Análise de ruídos: ruídos são sons emitidos por algum tipo de fonte
sonora, por exemplo, uma máquina. Note que o ruído se propaga em diferentes
meios, como gasoso, aquoso e sólido. O som é uma forma de troca de energia
com o meio, ou seja, um rolamento trancado vai gerar muito atrito, parte das
energias desse atrito será dissipada em forma de calor e ruído, logo, é possível
identificar uma falha no rolamento pelo ruído. O ruído então é um processo
normal e natural de quase todas as máquinas, assim como também há aquelas
que têm por objetivo gerar ruído (alto-falante) ou prevenir o ruído (isolamento
acústico). O som diz muito sobre o status de um equipamento, por exemplo: pelo
ruído sabemos se um motor de um carro está ligado e desligado, e pelo ruído do
motor sabemos também se ele é um carro popular ou um esportivo turbo. Para
fazer a análise de ruído, primeiro é necessário fazer um registro das variações
normais do ruído da máquina. O próximo passo é manter uma análise constante
para captar alterações nos níveis de ruído. Por meio dessa análise, é possível
saber o real estado do equipamento, além de poder prever o tempo de vida, a
qualidade da operação e quais são as necessidades de manutenção preventiva
corretiva. Existem várias formas de monitorar, por exemplo, pode-se usar apenas
a audição ou até um simples microfone. Contudo, existem também métodos e
ferramentas mais sofisticadas que dão resultados mais precisos, como sensores
de som, decibelímetros, dosímetros, calibradores acústicos, entre outros. Ao
medir os ruídos em pontos específicos, e observar as variações, pode-se ter um
bom parâmetro do estado da máquina. A análise de ruídos mostra resultados
como: defeitos, folgas, desalinhamento, desbalanceamento, dilatação, ajustes
mal executados, peças trancadas, falta de lubrificação, fim da vida útil etc.
Análise dos óleos e fluidos: óleos e fluidos são usados de forma geral
para refrigeração, lubrificação, redução do ruído, redução do atrito e para
sistemas hidráulicos. Alguns óleos também são usados como isolantes elétricos,
como no caso de transformadores. As características dos óleos e fluidos pode
mostrar muitos detalhes a respeito do estado atual da máquina. O primeiro passo
é definir quais são as características normais dos óleos e lubrificantes de forma
a estabelecer um padrão, e então fazer análises contínuas por meio de
amostragens para acompanhar a evolução do estado dos óleos e lubrificantes.
A análise dos óleos e fluidos pode ser feita de forma simples, por exemplo,
coletando uma amostra e observando a viscosidade, coloração, odor e volume
nos reservatórios. Também pode ser feita por meio de técnicas de laboratório.
Essas técnicas são geralmente feitas em laboratórios e usam reagentes,
solventes, viscosímetros, centrífugas, fotômetro de chama, peagâmetros,
espectrômetros, microscópios, entre outros. Com a análise, pode-se chegar a
várias conclusões, como saturação, se está havendo sobreaquecimento, se os
filtros estão funcionando corretamente, se o óleo usado está sendo eficiente, se
há desgaste de alguma parte interna se houver partículas misturadas ao óleo,
se o óleo ainda mantém as propriedades físicas e químicas que o equipamento
requer, o tempo de vida do óleo etc. Com isso, a manutenção preditiva determina
o melhor momento para a troca e a renovação dos óleos, ou seja, é possível
prever possíveis defeitos, quando deve ser feita uma preventiva e se será
necessário fazer uma corretiva. Isso otimiza o tempo de vida útil do equipamento,
previne possíveis defeitos e traz conhecimento para a equipe de manutenção,
que pode planejar ainda melhor suas atividades e materiais.
Como vimos, essas análises podem ser simples e irem até um nível bem
específico de complexidade, necessitando não apenas de ferramentas pontuais,
mas também de mão de obra qualificada. Muitas vezes, essas análises são
demoradas, envolvendo desde planejamento, ida até a máquina, medições,
observações, pesquisas, resultados e plano de ação. E outras vezes será
necessário contratar empresas especializadas para que seja feito esse serviço.
Tudo isso envolve muitos custos, tornando muitas vezes esse tipo de
manutenção não muito usual e comum.
Contudo, vimos que a manutenção preditiva traz muitos benefícios, por
exemplo: antecipar-se a falhas; reduzir o tempo com manutenção; evitar
corretivas emergenciais; melhorar a execução de manutenções preventivas;
facilitar muito a gestão de falhas e riscos; gerar conhecimento ao time de
manutenção e operação; e aumentar a vida útil do equipamento.