https://administradores.com.br/artigos/direito-e-normas
Ideias a reter:
Ordem jurídica: designa um sistema de normas que regula a conduta humana e que,
diferentemente das demais ordens sociais, contém o elemento da coação, isto é, exige
determinado comportamento expresso por uma norma ligando o comportamento oposto a um ato
de coerção, apoiado no uso da força.
Max Weber define ordem como aquilo que orienta a ação por meio de máximas. E esta
ordem é vigente quando as máximas aparecem como obrigações ou modelos de comportamento.
Weber ainda divide as ordens em dois tipos: convenção e direito. O primeiro verifica-se quando um
comportamento discordante gera apenas reprovação. Já o segundo, quando está garantida pela
probabilidade de coação “exercida por um quadro de pessoas cuja função específica consiste em
forçar a observação dessa ordem ou castigar sua violação”. Isto é, o elemento diferenciador da
ordem a qual chamamos direito é a existência de um quadro coativo.
Hans Kelsen, por sua vez, define ordem como “um sistema de normas cuja unidade é
constituída pelo fato de todas elas terem o mesmo fundamento de validade”e explica que o
fundamento de validade de uma ordem normativa, tal qual o direito, é uma norma fundamental
da qual se retira a validade de todas as normas dessa ordem.
Ordenamento jurídico:
Disposição hierárquica das normas jurídicas (regras e princípios), dentro de um sistema
normativo. Por este sistema, pode-se compreender que cada dispositivo normativo possui uma
norma da qual deriva e à qual está subordinada, cumprindo à Constituição o papel de
preponderância - ou seja - o ápice, ao qual todas as demais leis devem ser compatíveis material e
formalmente.
Para fundar o ordenamento normativo é necessária a uma norma origem e fundamental. Para
entender a norma origem e fundamental é possível verificar uma série de argumentos:
A norma fundamental é a uma norma posta pelo poder fundante da ordem jurídica e seu
traço é sua imposição pelo poder legitimo e constituinte. Nesse sentido, é possível admitir a norma
fundamental como a primeira de uma ordem hierárquica.
O termo que designa tais contradições é a antinomia. É possível encontrar três casos
possíveis de antinomias (afirmação simultânea de duas proposições contraditórias entre si):
- Entre uma norma que ordena fazer algo e uma norma que proíbe fazê-lo,
- Entre uma norma que ordena fazer e uma que permite não fazer,
- Entre uma norma que proíbe fazer e uma que permite fazer.
Quando ocorre a falta de uma norma se chama geralmente lacuna, ou seja, a completude
significa falta de lacunas.
A lacuna surge da comparação entre o ordenamento jurídico como ele é e como deveria
ser, isto é, das lacunas ideológicas (de direito a ser estabelecido) para as lacunas reais (do direito já
estabelecido). Assim, é possível falar da lacuna própria do sistema ou dentro do sistema, ou da
lacuna imprópria que, deriva da comparação do sistema real com o sistema ideal. O que têm de
comum entre os dois tipos é que designa um caso não regulamentado pelas leis vigentes num dado
ordenamento jurídico. O que as distinguem é a forma pela qual podem ser eliminadas: a lacuna
imprópria somente através da formulação de novas normas, e a própria, mediante as leis vigentes.
As lacunas impróprias são completáveis somente pelo legislador; as lacunas próprias são
completíveis por obra do intérprete.
A primeira condição para que se possa falar de relações entre os ordenamentos é que os
ordenamentos jurídicos existentes sejam mais do que um. Alguns teóricos afirmam que a primeira
fase do pluralismo jurídico corresponde ao nascimento e ao desenvolvimento do historicismo
jurídico, que afirma a nacionalidade dos direitos que emanam direta ou indiretamente da
consciência popular. Desta forma, ao direito natural único, comum a todos os povos, se
contrapõem tantos Direitos quantos são os povos ou as nações. Há tantos Direitos diferentes entre
si quantos são os poderes soberanos, desta forma essa primeira fase tem um caráter estatalista.
Para Norberto Bobbio, o universalismo jurídico ressurge hoje não mais como crença num
eterno direito natural, mas como vontade de constituir um direito positivo único, que recolha em
unidade todos os Direitos positivos existentes, e que seja produto não da natureza, mas da história,
e esteja não no início do desenvolvimento social e histórico (como o Direito natural e o Estado de
natureza), mas no fim.
