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Goiânia
2018
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Agência Municipal do Meio Ambiente
Equipe Técnica:
Ana Maria Camargo Braga – Msc. Em Engº. Agrônoma
Brunno Cardoso Mesquita - Geógrafo
Iraciara A. Roque de Aráujo Ribeiro – Msc. Em Geografia
Izaias da Fonseca Pereira - Tecnólogo em Gestão Ambiental
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Agência Municipal do Meio Ambiente
Índice
1 - Introdução ........................................................................................ 0
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2 - Metodologia ........................................................................................ 0
.. 5
3 - Localização ........................................................................................ 0
.. 5
4 - Caracterização do Meio ........................................................................................ 0
Físico: .. 6
4.1 - Clima ........................................................................................ 0
4.2 - Relevo ........................................................................................ 7
4.3 - Solo ........................................................................................ 0
4.4 - Flora ........................................................................................ 7
........................................................................................ 0
............... 7
0
7
0
7
5 - Caracterização ........................................................................................ 0
socioeconômica ... 8
6 - Aspectos Ambientais ........................................................................................
identificados ........................................................................................ 0
...... 8
7 - Considerações Finais ........................................................................................ 2
.. 1
8 - Referências e fontes ........................................................................................ 2
consultadas .. 3
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1 – Introdução
A cidade de Goiânia foi planejada inicialmente para uma população de cinqüenta mil
habitantes. Porém, a partir de 1960, como a maioria das capitais brasileiras, passou a conviver
com um processo acelerado de crescimento populacional, superando em curto espaço de
tempo número de habitantes previstos.
A ocupação desordenada e acelerada do solo urbano gerou vários impactos negativos
na cidade, notadamente pela ocupação dos Fundos de Vale, problema recorrente na maioria
das grandes cidades brasileiras. Por esse motivo, a cidade é penalizada por problemas
característicos desse tipo de ocupação, como por exemplo, ocorrência de enchentes,
lançamentos de esgotos, deposição de resíduos urbanos, desmatamentos, desmoronamentos e
principalmente processos erosivos fluviais.
Goiânia não fugiu a essa regra e nas áreas mais urbanizadas do município observa-se
que os principais problemas ambientais são decorrentes das águas pluviais. Devido ao excesso
de impermeabilização existente ocorre maior escoamento superficial em detrimento da
infiltração da água no solo. A infiltração é importante não só para evitar os alagamentos e
processos erosivos, como também tem relevância primordial para abastecimento do lençol
freático. Ela pode se dar por meio de implantação de mecanismos e estruturas de infiltração
bem como pela recuperação de áreas de infiltração nas cidades, quesitos indispensáveis para
garantir o abastecimento de água de boa qualidade e em quantidade suficiente para suprir os
núcleos urbanos.
A Sub bacia do Córrego Mingau localizada na Região Sudoeste de Goiânia, encontra-se
bastante impermeabilizada pelo fato de não ter sido implantadas ações preventivas para
resgatar a capacidade de infiltração do solo e garantir a vida desse curso d’água. Como o
maior problema verificado é conseqüência do excessivo escoamento superficial, as ações de
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correção devem inicialmente estar relacionadas à rede de drenagem, como por exemplo,
adequação de bueiros, pontes, bocas de lobos, meio-fio e construção de reservatórios de
retenção e/ou infiltração para o retardamento do fluxo de água que se direciona para o leito do
Córrego, evitando dessa forma, os picos de vazão.
2 – Metodologia
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comparados ao de outro Diagnóstico realizado em 2008, por equipe dessa Gerência, com a
finalidade de identificar as possíveis alterações entre os cenários encontrado em 2008 e o
cenário atual, em 2018.
3 – Localização
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4.1 - Clima
se a presença marcante de duas estações bem caracterizadas, com inverno seco e precipitações
mínimas de 11mm, e o verão chuvoso com precipitações máximas de 300mm.
O conhecimento das características climáticas da cidade é importante para permitir
associar as transformações ocorridas no arranjo espacial dos cursos d’água com o uso e
ocupação do solo. Quanto à atual situação do Córrego Mingau, as degradações ambientais se
devem, sobretudo, às condições das precipitações pluviométricas e da forma como as
ocupações foram ocorrendo; do que propriamente em função do tipo de clima do município.
4.2 - Relevo
são em sua grande maioria problemáticos nas cidades, sendo onde ocorrem enchentes, esgotos
sem tratamento, resíduos urbanos, ocupações desordenadas e, por conseguinte a retirada da
vegetação ciliar do manancial.
Conforme (NASCIMENTO, 1991) o Planalto Rebaixado de Goiânia apresenta cotas
altimétricas entre 650 e 850m, que se trata de um extenso planalto rebaixado e dissecado,
desenvolvido principalmente sobre litologias pré-cambrianas (rochas do Grupo Araxá). A
partir dessas origens o relevo foi sendo definido em tabulares, apresentando solos do tipo
Latossolos Vermelhos – Escuro e Vermelho (NASCIMENTO, 1991).
