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Economia Internacional – Lista Final, Entrega na data da P2

1) Quais as principais barreiras ao comércio internacional? Diferencie as barreiras tarifárias


das não tarifárias.
Existe uma série de barreias no comércio internacional que impossibilitam o comércio
de bens e serviços. Alguns exemplos são:
 Restrições a respeito do tipo de presença comercial (por exemplo,
somente join ventures)
 Requisitos de registro ou de licenciamento discriminatórios.
 Exigências de nacionalidade e de residência discriminatórios.
 Tratamento discriminatório que confira vantagens as empresas
domésticas em detrimento das empresas estrangeiras.
 Obrigações de contratações de mão de obra local.
 Aplicação discriminatória de normas técnicas.
Embora não haja uma definição precisa para a barreira comercial, esta pode ser
entendida como qualquer lei, regulamento, política, medida ou prática governamental
que imponha restrições ao comércio exterior.
Há duas categorias mais comuns de barreiras que sejam:
Barreiras tarifárias que tratam de tarifas de improtação de taxas diversas.
 Imposto de Importação
 Imposto de Exportação
 Quotas tarifarias importação
 Quotas tarifarias exportação.
Barreiras nõo tarífarias que tratam as retrições quantitativas, licenciamento de
importação, procedimentos alfandegários, valoração Aduaneira Antiduping, Medidas
Compensatorias, subsídios, medidas de Salvaguarda e medidas sanitárias. Dentre
estas últimas encontram-se as barreiras técnicas, que são mecanismos ultilizados
como fins proteccionistas.
 Restrições quantitativas
 Regulamentos técnicos
 Medidas sanitárias e fitossanitária
 Padrões privados/ normas voluntárias
 Serviços Subsídios
 Propriedade Intelectual
 Compras governamentas
 Regras de Origem
É importante observar que as barreiras técnicas podem ocorrer devido á falta de
transparência das normas e regulamentos ou, ainda, pela imposição, de determinados
procedimentos morosos ou dispendiosos para avaliação da conformidade.
Os Acordos Antidumping, de Subsídios e Medidas Compensatórias e de Salvaguardas
fazem parte do conjunto de normas da Organização Mundial do Comércio OMC, ao
qual o Brasil aderiu formalmente no final de 1994, por meio de decreto número 1.355,
de 30/12/94 e, portanto, estão sujeitos a uma aplicação estritamente técnica.
2) Diferencie tarifas ad valorem das específicas
Tarifas Advalorem= Tarifa cobrada em bases percentuais sobre o valor da Mercadoria.
Por exemplo, uma tarifa de 5%, significa que o imposto de importação equivale a 5%
do valor estimado da mercadoria.
Tarifa Específica = Tarifa fixada em termos de encargos monetários específicos por
unidade ou quantidade do bem importado. Por exemplo, US$ 100,00 por tonelada
métrica de determinado bem.
3) Quais as vantagens e desvantagens do uso de tarifas e de quotas de importação? Elas
podem gerar exatamente os mesmos efeitos?
Tarifa In-cota, tarifa extra-cota e mecanismo de administração, foi decorrência do
processo de “tarifação” – garantir acesso mínimo hoje temos um total de 1425 TRQ (43
países membros OMC): cerca de 924 não são completamente preenchidas.
As quotas tarífarias determinam uma quantidade em relação a qual aplicada uma tarifa
específica. Usualmente, essas quotas são definidas por volumes anuais. Para a maior
parte das mercadorias, as quotas de importação só podem só podem ser impostas em
circunstâncias expepcionais. Uma exeção são os produtos que se enquadram no
Acordo sobre Agricultura da OMC, aos quais são aplicados quotas no curso nominal do
comércio.
A tarifa diferenciada aplicada a quantidade que excede a quota é maior que a tarifa
aplicada a quota e pode chegar a ser uma tarifa proibitiva (isto é, uma tarifa tão elevada
que, na prática, impossibilita, qualquer tipo de importação extra quota).
Nesse sentido, as quotas tarifárias podem se tornar uma importante barreira ao
comércio, na medida em que somente uma determinada quantidade de produtos terá
acesso ao mercado estrangeiro.
4) Como os subsídios podem interferir no comércio internacional?
Interferem nas decisões dos investidores de modo que elas deixam de ser tomadas por
critérios de mercado.
5) O que são restrições voluntárias às exportações e por que um país colocaria barreiras às
suas exportações?
