 - Tabela comparativa com os principais parâmetros disponibilizados pelo algoritmo de otimização
para os núcleos estendidos.
Grandeza Shell Pote estendido² XS estendido² Pote estendido³ XS estendido³
MLT [mm] 163,8 116,4 116,4 126,37 126,37
MPL 152,6 226,05 236,45 225,47 241,17
Vc [cm³] 119,45 92,79 99,56 175,19 194,46
Lmag [mH] 68,516 23,127 22,109 46,371 43,352
PcuCC [W] 1,66 2,324 2,324 1,281 1,281
PcuCA [W] 2,662 3,173 3,173 1,38 1,38
Pfe [W] 1,75 1,359 1,458 2,566 2,848
PfeSqr [W] 1,662 1,291 1,385 2,437 2,705
PtotalCC [W] 3,41 3,683 3,782 3,847 4,129
PtotalCA [W] 4,324 4,464 4,558 3,817 4,085
η CC¹ 99,69 99,66 99,65 99,65 99,62
η CA¹ 99,61 99,59 99,58 99,65 99,63
Cx1 3 2 2 1 1
Cx2 2 2 2 1 1
E [mm] 63,5 53,3 56,9 56,1 62,7
2F [mm] 64,4 101,2 109,8 106,4 118,8
ΔT [°C] 39,926 37,189 36,66 24,74 24,41
¹ rendimento calculado em função da potência do conversor DAB utilizado: 1 kW, que resulta em um fator de
potência para a entrada do barramento magnético de 0,90;
² núcleos estendidos com proporção 2C e 2X;
³ núcleos estendidos com proporção 2C e 0,5X.
Fonte: produção do próprio autor.
também considera as variações temporais das equações de Maxwell, mas com formas de onda
definidas pelo usuário. Uma simulação bem definida no modo transiente é suficiente para
determinar os resultados necessários para este trabalho. Porém é um modo de simulação ex-
tremamente lento e ocupa muito espaço no disco. Os demais modos foram utilizados para
conferir os valores. As simulações foram feitas nos três modos de operação, porém será apre-
sentado apenas no modo transiente por serem os que mais reproduzem as características do
conversor.
As formas de onda para o barramento magnético do tipo Shell, obtidas após o trata-
mento das informações fornecidas pelo pós-processamento do software Maxwell, são apresen-
tados na Figura 90. O Maxwell fornece a matriz de indutâncias com as indutâncias próprias e
mútuas do barramento. As seções 3.7 e 3.8 explicam como os valores de indutâncias de dis-
persão, magnetizante e fator de acoplamento podem ser obtidos a partir dos dados disponíveis.
As formas de onda para os demais barramentos são muito semelhantes, mudando ba-
sicamente os valores. Para evitar uma repetição de imagens que pouco contribui para a análi-
se, os demais resultados foram resumidos, tratados e apresentados na Tabela 21. Os valores de
perdas são obtidos tomando o valor médio a partir do ponto em que o sistema atinge regime
permanente, neste caso, a partir de 20 µs.
177
Figura 91 - Densidade de fluxo magnético no interior do núcleo para o barramento magnético do tipo (a) Shell,
(b) Core variação 1, (c) Core variação 2, (d) Core variação 3, (e) Core variação 4 e (f) Matrix.
(a) (b)
(c) (d)
(e) (f)
Figura 92 - Densidade de fluxo magnético no interior do núcleo para o barramento magnético do tipo (a), Pote,
(b) XS, (c) Pote estendido 2W, (d) XS estendido 2W, (e) Pote estendido e (f) XS estendido.
(a) (b)
(c) (d)
(e) (f)
Fonte: produção do próprio autor geradas pelo software Maxwell.
180
Figura 93 - Comparação dos valores obtidos por simulação em cada barramento para (a) indutância de disper-
são, (b) indutância magnetizante, (c) comparação entre perdas teóricas e simuladas e (d) distribuição
das perdas simuladas no núcleo e teóricas dos enrolamentos.
Indutância de dispersão
300
250 225,3
Indutância [µH]
200 180,6
150
100
37,1 50,8 44,4 46,7 46,4
34,5 33,5 32,9
50 9,8 9,7
0
(a)
Indutância magnetizante
100 91,9 89,1
79,8 76,3
Indutância [mH]
(b)
2,71
2,44
Perdas [W]
2,27
3
2,16
1,98
1,91
1,88
1,81
1,71
1,66
1,66
1,66
1,66
1,66
1,66
1,39
1,39
1,39
1,38
1,27
2
1,22
1,13
1,11
1,08
3,65
Perdas [W]
3,65
4
3,17
3,17
2,98
2,66
2,37
2,27 1,38
2,37
2,16 1,38
2
1,91
1,88
1,81
1,39
1,39
1,38
1,27
1,13
1,11
1,08
(d)
Fonte: produção do próprio autor.
181
Figura 94 - Vista em corte superior dos barramentos magnéticos tipo (a) Shell e (b) Matrix.
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor.
Para avaliar a elevação de temperatura dos barramentos magnéticos, foram feitas si-
mulações no módulo IcePak do Maxwell. Para os barramentos magnéticos simulados, não faz
sentido utilizar ventilação forçada. Porém, ao pensar em situações de maiores potências en-
volvidas, o sistema de arrefecimento é de vital importância para atingir os níveis de tempera-
tura máxima desejáveis. Desta forma, foram feitas avaliações na temperatura para convecção
182
Figura 95 - Mapas de calor na escala de 20°C à 60°C mostrando as diferentes distribuições de temperaturas nos
barramentos magnéticos. (a) Escala de temperatura, (b) Shell, (c) Core 1, (d) Core 2, (e) Core 3, (f)
Core 4, (g) Matrix (h) Pote,(i) XS, (j) Pote estendido 2W, (k) XS estendido 2W, (l) Pote estendido e
(m) XS estendido.
Figura 96 - Mapas de calor na escala de 20°C à 37°C mostrando as diferentes distribuições de temperaturas nos
barramentos magnéticos para convecção forçada com circulação de ar a 2 m/s. (a) Escala de tempe-
ratura, (b) Shell, (c) Core 1, (d) Core 2, (e) Core 3, (f) Core 4, (g) Matrix (h) Pote,(i) XS, (j) Pote
estendido 2W, (k) XS estendido 2W, (l) Pote estendido e (m) XS estendido.
Figura 97 - (a) Comparação entre os pontos de temperaturas máximas para convecção natural e forçada, com
uma circulação de ar de 2 m/s. (b) Comparação entre os valores de máxima temperatura simulados
com os valores dos modelos térmicos.
Temperatura
70
63
61
60
59
59
59
57
55
60
53
Temperatura [°C]
47
46
50
43
38
36
36
36
35
35
35
34
40
33
29
29
29
30
20
10
0
61
60
60
59
59
59
57
57
57
56
56
55
55
60
53
51
51
51
51
Temperatura [°C]
47
46
45
44
50
43
40
30
20
20,9%
19,7%
14,4%
12,9%
11,1%
7,0%
3,9%
3,8%
1,1%
1,7%
2,3%
0,5%
10
0
5.1 INTRODUÇÃO
5.1.1 Procedimentos
lamentos. O projeto e os testes dos barramentos magnéticos utilizados neste capítulo foram
feitos na seguinte sequência:
• projeto teórico do barramento magnético por meio do método de otimização nu-
mérico apresentada na seção 3.11;
• simulação prévia dos barramentos magnéticos
• montagem dos barramentos magnéticos;
• ensaios de curto circuito e circuito aberto para aquisição dos parâmetros;
• ensaio em condições nominais e ensaio de regime térmico;
• simulações para validação de efeitos em alta frequência;
• discussão dos resultados.
5.1.2 Equipamentos
não fornece o valor de resistências referente às perdas no núcleo. Porém, fornece com preci-
são para a temperatura ambiente, os valores de indutâncias de dispersão, magnetizante e resis-
tência CA nos enrolamentos. A aquisição das temperaturas foi realizada com a unidade de
aquisição de dados da Agilent modelo 34972A. Os multímetros foram utilizados apenas para
monitoramento das tensões. Mais detalhes sobre as medições serão discutidos ao longo deste
capítulo.
Multímetros
Osciloscópio
Unidade de
aquisição de
Barramento dados
magnético sob Termopares
teste
Fonte CC 5V
Conversores DAB
Sondas diferenciais de tensão
Sondas de
corrente
Analisador de potência Unidade de comando
dos conversores
Figura 99 - Protótipos utilizados na bancada de testes: (a) conversor DAB montado por (MAMEDE, 2016), (b)
módulo de comando dos conversores MAB e (c) medições e testes dos barramentos magnéticos.
(b)
(a) (c)
Fonte: produção do próprio autor.
VCC1 C1 Cb v0 i1 v1 v2 i2 C2 VCC2
400 V 20 μF 20 μF 20 μF 200 V - P01
E01 E02 400 V - P02
P
1 kW - P01
500 W - P02
Fonte: produção do próprio autor.
T04. Para o projeto P02 foi montado um barramento magnético do tipo Shell nomeado como
T05. Os detalhes de cada barramento magnético são apresentados na Tabela 22. Os demais
resultados podem ser conferidos no APÊNDICE C.
Figura 101 - Barramentos magnéticos montados: (a) P01-T01, (b) P01-T02, (c) P01-T03, (d) P01-T04 e (e) P02-
T05.
(d) (e)
Fonte: produção do próprio autor.
Os principais dados dos núcleos utilizados nos testes experimentais são apresentados
na Tabela 23.
Tabela 23 - Principais dados dos núcleos utilizados.
Núcleo Ac [mm²] Wa [mm²] MLT [mm²] Al [mm²]¹ Vc [mm³]
NEE-55/28/21 354,0 250,0 116,0 367,5 42500,0
NEE-42/21/20 240,0 157,0 105,0 250,0 23300,0
¹ área total das pernas laterais.
Fonte: (THORNTON, 2020)
Nesta seção serão apresentados resultados de simulações prévias com os mesmos cri-
térios usados no capítulo 4 para os barramentos magnéticos montados. Estas simulações pré-
194
vias consideraram os dados teóricos obtidos pela rotina de otimização. Os modelos em três
dimensões dos barramentos magnéticos simulados são apresentados na Figura 102.
Figura 102 - Barramentos magnéticos simulados por método de elementos finitos: (a) T01, T02 e T03, (b) T04,
(c) T05 e (d) T06.
(a) (b)
(c)
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 103 - Distribuição da densidade de fluxo magnético em seu valor máximo no interior do núcleo para: (a)
T01, (b) T04 e (c) T05.
(a) (b)
(c)
Fonte: produção do próprio autor geradas pelo software Maxwell.
Figura 107 - Distribuição da densidade de fluxo magnético no barramento T04 com carga resistiva no enrola-
mento E02.
Figura 108 - Resultados obtidos por simulação no modo transiente para o barramento T04 com uma carga resis-
tiva conectada ao enrolamento E02.
Teoricamente, esta carga drenaria a potência nominal caso a tensão induzida fosse
correta. Nota-se que a forma de onda da tensão induzida no enrolamento E02 ficou diferente.
O fluxo magnético já não circula mais por todo o núcleo, como havia acontecido na primeira
situação observada na Figura 103-b. Neste caso as perdas reduziram, com valores de 2,60 W,
pois agora há apenas o fluxo magnetizante distribuído majoritariamente na parte inferior do
núcleo.
A simulação térmica foi feita com os dados teóricos de perdas nos enrolamentos e no
núcleo, considerando a temperatura ambiente 20°C. Os resultados obtidos são mostrados na
Figura 109. As considerações de fontes de calor utilizadas na simulação e o resumo dos resul-
tados são apresentados na Tabela 25.
200
Figura 109 - Mapa de calor dos barramentos magnéticos: (a) T01, (b) T04 e (c) T05.
(a) (b)
(c)
Fonte: produção do próprio autor gerada pelo software Maxwell.
Tabela 25 - Considerações de fontes de calor utilizadas na simulação e valor do ponto de temperatura mais alto.
T01 T04 T05
Perdas no núcleo [W] 3,43 3,43 3,39
Perdas no enrolamento E01 [W] 9,02 9,02 1,88
Perdas no enrolamento E02 [W] 14,56 14,56 1,88
Temperatura teórica [°C] 97,3 97,3 93,0
Temperatura máxima simulada [°C] 112,0 109,0 97,9
Erro [%] 13,1 8,90 5,0
Fonte: produção do próprio autor
No projeto P01 as perdas são muito maiores nos enrolamentos, fazendo com que os
pontos quentes fiquem mais próximos dos enrolamentos. No barramento T05 do projeto P02,
as perdas são mais equilibradas, apresentando valores mais próximos de temperatura no inte-
rior do barramento
O objetivo destes testes é fazer a validação experimental referente às perdas dos nú-
cleos para o método de simulação utilizado e não fazer a comparação de desempenho entre os
barramentos magnéticos. Estes valores serão comparados com os resultados experimentais e
caso necessário, será feita a realimentação dos parâmetros nos modelos simulados de forma a
melhorar a precisão destas simulações. A comparação dos diferentes tipos de geometrias de
201
barramentos magnéticos foi realizada no capítulo 4. Outra consideração a ser feita sobre esta
simulação, é que devido à maior quantidade de camadas presente nos enrolamentos de T04,
haverá um aumento na resistência CA, conforme sugere a equação de Dowell. Da mesma
forma, haverá uma redução na resistência CA no barramento T03. Estas considerações não
foram feitas propositalmente neste momento para serem discutidas juntamente com os resul-
tados experimentais.
Figura 110 - Resistências CC para os barramentos T01 nos enrolamentos E01 e E02 respectivamente: (a) P01 –
T01, (b) P01 – T02, (c) P01 – T03, (d) P01 – T04 e (e) P02 – T05.
(a) (b)
(c) (d)
(e)
Fonte: geradas pelo analisador de potências WT500.
202
mais enrolamentos, aplica-se o curto circuito em todos os enrolamentos, com exceção do que
está fazendo a medição.
Figura 111 - Modelo do barramento magnético de dois enrolamentos ao aplicar curto circuito.
Em que:
RCAex resistência lida nos terminais do enrolamento x;
RCA1 resistência CA do enrolamento 1;
RCA2’ resistência CA do enrolamento 2.
Conforme foi abordado no capítulo 3, as relações de transformação ideais conside-
ram que o fluxo magnético atravessa completamente todos os enrolamentos. Na prática isto
não é verdade, assim pode-se perceber diferenças entre as medições feitas no primário e se-
cundário. Desta forma, um procedimento comum é tomar a média dos valores referidos para
um lado dos enrolamentos. Assumindo o enrolamento 1 como referência:
RCAe1 + RCAe 2 '
RCAeq1 = (4.3)
2
2
n
RCAe 2 ' = RCAe 2 1 (4.4)
n2
Para relação de corrente:
n1 I 2 rms
= (4.5)
n2 I1rms
Assim:
204
2
I
RCAe1 + 2 rms RCAe 2
RCAeq1 = I1rms (4.6)
2
Em que:
RCAeq1 resistência CA do barramento visto pelos terminais do enrolamento 1.
O mesmo procedimento pode ser utilizado para determinar os valores vistos pelo en-
rolamento 2, porém, esta informação é irrelevante. Por meio de (4.6) e (4.2) pode-se encontrar
os valores das resistências CA de cada enrolamento. Segundo (HURLEY; WÖLFLE, 2013),
uma aproximação inicial pode ser feita considerando RCA1 equivale ao valor de RCA2 referido
ao primário. Porém, uma estimativa mais correta é considerar RCA1 e RCA2 proporcionais aos
seus valores de resistência CC, que foram obtidos na seção 5.4. Assim, a partir de (4.2):
RCAeq1 = RCA1 + RCA2 ' (4.7)
2
I
RCAeq1 = RCA1 + RCA 2 2 rms (4.8)
I1rms
Assume-se que:
RCC1 RCA1
= (4.9)
RCC 2 RCA 2
Substituindo (4.9) em (4.8) e simplificando:
RCAeq1
RCA2 = 2
(4.10)
RCC1 I
+ 2 rms
RCC 2 I1rms
RCAeq
RCA1 = 2
(4.11)
I R
1 + 2 rms CC 2
I1rms RCC1
Assim, encontra-se os valores de resistências CA para cada enrolamento.
A outra informação que este ensaio fornece é a indutância de dispersão. Sabe-se que:
S1 = P1 + jQ1 (4.12)
Q1 = X CA I rms12 (4.14)
X CA = LCA (4.15)
205
Em que:
I1rms valor eficaz da corrente no enrolamento 1 [A];
I2rms valor eficaz da corrente no enrolamento 2 [A];
Irms1 valor eficaz da componente fundamental da corrente [A];
S1 potência aparente referente à componente fundamental [VA];
P1 potência ativa referente à componente fundamental [W];
Q1 potência reativa referente à frequência fundamental [VAr];
XCA impedância CA [Ω].