Essas regras utilizam uma linguagem prescritiva, cuja finalidade é disciplinar a convivência
social. Assim, o direito positivo é um sistema prescritivo, pois objetiva preceituar a conduta dos
indivíduos.
A ciência do direito, por outro lado, é um sistema declarativo, que utiliza linguagem
descritiva. Tal ciência se baseia em um axioma que lhe serve de base, possibilitando o seu
desenvolvimento, que é a norma fundamental descrita por Hans Kelsen. É esta norma que dá
legitimidade à Constituição, sendo um dado que se dá por verdadeiro, sem demonstração, que
possibilita o estudo do sistema.
As normas podem ser construidas na base de casos, mas também podem ser elaboradas
por entidades competentes. A multiplicação de leis equivale a um processo de criação jurídica. Ao
longo da História surgiram variadas técnicas de as compilar, de modo a facilitar a sua localização e
o seu funcionamento.
- exprime o labor quotidiano dos seus tribunais, iniciativas dos seus legisladores e o produto da
investigação e do ensino das suas universidades
- Direito é a ciência que visa solucionar problemas concretos. A solução depende de multiplos
fatores, entre os quais, as leis e as numerosas relaçoes que, entre elas, se estabelecem.
- Numa segunda aceção exprime uma área da ciencia do direito: aquela que resolve casos
concretos civis. A ciencia do direito equivale ao grande tronco da dogmatica juridica.
Todo o sistema atual do Direito Civil lusofono deriva do fator historico, cultural e cientifico.
Parte geral:
Ex: É o mesmo que dizer: O direito publico será especial em relaçao ao direito civil mas é comum
relativamente ao direito fiscal.
Dentro do direito civil, a nao haver nenhuma area especifica implicada, caimos na parte
geral ou no direito das obrigaçoes.
O direito civil é o mais comum e abstrato de todos os ramos do direito. Constitui a base a partir da
qual se vao erguendo todos os demais ramos jurídicos normativos.
Função juridico-cientifica:
A elaboração das regras, o seu alcance e o seu funcionamento sao, nos direitos continentais, tarefa
do direito civil - decorrencia da sua natureza comum.
O direito elabora conceitos e principios com os quais se procede, depois, à realização jurídica, isto
é, à caminhada que permite atingir o caso concreto e, depois, ao controlo da decisao que venha a
ser encontrada. Na origem das diversas regras e noçoes, vamos encontrar textos civis romanos,
jurisprudentes elegantes, jusracionalistas, pandetistas e códigos civis.
O direito civil, enquanto direito comum, tem aplicação subsidiária perante os diversos ramos
jurídicos. O direito civil pode ser chamado a complementar ou a integrar as mais diversas situaçoes
administrativas. Podemos estar perante institutos que o direito publico preveja, mas nao
desenvolva (boa fe) ou que nao refira, mas faça todo o sentido aplicar (enriquecimento sem causa).
- a dos principios gerais (o direito civil daria corpo aos principios gerais do ordenamento. Na falta
de normas epecificas, elas tenderiam a prevalecer).
- a analogia (o direito civil seria chamado a depor quando regulasse um caso analogo ao carecido
de regras especificas)
O recurso subsidiario do direito civil passa pela determinaçao de uma lacuna no direito publico,
pelo estabelecimento da analogia e pela ponderaçao de principios.
O direito civil exprime, em si, a riqueza multidimensional da ordem juridica a que pertença.
- é direito positivo: traduz regras juridicas destinadas a facultar soluçoes de casos concretos
- é ciencia do direito: fixa o caminho que vai das fontes às soluçoes concretas dos problemas.
O direito civil corresponde ao cerne mais tradicional, mais caracteristico, mais denso e
mais avançado da nossa ordem jurídica.
- é um direito sistematizado - tem uma preocupação de regular o igual de modo igual e o diferente
de modo diferente de acordo com a medida da diferença (igualdaade material)
Tópica: tecnica da justificaçao da soluçao dos problemas; pressupoe que os problemas encontrem
uma soluçao extracientifica, sendo depois fundamentada, de modo a persuadir as outras pessoas.
Sistemática: resolve casos com recurso a principios pré-elaborados que comportariam as soluçoes
multiplas para os problemas possiveis.
