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O segundo andar administrativo da Sede da Dana está ás moscas. Esse espaço que
foi um dia um centro nervoso da unidade gaúcha da maior fabricante de componentes
de suspensão e direção da América do sul está vazio há meses. Quase todos os 60
executivos que trabalhavam ali, foram demitidos, em um dos lances mais dramáticos
da reestruturação que há dois anos vem transformando essa empresa americana de
autopeças em um laboratório vivo da adoção da filosofia lean.
Isso tudo começou em 1947, quando o engenheiro Taiichi Ohno, analisou a secção de
usinagem de uma fábrica e identificou desperdício de tempo, com homens parados,
esperando o ajuste de máquinas.
Ainda uma obra aberta, a conversão de Dana a manufatura enxuta é uma história de
redenção. Em março de 2006, sufocada pela crise da indústria automobilística
americana, a fabricante de autopeças faliu. Sem crédito na praça, entrou com um
pedido de “reorganização judicial” e enfrentou uma dolorosa concordata por 23 meses.
Em fevereiro de 2008, saiu do regime especial e anuncio a contratação de Gary Covis,
para liderar a imersão na filosofia lean.
Mas ainda assim, teve que chamar executivos do Brasil, para a implantação do
sistema, durante meses, a Dana viveu dias de revolução cultural.
No modelo lean, o chefe que diz aos funcionários o que deve ser feito, e não ao
contrário, como empresas tradicional e esse é o problema de levar gente da Toyota
para resolver os problemas de uma empresa qualquer. O próprio Covis é a planta e
trabalham para fazer Dana um ambiente climatizado.