O mesmo conceito utilizado para a resistência CA pode ser utilizado para encontrar
os valores de indutâncias de dispersão em cada enrolamento. Importante ressaltar que devem-
se utilizar os valores na frequência fundamental, pois a relação apresentada em (4.12) não é
válida com a presença de harmônicos. Quando a tensão e a corrente apresentam conteúdo
harmônico, eles também geram perdas ativas. Assim torna-se incorreto assumir que as perdas
ativas são iguais às perdas na frequência fundamental.
Os resultados medidos no analisador de potências para o barramento T01 são apre-
sentados na Figura 112. As medições para os demais barramentos são disponibilizadas no
APÊNDICE E.
Figura 112 - Dados o ensaio de curto circuito no barramento magnético P01 – T01: (a) E01 e (b) E02.
(a) (b)
Fonte: gerada pelo analisador de potências WT1800.
tensão, corrente e seus respectivos espectros harmônicos obtidos pelo osciloscópio para o bar-
ramento T01. De forma a evitar que o texto se torne exaustivo, os resultados para os demais
barramentos são apresentados no APÊNDICE E.
Figura 113 - Formas de onda de tensão e corrente para o barramento magnético P01 – T01. (a) tensão e corrente
com valores originais, reconstruídos com frequência de corte de 1,5 MHz por meio do algoritmo de
FFT e na frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico de tensão e corrente.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
O osciloscópio utilizado não tinha módulo de análise de potência, desta forma, foi
necessário salvar os pontos e obter os coeficientes de Fourier por meio do software
MATLAB. A função que determina os coeficientes da série de Fourier é o FFT (fast Fourier
transform). A Figura 113-b apresenta o espectro harmônico das formas de onda, mostrando
que a tensão apresenta uma THD de cerca de 0,5 e a corrente de cerca de 0,15.
Sabe-se que:
xrms
x1 = (4.16)
1 + THD 2
Em que:
xrms valor eficaz de um sinal qualquer;
x1 valor eficaz da componente fundamental deste sinal;
THD valor absoluto da THD do sinal.
207
Tabela 27 - Principais valores lidos pelo analisador de potências e osciloscópio para o ensaio de curto circuito.
Barramento Enrolamento¹ Vrms [V] Irms [A] Irms2 [A]² P [W] THDv THDi
E01 37,46 3,06 6,19 14,5 0,504 0,149
T01
E02 18,03 6,10 3,01 15,8 0,575 0,149
E01 27,08 3,03 6,16 13,6 0,531 0,154
T02
E02 12,90 6,03 2,98 14,1 0,629 0,172
E01 46,10 3,03 6,12 4,1 0,500 0,129
T03
E02 22,32 6,02 2,97 6,0 0,565 0,131
E01 401,80 2,95 5,97 52,2 0,487 0,137
T04
E02 202,69 6,04 2,96 70,5 0,495 0,155
E01 22,19 1,54 1,54 10,4 0,521 0,180
T05
E02 22,59 1,57 1,56 11,0 0,531 0,181
¹ enrolamento de leitura;
² leitura de corrente no enrolamento oposto para obter a relação de transformação.
Fonte: produção do próprio autor.
Tabela 28 - Valores de resistência CA e indutância de dispersão obtidos pelo analisador de potências nos ensai-
os de curto circuito.
Barramento Enrolamento Req [Ω] R [Ω] Rcc [mΩ] Fr Lk [µH]¹ L [µH]²
E01 1,643 0,727 129,34 5,623 34,08 15,09
T01
E02 0,401 0,224 39,75 5,623 8,32 4,64
E01 1,539 0,645 118,46 5,446 24,25 10,16
T02
E02 0,374 0,217 39,86 5,446 5,89 3,42
E01 0,560 0,149 99,00 1,503 42,96 11,41
T03
E02 0,137 0,101 67,00 1,503 10,51 7,72
E01 6,936 3,434 135,32 25,376 393,45 194,79
T04
E02 1,700 0,858 33,83 25,376 96,45 48,70
E01 4,443 1,980 158,60 12,487 38,90 17,34
T05
E02 4,409 2,444 195,72 12,487 38,61 21,40
¹ valor total visto pelo enrolamento de medição: Xk1 = XE01+XE02’;
² indutância individual de cada enrolamento calculada a partir da relação RCC1/RCC2.
Fonte: produção do próprio autor.
208
Tabela 29 - Valores de resistência CA e indutância de dispersão obtidos pelo analisador de impedâncias medido
em 50 kHz nos ensaios de curto circuito.
Barramento Enrolamento Req [Ω]¹ R [Ω] Rcc [mΩ] Fr Lk [µH]¹ L [µH]²
E01 1,790 0,793 129,34 6,129 33,64 14,90
T01
E02 0,437 0,244 39,75 6,129 8,22 4,58
E01 1,640 0,688 118,46 5,804 23,52 9,86
T02
E02 0,398 0,231 39,86 5,804 5,71 3,32
E01 0,661 0,176 99,00 1,774 42,17 11,20
T03
E02 0,162 0,119 67,00 1,774 10,32 7,58
E01 9,566 4,736 135,32 34,998 369,41 182,89
T04
E02 2,345 1,184 33,83 34,998 90,55 45,72
E01 4,349 1,939 158,60 12,224 37,38 16,66
T05
E02 4,317 2,392 195,72 12,224 37,10 20,56
¹ valor total visto pelo enrolamento de medição: Xk1 = XE01+XE02’;
² indutância individual de cada enrolamento calculada a partir da relação RCC1/RCC2.
Fonte: produção do próprio autor.
Tabela 30 - Valores de resistência CA e indutância de dispersão obtidos pelo osciloscópio nos ensaios de curto
circuito.
Barramento Enrolamento Req [Ω]¹ R [Ω] Rcc [mΩ] Fr Lk [µH]¹ L [µH]²
E01 1,733 0,76 124,34 6,136 32,17 14,17
T01
E02 0,423 0,24 38,60 6,136 7,86 4,40
E01 1,512 0,69 114,48 6,040 23,12 10,57
T02
E02 0,367 0,20 32,98 6,040 5,61 3,05
E01 0,796 0,21 95,52 2,204 40,74 10,77
T03
E02 0,195 0,14 65,05 2,204 9,97 7,33
E01 7,255 3,20 124,34 25,747 389,12 171,70
T04
E02 1,779 0,99 38,60 25,747 95,39 53,30
E01 4,428 2,44 184,79 13,214 36,33 20,03
T05
E02 4,395 1,97 149,17 13,214 36,05 16,17
¹ valor total visto pelo enrolamento de medição: Xk1 = XE01+XE02’;
² indutância individual de cada enrolamento calculada a partir da relação RCC1/RCC2.
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 114 - Comparação entre os valores vistos pelo enrolamento E01 obtidos nos três equipamentos: (a) indu-
tância de dispersão equivalente e (b) resistência CA equivalente.
500
Indutância de dispersão
400
Indutância [µH]
Analisador de potência
300 Analisador de impedâncias
Osciloscópio
389,1
200
369,4
393,5
43,0
42,2
40,7
38,9
37,4
36,3
34,1
33,6
32,2
100
24,3
23,5
23,1
0
T01 T02 T03 T04 T05
(a)
10
Resistência CA equivalente
8
Resistência [Ω]
Analisador de potência
6
4,44
4,43
4,35
Analisador de impedâncias
9,57
6,94
Osciloscópio
7,26
4
1,79
1,73
1,64
1,64
1,54
1,51
0,80
0,66
2
0,56
0
T01 T02 T03 T04 T05
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
500
Indutância de dispersão Simulação Experimental
400
Indutância [µH]
300
393,5
379,9
200
48,2
43,0
40,1
40,1
40,1
38,9
34,1
100
24,3
0
T01 T02 T03 T04 T05
Figura 116 - Comparação entre os resultados teóricos e experimentais para a resistência CA dos enrolamentos.
Resistência CA equivalente
6,94
6,94
8
Teórico Experimental
6
Resistência [Ω]
4,44
4,19
4
1,64
1,54
1,34
1,29
2
0,57
0,56
0
T01 T02 T03 T04 T05
Figura 117 - Modelo para o ensaio de circuito aberto de um barramento magnético com dois enrolamentos.
Vrms12
Q1 = (4.19)
XC
Em que o índice 1 indica ser tratar da componente fundamental.
O ensaio de circuito aberto é mais simples de se realizar e não há necessidade de tan-
tos passos de cálculos. Da mesma forma que para o ensaio de curto circuito, aplica-se a tensão
nominal em todos os enrolamentos e toma a média dos valores referidos ao enrolamento de
referência. Porém, este ensaio apresentou maiores divergências nos valores. Os resultados
obtidos pelo analisador de potências e osciloscópio são apresentados na Figura 118, Figura
119 e Figura 120 respectivamente.
Figura 118 - Dados o ensaio de circuito aberto no barramento magnético P01 – T01: (a) E01 e (b) E02.
(a) (b)
Fonte: gerada pelo analisador de potências WT1800.
213
Figura 119 - Formas de onda de tensão e corrente para o barramento magnético P01 – T01 nas medições feitas no
ensaio de circuito aberto: (a) tensão e corrente com valores originais, reconstruídos com frequência
de corte de 1,5 MHz por meio do algoritmo de FFT e na frequência fundamental de 50 kHz. (b) Es-
pectro harmônico de tensão e corrente.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 120 - Resultados obtidos pelo osciloscópio para a medição de potência nos enrolamentos (a) E01 e (b)
E02.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
214
Tabela 32 - Resumo dos valores lidos pelo analisador de potências e osciloscópio para o ensaio de circuito aber-
to.
Analisador de potências Osciloscópio
Enrolamento¹
Vrms [V] Vrms2 [A]² Irms [A]² P [W] Vrms [V] Vrms2 [A]² Irms [A]² P [W]
E01 401 202 138,9 7,380 424 211 154,4 4,860
T01
E02 200 406 292,8 8,410 207 439 342,2 6,673
E01 404 206 206,6 10,700 422 214 146,3 4,288
T02
E02 201 414 512,0 16,650 206 435 347,6 6,649
E01 402 202 122,8 7,800 421 212 163,2 4,865
T03
E02 199 406 308,4 8,360 206 424 180,2 6,361
E01 404 210 114,0 5,900 426 219 109,7 4,475
T04
E02 200 433 190,6 5,320 205 457 197,3 5,088
E01 398 410 314,1 9,400 424 443 186,6 5,621
T05
E02 405 397 237,8 8,020 416 442 185,6 5,277
¹ enrolamento de leitura;
² leitura de tensão no enrolamento oposto para obter a relação de transformação.
Fonte: produção do próprio autor.
Tabela 33 - Valores de relação de transformação resistência que representa as perdas no núcleo, indutância
magnetizante e capacitâncias parasitas.
Barramento Enrolamento a¹ a² RC [kΩ] ¹ RC [kΩ] ³ Lmag [mH] ² Cp [pF] ²
E01 21,80 36,946 20,95 59,97
T01 0,503 0,501
E02 4,76 6,426 5,25 239,15
E01 15,22 41,541 18,64 108,34
T02 0,509 0,502
E02 2,43 6,379 4,69 430,69
E01 20,75 36,366 10,12 60,16
T03 0,501 0,500
E02 4,73 6,688 2,53 240,26
E01 27,65 40,532 19,41 24,87
T04 0,520 0,501
E02 7,53 8,288 4,88 98,90
E01 16,82 31,914 22,29 176,55
T05 1,032 1,000
E02 20,41 32,843 22,31 176,38
E01 19,48 47,565 38,60 139,36
T06 1,028 0,995
E02 19,59 54,758 38,19 140,85
¹ obtido pelas medições do analisador de potências WT1800;
² obtido pelas medições do analisador de impedâncias;
³ obtido pelas medições do osciloscópio.
Fonte: produção do próprio autor.
com a adição de um entreferro de 0,05 mm. Este entreferro fez a indutância magnetizante re-
duzir de 40 mH para cerca de 10 mH. Por mais lisa e plana que seja a superfície do ferrite, o
encaixe nunca será perfeito.
Figura 121 - Barramento T01 com um entreferro de 0,05 mm. (a) distribuição da densidade de fluxo magnético e
(b) resultados obtidos no pós-processamento.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor geradas pelo software Maxwell.
216
Figura 122 - Comparação entre os valores teóricos, simulados e experimentais para a indutância magnetizante.
Indutância magnetizante
70
Teórico Simulação Experimental
60
Indutância [mH]
50
40
22,3
21,0
60,9
19,4
57,1
18,6
30
52,8
52,8
52,8
52,8
52,8
52,8
52,8
52,8
10,1
20
10
0
T01 T02 T03 T04 T05
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 123 - Permeabilidade magnética relativa em função da temperatura do material IP12R da Thornton.
Os resultados para perdas no núcleo foram muito divergentes, tanto na teoria como
na prática, conforme pode ser observado na Figura 124.
217
Figura 124 - Comparação entre os valores obtidos pelo analisador de potências, osciloscópio, simulação e formu-
lações teóricas para as perdas no núcleo.
15
Perdas no núcleo
10,70
9,40
7,80
10
Perdas [W]
7,38
5,90
5,62
4,87
4,86
4,48
4,29
3,070
2,820
2,820
2,820
3,43
3,43
3,43
3,43
3,39
5
1,820
0
T01 T02 T03 T04 T05
Analisador de potência Osciloscópio Simulação Teórico
Fonte: produção do próprio autor.
A alternativa mais provável é que os dados fornecidos pelo fabricante não corres-
pondam aos dados reais ou às curvas foram levantadas sem um critério. Em (BATISTA,
1998) foram levantados os coeficientes de Steinmetz do material IP12 da Thornton e os resul-
tados foram muito diferentes dos fornecidos pelo fabricante. Os coeficientes fornecidos são:
• α = 1,3;
• β = 2,5;
• Kc = 41,15 W/m³.
Tabela 34 - Valores teóricos para perdas no núcleo utilizando os coeficientes de Steinmetz levantados por
(BATISTA, 1998).
Núcleo Bmax [mT]¹ Ac [mm²] ² Vc [mm³] Pfe [W] ³ Pfe experimental [W]4
NEE-55/28/21 104,1 345,69 42500,0 7,33 7,38
NEE-42/21/20 135,5 229,32 23300,0 8,53 9,4
¹ alterado para os valores experimentais;
² valores medidos nos núcleos testados;
³ calculado usando a iGSE com a forma de onda obtida pelo osciloscópio;
4
resultados experimentais lidos pelo analisador de potência.
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 126 - Dados do pós-processamento obtidos por simulação para o barramento T01 corrigindo os valores
dos coeficientes de Steinmetz, resultando em perdas de 7,13 W no núcleo.
Outra fonte de erro a ser discutida é referente a medição dos equipamentos. A baixa
amplitude da corrente magnetizante com altos valores de pico fazem com que o equipamento
use o fundo de escala para leituras de maiores amplitudes, prejudicando leituras de menores
amplitudes. Como a parte de interesse apresenta baixa amplitude, com certeza ela fica preju-
dicada. Uma alternativa seria aplicar uma excitação senoidal em alta frequência para evitar
derivadas elevadas de tensão no barramento. Assim, espera-se que não apareçam sobressinais
de corrente, obtendo-se valores mais precisos. Não foi possível realizar este tipo de medição.
220
Fonte CC 2Ω
400V
Figura 128 - Medição da temperatura no ponto mais quente dos barramentos T01 a T05
Tmax
Ta Tmax
(a)
Fonte: produção do próprio autor.
Os resultados medidos são apresentados na Figura 129, Figura 130, Figura 131, Figu-
ra 132 e Figura 133.
Figura 129 - Resultados nominais para os ensaios realizados em condições nominais no barramento T01. (a)
Analisador de potências e (b) osciloscópio.
(a) (b)
Fonte: imagens geradas pelo analisador de potências WT1800 e osciloscópio DMM 4040.
Figura 130 - Resultados nominais para os ensaios realizados em condições nominais no barramento T02. (a)
Analisador de potências e (b) osciloscópio.
(a) (b)
Fonte: imagens geradas pelo analisador de potências WT1800 e osciloscópio DMM 4040.
222
Figura 131 - Resultados nominais para os ensaios realizados em condições nominais no barramento T03. (a)
Analisador de potências e (b) osciloscópio.
(a) (b)
Fonte: imagens geradas pelo analisador de potências WT1800 e osciloscópio DMM 4040.