O direito civil teve uma origem topica (base romana) - as soluçoes para os conflitos eram
resolvidas caso a caso, com base em consideraçoes de oportunidade e de bom senso. Uma vez
obtidas tais soluçoes, eram justificadas com recurso a referencias - a tópicos - que concitassem a
aprovaçao social.
O direito nao se esgota no sistema interno. Ele exprime-se e consubstancia-se nas suas
exteriorizações, cuja regularidade é a sua própria existencia. O direito depende da linguagem e das
formulaçoes utilizadas para o comunicar e para promover a sua aprendizagem - sistema externo.
O direito encontrava-se nas compilaçoes romanas - corpus iuris civilis e digesta -. As matérias
distribuiram-se ao sabor de clivagens historico-culturais de tal forma que eram frequentes as
repetiçoes e as contradiçoes.
- ordenaçao do corpus iuris civilis de acordo com preocupaçoes globais - agrupamento de temas
de acordo com as suas semelhanças - sistemática externa ( reagrupava os temas em funçao dos
aludidos traços superficiais, sendo uma sistematica empirica ou periferica, primeira sistematica)
A sistematica central surge irrealista, numa fonte de permanemte tensao com a realidade. Savigny
propõe uma formaçao de conceitos - base da ordenaçao sistematica do direito - atraves das
contemplaçao intuitiva das instituiçoes. Savigny recebeu a herança jusracionalista: conserva uma
articulaçao logicista do sistema, recorre à deduçao e utiliza estruturas derivadas de postulados
centrais. Mas acolheu também a herança romanista da jurisprdencia elegante: admite elementos
juridicos pre-dados, anteriores a qualquer sistema e recebidos por via historico-cultural, atraves do
direito roamano. Surge, assim, a sistematica integrada ou terceia sistematica.
Codificações Civis
Codigo Napoleao:
- Apesar de escrito, numa linguagem complicada e muito precisa, teve uma grande infuência: as
dificuldades linguísticas foram compensadas pelo enorme interesse tecnico do diploma.
- O BGB mantém-se a base do direito privado alemão irradiando toda a sua influência.
As codificaçoes tardias:
- têm em conta as criticas sectoriais feitas às primeira e segunda codificaçoes e consagram certos
institutos novos obtidos já depois delas
As codificaçoes tardias aproveitaram as criticas feitas aos codigos anteriores evitando erros de
coceçao e consagram, de modo expresso, institutos resultantes de uma elaboraçao jurisprudencial
posterior a 1900. Apresentam, por fim, uma identidade própria, motivada pelas particularidades
dos espaços em que surgiram.
O modelo alemao compreende a sistematização que preside ao estudo do Direito Civil nos países
lusófonos e, ainda, aos próprios códigos civis que neles vigoram.
A sistematização germânica do direito civil apresenta-se como uma síntese tipicamente cultural.
O nosso planeta oferece-nos uma Humandade repartida por nações, por Estados e por diversas
culturas. Acompanhando essa fragmentação singraram, no Globo, diversas Ordens Jurídicas:
tendencionalmente, uma por cada Estado.
Compete ao direito comparado proceder ao cotejo entre dois ou mais ordenamentos diferentes,
de modo a melhor conhecer as essências respetivas, explicando as suas origem e evolução. Além
disso, o direito comparado permite aperfeiçoar as diversas Ordens Jurídicas, acompanhando
reformas e ponderando as consequencias do que se faça. O direito comparado é ainda um
instrumento necessário para permitir, conhecer e aplicar o direito estrangeiro. Finalmente, o
direito comparado revela-se fundamental nos atuais esforços de aproximaçao europeia. Podemos
dizer que o direito comparado é, há muito, tomado como uma disciplina básica da ciência do
direito.
Uma das tarefas do direito comparado é a de ordenar as ordens jurídicas em grandes grupos;
tambem se fala em famílias de direitos ou em estilos ou modelos jurídicos. Trata-se de uma
operação clarificadora, que permite transmitir com eficiencia uma grande quantidade de
informação e que faculta todas as ulteriores tarefas de investigação.
Critérios preconizados:
O direito, como se tem vindo a observar, é uma realidade muito complexa, comportando
fenómenos de receção, tendo como critérios a autonomia do ensino, a consistência socio-cultural
e a lingua. O direito surge como um domínio linguisticamente condicionado. Um sistema
autónomo assenta num idioma específico.
A massa crítica:
A um sistema de direito exige-se uma certa dimensão geográfica e humana, sendo o sistema
alemão o mais aperfeiçoado e evoluído do Planeta.