Padrões privados também chamados de normas “voluntárias”, são exigências
estabelecidas por entidades privadas. – como, por exemplo, grupo varejistas e
organizações não governamentais. – relativas a segurança, qualidade ou
sustentabilidade de produtos ou métodos e processos de produção. Ainda que
tenham como origem entidades privadas, em muitos casos os padrões privados
contam com participações de governos em seu processo de criação, ou com o
reconhecimento governamental, funcionando de modo paralelo as regras
governamentais que são aplicavéis aos Estados. A existência dos padrões privados
não é por si só, problemática. Contudo, a partir do momento em que a observância
a tais critérios se torna em termos práticos uma obrigação (seja por exigência ou
reconhecimento do próprio Estado ou por exigência do mercado), o padrão privado
pode se tornar uma barreira ao comércio. Isso pode ocorrer por razões como:
 Multiplicidade e sobreposição de padrões privados, o que implica custos
adicionais.
 Existência simultânea de normas estatais e privadas referentes ao mesmo
tema, nem sempre compativeis o que gera custos e imprevisibilidade.
 Dificuldade de seguir padrões mais complexos e rigorosos do que os das
estatais.
Outro aspecto problemático relativo aos padrões privados refere-se a
inexistência de foros internacionais centralizados para debater e eventualmente
questionar tais padrões. Por não serem elaborados e implementados nos níveis
governamentais, não esta claro em que medida ou em que circustâncias
padrões privados, poderiam ser tratados como de responsabilidade do Estado, e
consequentemente questionados no âmbito da OMC.
6) O que são barreiras administrativas e barreiras fitossanitárias? Por que elas vêm
ganhando importância?
R: Padrões técnicos administrativos e e fitossanitários tornaram-se, em muitos casos,
instrumentos de escolha preferencial dos formuladores de políticas públicas que desejam
oferecer proteção às suas indústrias nacionais.
As medidas sanitárias e fitossanitárias podem ser aplicadas para alcançar os seguintes
objetivos:
. Proteger a vida e a saúde humana ou animal dos riscos derivados da presença de
aditivos, contaminantes, toxinas ou organismos que causem doenças em alimentos,
bebidas ou ração animal:
• Proteger a vida e a saúde humana de riscos decorrentes de doenças transmitidas por
animais, plantas ou por produtos deles derivados, ou da entrada, estabelecimento ou
disseminação de pragas:
. Proteger a vida e a saúde animal ou vegetal dos riscos resultantes da entrada, do
estabelecimento ou da disseminação de pragas, doenças ou organismos causadores ou
portadores de doenças:
• Prevenir ou limitar outros danos a um país decorrentes da entrada, estabelecimento ou
disseminação de pragas. Para assegurar os objetivos citados acima, é comum que países
implementem procedimentos de controle rigorosos, que podem incluir inspeções nos
produtos importados (incluindo inspeções realizadas no território do país exportador),
exigências de padrões de qualidade específicos, testes em laboratórios, dentre outros
procedimentos que podem representar custos relevantes.
As medidas sanitárias e fitossanitárias podem ser adotadas e nem sempre serão
consideradas uma barreira ilegítima ao comércio. Para que sejam admitidas, devem ter
justificativa científica e não podem servir como uma forma de proteger produtores
nacionais ou discriminar injustificadamente entre exportadores de diferentes países. Além
de se basearem em padrões científicos e não serem (injustificadamente) discriminatórias,
as medidas sanitárias e fitossanitárias não devem impor um ônus desproporcional ao
comércio, sendo preferível a utilização de medidas alternativas, caso estas atinjam os
objetivos almejados com menor restrição ao comércio. Assim como ocorre com os
regulamentos técnicos, existem normas sanitárias e fitossanitárias internacionalmente
aceitas, os chamados standards internacionais. O Acordo sobre Medidas Sanitárias e
Fitossanitárias da OMC inclusive reconhece expressamente alguns desses standards - em
particular os provenientes da Comissão do Codex Alimentarius, do Escritório
Internacional de Epizootias e do Secretariado da Convenção Internacional para a
Proteção dos Vegetais - como os mais adequados para assegura respectivamente Saúde
humana.