Figura 132 - Resultados nominais para os ensaios realizados em condições nominais no barramento T04. (a)
Analisador de potências e (b) osciloscópio.
(a) (b)
Fonte: imagens geradas pelo analisador de potências WT1800 e osciloscópio DMM 4040.
Figura 133 - Resultados nominais para os ensaios realizados em condições nominais no barramento T05. (a)
Analisador de potências e (b) osciloscópio.
(a) (b)
Fonte: imagens geradas pelo analisador de potências WT1800 e osciloscópio DMM 4040.
223
As divergências entre os valores de perdas foram discutidos nas seções 5.5 e 5.6. A
Figura 134 mostra a comparação entre os valores de perdas obtidos individualmente nos en-
saios de curto circuito e circuito aberto, com os valores de perdas totais obtidas nos ensaios
em condições nominais. Ao somar as perdas individuais em cada ensaio espera-se que eles
fiquem próximos aos valores nominais.
O barramento T04 apresenta características muito distintas no tipo de enrolamento e
na indutância de dispersão. Para realizar o teste neste barramento, foi necessário remover
completamente o indutor em série, pois a indutância de dispersão já era maior do que a neces-
sária para este conversor. O indutor em série tem indutância de aproximadamente 285 µH,
enquanto a dispersão do barramento T04 é de 395 µH. Assim, foi necessária uma defasagem
maior do que a projetada para transferir a potência próxima da nominal e mesmo assim não
foi possível atingir o valor desejado.
Figura 134 - Comparação entre as perdas totais obtidas nos ensaios de circuito aberto e de curto circuito com as
perdas totais em condições nominais.
Perdas totais
67,25
80
57,80
25,40
24,55
24,50
40
22,53
20,10
18,00
12,85
12,30
20
0
T01 T02 T03 T04 T05
Fonte: produção do próprio autor.
224
Os resultados obtidos em regime térmico com os pontos mais quentes são apresenta-
dos na Figura 135. Como os dados simulados foram afetados pelas divergências entre as per-
das teóricas e experimentais, foram feitas novas simulações no modo térmico, considerando
as perdas obtidas experimentalmente. Estes resultados são apresentados na Figura 136.
Figura 135 - Formas de onda para a temperatura final após regime térmico.
Tabela 36 - Comparação dos valores de elevação de temperatura final normalizados para Ta = 20°C obtidos
experimentalmente com os valores de simulação considerando perdas experimentais.
T01 T02 T03 T05
Simulado [°C] 183,8 189,0 113,3 221,4
Experimental [°C] 199,0 191,0 111,0 238,0
Erro [%] 7,64 1,05 2,07 6,97
Fonte: produção do próprio autor.
225
Figura 136 - Mapa de calor dos barramentos magnéticos simulados corrigindo com os valores experimentais de
perdas. (a) T01, (b) T02, (c) T03, (d) T04 e (e) T05.
(a) (b)
(c) (d)
(e)
Fonte: produção do próprio autor geradas pelo software Maxwell.
o Kc = 41,15 W/m³.
• utilização de condutor litz nos enrolamentos, por apresentar melhores resultados.
As diferenças geométricas resultam em valores teóricos diferentes para perdas no fer-
ro e resistência CA nos enrolamentos. Assim, foi necessário recalcular os valores relacionados
à estas grandezas. Estes dados são apresentados na Tabela 37 e foram obtidos no arquivo de
saída do projeto P01. De forma a seguir a nomenclatura anterior, os barramentos Pote esten-
dido e XS estendido são denominados T06 e T07 respectivamente.
Tabela 37 - Especificações dos barramentos T07 e T08.
Características T06 T07
Núcleo Pote estendido XS estendido
Número de espiras no enrolamento 1 (E01) 56 56
Número de espiras no enrolamento 2 (E02) 28 28
Núcleo utilizado Pote estendido XS estendido
Área da perna central 361,2 mm² 361,2 mm²
Elevação de temperatura teórica 82,3 °C 78,6 °C
Perdas no núcleo 11,3 W 12,3 W
Perdas no enrolamento 1 1,05 W 1,05 W
Perdas no enrolamento 2 2,55 W 2,55 W
Resistência CC no enrolamento 1 (E01) 99,29 mΩ 99,29 mΩ
Resistência CC no enrolamento 2 (E02) 66,55 mΩ 66,55 mΩ
Resistência CA no enrolamento 1 (E01) 113,7 mΩ 113,7 mΩ
Resistência CA no enrolamento 2 (E02) 69,0 mΩ 69,0 mΩ
Camadas no enrolamento 1 2 2
Camadas no enrolamento 2 1 1
Indutância magnetizante 32,5 mH 32,5 mH
Fonte: produção do próprio autor.
A geometria dos barramentos foi feita de acordo com o modelo apresentado na seção
3.9.4. Os modelos em três dimensões são apresentados na Figura 137. As medidas dos nú-
cleos dos barramentos são apresentadas na Tabela 38.
Figura 137 - Modelo em três dimensões dos barramentos magnéticos simulados (a) Pote estendido e (b) XS es-
tendido.
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 138 - Distribuição da densidade de fluxo magnético em seu ponto máximo para as geometrias propostas
(a) Pote estendido e (b) XS estendido.
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor geradas pelo software Maxwell.
228
Figura 139 - Dados do pós-processamento obtidos por simulação para o barramento T06.
Figura 140 - Dados do pós-processamento obtidos por simulação para o barramento T07.
A Figura 141 apresenta o mapa de calor distribuído no interior dos núcleos propos-
tos.
Figura 141 - Mapa de calor dos barramentos magnéticos (a) T06 e (b) T07.
(a) (b)
Fonte: produção do próprio autor geradas pelo software Maxwell.
Tabela 39 - Comparação dos resultados obtidos nas simulações por métodos de elementos finitos.
6 CONCLUSÕES GERAIS
que além de projeto, deve-se levar em consideração compra de componentes de alto custo,
uma experiência prática é de fundamental importância. Caso não tenha este tipo de experiên-
cia, o projetista deve realizar montagens de modelos reduzidos e testar na prática os principais
efeitos que o barramento pode estar sujeito, além é claro, de pesquisa. Ainda há grandes desa-
fios a serem ultrapassados e o objetivo deste trabalho foi trazer uma pequena contribuição
para uma melhor compreensão da operação e projeto do barramento magnético.
Durante o período do doutorado foram produzidos artigos para congresso
(BRIGHENTI et al., 2018; BRIGHENTI; MARTINS; DOS SANTOS, 2019;
FACCHINELLO et al., 2016, 2017a, 2017b) e artigos em revista em contribuição com outros
estudante (BRIGHENTI et al., 2017; ROCHA et al., 2019, 2018; SANTOS et al., 2017).
No decorrer deste trabalho ele apresentou algumas sugestões para pesquisas futuras e
continuidade:
• confecção dos núcleos propostos;
• estudos de geometrias estendidas aplicadas em outros barramentos magnéticos:
Matrix, Core, Shell, multielementos e coaxiais;
• estudo e implementação de uma microrrede CA em alta frequência em malha fe-
chada;
• estudo do efeito das geometrias em barramentos magnéticos trifásicos.
234
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245
O cálculo das resistências térmicas foi feito com o auxílio do software MATLAB
com base nas seções 3.9 e 3.10. Neste apêndice serão apresentados o código fonte utilizado e
as principais considerações feitas no projeto.
O Quadro 3 apresenta o código fonte para o cálculo das resistências térmicas apre-
sentados na Figura 70 referentes ao barramento magnético do tipo Shell. O Quadro 4 apresen-
ta a rotina de cálculo das áreas externas totais e elevação de temperatura por meio da estima-
tiva proposta por (MCLYMAN, 1994) pela equação (3.167).
Quadro 3 - Rotina para o cálculo das resistências térmicas do barramento magnético do tipo Shell.
%% Cálculo das resistências térmicas do barramento magnético tipo shell
%Dimensões utilizadas na validação
Portas = 2;
FA_E = [1 1];
A = 44.20*1e-3;
B = 19.30*1e-3;
C = 22.00*1e-3;
D = 39.90*1e-3;
E = 63.50*1e-3;
F = 32.20*1e-3;
X = 12.45*1e-3;
Y = 10.20*1e-3;
Z = 9.65*1e-3;
e_carretelH = 2*1e-3;
e_carretelV = 2*1e-3;
e_isolacao = 1*1e-3;
PC = 2.5;
PW = [1.5 2];
Ta = 20;
kcobre = 400;
kepoxi = 0.5;
kferrite = 4;
kar = 0.0261;
h = 4; %valor típico
hW = 2*C - 2*e_carretelH;
lW = X - e_carretelV;
Vc = 2*F.*E.*D-4*C.*X.*D;
Ae = 0.5*D*0.5.*E+0.5*D.*F+Z.*C+0.5*E.*Y;
Aci=0.5*D*e_carretelH;
Ace=0.5*B*e_carretelH;
ADv=0.5*D.*C;
ABv=0.5*B.*C;
FA_E = FA_E(1:Portas)/sum(FA_E(1:Portas));
lWk = (lW-Portas*e_isolacao).*FA_E;
AWv = 0.5*D.*0.5.*hW;
Akih=0.5*D.*lWk;
Aii = 0.5*D.*e_isolacao;
rki = e_carretelH;
rke = e_carretelH + lWk(:,1);
for cont = 2:Portas
rki(:,cont) = rki(:,cont-1)+lWk(:,cont-1)+e_isolacao;
rke(:,cont) = rki(:,cont)+lWk(:,cont);
end
Aike=0.5*B*e_carretelH+0.25*pi*(rki(:,2:Portas).^2-rke(:,1:Portas-1).^2);
246
Akeh=0.5*B.*lWk+0.25*pi*(rke.^2-rki.^2);
Akiv = (0.5*pi*rki+0.5*B).*0.5.*hW;
Akev = (0.5*pi*rke+0.5*B).*0.5.*hW;
ASfe = 8*(2*ADv+ABv+Ae+0.5*D.*X);
ASWk = 8*(Akiv + Akev + 2*AWv + Akih + Akeh);
R2A = 1./(h*ASWfe);
RcA = 1./(h*ASfee);
Quadro 4 - Rotina para cálculo das áreas superficiais totais do barramento magnético tipo Shell.
%Calculo da área superficial total
p = 2*(D+2*Z+pi*X+B);
pD = 2*(D+E);
A1 = p*2*C;
A2 = pi*X^2/4+B*X;
A3 = D*E;
A4 = pD*Y;
At = A1+4*A2+2*A3+2*A4;
Vt = 2*C*(2*A2+A3)+2*Y*A3;
VM = 2*F*(A3+2*A2);
DTAprox= 450*((PC+sum(PW))/(At*1e4))^0.826;
Fonte: produção do próprio autor.
247
O Quadro 5 apresenta o código fonte para o cálculo das resistências térmicas apre-
sentados na Figura 70 referentes ao barramento magnético do tipo Core. O Quadro 6 apresen-
ta a rotina de cálculo das áreas externas totais e elevação de temperatura por meio da estima-
tiva proposta por (MCLYMAN, 1994) pela equação (3.167).
Quadro 5 - Rotina para o cálculo das resistências térmicas do barramento magnético do tipo Core.
%% Cálculo das resistências térmicas do barramento magnético tipo core
%Dimensões utilizadas na validação
Portas = 2;
FA_E = [1 1];
B = 9.65*1e-3;
C = 22.00*1e-3;
D = 79.80*1e-3;
E = 31.75*1e-3;
F = 32.20*1e-3;
X = 12.45*1e-3;
Y = 10.20*1e-3;
Z = 9.65*1e-3;
e_carretelH = 2*1e-3;
e_carretelV = 1.1*1e-3;
e_isolacao = 1*1e-3;
PC = 2.5;
PW = [1.5 2];
Ta = 20;
kcobre = 400;
kepoxi = 0.5;
kferrite = 4;
kar = 0.0261;
h = 7; %valor típico
hW = 2*C - 2*e_carretelH;
lW = X - e_carretelV;
raio_interno = [1 1]*e_carretelH;
raio_externo = [1 1]*(lWk(1)+e_carretelH);
%resistências térmicas
ASfei = 2*(D+B)*2*C + 0,5*X*2*C; % No tipo core este valor é igual p/ todos os enrolamentos
ASfee = ASfe-2*ASfei;
%aproximar a espessura do núcleo por um raio
rfe = (2*B+2*D)/(2*pi);
DT = linsolve(coef, const);
Tf = DT+Ta
Fonte: produção do próprio autor.
Quadro 6 - Rotina para cálculo das áreas superficiais totais do barramento magnético tipo Core.
%Calculo da área superficial total
p1 = D+2*B+2*pi*X/2;
p4 = 2*(D+E);
A1 = p1*2*C;
A2 = pi*X^2/4+B*X+D*X/2;
A3 = D*E;
A4 = p4*Y;
At = 2*A1+4*A2+2*A3+2*A4;
Vt = 2*F*A3+2*C*2*A2;
VM = 2*F*(A3+2*A2);
DTAprox= 450*((PC+sum(PW))/(At*1e4))^0.826;
Fonte: produção do próprio autor.
O Quadro 7 apresenta o código fonte para o cálculo das resistências térmicas apre-
sentados na Figura 70 referentes ao barramento magnético do tipo Matrix. O Quadro 8 apre-
senta a rotina de cálculo das áreas externas totais e elevação de temperatura por meio da esti-
mativa proposta por (MCLYMAN, 1994) pela equação (3.167).
Quadro 7 - Rotina para o cálculo das resistências térmicas do barramento magnético do tipo Matrix.
%% Cálculo das resistências térmicas do barramento magnético tipo Matrix
%Dimensões utilizadas na validação
Portas = 2;
FA_E = [1 1];
249
B = 9.65*1e-3;
C = 22.00*1e-3;
D = 13.30*1e-3;
E = 31.75*1e-3;
F = 32.20*1e-3;
X = 12.45*1e-3;
Y = 10.20*1e-3;
Z = 9.65*1e-3;
N = 6;
e_carretelH = 2*1e-3;
e_carretelV = 2*1e-3;
e_isolacao = 1*1e-3;
PC = 2.5;
PW = [1.5 2];
Ta = 20;
kcobre = 400;
kepoxi = 0.5;
kferrite = 4;
kar = 0.0261;
h = 7; %valor típico
hW = 2*C - 2*e_carretelH;
lW = X - e_carretelV;
FA_E = FA_E(1:Portas)/sum(FA_E(1:Portas));
lWk = (lW-Portas*e_isolacao).*FA_E;
N_Carretel = 2*N;
alpha = 360/N;
%(X-hW+hW/2) ponto médio do carretel
l_Nucleo = D;
l_SemNucleo = sqrt(2*B^2*(1-cos(alpha*pi/180)));
Volume = N*(2*E.*D.*F - 2*X.*C.*D); %volume em m3
AreaS = N*((2*F.*E - 2*C.*X + 2*F.*D + E.*D + X*D + D*2*C) * 2);
raio_interno = zeros(1,Portas);
raio_externo = zeros(1,Portas);
espaco_carretel = X-lW;
raio_interno(1) = espaco_carretel;
raio_externo(1) = lWk(1)+espaco_carretel;
for cont = 2:Portas
raio_interno(cont) = raio_interno(cont-1)+lWk(cont-1)+e_isolacao;
raio_externo(cont) = raio_interno(cont) + lWk(cont);
end
%resistências térmicas
ASi1 = hW*(perimetro_externo(1)+perimetro_interno(2))+pi*(raio_interno(2)^2-
raio_externo(1)^2);
ASi2 = N*2*(D*e_isolacao+D*hW);
R1A = 1./(h*ASWA(1));
R2A = 1./(h*ASWA(2));
RcA = 1./(h*ASfee);
DT = linsolve(coef, const);
Tf = DT+Ta
Fonte: produção do próprio autor.
Quadro 8 - Rotina para cálculo das áreas superficiais totais do barramento magnético tipo Matrix.
%Cálculo da área superficial total:
p2 = 2*(E+2*F);
p5 = N*B*2*C+2*pi*X;
A1 = 2*F*E-2*C*X;
A2 = p2*D;
A3 = pi*X^2+N*B*X;
A4 = N*B*2*C;
A5 = N*B*2*C+2*pi*X;
At = 2*N*A1 + N*A2 + 2*A3+ A4+A5;
Vt = 2*C*A3+N*D*E;
thetat = (N-2)*pi/(2*N);
A6 = N*D^2*tan(thetat)/4;
A7 = N*B^2*tan(thetat)/4;
VM = 2*F*(A3+A6+A7+N*D*E);
DTAprox= 450*((PC+sum(PW))/(At*1e4))^0.826;
Fonte: produção do próprio autor.
