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Daniel Conegero
Os atributos do ser humano revelam que Deus o criou de tal forma que ele é
diferente de qualquer outra criatura. Isso quer dizer que o homem reúne certas
qualidades que somente ele possui no reino criado.
Os atributos do ser humano estão diretamente ligados ao fato de que Deus criou o
homem à Sua imagem e semelhança. Isso quer dizer que de certa forma somos
parecidos com Deus – ainda que exista uma diferença enorme entre a natureza de
Deus e a natureza humana.
Ao longo do tempo os estudiosos têm discutido o que realmente significa ser feito
à imagem e semelhança de Deus. Nesse ponto alguns atributos do ser humano são
apontados como sendo a definição do que isso quer dizer. Alguns dizem que se
trata da racionalidade do homem; outros acreditam que se trata de sua volição e
pessoalidade; outros defendem que se trata de sua capacidade e responsabilidade
moral; e ainda outros pensam que se trata de sua posição de governança na
natureza ou mesmo de sua espiritualidade.
Mas como alguns teólogos muito capacitados também afirmam, talvez a melhor
posição seja entender que Deus criou o homem e a mulher como seus
representantes e vice-regentes sobre toda a criação. Então ser a imagem de Deus é
ser um refletor da glória e do caráter de Deus no domínio da criação – e para tanto,
obviamente todos os atributos do ser humano estão envolvidos nisso. Portanto,
isso implica no fato de que esses atributos derivam de Deus, que resolveu
comunicá-los ao ser humano quando o fez à Sua imagem.
Mas a obra redentora de Cristo aplicada pelo Espírito Santo no ser humano vivifica-
o espiritualmente, liberta-o da culpa do pecado, restaura sua comunhão com Deus
e capacita-o a ficar livre do poder do pecado através da santificação. Então seus
atributos passam a ser condizentes com sua nova natureza.
O redimido possui a mente de Cristo; sua conduta moral reflete o caráter de Cristo
– em quem se cumpre plenamente o propósito de ser a imagem de Deus
(Colossenses 1:15-22; Hebreus 1:3); sua personalidade e seus relacionamentos
revelam as virtudes do fruto do Espírito; e sua vontade não está mais escravizada
pelo pecado. Agora ele é capaz de desejar o bem espiritual e sentir prazer em
agradar a Deus.