A presença de uma massa crítica não é um mero dado quantitativo, com expressão estatítica. De
facto, apenas a partir de uma certa dimensão teremos universidades bastantes, uma doutrina
autónoma, tratados, manuais, monografias e revistas especializadas e uma vivência
autossuficiente. Além disso, e num Mundo em mutação constante, apenas uma massa crítica dá
garatias de perenidade (continuidade) e de futuro.
Os seres humanos sao obrigados, pelas suas limitações, a operar através de figurações fonéticas
com correspondência escrita e das subsequentes combinações estudadas pela gramática e pela
semântica.
Os conceitos sao viabilizados ou potenciados pela linguagem: trata-se do ponto de partida de toda
a rubrica relativa ao papel substancial da linguagem. O direito comparado permite ilustrar esta
afirmação da melhor forma: uma obrigação será simples ou complexa, consoante o idioma em que
ela seja expressa, compreenda ou nao um termo para a exprimir; na hipotese negativa, somos
obrigados a recorrer a um conjunto de expressoes - e, portanto, a um conjunto de deveres - para
traduzir o que, de outro modo, surgiria como dever único.
A linguagem, em direito, deve ser técnica, precisa, simples e correta. Cumpre ainda acentuar o
seguinte. A linguagem comum, particularmente quando se trate de linguas latinas, é muitas vezes
imprecisa: ambígua, vaga ou polissémica. Um bom discurso jurídico deve ultrapassar essas
limitações apresentando-se, pelo menos, mais preciso.
Para qualquer problema da vida real há uma solução de direito civil. O moderno Direito Civil é um
código de justiça e de equilíbrio.
O Código de Seabra
Era importante a elaboração de uma codificação que solucionasse a multiplicidade das fontes e
facultasse a ordenação das diversas normas. As invasões francesas e o advento do liberalismo
vieram dar um novo alento ao ideal codificador, foi mesmo encarada a possibilidade de introduzir,
como lei vigente, o codigo napoleao.
O Código de Seabra integra-se no sistema napoleónico, seja a nivel de sistematica global, seja pelos
pricipios, seja, finalmente, em muitas das suas soluções. Ele beneficiou das críticas à ordenação
naopleónica. Além disso tirou partido da pré-codificação portuguesa e da preparação filosófica so
seu autor. O Código de Seabra assenta na tradição românica.
Na historia recente assistiu-se, num primeiro momento, a uma larga expansão do sistema francês.
No início so seculo XX, a influencia do codigo frances regrediu, perante a pressão do BGB alemão,
tecnicamente superior. Países como o Brasil, Suíça e Portugal, adotaram o sistema romano-
germânico.
O dominio previsivel do ingles nos negocios nao fara desaparecer as linguas nacionais. O
bilinguismo é dominado pela maioria do ser humano. O problema já tem sido estudado pelo
prisma da integração comunitária e da preparação de um cófigo civi europeu. De todo o modo,
adiantamos algumas reflexões.
A contraposição entre o sistema napoleonico e o romano-germanico mostra que a lingua tem um
papel relevante. Há conceitos que (só) se impõem desde que exista uma fórmula vocabular para os
exprimir.
A manutenção do Direito Civi de base territorial depende da vitalidade das línguas em que ele se
apoie. O papel da linguagem é o argumento irrecusável para sustentar a autonomia de qualquer
família jurídica.
A esfera lusófona:
A manutenção de toda uma cultura jurídica nacional, com universidades, livros, revistas,
congressos e códigos, exige uma massa crítica: humana, territorial, económica e linguística. Um
Estado de 10 milhões de pessoas, numa Europa integrada de 500 milhões, não tem expressão. A
manutenção de um sistema jurídico próprio, completo, com tudo o que isso pressupõe e exige,
assume custos marginais que, a prazo, a tornarão insustentável. Mas, nuuma perspetiva mundial, a
situação é diversa: fazendo apelo aos falantes do português ultrapassa-se a fasquia dos 250
milhões. De recordar que o português é a terceira língua mais falada fora da Europa: depois do
inglês e do castelhano.
Em suma: o espaço do português jurídico, assente no núcleo duro do Direito Civil, já permite uma
vitalidade própria, na aldeia planetária global.