251
O Quadro 9 apresenta o código fonte para o cálculo das resistências térmicas apre-
sentados na Figura 70 referentes ao barramentos magnéticos dos tipos Pote e XS. O Quadro
10 apresenta a rotina de cálculo das áreas externas totais e elevação de temperatura por meio
da estimativa proposta por (MCLYMAN, 1994) pela equação (3.167).
Quadro 9 - Rotina para o cálculo das resistências térmicas do barramento magnético dos tipos Pote e XS.
%% Cálculo das resistências térmicas do barramento magnético tipo Pote
%Dimensões utilizadas na validação
Portas = 2;
FA_E = [1 1];
%Tipo Pote
A = 56.90*1e-3;
B = 32.00*1e-3;
Bi = 6.40*1e-3;
C = 22.00*1e-3;
D = 83.78*1e-3;
E = 66.40*1e-3;
F = 31.20*1e-3;
X = 12.45*1e-3;
Y = 9.20*1e-3;
Z = 4.75*1e-3;
theta = 30;
%tipo XS
A = 56.90*1e-3;
B = 32.00*1e-3;
Bi = 6.40*1e-3;
C = 22.00*1e-3;
D = 50.27*1e-3;
E = 72.10*1e-3;
F = 37.40*1e-3;
X = 12.45*1e-3;
Y = 15.40*1e-3;
Z = 7.60*1e-3;
theta = 90.0;
e_carretelH = 2*1e-3;
e_carretelV = 2*1e-3;
e_isolacao = 1*1e-3;
PC = 2.5;
PW = [1.5 2];
Ta = 20;
kcobre = 400;
kepoxi = 0.5;
kferrite = 4;
kar = 0.0261;
h = 7; %valor típico
hW = 2*C - 2*e_carretelH;
lW = X - e_carretelV;
espaco_carretel = X - lW;
FA_E_Normalizado = FA_E(1:Portas)/sum(FA_E(1:Portas));
Xw = (lW-e_isolacao*(Portas))*FA_E_Normalizado; %área que cada enrolamento pode ocupar
C2w = hW;
raio_interno = zeros(1,Portas);
raio_externo = zeros(1,Portas);
perimetro_interno = 2*pi*raio_interno;
perimetro_externo = 2*pi*raio_externo;
area_base = pi*(raio_externo.^2 - raio_interno.^2);
Volume_w = area_base*C2w;
AreaS_w = 2*area_base+(perimetro_externo+perimetro_interno)*C2w;
Volume_buss = pi*(E/2)^2*2*F;
rfe = (B-Bi)/2;
lWk = Xw;
ASWk = AreaS_w;
%Calculo das resistências térmicas
RC = rfe./(kferrite*ASfei);
Ric = e_carretelH./(kepoxi*ASic);
R1 = lWk(:,1)./(kcobre*ASWk(:,1));
Ri1 = e_isolacao./(kepoxi*ASi1);
R2i = lWk(:,2)./(kcobre*ASWfi);
Ri2 = e_isolacao./(kar*ASi2);
R2e = lWk(:,2)./(kcobre*ASWfe); %troca de calor direto com o ar
R2A = 1./(h*ASWfe);
RcA = 1./(h*ASfee);
DT = linsolve(coef, const);
Tf = DT+Ta
Fonte: produção do próprio autor.
253
Quadro 10 - Rotina para cálculo das áreas superficiais totais dos barramentos magnéticos tipo Pote e XS.
%Cálculo da área superficial total:
r1 = E/2;
r2 = Bi/2;
r3 = B/2;
r4 = A/2;
tr = theta*pi/180;
A1 = 2*F*r1*(2*pi-2*tr);
A2 = 2*F*2*pi*r2;
A3 = Y*2*tr*r3;
A4 = 2*C*2*tr*r4;
A5 = pi*(r1^2-r2^2)-2*tr*(r1^2-r3^3)/2;
A6 = 2*tr*(r4^2-r3^2)/2;
A7 = 2*F*(X+Z)-2*C*X;
At = A1+A2+A3+A4+2*A5+2*A6*4*A7;
DTAprox= 450*((PC+sum(PW))/(At*1e4))^0.826;
Fonte: produção do próprio autor.
254
Quadro 11 - Arquivo de texto com o nome do projeto a ser carregado pela rotina de cálculos.
%Especificações do conversor:
Portas = 2
fs = 50000
I1RMS = 3.043
I2RMS = 6.086
I3RMS = 0
I4RMS = 0
I5RMS = 0
V1RMS = 400
V2RMS = 200
V3RMS = 00
V4RMS = 00
V5RMS = 00
%Especificações de projeto
dT = 45:Elevação de temperatura
Ta = 20:Temperatura ambiente de projeto
row20 = 1.72e-8:Resistividade do condutor a 20°C
alphaw = 0.00393: Coeficiente de elevação de temperatura do material
ku = 0.35:Fator de ocupação.
Bsat = 0.4: Densidade de fluxo magnético de saturação
%Perdas aceitáveis
pPtol = 2: porcentagem das perdas totais toleráveis
pdPcu = 50: porcentagem das perdas no cobre (velor de 1 a 99).
pdPfe = 100-pdPcu: porcentagem das pedas no ferro.
Fator_Area_Enrolamento = [1 1 1 1 1]: Fator de área que cada enrolamento ocupa caso queira
colocar algum enrolamento com maior isolação...
Fonte: produção do próprio autor.
255
nucleotxt = 'Núcleo';
%%
%método iterativo
B0Passo = 0.001;
caminho = 'OutputFile\';
arquivo = 'P1-DAB_50kHz_1kW';
extensao = 'txt';
arquivoopen = [arquivo '.' extensao];
fileID = fopen(arquivoopen);
txt_import = textscan(fileID,'%s %s %s','Delimiter',{'=',':', ';'},'CommentStyle','%');
fclose(fileID);
diary on
arquivolog = [caminho arquivo '_log.txt'];
id = fopen(arquivolog,'w+');
fclose(id);
diary(arquivolog)
fprintf('----------------------------------------------------------------\n');
fprintf('- Dados de entrada do arquivo -\n');
fprintf('----------------------------------------------------------------\n');
end
Portas = round(Portas); %portas precisa ser inteiro só para garantir
elemento = 1:Portas;
IRMS = [I1RMS I2RMS I3RMS I4RMS I5RMS];
VRMS = [V1RMS V2RMS V3RMS V4RMS V5RMS];
IRMS = IRMS(elemento);
VRMS = VRMS(elemento);
%a(1,:) = txt_import{1,2}(13:12+Portas);% txt_import{1,2}(14) txt_import{1,2}(15)
txt_import{1,2}(16) txt_import{1,2}(17)];
a=VRMS/VRMS(1);
fprintf('\n--------------------------------------------------------------');
fprintf('\n- Variáveis tratadas -');
fprintf('\n--------------------------------------------------------------\n');
%Calculo de Kv, 4 para onda quadrada ou 4,444 para onda senoidal, aqui eu
%calulo, mas pode ser definida pelo usuário.
b_t = intnum(v_t,phi_t);
Tfs = 1/fs;
if plota == 1
figure(1)
plot(phi_t,v_t,phi_t,100000*b_t)
end
%definindo um período do sinal
x = 0;
cont = 1;
while phi_t(cont) <= Tfs
x(cont) = cont;
cont = cont +1;
end
vper = v_t(1:length(x));
bper = b_t(1:length(x));
normaliza = VRMS(1)/vrms;
vper = vper*normaliza; %garantindo que a amplitude esteja certa, pois a forma de onda foi
carregada apenas para dar o formato e não a amplitude
bper = bper*normaliza;
if plota == 1
figure(2)
plot(x,vper,x,100000*bper)
figure(3)
x = 1:length(vint);
plot(x,vint,x,100000*bint)
end
%%
fprintf('\n--------------------------------------------------------------');
fprintf('\n- Tratamento dos núcleos -');
fprintf('\n--------------------------------------------------------------\n');
%feito com dimensões de dados de núcleos em um arquivo
%Iterações entre os núcleos próximos para verificar a melhor opção
%Arquivo dos Nucleos.csv -> CSV para ficar mais fácil de editar no Excel
q = importdata('Nucleos.csv',';');
vars=fieldnames(q);
A1=q.(vars{1});
A2=q.(vars{2});
A2(1,:)='';
cab = A2(1,:);
A2(1,:)='';
nome = A2(:,1);
tipo = A2(:,2);
material = A2(:,2);
clear A2;
Kc = A1(:,1);
alpha = A1(:,2);
beta = A1(:,3);
densidade = A1(:,4);
%dimensões em mm: passando dimensões para m
A = A1(:,5) / 1000;
B = A1(:,6) / 1000;
Z = B / 2; %só pra testes
C = A1(:,7) / 1000;
D = A1(:,8) / 1000;
E = A1(:,9) / 1000;
E = A + 2*Z; %só pra testes
F = A1(:,10) / 1000;
Y = F - C;
X = (A - B) / 2;
Z = (E - A) / 2;
Ac_calc = B.*D;
MPL_calc = 2*(2*C+X)+2*pi*0.25*B;
Volume_calc = (E.*D.*(2*F) - (A - B).*(2*C).*D); %volume em m3
AreaS_calc = ((2*F.*E - 2*2*C.*X + 2*F.*D + E.*D + 2*X.*D + 2*2*C.*D) * 2);
MPL = zeros(length(AreaS_calc),1);
Volume = zeros(length(AreaS_calc),1);
AreaS = zeros(length(AreaS_calc),1);
if calcular_Ap_Ac == 1
Ac = Ac_calc;
MPL = MPL_calc;
Volume = Volume_calc;
AreaS = AreaS_calc;
else
for cont = 1:length(AreaS_def)
if Ac_def(cont) <= 0
Ac(cont) = Ac_calc(cont);
else
Ac(cont) = Ac_def(cont);
end
if MPL_def(cont) <= 0
MPL(cont) = MPL_calc(cont);
else
MPL(cont) = MPL_def(cont);
end
if Volume_def(cont) <= 0
Volume(cont) = Volume_calc(cont);
else
Volume(cont) = Volume_def(cont);
end
if AreaS_def(cont) <= 0
AreaS(cont) = AreaS_calc(cont);
else
AreaS(cont) = AreaS_def(cont);
end
end
end
lW_calc = X - e_carretelH;
hW_calc = 2 * (C - e_carretelV);
MLT_calc = 2*(B + D)+2*pi*(0.5*lW_calc+e_carretelH);% aproximação considerando o carretel
%pi*X + 2*B + 2*D;
Wa_calc = lW_calc.*hW_calc;
%dados de carretel inseridos no documento Nucleos.csv caso tenha.
Wa_def = A1(:,15) / 1000^2;
MLT_def = A1(:,16) / 1000;
lW_def = A1(:,17) / 1000;
hW_def = A1(:,18) / 1000;
Perm_relativa = A1(:,19);
Wa = zeros(length(Wa_calc),1);
MLT = zeros(length(Wa_calc),1);
lW = zeros(length(Wa_calc),1);
hW = zeros(length(Wa_calc),1);
if calcular_carretel == 0
for cont = 1: length(Wa_calc)
if Wa_def(cont) <= 0
Wa(cont) = Wa_calc(cont);
else
Wa(cont) = Wa_def(cont);
end
if MLT_def(cont) <= 0
MLT(cont) = MLT_calc(cont);
else
MLT(cont) = MLT_def(cont);
end
if lW_def(cont) <= 0
lW(cont) = lW_calc(cont);
else
lW(cont) = lW_def(cont);
end
260
if hW_def(cont) <= 0
hW(cont) = hW_calc(cont);
else
hW(cont) = hW_def(cont);
end
end
else
Wa = Wa_calc;
MLT = MLT_calc;
lW = lW_calc;
hW = hW_calc;
end
Numero = transpose(1:length(Ac));
tabelaNucleos = table(Numero, nome,Ac, Wa, Ap, Volume,AreaS, lW, hW, MLT, Peso, densidade,
MPL);
B0contmax = Bsat/B0Passo;
for escolhido = 1:length(Numero)
PfePorVolume = Kc(escolhido)*fs^alpha(escolhido)*Bo^beta(escolhido);
Pfe = Volume(escolhido)*PfePorVolume;
%Aplicando iGSE usando equações no tempo da tensão e fluxo:
%v = NA dB/dt
x = (1:length(vper))/length(vper)*2*pi;
bperiGSE = bper / (n1 * Ac(escolhido));
dBdt = vper/(n1*Ac(escolhido));
% plot(x,dBdt/100000,x,bper);
termo_ki = mean(abs(cos(x)).^alpha(escolhido)*2*pi);
ki = Kc(escolhido)/(2^(beta(escolhido)-1)*pi^(alpha(escolhido)-1)*termo_ki);
PfeSqrPorVolume = ki*(2*Bo)^(beta(escolhido)-
alpha(escolhido))*mean(abs(dBdt).^alpha(escolhido));
PfeSqr = Volume(escolhido)*PfeSqrPorVolume;
LMag = 4*pi*(10^-7)*(n1^2)*Perm_relativa(escolhido)*Ac(escolhido)/MPL(escolhido);
%obs. faz sentido as perdas para onda quadrada serem levemente menores
%quando se usa a iGSE, isto pode ser visto nos resultados do artigo da
%iGSE : Venkatachalam, 2002
%número de camadas
Fator_Area_Enrolamento_Normalizado = Fa-
tor_Area_Enrolamento(1:Portas)/sum(Fator_Area_Enrolamento(1:Portas));
Xw_disp = (lW(escolhido)-e_isolacao*(Portas))*Fator_Area_Enrolamento_Normalizado;
%área que cada enrolamento pode ocupar
C2w = hW(escolhido);
261
A_total_condutor = C2w*Xw_disp./n;
l_espira = sqrt(A_total_condutor);
mi0 = 4*pi*10^-7;
delta = sqrt(2*row/(2*pi*mi0*fs));
dmin = 2*delta;
nparalelo = ceil(A_total_condutor./dmin^2);
Caxparalelo = sqrt(nparalelo);
l_espiramin = sqrt(A_total_condutor./nparalelo);
DELTA = l_espiramin/dmin;
Cay = ceil(C2w./l_espira);
Cax = ceil(Caxparalelo.*Xw_disp./l_espira);
FR = DELTA.*((sinh(2*DELTA)+sin(2*DELTA))./(cosh(2*DELTA)-cos(2*DELTA))+2/3*(Cax.^2-
1).*(sinh(DELTA)-sin(DELTA))./(cosh(DELTA)+cos(DELTA)));
Rca = Rcc.*FR;
PcuCA = Rca.*IRMS.^2;
PcuCAt = sum(PcuCA);
PtotalCC = PcuCCt+PfeSqr;
PtotalCA = PcuCAt+PfeSqr;
BoG(B0cont,escolhido) = Bo;
n1G(B0cont,escolhido) = n1;
PfeG(B0cont,escolhido) = Pfe;
PfeSqrG(B0cont,escolhido) = PfeSqr;
PcuCCG(B0cont,:,escolhido) = PcuCC;
PcuCAG(B0cont,:,escolhido) = PcuCA;
PcuCAtG(B0cont,escolhido) = PcuCAt;
PcuCCtG(B0cont,escolhido) = PcuCCt;
PtotalCAG(B0cont,escolhido) = PtotalCA;
end
end
RazaoPcu = PcuCAtG./PtotalCAG;
RazaoPfe = PfeSqrG./PtotalCAG;
VolumeFisico = E.*D.*2.*F; %Usarei o volume físico para critério de menor volume e não o
volume de ferrite.