4.3 - Solo
4.4 – Flora
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5 - Caracterização Socioeconômica
Como foi visto, alguns problemas ocorrem face aos acontecimentos naturais. Em se
tratando do Córrego Mingau, verificou-se que os aspectos degradados identificados resultam
da intervenção humana, da forma desordenada como se deu a ocupação da área natural de
inundação.
É notório que a impermeabilização excessiva do entorno gera um escoamento pluvial
intenso. Em locais de gradientes acentuados, causa o alargamento e aprofundamento do leito,
e adicionalmente ocorre o transporte de sedimentos para as partes mais baixas, causando
assoreamento. Pode-se pontuar como danos identificados, a retirada da vegetação natural, que
tem como função a proteção das margens.
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Figura 04: As águas são drenadas para o lago Figura 05: Lago que recebe as águas.
Fonte: Ribeiro/abril 2018. Fonte: Ribeiro/abril 2018.
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Figura 06: Área vegetada aos fundos. Figura 07: Canaleta de águas pluviais em boas condições.
Fonte: Ribeiro/2018. Fonte: Ribeiro/2018.
Margem Esquerda – Rua José Leandro Quadra 106 – Chácara 91. Essa chácara fica a
jusante do Clube do SINDIGOIÂNIA. Ocorre lançamento de águas pluviais no córrego, o que gera o
aprofundamento de leito e processo erosivo. No local a moradora disse que ocorrem alagamentos em
virtude de lançamento de águas pluviais e servidas. Verificamos vegetação esparsa e moradia próxima á
margem Figuras 08 e 09.
Figura 08: Lançamento de águas pluviais e servida. Figura 09: Erosão fluvial raízes expostas.
Fonte: Ribeiro/2018 Fonte: Ribeiro/2018
A área da Escola em Parceria foi vistoriada pela margem oposta, devido imóvel
fechado, Figura 10. Na margem esquerda Chácara nº. 92 da Rua José Leandro, verificou-se a
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Figura 12: Resíduos carreados pelas águas pluviais. Figura 13: Nascente dentro da chácara nº.92.
Fonte: Ribeiro/2018 Fonte: Ribeiro/2018
Figura 14: Erosão fluvial margem direita. Figura 15: Erosão fluvial margem direita.
Fonte: Ribeiro/2018 Fonte: Ribeiro/2018
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O fluxo d’água é direcionado para a margem oposta gerando erosão fluvial, e ainda
percebe-se a coloração (esbranquiçada) das águas. No local foi também identificados
afloramentos nas margens do córrego.
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Figura 18: Área não vistoriada. Figura 19: Área não vistoriada.
Fonte: Ribeiro/2018 Fonte: Ribeiro/2018
Na margem direita, localiza-se o Centro Esportivo. Não foi possível ter acesso ao
talude do córrego devido a grande quantidade de vegetação tipo capim, Figura 20. Há indícios
de aterramento consolidado na área, Figura 21.
Figura 20: Acesso dificultado pela vegetação. Figura 21: Desnível topográfico.
Fonte: Ribeiro/2018 Fonte: Ribeiro/2018
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Figura 22: Campo de futebol na margem do córrego. Figura 23: Lançamento de águas pluviais.
Fonte: Ribeiro/2018 Fonte: Ribeiro/2018
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Figura 26: Condomínio Malta. Figura 27: APP sem vegetação natural.
Fonte: Ribeiro/2018. Fonte: Ribeiro/2018.
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Figura 28: Edificação margem oposto, próximo ao Figura 29: descida da água foi danificada.
talude. Fonte: Ribeiro/2018.
Fonte: Ribeiro/2018.
Figura 30: Bambu no leito do córrego. Figura 31: Bambu no leito do córrego.
Fonte: Ribeiro/2018 Fonte: Ribeiro/2018
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Figura 32: Talude erodido. Figura 33: Moita de bambu deslocou-se para o leito.
Fonte: Ribeiro/2018 Fonte: Ribeiro/2018
Figura 34: Estacionamento com concregrama. Figura 35: Gabião nas margens.
Fonte: Ribeiro/2018. Fonte: Ribeiro/2018.
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Na Ponte de travessia da Rua Anacá com a Alameda Juazeiro do Norte, observou-se que
a Boca de Lobo está obstruída com resíduos e que a rede de drenagem está danificada, Figura
36. A margem esquerda está revegetada com arbusto tipo “cerca viva”, Figura 37.
Figura 36: Boca de lobo sem tampa. Figura 37: Cerca viva.
Fonte: Ribeiro/2018 Fonte: Ribeiro/2018
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Figura 40: campo de futebol na margem do córrego. Figura 41: Árvore caída no leito.
Fonte: Ribeiro/2018 Fonte: Ribeiro/2018
No ponto de encontro do Córrego Mingau com o córrego Serrinha, foi verificado que
está ocorrendo um assoreamento, composto de bancos de areia e Resíduos de Construção
Civil (RCC). Constatou-se no local, processos erosivos avançados (Figura 42).
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7 - Considerações Finais
Demolir e remover os RCC e RSU e dar destinação adequada aos mesmos (se for
o caso);
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BERTONI, J.; NETO, F. L. Conservação do solo. 6ª ed. São Paulo: Ícone, 2008.
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