O sistema lusófono:
Dário Moura Vicente discorda da autonomia de uma família jurídica lusófono por três razões:
- porque poderosas forças (UE e organizações africanas, por exemplo) operam em sentido
contrário aoo de uma inserção num sistema;
Para um correto posicionamento do sistema lusófono, será com efeito, decisivo o Direito privado
comum, fundamentalmente o Direito da parte geral e das obrigações. Ora, a essa luz, afigura-se
que o Direito de fala portuguesa é uma família própria, aparentada à romano-germânica, mas dela
distinta. Assim, é um sistema com plena autonomia linguística e doutrinária, com uma historia
propria (apesar das receçoes), que reelaborou os seus princípios, com leituras autónomas e com
uma massa crítica (250 milhões). Aproxima-se claramente da família romano-germânica.
Mas apesar do inegável parentesco, não pode o sistema lusófono ser incluído nos sistemas
romano-germânicos:
- o uso da língua portuguesa esbate certos conceitos, multiplica a perífrases e dá azo a um modo
próprio de colocação de problemas.
As leis sao preparadas por entidades humanas, fruto de uma paultina evolução histórica. Há
sempre alguma capacidade reformista, por parte de cada comunidade e relativamente ao seu
tempo. As escolhas que sejam feitas dependem de conceções políticas, sociais ou económicas que
dominem os decisores. O processo de realização depende de opções humanas. Delas deriva a
solução do caso, o Direito. Finalmente, o juíz dispõe de um espaço de decisão. O juiz determinará
também pelas suas próprias conceções, as quais se aproximarão do pensamentoo dominante na
sociedade a que pertence.
Deve-se ainda ter presente que o direito se insere num conjunto de ciencias sociais: contribui para
estas e recebe diversos influxos, na qual fica abrangida a feitura das leis, a interpretaçao e a
própria conduta do juiz.
A metodologia juridica foi dominada pela querela entre jurisprudencia dos conceitos e a
jurisprudencia dos interesses.
Segundo a jurisprudencia dos interesses, na origem das soluçoes temos os interesses geneticos
(aspetos humanos, economicos, culturais, morais e religiosos, carecidos de regulação jurídica).
Crítica:
Jurisprudencia dos conceitos: artificialismo na conceçao de conceitos relevantes, o metodo de
subsunção (o conceito é mais pobre do que a realidade a que se vai aplicar) e o metodo de
inversão (conceitos sao insuficientes, o aplicador vê-se constrangido a introduzir uma premissa nao
constante - nem da lei, nem do próprio conceito -.
* um sentido objetivo: o interesse exprime a capacidade que um bem assuma para satisfazer as
necessidades comprováveis do sujeito.
* um sentido subjetivo: interesse traduz a relação de apetência que ocorre entre os desejos de
uma pessoa e os bens aptos a satisfazê-los.
Os interesses objetivos podem ser ordenados pelo Direito. Os interesses subjetivos ficam
ao cuidado de cada um. O direito quando muito, proibirá certas manifestações expressas de
apetência: drogas ou armas, por exemplo. Os interesses tecnico-juridicos pressupôem a prévia
aplicação do Direito.
Formalismo:
Positivismo:
É uma corrente da filosofia do direito que procura reduzir o Direito apenas àquilo que está
posto, colocado, dado, positivado e utilizar um método científico (empírico) para estudá-lo. Ao
definir o direito, o positivismo identifica, portanto, o conceito de direito com o direito
efetivamente posto pelas autoridades que possuem o poder político de impor as normas jurídicas.
Segundo esta corrente de pensamento, os requisitos para verificar se uma norma pertence
ou não a um dado ordenamento jurídico têm natureza formal, vale dizer, independem de critérios
de mérito externos ao direito, decorrentes de outros sistemas normativos, como a moral, a ética
ou a política. O direito é definido com base em elementos empíricos e mutáveis com o tempo - é a
tese do fato social, ou das fontes sociais ou convencionalista. Nega-se, com isso, as teorias
dualistas que admitem a existência de um direito natural ao lado do direito positivo. Assim, uma
regra pertencerá ao sistema jurídico, criando direitos e obrigações para os seus destinatários,
desde que emane de uma autoridade competente para a criação de normas e desde que seja
criada de acordo com o procedimento previsto legalmente para a edição de novas normas,
respeitados os limites temporais e espaciais de validade, assim como as regras do ordenamento
que resolvem possíveis incompatibilidades de conteúdo.