VolumeFisicoMin = VolumeFisico;
VolumeFisicoOpt = VolumeFisico;
for cont = 1:length(Numero)
[PtotalCAMin(cont), posicaoMin(cont)] = min(PtotalCAG(:,cont));
BoMin(cont) = BoG(posicaoMin(cont),cont);
PcuCAtMin(cont) = PcuCAtG(posicaoMin(cont),cont);
PcuCCtMin(cont) = PcuCCtG(posicaoMin(cont),cont);
PfeSqrMin(cont) = PfeSqrG(posicaoMin(cont),cont);
n1Min(cont) = n1G(posicaoMin(cont),cont);
PcuCCMin(cont,:) = PcuCAG(posicaoMin(cont),:,cont);
PC = PfeSqrMin(cont);
PW = PcuCCMin(cont,:);
Vc = 2*F.*E.*D-4*C.*X.*D;
%Vc(escolhido)*1e6
Ae = 0.5*D*0.5.*E+0.5*D.*F+Z.*C+0.5*E.*Y;
Aci=0.5*D*e_carretelH;
Ace=0.5*B*e_carretelH;
ADv=0.5*D.*C;
ABv=0.5*B.*C;
Fator_Area_Enrolamento = Fa-
tor_Area_Enrolamento(1:Portas)/sum(Fator_Area_Enrolamento(1:Portas));
lWk = (lW-Portas*e_isolacao).*Fator_Area_Enrolamento;
%lWk(escolhido)*1000
AWv = 0.5*D.*0.5.*hW;
Akih=0.5*D.*lWk;
Aii = 0.5*D.*e_isolacao;
rki = e_carretelH*ones(length(Numero),1);
rke = e_carretelH + lWk(:,1);
for cont2 = 2:Portas
262
rki(:,cont2) = rki(:,cont2-1)+lWk(:,cont2-1)+e_isolacao;
rke(:,cont2) = rki(:,cont2)+lWk(:,cont2);
end
Aike=0.5*B*e_carretelH+0.25*pi*(rki(:,2:Portas).^2-rke(:,1:Portas-1).^2);
Akeh=0.5*B.*lWk+0.25*pi*(rke.^2-rki.^2);
Akiv = (0.5*pi*rki+0.5*B).*0.5.*hW;
Akev = (0.5*pi*rke+0.5*B).*0.5.*hW;
ASfe = 8*(2*ADv+ABv+Ae+0.5*D.*X);
ASWk = 8*(Akiv + Akev + 2*AWv + Akih + Akeh);
ASfei = 8*(2*ADv+ABv+0.5*D.*X);
ASfee = 8*Ae;
rfe = (2*B+2*D)/(2*pi);
ASWfi = 2*D.*hW;
ASWfe = ASWk(:,2)-ASWfi;
ASic = 8*(ABv+ADv+AWv+Akiv(:,1)+Ace+Aci);
ASi1 = 8*(2*AWv+Akev(:,1)+Akiv(:,2)+Aii+Aike(:,1));
ASi2 = 8*(2*AWv+Aii);
RC = rfe./(kferrite*ASfei);
Ric = e_carretelH./(kepoxi*ASic);
R1 = lWk(:,1)./(kcobre*ASWk(:,1));
Ri1 = e_isolacao./(kepoxi*ASi1);
R2i = lWk(:,2)./(kcobre*ASWfi);
Ri2 = e_isolacao./(kar*ASi2);
R2e = lWk(:,2)./(kcobre*ASWfe);
R2c = Z./(kferrite*ASfee);
R2A = 1./(h*ASWfe);
RcA = 1./(h*ASfee);
end
RazaoPcuMin = PcuCCtMin./PtotalCAMin;
RazaoPfeMin = PfeSqrMin./PtotalCAMin;
%% escolha do núcleo
%por ser processo de otimização, vai escolher automaticamente o núcleo com
%as perdas mais próximas do limite tolerável. Se quiser outro, escolhe
%outro depois.
while encerra == 0
%escolhido = 14;
%Dados do núcleo ótimo escolhido:
fprintf('\nDados do núcleo ótimo escolhido:\n')
263
fprintf('Posição: %i\n',escolhido);
fprintf('Nome: %s\n', nome{escolhido});
fprintf('Volume: %.2f L - %.2f cm^3\n', Volume(escolhido)*10^3, Volu-
me(escolhido)*10^6);
fprintf('PCuCA%i: %.2f W\n', [elemento; PcuCAOpt(escolhido,:)]);
fprintf('PCuCAt: %.2f W\n', PcuCAtOpt(escolhido));
fprintf('PfeSqr: %.2f W\n', PfeSqrOpt(escolhido));
fprintf('Ptotal: %.2f W\n', PtotalCAOpt(escolhido));
Cont_Ap = 1;
loop = 1;
if n1altera == 0
n1 = n1Min(escolhido); %truxe pra cima para ficar na ordem Núcleo: enrolamentos
Bo = BoMin(escolhido); %apenas corrigindo para o número efetivo de espiras
else
Bo = VRMS(1)/(Kv*fs*n1*Ac(escolhido));
end
n = ceil(n1*a/a(1));
%usando steinmetz normal
%o volume mostrado está em L, porém Kc (Steinmetz) está em W/m^3 então
%preciso multiplicar por 10^-3
PfePorVolume = Kc(escolhido)*fs^alpha(escolhido)*Bo^beta(escolhido);
Pfe = Volume(escolhido)*PfePorVolume;
%Aplicando iGSE usando equações no tempo da tensão e fluxo:
%v = NA dB/dt
x = (1:length(vper))/length(vper)*2*pi;
bperiGSE = bper / (n1 * Ac(escolhido));
dBdt = vper/(n1*Ac(escolhido));
% plot(x,dBdt/100000,x,bper);
termo_ki = mean(abs(cos(x)).^alpha(escolhido)*2*pi);
ki = Kc(escolhido)/(2^(beta(escolhido)-1)*pi^(alpha(escolhido)-1)*termo_ki);
PfeSqrPorVolume = ki*(2*Bo)^(beta(escolhido)-
alpha(escolhido))*mean(abs(dBdt).^alpha(escolhido));
PfeSqr = Volume(escolhido)*PfeSqrPorVolume;
LMag = 4*pi*(10^-7)*(n1^2)*Perm_relativa(escolhido)*Ac(escolhido)/MPL(escolhido);
%obs. faz sentido as perdas para onda quadrada serem levemente menores
%quando se usa a iGSE, isto pode ser visto nos resultados do artigo da
%iGSE : Venkatachalam, 2002
fprintf('\n--------------------------------------------------------------');
fprintf('\n- Dimensionamento dos enrolamentos -');
fprintf('\n--------------------------------------------------------------\n');
264
A_condutor_calc = Wa(escolhido)/Portas*ku./n;
d_condutor_calc = sqrt(4*A_condutor_calc/pi); %considerando condutor redondo
%considerações sobre o efeito skin
mi0 = 4*pi*10^-7;
delta = sqrt(2*row/(2*pi*mi0*fs));
dmin = 2*delta;
Amin = pi*dmin^2/4;
nAWGSkin = ceil(36-39*log(dmin*1000/0.127)/log(92));
%definindo condutor
%caso nenhuma das opções seja alterada depois, calcula a opção com
%menor quantidade de fios
if n_paraleloaltera == 0
n_paralelo = ceil(A_condutor_calc./Amin);
end
A_condutor = A_condutor_calc./n_paralelo;
d_condutor = sqrt(4*A_condutor/pi);
if nAWGaltera == 0
nAWG = floor(36-39*log(d_condutor*1000/0.127)/log(92)); %arredondei pra baixo para
não reduzir a resistência
end
%recorrigindo devido ao arredondamento
dAWG_i = 0.127*92.^((36-nAWG)/39)*10^-3;
aAWG_i = pi*dAWG_i.^2/4;
W_comprimento = MLT(escolhido)*n;
A_cabo = n_paralelo.*aAWG_i;
Rcc = (W_comprimento*row)./A_cabo;
PcuCC = Rcc.*(IRMS.^2);
PcuCCt = sum(PcuCC);
ku_aprox = sum(A_cabo.*n)/Wa(escolhido);
%por hora vou ignorar completamente o fator de ocupação teórico, não
%estou com tempo para isso, vou me basear apenas no ku
DELTA = dAWG_i/dmin;
FR = DELTA.*((sinh(2*DELTA)+sin(2*DELTA))./(cosh(2*DELTA)-cos(2*DELTA))+2/3*(Cax.^2-
1).*(sinh(DELTA)-sin(DELTA))./(cosh(DELTA)+cos(DELTA)));
Rca = Rcc.*FR;
PcuCA = Rca.*IRMS.^2;
PcuCAt = sum(PcuCA);
fprintf('Número de espiras:\n');
fprintf('n%i = %i \t\ta%i = %.2f\n',[elemento; n; elemento; a]);
fprintf('\nÁrea transversal dos condutores:\n');
fprintf('A_cabo enrolamento %i = \t%.3f A/mm^2 (Densidade de corren-
te)\n',[elemento;A_cabo*10^6]);
fprintf('J0 enrolamento %i = \t%.3f A/cm^2 (Densidade de corren-
te)\n',[elemento;J0/10^4]);
fprintf('\nConsiderações sobre efeito pelicular:\n');
XwS = lW(escolhido);
C2wS = (hW(escolhido)-e_isolacao*(Portas-1))*Fator_Area_Enrolamento_Normalizado;
A_ocupada_wS = XwS.*C2wS;
fprintf('\n--------------------------------------------------------------');
fprintf('\n- Distribuição das perdas -');
fprintf('\n--------------------------------------------------------------\n');
PtotalCC = PcuCCt+Pfe;
PtotalCA = PcuCAt+PfeSqr;
%elevação de temperatura
%modelo simplificado McLyman pg 217 ou Marian pg 374
%calculo do AT
%vou fazer essa parte simplificada, pois a equação já é uma
%simplificação
clear A1
%para o núcleo EE
p = 2*(D(escolhido)+2*Z(escolhido)+pi*X(escolhido)+B(escolhido));
pD = 2*(D(escolhido)+E(escolhido));
A1 = p*2*C(escolhido);
A2 = pi*X(escolhido)^2/4+B(escolhido)*X(escolhido);
A3 = D(escolhido)*E(escolhido);
A4 = pD*Y(escolhido);
At(1) = A1+4*A2+2*A3+2*A4;
DTCC(1) = 450*(PtotalCC/(At(1)*1e4))^0.826;
DTCA(1) = 450*(PtotalCA/(At(1)*1e4))^0.826;
fprintf('\n--------------------------------------------------------------');
fprintf('\n- Dados geométricos dos enrolamentos e núcleo -');
fprintf('\n--------------------------------------------------------------\n');
raio_interno = zeros(1,Portas);
raio_externo = zeros(1,Portas);
espaco_carretel = X(escolhido)-lW(escolhido);
raio_interno(1) = espaco_carretel;
raio_externo(1) = Xw(1)+espaco_carretel;
for cont = 2:Portas
raio_interno(cont) = raio_interno(cont-1)+Xw(cont-1)+Xw_isolacao(cont-1);
raio_externo(cont) = raio_interno(cont) + Xw(cont);
end
perimetro_interno = 2*(B(escolhido) + D(escolhido))+2*pi*raio_interno;
266
Vc = 2*F.*E.*D-4*C.*X.*D;
%Vc(escolhido)*1e6
Ae = 0.5*D*0.5.*E+0.5*D.*F+Z.*C+0.5*E.*Y;
Aci=0.5*D*e_carretelH;
Ace=0.5*B*e_carretelH;
ADv=0.5*D.*C;
ABv=0.5*B.*C;
Fator_Area_Enrolamento = Fa-
tor_Area_Enrolamento(1:Portas)/sum(Fator_Area_Enrolamento(1:Portas));
lWk = (lW-Portas*e_isolacao).*Fator_Area_Enrolamento;
%lWk(escolhido)*1000
AWv = 0.5*D.*0.5.*hW;
Akih=0.5*D.*lWk;
Aii = 0.5*D.*e_isolacao;
rki = e_carretelH*ones(length(Numero),1);
rke = e_carretelH + lWk(:,1);
for cont = 2:Portas
rki(:,cont) = rki(:,cont-1)+lWk(:,cont-1)+e_isolacao;
rke(:,cont) = rki(:,cont)+lWk(:,cont);
end
Aike=0.5*B*e_carretelH+0.25*pi*(rki(:,2:Portas).^2-rke(:,1:Portas-1).^2);
Akeh=0.5*B.*lWk+0.25*pi*(rke.^2-rki.^2);
Akiv = (0.5*pi*rki+0.5*B).*0.5.*hW;
Akev = (0.5*pi*rke+0.5*B).*0.5.*hW;
ASfe = 8*(2*ADv+ABv+Ae+0.5*D.*X);
ASWk = 8*(Akiv + Akev + 2*AWv + Akih + Akeh);
ASWfi = 2*D.*hW;
ASWfe = ASWk(:,2)-ASWfi;
kcobre = 400;
kepoxi = 0.5;
kferrite = 4;
kar = 0.0261;
h = 7; %valor típico
R2A = 1./(h*ASWfe);
RcA = 1./(h*ASfee);
Pc = PfeSqr;
id10 = fopen('variaveis.txt','w+');
fprintf(id10,'RC=%f \n',RC(escolhido));
fprintf(id10,'Ric=%f \n',Ric(escolhido));
fprintf(id10,'R1=%f \n',R1(escolhido));
fprintf(id10,'Ri1=%f \n',Ri1(escolhido));
fprintf(id10,'R2i=%f \n',R2i(escolhido));
fprintf(id10,'Ri2=%f \n',Ri2(escolhido));
fprintf(id10,'R2e=%f \n',R2e(escolhido));
fprintf(id10,'R2A=%f \n',R2A(escolhido));
fprintf(id10,'RcA=%f \n',RcA(escolhido));
fprintf(id10,'R2c=%f \n',R2c(escolhido));
fprintf(id10,'Pc=%f \n',Pc);
fprintf(id10,'Pw1=%f \n',PcuCA(1));
fprintf(id10,'Pw2=%f \n',PcuCA(2));
fclose(id10);
fprintf('\n--------------------------------------------------------------');
fprintf('\n- Possibilidade de execução -');
fprintf('\n--------------------------------------------------------------\n');
diary(arquivoout)
fprintf('\n--------------------------------------------------------------');
fprintf('\n- Parâmetros de projeto -');
fprintf('\n--------------------------------------------------------------\n');
fprintf('Número de portas: %i\n', Portas);
fprintf('fs = %i Hz\n', fs);
fprintf('\n');
fprintf('I%iRMS = %.3f A\n', [elemento; IRMS]);
fprintf('\n');
fprintf('V%iRMS = %.1f V\n', [elemento; VRMS]);
fprintf('\n');
fprintf('VA%i = %.1f V\n', [elemento; VA]);
fprintf('------------\nSVA = %.1f V\n', SVA);
fprintf('\n');
fprintf('a%i = %.3f\n', [elemento;a]);
fprintf('\n');
fprintf('\n\n--------------------------------------------------------------');
fprintf('\n- Dados do núcleo -');
fprintf('\n--------------------------------------------------------------\n');
fprintf('\n\n--------------------------------------------------------------');
fprintf('\n- Dados dos enrolamentos -');
fprintf('\n--------------------------------------------------------------\n');
sum(A_ocupada)*10^6);
fprintf('Fator de utilização teórico ku_aprox = %.3f\n', ku_aprox);
fprintf('Comprimento médio da espira MLT = %.2f cm\n', MLT(escolhido)*100);
fprintf('\n');
fprintf('Condutor escolhido nAWG = %iAWG\n', nAWG);
fprintf('Área do condutor aAWG_i = %.2f mm²\n', aAWG_i*10^6);
%fprintf('Área do condutor com isolação aAWG_o = %.2f mm²\n', aAWG_o*10^6);
fprintf('Diâmetro do condutor dAWG_i = %.2f mm\n', dAWG_i*10^3);
%fprintf('Diâmetro do condutor com isolação dAWG_o = %.2f mm\n', dAWG_o*10^3);
fprintf('Densidade de corrente mínima J0 = %.2f A/cm²\n', J0*10^-4);
fprintf('\n');
fprintf('Número de enrolamentos: %i\n', Portas);
%início da tabela
fprintf('|-------------------------|');
for cont = 1:length(elemento)+1
fprintf('-----------------|');
end
fprintf('\n| Grandeza |');
fprintf(' Enrolamento %i |',elemento);
fprintf(' Total |');
fprintf('\n');
fprintf('|-------------------------|');
for cont = 1:length(elemento)+1
fprintf('-----------------|');
end
fprintf('\n');
fprintf('| Corrente Eficaz |');
fprintf(' %9.3f A |',IRMS);
fprintf(' - |');
fprintf('\n');
fprintf('| Número de Espiras |');
fprintf(' %9i |',n);
fprintf(' - |');
fprintf('\n');
fprintf('| Corrente fluxo (IRMS*n) |');
fprintf(' %9.2f A |',IRMS.*n);
fprintf(' - |');
fprintf('\n');
fprintf('| AWG paralelo |');
fprintf(' %9i |',n_paralelo);
fprintf(' - |');
fprintf('\n');
fprintf('| Comprimento cabo |');
fprintf(' %9.3f m |',W_comprimento);
fprintf(' - |');
fprintf('\n');
fprintf('| Densidade de corrente |');
fprintf(' %9.3f A/cm² |',IRMS./(A_cabo*10^4));
fprintf(' - |');
fprintf('\n');
fprintf('| Área cabo |');
fprintf(' %9.2f mm² |',A_cabo*10^6);
fprintf(' - |');
fprintf('\n');
fprintf('| Área de cobre |');
fprintf(' %9.2f mm² |',A_ocupada*10^6);
fprintf(' %9.2f mm² |',sum(A_ocupada)*10^6);
fprintf('\n');
fprintf('| RCC |');
fprintf(' %9.3f ohm |',Rcc);
fprintf(' - |');
fprintf('\n');
fprintf('| RCA |');
fprintf(' %9.3f ohm |',Rca);
fprintf(' - |');
fprintf('\n');
fprintf('| Perdas cobre CC |');
fprintf(' %9.3f W |',PcuCC);
fprintf(' %9.3f W |',PcuCCt);
fprintf('\n');
fprintf('| Perdas cobre CA |');
fprintf(' %9.3f W |',PcuCA);
fprintf(' %9.3f W |',PcuCAt);
fprintf('\n');
fprintf('| Potência aparente |');
270
diary off
encerra = 1;
end
271
Quadro 13 - Parte 1 do arquivo de saída do algoritmo de otimização para os resultados de simulação do capítulo
4.