7) O que significam os conceitos de excedente dos consumidores e dos produtores? Mostre


graficamente.
R:
Excedente do consumidor é a diferença entre o preço que os consumidores estão
dispostos a pagar baseados em suas preferencia-se o preço de equilíbrio do mercado.
Excedente do produtor é a diferença entre o preço pelo qual os produtores desejam
vender um produto baseados em seus custos e o preço de equilíbrio do mercado.
8) Quais as limitações do instrumental de análise de bem-estar em equilíbrio parcial?
R: é relativamente fácil cometer equívocos de interpretação nesta área em que as
vertentes positiva e normativa do pensamento econômico se encontram. Quantificar e
fazer proposições sobre o bem-estar de uma sociedade é mesmo tarefa delicada. O
primeiro ponto a se notar é que as medidas de bem-estar são obtidas a partir de um
determinado referencial teórico usado para explicar como são resolvidos os problemas
econômicos, aquilo que se costuma denominar por Economia Positiva. E com base nestas
explicações sobre a operação dos mercados e comportamento dos agentes econômicos
que se estruturam as proposições de Economia Normativa, vale dizer, as recomendações
técnicas ou de política econômica voltadas à satisfação de determinados objetivos sociais.
Dizer que os indivíduos responsáveis pelas decisões das firmas escolhem de forma a
maximizar o valor presente da empresa ou os lucros do período é propor uma lógica de
cooperação para o o sistema econômico, uma explicação de natureza positiva voltada a
esclarecer quais são os problemas econômicos e como são resolvidos. Proposições como
estas têm natureza positiva porque seu objetivo é tentar encontrar uma lógica cientifica
para os comportamentos observados na realidade, sem a intenção imediata de interferir
sobre o fenômeno estudado. Algo bastante diverso ocorre quando se propõe ações
especificas para alterar ou conformar a realidade que se observa. Nos argumentos de
natureza normativa há uma pretensão de controle e a fixação de objetivos práticos a
serem atingidos, o que transforma o cientista 'isento" em um agente que sugere
aperfeiçoamentos ou mudanças cuja implementação ele considera adequada. Ao se
defender um conjunto de objetivos ou ações econômicas em detrimento de outras,
realiza-se uma escolha diante de possibilidades alternativas e a "isenção" cientifica abre
espaço para uma opção valorativa. Os problemas e valores envolvidos na análise de bem-
estar dependerão das situações concretas consideradas. Não obstante, dispõe-se de uma
metodologia relativamente padronizada e simples para a estruturação lógica de problemas
de bem-estar relacionados ao funcionamento dos mercados, que passa agora a ser
discutida. Trata-se da análise de bem-estar sob equilíbrio parcial, cujos antecedentes
remontam a Dupuit3 (1804-1866). Para este autor, a curva de demanda mostraria os
preços máximos que os consumidores estariam dispostos a pagar para adquirir as
diferentes quantidades de um bem ou serviço. Supondo que os preços máximos que os
consumidores voluntariamente pagariam para adquirir determinada quantidade de uma
mercadoria guardem uma relação direta com o bem-estar por ela propiciado, Dupuit
associou a área compreendida abaixo da curva de demanda à utilidade total que os
consumidores atribuem ao consumo ou uso desta mercadoria.
9) Usando um gráfico de equilíbrio parcial, mostre os efeitos de uma tarifa sobre o bem-
estar da sociedade para uma economia grande.
R:
10) Usando um gráfico de equilíbrio parcial, mostre os efeitos de subsídio às exportações
sobre o bem-estar da sociedade para uma economia grande.
R: Quando o governo oferece subsídios à exportação, os exportadores exportam o bem
até o ponto em que o preço doméstico excede o preço estrangeiro pelo montante do
subsídio. - Pode ser específico ou ad valorem.

11) Refaça as respostas para as questões 9 e 10 para economias pequenas – que mudanças
ocorrem na comparação com economias grandes?
R: Um subsídio à exportação aumenta os preços no país. exportador, enquanto os reduz
no pais importador. . Além disso, e contrariamente à tarifa, O subsídio à exportação piora
os termos de troca. Um subsídio à exportação gera, sem dúvida, custos que excedem seus
benefícios.

12) Quais os principais argumentos a favor da liberdade comercial?


R: Produtores e consumidores alocam recursos de modo mais eficiente quando uma
política comercial não distorce os preços de mercado. A alocação eficiente dos recursos
consiste em evitar o desperdício de recursos na busca da renda. As forças do mercado
fazem o equilíbrio acontecer, gerando maior bem-estar;
 Economias de escala
 Concorrência e oportunidade de inovação;
• Argumento político: é a melhor estratégia política viável, embora possam existir
outras.
13) Quais os principais argumentos contrários ao livre comércio?
R: Imposição de políticas comerciais, como a tarifa ou a cota, eleva o bem-estar nacional
de um país de grande porte, mas o bem-estar começará a diminuir à medida que a perda
de eficiência econômica exceder os ganhos de termos de troca;
A tarifa só é positiva quando ela é uma tarifa ótima, ou seja, uma alíquota que maximize
o bem-estar. Isso vale para um imposto sobre as exportações:
Pode haver falhas de mercado doméstico (Teoria do Segundo Melhor: intervenção
governamental que distorce o mercado pode aumentar o bem-estar a compensar as falhas
de mercado que tornem o livre comércio uma política sub-ótima. As falhas: alto nível
persistente de subemprego, alto nível persistente de subutilização de estruturas,
benefícios tecnológicos de empresas privadas as quais não podem se apropriar
plenamente, custos ambientais e direitos à propriedade.
14) O que é o teorema do eleitor médio e o problema da ação coletiva? Como estes
argumentos são usados para explicar a existência de proteção comercial?
R: O teorema do eleitor mediano afirma que "um sistema de votação por maioria absoluta
selecionará o melhor resultado para o eleitor mediano". Isto está associado a economia de
escolha pública.
A teoria econômica da ação coletiva se preocupa com a provisão de bens públicos (e de
consumo coletivo), através da colaboração de dois ou mais indivíduos, e do impacto das
externalidades sobre o comportamento do grupo. E mais comumente referido como
Escolha Pública. Livro de Mancur Olson 1965 A Lógica da Ação Coletiva: Bens Públicos
e a Teoria de Grupos, é uma análise importante no início dos problemas do custo de bem
público.
Além de economia, a teoria tem encontrado muitas aplicações na ciência política
sociologia, comunicação, antropologia e ambientalismo.
O termo "problema de ação coletiva" descreve uma situação em que pessoas empenhadas
em uma ação - da qual sejam potenciais beneficiárias. devem necessariamente realizá-la
em coletivo, posto que seus custos associados tornariam implausível a qualquer um fazê-
lo sozinho.

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