---------------------------- |----------------- |----------------- |----------------- |----------------- |-----------------
Grandeza | Shell (EE) | Core | Matrix | Pote | XS
---------------------------- |----------------- |----------------- |----------------- |----------------- |-----------------
Ac | 770.07 mm² | 770.07 mm² | 770.07 mm² | 770.07 mm² | 770.07 mm²
Wa | 418.00 mm² | 418.00 mm² | 418.00 mm² | 418.00 mm² | 418.00 mm²
Ap | 321889.26 mm^4 | 321889.26 mm^4 | 321889.26 mm^4 | 321889.26 mm^4 | 321889.26 mm^4
Wa sem carretel | 547.80 mm² | 547.80 mm² | 547.80 mm² | 547.80 mm² | 547.80 mm²
MLT | 163.80 mm | 224.30 mm | 183.10 mm | 145.93 mm | 145.93 mm
MPL | 152.60 mm | 152.60 mm | 152.60 mm | 148.85 mm | 164.10 mm
Volume do núcleo | 119452.62 mm³ | 119452.62 mm³ | 119452.62 mm³ | 122674.41 mm³ | 142121.65 mm³
Área superf. do núcleo | 25203.44 mm² | 27348.76 mm² | 42317.76 mm² | 34362.57 mm² | 30248.61 mm²
Volume enrolamento 1 | 21449.95 mm³ | 30531.00 mm³ | 24346.88 mm³ | 18767.81 mm³ | 18767.81 mm³
Volume enrolamento 2 | 25976.86 mm³ | 35057.91 mm³ | 28873.79 mm³ | 23294.72 mm³ | 23294.72 mm³
AreaS enrolamento 1 | 12375.52 mm² | 17614.82 mm² | 14046.90 mm² | 10828.06 mm² | 10828.06 mm²
AreaS enrolamento 2 | 14987.32 mm² | 20226.62 mm² | 16658.70 mm² | 13439.86 mm² | 13439.86 mm²
Volume do barramento | 249862.34 mm³ | 184840.88 mm³ | 361428.70 mm³ | 216078.04 mm³ | 305395.06 mm³
---------------------------- |----------------- |----------------- |----------------- |----------------- |-----------------
VRMS1 | 400.00 V | 400.00 V | 400.00 V | 400.00 V | 400.00 V
VRMS2 | 200.00 V | 200.00 V | 200.00 V | 200.00 V | 200.00 V
IRMS1 | 3.043 A | 3.043 A | 3.043 A | 3.043 A | 3.043 A
IRMS2 | 6.086 A | 6.086 A | 6.086 A | 6.086 A | 6.086 A
a1 | 1.000 | 1.000 | 1.000 | 1.000 | 1.000
a2 | 0.500 | 0.500 | 0.500 | 0.500 | 0.500
Bmax | 53.00 mT | 53.00 mT | 53.00 mT | 53.00 mT | 53.00 mT
---------------------------- |----------------- |----------------- |----------------- |----------------- |-----------------
LMag | 68.516 mH | 68.516 mH | 68.516 mH | 70.242 mH | 63.714 mH
Rcc1 | 88.732 mOhm | 121.506 mOhm | 99.187 mOhm | 79.052 mOhm | 79.052 mOhm
Rcc2 | 22.636 mOhm | 30.996 mOhm | 25.303 mOhm | 20.166 mOhm | 20.166 mOhm
Rca1 | 163.862 mOhm | 224.387 mOhm | 183.170 mOhm | 145.986 mOhm | 145.986 mOhm
Rca2 | 30.914 mOhm | 42.332 mOhm | 34.557 mOhm | 27.541 mOhm | 27.541 mOhm
PcuCC total | 1.660 W | 2.273 W | 1.856 W | 1.479 W | 1.479 W
PcuCC1 | 0.822 W | 1.125 W | 0.918 W | 0.732 W | 0.732 W
PcuCC2 | 0.838 W | 1.148 W | 0.937 W | 0.747 W | 0.747 W
PcuCA total | 2.662 W | 3.646 W | 2.976 W | 2.372 W | 2.372 W
Pfe | 1.750 W | 1.750 W | 1.750 W | 1.797 W | 2.082 W
PfeSqr | 1.662 W | 1.662 W | 1.662 W | 1.707 W | 1.977 W
PtotalCC | 3.410 W | 4.023 W | 3.605 W | 3.276 W | 3.561 W
PtotalCA | 4.324 W | 5.307 W | 4.638 W | 4.078 W | 4.349 W
Rendimento CC, FP = 0.900 | 99.69 % | 99.63 % | 99.67 % | 99.70 % | 99.67 %
Rendimento CA, FP = 0.900 | 99.61 % | 99.52 % | 99.58 % | 99.63 % | 99.60 %
---------------------------- |----------------- |----------------- |----------------- |----------------- |-----------------
Espiras enrolamento 1 | 49 | 49 | 49 | 49 | 49
Espiras enrolamento 2 | 25 | 25 | 25 | 25 | 25
Condutor utilizado w1 | 22AWG | 22AWG | 22AWG | 22AWG | 22AWG
Condutor utilizado w2 | 22AWG | 22AWG | 22AWG | 22AWG | 22AWG
Condutores em paralelo 1 | 06 | 06 | 06 | 06 | 06
Condutores em paralelo 2 | 12 | 12 | 12 | 12 | 12
Diâmetro int. AWG (cobre)w1 | 0.64 mm | 0.64 mm | 0.64 mm | 0.64 mm | 0.64 mm
Diâmetro int. AWG (cobre)w2 | 0.64 mm | 0.64 mm | 0.64 mm | 0.64 mm | 0.64 mm
Área int. AWG (cobre) w1 | 0.33 mm² | 0.33 mm² | 0.33 mm² | 0.33 mm² | 0.33 mm²
Área int. AWG (cobre) w2 | 0.33 mm² | 0.33 mm² | 0.33 mm² | 0.33 mm² | 0.33 mm²
Área chicote (cobre) w1 | 1.95 mm² | 1.95 mm² | 1.95 mm² | 1.95 mm² | 1.95 mm²
Área chicote (cobre) w2 | 3.91 mm² | 3.91 mm² | 3.91 mm² | 3.91 mm² | 3.91 mm²
---------------------------- |----------------- |----------------- |----------------- |----------------- |-----------------
Tamanho enrolamento 1 | 8.03 m | 10.99 m | 8.97 m | 7.15 m | 7.15 m
Tamanho enrolamento 2 | 4.09 m | 5.61 m | 4.58 m | 3.65 m | 3.65 m
Comprimento Xw 1 | 3.80 mm | 3.80 mm | 3.80 mm | 3.80 mm | 3.80 mm
Comprimento Xw 2 | 3.80 mm | 3.80 mm | 3.80 mm | 3.80 mm | 3.80 mm
Comprimento C2w | 39.50 mm | 39.50 mm | 39.50 mm | 39.50 mm | 39.50 mm
Área ocupada Xw 1 | 150.10 mm² | 150.10 mm² | 150.10 mm² | 150.10 mm² | 150.10 mm²
Área ocupada Xw 2 | 150.10 mm² | 150.10 mm² | 150.10 mm² | 150.10 mm² | 150.10 mm²
Camadas y enrolamento 1 | 19 | 19 | 19 | 19 | 19
Camadas y enrolamento 2 | 14 | 14 | 14 | 14 | 14
Camadas x enrolamento 1 | 3 | 3 | 3 | 3 | 3
Camadas x enrolamento 2 | 2 | 2 | 2 | 2 | 2
---------------------------- |----------------- |----------------- |----------------- |----------------- |-----------------
A | 44.200 mm | 0.000 mm | 0.000 mm | 56.900 mm | 56.900 mm
B | 19.300 mm | 9.650 mm | 9.650 mm | 32.000 mm | 32.000 mm
Bi | 0.00 mm | 0.00 mm | 0.00 mm | 6.40 mm | 6.40 mm
C* | 22.000 mm | 22.000 mm | 22.000 mm | 22.000 mm | 22.000 mm
D | 39.900 mm | 79.800 mm | 13.300 mm | 83.776 mm | 50.265 mm
E | 63.500 mm | 31.750 mm | 31.750 mm | 66.400 mm | 72.100 mm
F* | 32.200 mm | 32.200 mm | 32.200 mm | 31.200 mm | 37.400 mm
X | 12.450 mm | 12.450 mm | 12.450 mm | 12.450 mm | 12.450 mm
Y | 10.200 mm | 10.200 mm | 10.200 mm | 9.200 mm | 15.400 mm
Z | 9.650 mm | 9.650 mm | 9.650 mm | 4.750 mm | 7.600 mm
Altura do carretel hW | 40.000 mm | 40.000 mm | 40.000 mm | 40.000 mm | 40.000 mm
Largura do carretel lW | 10.450 mm | 10.450 mm | 10.450 mm | 10.450 mm | 10.450 mm
Qtd. Núcleos C (Matrix) | 0 | 1 | 6 | 0 | 0
Âng. Núcleos C (Matrix) | 0.0 ° | 0.0 ° | 60.0 ° | 0.0 ° | 0.0 °
Ângulo de abertura (Pote) | 0.0 ° | 0.0 ° | 0.0 ° | 30.0 ° | 90.0 °
272
Parâmtros predefinidos:
Folga vertical no carretel: 2.00 mm
Folga lateral no carretel: 2.00 mm
Isolação entre enrolamentos: 1.00 mm
Quadro 14 - Parte 2 do arquivo de saída do algoritmo de otimização para os resultados de simulação do capítulo
4.
---------------------------- |----------------- |----------------- |----------------- |-----------------
Grandeza | Pote estendido | XS estendido | Pote estendido 2 | Xs estendido 2
---------------------------- |----------------- |----------------- |----------------- |-----------------
Ac | 385.03 mm² | 385.03 mm² | 770.07 mm² | 770.07 mm²
Wa | 877.80 mm² | 877.80 mm² | 354.90 mm² | 354.90 mm²
Ap | 337983.72 mm^4 | 337983.72 mm^4 | 273297.84 mm^4 | 273297.84 mm^4
Wa sem carretel | 1095.60 mm² | 1095.60 mm² | 547.80 mm² | 547.80 mm²
MLT | 116.40 mm | 116.40 mm | 126.37 mm | 126.37 mm
MPL | 226.05 mm | 236.45 mm | 225.47 mm | 241.17 mm
Volume do núcleo | 92790.58 mm³ | 99557.47 mm³ | 175186.64 mm³ | 194463.70 mm³
Área superf. do núcleo | 40836.19 mm² | 32386.77 mm² | 45668.39 mm² | 40306.53 mm²
Volume enrolamento 1 | 24985.16 mm³ | 24985.16 mm³ | 19912.67 mm³ | 19912.67 mm³
Volume enrolamento 2 | 32027.96 mm³ | 32027.96 mm³ | 23056.78 mm³ | 23056.78 mm³
AreaS enrolamento 1 | 16214.89 mm² | 16214.89 mm² | 20390.19 mm² | 20390.19 mm²
AreaS enrolamento 2 | 20785.53 mm² | 20785.53 mm² | 23609.70 mm² | 23609.70 mm²
Volume do barramento | 225800.45 mm³ | 279200.86 mm³ | 263000.90 mm³ | 366810.20 mm³
---------------------------- |----------------- |----------------- |----------------- |-----------------
VRMS1 | 400.00 V | 400.00 V | 400.00 V | 400.00 V
VRMS2 | 200.00 V | 200.00 V | 200.00 V | 200.00 V
IRMS1 | 3.043 A | 3.043 A | 3.043 A | 3.043 A
IRMS2 | 6.086 A | 6.086 A | 6.086 A | 6.086 A
a1 | 1.000 | 1.000 | 1.000 | 1.000
a2 | 0.500 | 0.500 | 0.500 | 0.500
Bmax | 53.55 mT | 53.55 mT | 53.00 mT | 53.00 mT
---------------------------- |----------------- |----------------- |----------------- |-----------------
LMag | 23.127 mH | 22.109 mH | 46.371 mH | 43.352 mH
Rcc1 | 124.822 mOhm | 124.822 mOhm | 68.458 mOhm | 68.458 mOhm
Rcc2 | 31.527 mOhm | 31.527 mOhm | 17.464 mOhm | 17.464 mOhm
Rca1 | 170.471 mOhm | 170.471 mOhm | 73.737 mOhm | 73.737 mOhm
Rca2 | 43.057 mOhm | 43.057 mOhm | 18.811 mOhm | 18.811 mOhm
PcuCC total | 2.324 W | 2.324 W | 1.281 W | 1.281 W
PcuCC1 | 1.156 W | 1.156 W | 0.634 W | 0.634 W
PcuCC2 | 1.168 W | 1.168 W | 0.647 W | 0.647 W
PcuCA total | 3.173 W | 3.173 W | 1.380 W | 1.380 W
Pfe | 1.359 W | 1.458 W | 2.566 W | 2.848 W
PfeSqr | 1.291 W | 1.385 W | 2.437 W | 2.705 W
PtotalCC | 3.683 W | 3.782 W | 3.847 W | 4.129 W
PtotalCA | 4.464 W | 4.558 W | 3.817 W | 4.085 W
Rendimento CC, FP = 0.900 | 99.66 % | 99.65 % | 99.65 % | 99.62 %
Rendimento CA, FP = 0.900 | 99.59 % | 99.58 % | 99.65 % | 99.63 %
---------------------------- |----------------- |----------------- |----------------- |-----------------
Espiras enrolamento 1 | 98 | 98 | 49 | 49
Espiras enrolamento 2 | 49 | 49 | 25 | 25
Condutor utilizado w1 | 22AWG | 22AWG | 22AWG | 22AWG
Condutor utilizado w2 | 22AWG | 22AWG | 22AWG | 22AWG
Condutores em paralelo 1 | 06 | 06 | 06 | 06
Condutores em paralelo 2 | 12 | 12 | 12 | 12
Diâmetro int. AWG (cobre)w1 | 0.64 mm | 0.64 mm | 0.64 mm | 0.64 mm
Diâmetro int. AWG (cobre)w2 | 0.64 mm | 0.64 mm | 0.64 mm | 0.64 mm
Área int. AWG (cobre) w1 | 0.33 mm² | 0.33 mm² | 0.33 mm² | 0.33 mm²
Área int. AWG (cobre) w2 | 0.33 mm² | 0.33 mm² | 0.33 mm² | 0.33 mm²
Área chicote (cobre) w1 | 1.95 mm² | 1.95 mm² | 1.95 mm² | 1.95 mm²
Área chicote (cobre) w2 | 3.91 mm² | 3.91 mm² | 3.91 mm² | 3.91 mm²
---------------------------- |----------------- |----------------- |----------------- |-----------------
Tamanho enrolamento 1 | 11.29 m | 11.29 m | 6.19 m | 6.19 m
Tamanho enrolamento 2 | 5.70 m | 5.70 m | 3.16 m | 3.16 m
Comprimento Xw 1 | 3.20 mm | 3.20 mm | 2.00 mm | 2.00 mm
Comprimento Xw 2 | 3.20 mm | 3.20 mm | 2.00 mm | 2.00 mm
Comprimento C2w | 83.40 mm | 83.40 mm | 83.40 mm | 83.40 mm
Área ocupada Xw 1 | 266.88 mm² | 266.88 mm² | 166.80 mm² | 166.80 mm²
Área ocupada Xw 2 | 266.88 mm² | 266.88 mm² | 166.80 mm² | 166.80 mm²
Camadas y enrolamento 1 | 40 | 40 | 40 | 40
Camadas y enrolamento 2 | 30 | 30 | 30 | 30
Camadas x enrolamento 1 | 2 | 2 | 1 | 1
Camadas x enrolamento 2 | 2 | 2 | 1 | 1
---------------------------- |----------------- |----------------- |----------------- |-----------------
A | 47.500 mm | 47.500 mm | 44.450 mm | 44.450 mm
B | 22.600 mm | 22.600 mm | 32.000 mm | 32.000 mm
Bi | 4.50 mm | 4.50 mm | 6.40 mm | 6.40 mm
273
| Camadas y enrolamento 2 | 18 | 37 | 37 | 25 | 17
| Camadas x enrolamento 1 | 3.000 | 1.000 | 1.000 | 3.000 | 5.000
| Camadas x enrolamento 2 | 2.000 | 1.000 | 1.000 | 3.000 | 5.000
|----------------------------|-----------------|-----------------|-----------------|-----------------|-----------------
| A | 37.500 mm | 35.900 mm | 35.900 mm | 29.500 mm | 39.200 mm
| B | 17.200 mm | 21.900 mm | 21.900 mm | 12.200 mm | 16.700 mm
| Bi | 0.00 mm | 4.40 mm | 4.40 mm | 0.00 mm | 3.30 mm
| C* | 18.500 mm | 37.000 mm | 37.000 mm | 14.800 mm | 10.250 mm
| D | 21.000 mm | 57.334 mm | 34.400 mm | 20.000 mm | 43.720 mm
| E | 54.700 mm | 42.900 mm | 47.000 mm | 41.700 mm | 43.100 mm
| F* | 27.800 mm | 43.300 mm | 47.500 mm | 21.200 mm | 15.050 mm
| X | 10.150 mm | 7.000 mm | 7.000 mm | 8.650 mm | 11.250 mm
| Y | 9.300 mm | 6.300 mm | 10.500 mm | 6.400 mm | 4.800 mm
| Z | 8.600 mm | 3.500 mm | 5.550 mm | 6.100 mm | 1.950 mm
| Altura do carretel hW | 33.000 mm | 70.000 mm | 70.000 mm | 24.600 mm | 15.500 mm
| Largura do carretel lW | 8.150 mm | 5.000 mm | 5.000 mm | 7.550 mm | 10.150 mm
| Ângulo de abertura (Pote) | 0.0 ° | 30.0 ° | 90.0 ° | 0.0 ° | 30.0 °
|----------------------------|-----------------|-----------------|-----------------|-----------------|-----------------
| ku calculado | 0.2558 | 0.1965 | 0.1965 | 0.4569 | 0.5974
| Elevação de temperatura w1 | 77.272 °C | 36.710 °C | 36.268 °C | 73.016 °C | 139.086 °C
| Elevação de temperatura w2 | 76.754 °C | 36.675 °C | 36.172 °C | 72.371 °C | 139.331 °C
| Elev. de temp. núcleo | 74.41 °C | 36.43 °C | 36.44 °C | 72.56 °C | 132.00 °C
| Elev. temp. simplificada CC| 43.58 °C | 42.90 °C | 45.27 °C | 41.04 °C | 47.30 °C
| Elev. temp. simplificada CA| 63.32 °C | 42.32 °C | 44.60 °C | 60.26 °C | 115.01 °C
|----------------------------|-----------------|-----------------|-----------------|-----------------|-----------------
Parâmetros predefinidos:
Folga vertical no carretel: 2.00 mm
Folga lateral no carretel: 2.00 mm
Isolação entre enrolamentos: 1.00 mm
ku definido = 0.5000
Quadro 16 - Resultados do arquivo de saída para a simulação final dos barramentos estendidos.
--------------------------------------------------------------
- Comparativo das Geometrias -
--------------------------------------------------------------
|----------------------------|-----------------|-----------------|-----------------|
| Grandeza | Shell (EE) | Pote estendido 2| Xs estendido 2 |
|----------------------------|-----------------|-----------------|-----------------|
| Ac | 345.69 mm² | 345.69 mm² | 345.69 mm² |
| Wa | 268.95 mm² | 350.00 mm² | 350.00 mm² |
| Ap | 97144.74 mm^4 | 120991.50 mm^4 | 120991.50 mm^4 |
| Wa sem carretel | 375.55 mm² | 518.00 mm² | 518.00 mm² |
| MLT | 114.57 mm | 95.82 mm | 95.82 mm |
| MPL | 121.32 mm | 186.40 mm | 196.60 mm |
| Volume do núcleo | 42500.00 mm³ | 66505.74 mm³ | 72245.48 mm³ |
| Área superf. do núcleo | 13173.64 mm² | 27751.50 mm² | 23243.02 mm² |
| Volume enrolamento 1 | 10008.15 mm³ | 8906.42 mm³ | 8906.42 mm³ |
| Volume enrolamento 2 | 12606.32 mm³ | 10555.75 mm³ | 10555.75 mm³ |
| AreaS enrolamento 1 | 7115.92 mm² | 12129.69 mm² | 12129.69 mm² |
| AreaS enrolamento 2 | 8963.25 mm² | 14375.93 mm² | 14375.93 mm² |
| Volume do barramento | 119523.88 mm³ | 121418.36 mm³ | 159273.31 mm³ |
|----------------------------|-----------------|-----------------|-----------------|
| VRMS1 | 400.00 V | 400.00 V | 400.00 V |
| VRMS2 | 200.00 V | 200.00 V | 200.00 V |
| IRMS1 | 3.043 A | 3.043 A | 3.043 A |
| IRMS2 | 6.086 A | 6.086 A | 6.086 A |
| a1 | 1.000 | 1.000 | 1.000 |
| a2 | 0.500 | 0.500 | 0.500 |
| Bmax | 98.88 mT | 98.06 mT | 98.06 mT |
|----------------------------|-----------------|-----------------|-----------------|
| LMag | 50.531 mH | 32.888 mH | 31.182 mH |
| Rcc1 | 99.000 mOhm | 99.290 mOhm | 99.290 mOhm |
| Rcc2 | 67.000 mOhm | 66.550 mOhm | 66.550 mOhm |
| Rca1 | 149.000 mOhm | 113.697 mOhm | 113.697 mOhm |
| Rca2 | 101.000 mOhm | 68.952 mOhm | 68.952 mOhm |
| PcuCC total | 3.398 W | 3.384 W | 3.384 W |
| PcuCC1 | 0.917 W | 0.919 W | 0.919 W |
| PcuCC2 | 2.482 W | 2.465 W | 2.465 W |
| PcuCA total | 5.121 W | 3.607 W | 3.607 W |
275
Parâmetros predefinidos:
Folga vertical no carretel: 2.00 mm
Folga lateral no carretel: 2.00 mm
Isolação entre enrolamentos: 1.00 mm
ku definido = 0.5000
Fonte: produção do próprio autor.
277
O conversor DAB foi projetado e montado por (MAMEDE, 2016). O diagrama es-
quemático deste conversor é apresentado na Figura 142.
PWM1H 1: PWM PWM1L 1: PWM PWM1L 1: PWM PWM1H 1: PWM PWM2H 1: PWM PWM2L 1: PWM PWM2L 1: PWM PWM2H 1: PWM
Ref PWM 2: Ref Ref PWM 2: Ref Ref PWM 2: Ref Ref PWM 2: Ref Ref PWM 2: Ref Ref PWM 2: Ref Ref PWM 2: Ref Ref PWM 2: Ref
GND 3: GND GND 3: GND GND 3: GND GND 3: GND GND 3: GND GND 3: GND GND 3: GND GND 3: GND
VCC 4: VCC VCC 4: VCC VCC 4: VCC VCC 4: VCC VCC 4: VCC VCC 4: VCC VCC 4: VCC VCC 4: VCC
Iin Iout
S1 S3 S5 S7
G S1 G S3 G S5 G S7
S S1 S S3 S S5 S S7
P1 L P2
Cb
+ +
- -
C1 C2
Rebite Rebite
S2 S4 S6 S8
G S2 G S4 G S6 G S8
S S2 S S4 S S6 S S8
O conversor foi projetado para trabalhar com tensão de 400 V e potência de 1 kW,
sendo assim, o indutor foi aproveitado do protótipo, descartando apenas o transformador ori-
ginal. As especificações do conversor DAB são descritas no Quadro 17.
278
O módulo de comando foi desenvolvido para esta tese com possibilidade de aplica-
ções em trabalhos futuros. O diagrama esquemático é apresentado na Figura 144. Esta placa
de comando é composta por um display LCD de 16x2, 4 encoders digitais para alterar indivi-
dualmente cada porta do conversor MAB e um circuito de buffer para criar um caminho de
alta impedância entre o comando e a placa de potência do conversor DAB, gerando uma pro-
teção adicional ao DSP. O kit de desenvolvimento LAUNCHXL-F28377S é conectado nos
terminais DSPA, DSPB, DSPC e DSPD.
279
1
C4 22pF - 0805 C7 22pF - 0805 C10 22pF - 0805 GND
Led_1 Led_2 ePWM9Bo 9 4 GND
JPa1 3V3
2
Jumper CLK5 1 GND 8 3 GND
DT5
C35 2
1
2
JPa2 Bot5
GND GND 100nF 3 7 2
Jumper 5V VR1 3V3A
3V3 4
3 2
Vin Vout 3V3 5 6 1
1
2
C14
P2 C15 GND C16 GND Phi4 DAB3
C17 Cap Pol3
100nF Cap Pol3 100nF GND
5V 1
1
LM3940 3V3
2
5V GND
GND GND GND C36 C25 22pF - 0805
100nF C26 22pF - 0805
DSPA DSPB C27 22pF - 0805 DSPC DSPD
3V3 J1 J3 J4 J2 C28 22pF - 0805 J5 J7 J8 J6
1 21 ePWM7A 40 20 GND C29 22pF - 0805 41 61 ePWM2A 80 60
Bot5 ePWM7B DB7 ePWM2B DB0
C18 22pF - 0805 GND DT5 2 22 ePWM8A 39 19 DB6 Bot3 42 62 ePWM6A 79 59
GND 3 23 38 18 GND 43 63 78 58
C19 22pF - 0805 GND CLK5 4 24 ePWM8B 37 17 GND GND DT3 44 64 ePWM6B 77 57 GND
C20 22pF - 0805 5 25 GND ePWM9A 36 16 45 65 GND 76 56
C21 22pF - 0805 6 26 ePWM9B 35 15 DB5 46 66 75 55
C22 22pF - 0805 CLK3 E DB4 Bot2
GND 7 27 34 14 GND 47 67 74 54
C23 22pF - 0805 GND Bot4 8 28 R 33 13 DB3 48 68 73 53
C24 22pF - 0805 GND CLK4 9 29 32 12 DB2 GND DT2 49 69 72 52
GND DT4 10 30 31 11 DB1 GND CLK2 50 70 71 51
DSP DSP DSP DSP
5V 5V
U1E
R15 R16 R17 R18 R19 R20 R21 R22 R23 R24
820R - 0.1W - 0805 820R - 0.1W - 0805 11 10
ePWM2Bo ePWM8Ao
ePWM7Bo GND SN7407N
ePWM2Ao ePWM8Bo U1D
ePWM6Bo ePWM7Ao ePWM9Bo 9 8
ePWM6Ao ePWM9Ao
GND SN7407N
12
12
10
4
U1B U1C U1F U1A U2C U2B U2A U2D U2F U2E
SN7407N SN7407N SN7407N SN7407N SN7407N SN7407N SN7407N SN7407N SN7407N SN7407N
3
13
13
11
ePWM2B ePWM8A
ePWM2A ePWM8B
ePWM7B
ePWM6B ePWM9B
R26 R27 R28 R29 R30 R31 R32 R33 R34 R35
GND GND
Figura 145 - Dados o ensaio de curto circuito no barramento magnético P01 – T01: (a) E01 e (b) E02.
(a) (b)
Fonte: gerada pelo analisador de potências WT1800.
Figura 146 - Dados o ensaio de curto circuito no barramento magnético P01 – T02: (a) E01 e (b) E02.
(a) (b)
Fonte: gerada pelo analisador de potências WT1800.
281
Figura 147 - Dados o ensaio de curto circuito no barramento magnético P01 – T03: (a) E01 e (b) E02.
(a) (b)
Fonte: gerada pelo analisador de potências WT1800.
Figura 148 - Dados o ensaio de curto circuito no barramento magnético P01 – T04: (a) E01 e (b) E02.
(a) (b)
Fonte: gerada pelo analisador de potências WT1800.
Figura 149 - Dados o ensaio de curto circuito no barramento magnético P02 – T05: (a) E01 e (b) E02.
(a) (b)
Fonte: gerada pelo analisador de potências WT1800.
282
Figura 150 - Formas de onda de tensão e corrente para o barramento magnético P01 – T01. (a) tensão e corrente
com valores originais, reconstruídos com frequência de corte de 1,5 MHz por meio do algoritmo de
FFT e na frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico de tensão e corrente.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 151 - Formas de onda de tensão e corrente para o barramento magnético P01 – T02: (a) tensão e corrente
com valores originais, reconstruídos com frequência de corte de 1,5 MHz por meio do algoritmo de
FFT e na frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico de tensão e corrente.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
283
Figura 152 - Formas de onda de tensão e corrente para o barramento magnético P01 – T03: (a) tensão e corrente
com valores originais, reconstruídos com frequência de corte de 1,5 MHz por meio do algoritmo de
FFT e na frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico de tensão e corrente.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 153 - Formas de onda de tensão e corrente para o barramento magnético P01 – T04: (a) tensão e corrente
com valores originais, reconstruídos com frequência de corte de 1,5 MHz por meio do algoritmo de
FFT e na frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico de tensão e corrente.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
284
Figura 154 - Formas de onda de tensão e corrente para o barramento magnético P02 – T05: (a) tensão e corrente
com valores originais, reconstruídos com frequência de corte de 1,5 MHz por meio do algoritmo de
FFT e na frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico de tensão e corrente.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
As formas de onda para medição de potência ativa são apresentadas na Figura 155,
Figura 156, Figura 157, Figura 158 e Figura 159.
Figura 155 - Potência instantânea para o ensaio de curto circuito no T01. (a) E01 e (b) E02.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
285
Figura 156 - Potência instantânea para o ensaio de curto circuito no T02. (a) E01 e (b) E02.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 157 - Potência instantânea para o ensaio de curto circuito no T03. (a) E01 e (b) E02.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
286
Figura 158 - Potência instantânea para o ensaio de curto circuito no T04. (a) E01 e (b) E02.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 159 - Potência instantânea para o ensaio de curto circuito no T05. (a) E01 e (b) E02.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
Tabela 43 - Parâmetros calculados para o ensaio de curto circuito para o barramento magnético T01.
Medição/ Analisador de Analisador de
Osciloscópio
Resultado potência impedância
Enrolamento de leitura E01 E02 E01 E02 E01 E02
Vrms [V] 37,46 18,03 36,26 17,47
Irms [A] 3,06 6,10 3,17 6,17
Irms no enrolamento oposto [A] 6,19 3,01
Potência ativa [W] 14,47 15,80 17,06 16,40
THDv [%] 0,504 0,575 0,504 0,575
THDi [%] 0,149 0,152 0,149 0,152
Vrms1 [V] 33,46 15,63 32,39 15,15
Irms1 [A] 3,03 6,03 3,13 6,10
Rs [Ω] 1,547 0,425 1,714 0,456 1,702 0,431
P1 [W] 14,16 15,44 16,69 16,02
S1 [VA] 101,22 94,26 101,44 92,40
Q1 [Var] 100,23 92,99 100,05 91,00
X1 [Ω] 10,95 2,56 10,20 2,45
Ls [µH] 34,86 8,14 32,67 8,46 32,47 7,78
Req [Ω] ¹ 1,643 0,401 1,790 0,437 1,733 0,423
R [Ω] ¹ 0,727 0,224 0,793 0,244 0,763 0,237
Rcc [mΩ] ¹ 129,34 39,75 129,34 39,75 124,34 38,60
Fr ¹ 5,623 5,623 6,129 6,129 6,136 6,136
Leq [µH] ¹ 34,09 8,33 33,64 8,22 32,17 7,86
Llk [µH] ¹ 15,09 4,64 14,90 4,58 14,17 4,40
¹ grandezas calculadas para cada enrolamento a partir dos dados disponibilizados no ensaio.
Fonte: produção do próprio autor.
Tabela 44 - Parâmetros calculados para o ensaio de curto circuito para o barramento magnético T02.
Analisador de
Medição/Resultado Analisador de potência Osciloscópio
impedância
Enrolamento de leitura E01 E02 E01 E02 E01 E02
Vrms [V] 27,08 12,90 26,75 12,62
Irms [A] 3,03 6,03 3,18 6,09
Irms no enrolamento oposto [A] 6,16 2,98
Potência ativa [W] 13,64 14,10 15,31 13,64
THDv [%] 0,531 0,629 0,531 0,629
THDi [%] 0,154 0,172 0,154 0,172
Vrms1 [V] 23,92 10,92 23,63 10,69
Irms1 [A] 3,00 5,94 3,15 6,01
Rs [Ω] 1,482 0,388 1,517 0,428 1,511 0,367
P1 [W] 13,32 13,70 14,95 13,25
S1 [VA] 71,73 64,91 74,32 64,18
Q1 [Var] 70,48 63,45 72,80 62,80
X1 [Ω] 7,84 1,80 7,36 1,74
Ls [µH] 24,95 5,72 22,73 5,90 23,42 5,54
Req [Ω] ¹ 1,539 0,374 1,640 0,398 1,512 0,367
R [Ω] ¹ 0,645 0,217 0,688 0,231 0,691 0,199
Rcc [mΩ] ¹ 118,46 39,86 118,46 39,86 114,48 32,98
Fr ¹ 5,446 5,446 5,804 5,804 6,040 6,040
Leq [µH] ¹ 24,25 5,89 23,52 5,71 23,12 5,61
Llk [µH] ¹ 10,16 3,42 9,86 3,32 10,57 3,05
¹ grandezas calculadas para cada enrolamento a partir dos dados disponibilizados no ensaio.
Fonte: produção do próprio autor.
288
Tabela 45 - Parâmetros calculados para o ensaio de curto circuito para o barramento magnético T03.
Medição/ Analisador de
Analisador de potência Osciloscópio
Resultado impedância
Enrolamento de leitura E01 E02 E01 E02 E01 E02
Vrms [V] 46,10 22,32 44,50 21,55
Irms [A] 3,03 6,02 3,11 6,06
Irms no enrolamento oposto [A] 6,12 2,97 - -
Potência ativa [W] 4,08 6,00 7,15 7,69
THDv [%] 0,500 0,565 0,500 0,565
THDi [%] 0,129 0,131 0,129 0,131
Vrms1 [V] 41,23 19,43 39,80 18,76
Irms1 [A] 3,00 5,97 3,09 6,01
Rs [Ω] 0,445 0,165 0,598 0,177 0,737 0,209
P1 [W] 4,01 5,90 7,03 7,56
S1 [VA] 123,88 116,01 122,94 112,72
Q1 [Var] 123,81 115,86 122,74 112,47
X1 [Ω] 13,71 3,25 12,86 3,12
Ls [µH] 43,65 10,35 41,23 10,55 40,95 9,92
Req [Ω] ¹ 0,560 0,137 0,661 0,162 0,796 0,195
R [Ω] ¹ 0,149 0,101 0,176 0,119 0,211 0,143
Rcc [mΩ] ¹ 99,00 67,00 99,00 67,00 95,52 65,05
Fr ¹ 1,503 1,503 1,774 1,774 2,204 2,204
Leq [µH] ¹ 42,96 10,51 42,17 10,32 40,74 9,97
Llk [µH] ¹ 11,41 7,72 11,20 7,58 10,77 7,33
¹ grandezas calculadas para cada enrolamento a partir dos dados disponibilizados no ensaio.
Fonte: produção do próprio autor.
Tabela 46 - Parâmetros calculados para o ensaio de curto circuito para o barramento magnético T04.
Medição/ Analisador de
Analisador de potência Osciloscópio
Resultado impedância
Enrolamento de leitura E01 E02 E01 E02 E01 E02
Vrms [V] 401,80 202,69 422,99 194,34
Irms [A] 2,95 6,04 3,05 6,04
Irms no enrolamento oposto [A] 5,97 2,96 - -
Potência ativa [W] 52,22 70,50 42,77 88,58
THDv [%] 0,487 0,495 0,487 0,495
THDi [%] 0,137 0,155 0,137 0,155
Vrms1 [V] 361,20 181,67 380,25 174,19
Irms1 [A] 2,93 5,97 3,02 5,97
Rs [Ω] 5,983 1,934 9,432 2,378 4,606 2,428
P1 [W] 51,26 68,84 41,99 86,50
S1 [VA] 1057,28 1083,99 1148,16 1039,69
Q1 [Var] 1056,04 1081,80 1147,39 1036,09
X1 [Ω] 123,25 30,39 125,85 29,08
Ls [µH] 392,32 96,72 365,12 91,61 400,58 92,58
Req [Ω] ¹ 6,936 1,700 9,566 2,345 7,255 1,779
R [Ω] ¹ 3,434 0,858 4,736 1,184 3,201 0,994
Rcc [mΩ] ¹ 135,32 33,83 135,32 33,83 124,34 38,60
Fr ¹ 25,376 25,376 34,998 34,998 25,747 25,747
Leq [µH] ¹ 393,45 96,45 369,41 90,55 389,12 95,39
Llk [µH] ¹ 194,79 48,70 182,89 45,72 171,70 53,30
¹ grandezas calculadas para cada enrolamento a partir dos dados disponibilizados no ensaio.
Fonte: produção do próprio autor.
289
Tabela 47 - Parâmetros calculados para o ensaio de curto circuito para o barramento magnético T05.
Medição/ Analisador de
Analisador de potência Osciloscópio
Resultado impedância
Enrolamento de leitura E01 E02 E01 E02 E01 E02
Vrms [V] 22,19 22,59 21,31 21,92
Irms [A] 1,54 1,57 1,58 1,61
Irms no enrolamento oposto [A] 1,54 1,56 - -
Potência ativa [W] 10,39 11,00 10,88 11,54
THDv [%] 0,521 0,531 0,521 0,531
THDi [%] 0,180 0,181 0,180 0,181
Vrms1 [V] 19,68 19,96 18,89 19,36
Irms1 [A] 1,51 1,54 1,55 1,59
Rs [Ω] 4,389 4,463 4,332 4,334 4,378 4,444
P1 [W] 10,07 10,65 10,54 11,17
S1 [VA] 29,80 30,83 29,31 30,71
Q1 [Var] 28,05 28,93 27,35 28,60
X1 [Ω] 12,23 12,12 11,36 11,37
Ls [µH] 38,93 38,59 37,22 37,25 36,17 36,20
Req [Ω] ¹ 4,443 4,409 4,349 4,317 4,428 4,395
R [Ω] ¹ 1,980 2,444 1,939 2,392 2,442 1,971
Rcc [mΩ] ¹ 158,60 195,72 158,60 195,72 184,79 149,17
Fr ¹ 12,487 12,487 12,224 12,224 13,214 13,214
Leq [µH] ¹ 38,90 38,61 37,38 37,10 36,33 36,05
Llk [µH] ¹ 17,34 21,40 16,66 20,56 20,03 16,17
¹ grandezas calculadas para cada enrolamento a partir dos dados disponibilizados no ensaio.
Fonte: produção do próprio autor.
290
Figura 160 - Dados o ensaio de circuito aberto no barramento magnético P01 – T01: (a) E01 e (b) E02.
(a) (b)
Fonte: gerada pelo analisador de potências WT1800.
Figura 161 - Dados o ensaio circuito aberto no barramento magnético P01 – T02: (a) E01 e (b) E02.
(a) (b)
Fonte: gerada pelo analisador de potências WT1800.
291
Figura 162 - Dados o ensaio de circuito aberto no barramento magnético P01 – T03: (a) E01 e (b) E02.
(a) (b)
Fonte: gerada pelo analisador de potências WT1800.
Figura 163 - Dados o ensaio de circuito aberto no barramento magnético P01 – T04: (a) E01 e (b) E02.
(a) (b)
Fonte: gerada pelo analisador de potências WT1800.
Figura 164 - Dados o ensaio de circuito aberto no barramento magnético P02 – T05: (a) E01 e (b) E02.
(a) (b)
Fonte: gerada pelo analisador de potências WT1800.
292
Figura 165 - Formas de onda o barramento magnético P01 – T01: (a) tensão e corrente com valores originais,
reconstruídos e na frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
293
Figura 166 - Formas de onda o barramento magnético P01 – T02: (a) tensão e corrente com valores originais,
reconstruídos e na frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
294
Figura 167 - Formas de onda o barramento magnético P01 – T03: (a) tensão e corrente com valores originais,
reconstruídos e na frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 168 - Formas de onda o barramento magnético P01 – T04: (a) tensão e corrente com valores originais,
reconstruídos e na frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
295
Figura 169 - Formas de onda o barramento magnético P02 – T05: (a) tensão e corrente com valores originais,
reconstruídos e na frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 170 - Formas de onda o barramento magnético P02 – T06: (a) tensão e corrente com valores originais,
reconstruídos e na frequência fundamental de 50 kHz. (b) Espectro harmônico.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
296
As formas de onda da potência medida nos ensaios de circuito aberto são apresenta-
das na Figura 171, Figura 172, Figura 173, Figura 174 e Figura 175.
Figura 171 - Potência instantânea para o ensaio de circuito aberto no T01. (a) E01 e (b) E02.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 172 - Potência instantânea para o ensaio de circuito aberto no T02. (a) E01 e (b) E02.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
297
Figura 173 - Potência instantânea para o ensaio de circuito aberto no T03. (a) E01 e (b) E02.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
Figura 174 - Potência instantânea para o ensaio de circuito aberto no T04. (a) E01 e (b) E02.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
298
Figura 175 - Potência instantânea para o ensaio de circuito aberto no T05. (a) E01 e (b) E02.
(a)
(b)
Fonte: produção do próprio autor.
Tabela 48 - Parâmetros calculados para o ensaio de circuito aberto para o barramento magnético T01.
Analisador de
Medição/Resultado Analisador de potência Osciloscópio
impedância
Enrolamento de leitura E01 E02 E01 E02 E01 E02
Vrms [V] 401,1 200,2 423,7 207,1
Vrms no enrolamento oposto [V] 201,8 405,7 210,6 438,5
Irms [mA] 138,90 292,80 154,36 342,23
Potência ativa [W] 7,38 8,41 4,86 6,67
THDv [%] 0,475 0,498 0,475 0,498
THDi [%] 0,471 1,304 0,471 1,304
Vrms1 [V] 362,28 179,19 379,10 185,38
Irms1 [A] 125,66 178,15 29,26 46,88
Rp [Ω] 21,802 4,764 36,946 6,426
P1 [W] 6,02 6,74 3,89 5,35
S1 [VA] 45,53 31,92 11,09 8,69
Q1 [VAr] 45,13 31,20 10,39 6,85
X1 [Ω] 2908,47 1029,00 13836,6 5017,1
LC [µH] 9,258 3,275 20,95 5,25 44,043 15,970
CC [pF] 59,97 239,16
a (n2/n1) 0,503 - 0,501 - 0,497 -
RC [kΩ] 21,802 4,764 - - 36,946 6,426
Lmag [mH] 11,099 2,809 20,95 5,25 54,334 13,427
Cp [pF] - - 59,97 239,15 - -
Fonte: produção do próprio autor.
299
Tabela 49 - Parâmetros calculados para o ensaio de circuito aberto para o barramento magnético T02.
Analisador de Analisador de
Medição/Resultado Osciloscópio
potência impedância
Enrolamento de leitura E01 E02 E01 E02 E01 E02
Vrms [V] 403,5 201,1 422,0 205,9
Vrms no enrolamento oposto [V] 205,5 414,1 213,9 435,3
Irms [mA] 206,60 512,00 146,32 347,57
Potência ativa [W] 10,70 16,65 1,00 0,49
THDv [%] 0,476 0,473 0,476 0,473
THDi [%] 0,633 1,417 0,633 1,417
Vrms1 [V] 364,36 181,78 377,23 183,73
Irms1 [A] 174,61 295,19 28,70 38,52
Rp [Ω] 15,216 2,428 178,124 86,769
P1 [W] 8,72 13,61 0,80 0,39
S1 [VA] 63,62 53,66 10,83 7,08
Q1 [VAr] 63,02 51,90 10,80 7,07
X1 [Ω] 2106,66 636,64 13178,6 4777,4
LC [µH] 6,706 2,026 18,64 4,69 41,949 15,207
CC [pF] 108,3 430,7
a (n2/n1) 0,509 - 0,502 - 0,507 -
RC [kΩ] 15,216 2,428 - - 178,124 86,769
Lmag [mH] 7,258 1,883 18,64 4,69 50,564 12,993
Cp [pF] - - 108,34 430,69 - -
Fonte: produção do próprio autor.
Tabela 50 - Parâmetros calculados para o ensaio de circuito aberto para o barramento magnético T03.
Analisador de Analisador de
Medição/Resultado Osciloscópio
potência impedância
Enrolamento de leitura E01 E02 E01 E02 E01 E02
Vrms [V] 402,3 198,9 420,6 206,3
Vrms no enrolamento oposto [V] 201,6 406,3 211,6 424,0
Irms [mA] 122,80 308,40 163,18 180,23
Potência ativa [W] 7,80 8,36 4,87 6,36
THDv [%] 0,473 0,460 0,473 0,460
THDi [%] 0,296 0,578 0,296 0,578
Vrms1 [V] 363,63 180,64 376,91 186,36
Irms1 [A] 117,75 266,96 51,10 87,29
Rp [Ω] 20,749 4,730 36,366 6,688
P1 [W] 6,37 6,90 3,91 5,19
S1 [VA] 42,82 48,22 19,26 16,27
Q1 [VAr] 42,34 47,73 18,86 15,42
X1 [Ω] 3122,83 683,68 7533,2 2252,8
LC [µH] 9,940 2,176 10,12 2,53 23,979 7,171
CC [pF] 59,5 242,7
a (n2/n1) 0,501 - 0,500 - 0,503 -
RC [kΩ] 20,749 4,730 - - 36,366 6,688
Lmag [mH] 9,303 2,336 10,12 2,53 26,163 6,618
Cp [pF] - - 60,16 240,26 - -
Fonte: produção do próprio autor.
300
Tabela 51 - Parâmetros calculados para o ensaio de circuito aberto para o barramento magnético T04.
Analisador de
Medição/Resultado Analisador de potência Osciloscópio
impedância
Enrolamento de leitura E01 E02 E01 E02 E01 E02
Vrms [V] 403,9 200,2 425,9 205,3
Vrms no enrolamento oposto [V] 210,2 433,3 218,5 457,3
Irms [mA] 114,00 190,60 109,69 197,28
Potência ativa [W] 5,90 5,32 4,47 5,09
THDv [%] 0,476 0,469 0,476 0,469
THDi [%] 0,329 3,289 0,329 3,289
Vrms1 [V] 364,67 181,21 381,02 184,29
Irms1 [A] 108,28 55,44 32,77 47,83
Rp [Ω] 27,647 7,532 40,532 8,288
P1 [W] 4,81 4,36 3,58 4,10
S1 [VA] 39,49 10,05 12,49 8,81
Q1 [VAr] 39,19 9,05 11,96 7,80
X1 [Ω] 3393,15 3628,10 12136,9 4351,4
LC [µH] 10,801 11,549 19,41 4,88 38,633 13,851
CC [pF] 24,6 99,9
a (n2/n1) 0,520 - 0,501 - 0,513 -
RC [kΩ] 27,647 7,532 - - 40,532 8,288
Lmag [mH] 26,718 7,237 19,41 4,88 45,622 12,011
Cp [pF] - - 24,87 98,90 - -
Fonte: produção do próprio autor.
Tabela 52 - Parâmetros calculados para o ensaio de circuito aberto para o barramento magnético T05.
Analisador de
Medição/Resultado Analisador de potência Osciloscópio
impedância
Enrolamento de leitura E01 E02 E01 E02 E01 E02
Vrms [V] 397,6 404,6 423,6 416,3
Vrms no enrolamento oposto [V] 410,4 397,0 443,1 441,7
Irms [mA] 314,10 237,80 186,63 185,62
Potência ativa [W] 9,40 8,02 5,62 5,28
THDv [%] 0,477 0,725 0,477 0,725
THDi [%] 0,476 0,618 0,476 0,618
Vrms1 [V] 358,92 327,51 378,10 372,06
Irms1 [A] 283,64 202,31 22,81 25,04
Rp [Ω] 16,820 20,412 31,914 32,843
P1 [W] 7,66 5,25 4,48 4,21
S1 [VA] 101,80 66,26 8,62 9,31
Q1 [VAr] 101,52 66,05 7,37 8,31
X1 [Ω] 1268,99 1623,98 19403,7 16664,4
LC [µH] 4,039 5,169 22,29 22,31 61,764 53,045
CC [pF] 177,8 175,1
a (n2/n1) 1,032 - 1,000 - 1,046 -
RC [kΩ] 16,820 20,412 - - 31,914 32,843
Lmag [mH] 4,446 4,736 22,29 22,31 55,120 60,314
Cp [pF] - - 176,55 176,38 - -
Fonte: produção do próprio autor.
301