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Goiânia, 2019.
2
30%
Pais Presentes - 78
Pais Ausentes - 33
70%
Usa chupeta -
18 Chupa dedo
- 7 Outros - 12
Não tem - 80
Passeios
Shoppings - 88
Praças - 86
Cinema - 39
Teatro - 13
Clube - 47
Feiras - 62
A maioria das crianças passeia em praças, shoppings, feiras e clubes. Locais que
são utilizados pelas famílias como forma de oferecer lazer às crianças. Podemos notar que
quase todas as crianças passeiam em praças, feiras e shoppings, algumas passeiam em
clubes, vão ao cinema; poucas têm acesso ao teatro; poucas famílias disseram que vão ao
museu. Desta forma, é nosso dever promover o acesso a diversas produções culturais a
todas as crianças e famílias, oferecendo opções de passeios a museus, teatros, e outros que
se fizerem necessários.
Nos momentos livres em casa, as famílias brincam com as crianças de algumas
brincadeiras e brinquedos, sendo necessário o CEI também resgatar àquilo que às vezes
ficou perdido no tempo, no tempo de infância dos responsáveis pelas crianças aqui
matriculadas, como: brincadeiras de roda, de pique-esconde, de mamãe da rua, de corre-
cutia, de Três marinheiros, e tantas outras. As brincadeiras que as crianças têm mais acesso
em suas casas são:
Brincadeiras
Industrializados - 104
Reutilizáveis - 28
Eletrônicos - 59
Brincadeiras tradicionais - 53
Faz de conta - 69
Jogos - 9
Outros - 25
Não sabe - 1
Não respondeu - 1
Programas de TV
Desenho animado - 105
Novela - 11
Programa de Auditório -
2
Outros - 2
Muitas crianças assistem desenhos, coerentes com a faixa etária, conforme relatado
pelas famílias. Algumas assistem programas inadequados, tanto em relação ao conteúdo
quanto ao horário e faixa etária. Algumas crianças acabam tendo acesso a programas
destinados a adultos que envolvem cenas de violência e sexo, como novelas, jornal e outros
programas. Outro fator importante que não podemos ignorar são estes programas, pois é
nossa função também favorecer esta instrução dada às crianças pelas famílias, através de
reuniões que contribuam para as reflexões sobre práticas e ensinamento melhor a ser
proporcionado às crianças, seja ela em casa ou na instituição educacional. Temos
percebido que essa formação nas reuniões com as famílias tem feito elas diminuíram o
acesso das crianças a esses programas. A maioria assiste desenhos infantis, vídeos, filmes.
Diante disto, podemos também ampliar os conhecimentos das crianças
possibilitando a elas um trabalho intencional com o uso desta tecnologia, a TV. Cabe
ressaltar que as professoras utilizam este recurso didático para ampliar os conhecimentos
das crianças de forma intencional. Temos à disposição um acervo de vídeos do MEC, com
DVD’s educativos de várias coleções, que tratam de assuntos diversos de forma lúdica,
adequada às crianças, como: Baú de Histórias; O Pequeno Urso; Cocoricó Turma da
Fazenda; As aventuras do Livro das Virtudes; Aprendendo Pré História; Escola Pra
Cachorro; Miss Spider Valores para a Convivência; Ilha Rá Ti Bum; Cyberchase –
Desafios da Matemática; dentre outros. Além destes, as professoras utilizam outros filmes
para enriquecer visualmente alguns conhecimentos trabalhados com as crianças nos
projetos e em situações de aprendizagem. Antes de trabalhar os vídeos, as professoras
assistem e levantam os questionamentos para ampliar tanto o acervo deste gênero, quanto
os conteúdos.
Também propomos os filmes de outras formas, a fim de que as crianças tenham
acesso a outras tecnologias, como o uso de data show e do notebook.
Outra pergunta foi referente à renda familiar:
Renda Familiar
Sem renda - 5
Até 1 salário -
35
Até 2 salários - 38
Até 3 salários - 16
Acima de 3 salários -
18 Não respondeu -
O que percebemos em relação à renda familiar é que há famílias que possuem renda
insuficiente, sendo 05 (cinco) famílias sem renda e 73 famílias que recebem até dois
salários mínimos, tendo dificuldade para dar assistência básica a seus filhos, ou seja, as
crianças podem encontrar no CEI alimentação saudável e educação de qualidade. E temos
uma parcela que recebe 3 salários mínimos ou mais (34 famílias), sendo capaz de oferecer
a seus filhos o mínimo de assistência básica: alimentação e saúde.
Também perguntamos sobre o benefício Bolsa Família, se recebem ou não:
Bolsa Família
Possui Benefício - 20
Não possui - 80
A maioria das famílias não recebe o benefício Bolsa Família. Apesar disso, temos
que considerar que 20 famílias precisam de ajuda do governo para assistirem seus filhos
em suas necessidades básicas. E estas crianças frequentando o CEI terão suas necessidades
assistidas também.
Outra questão foi referente à leitura realizada pelos familiares com as crianças.
Sim - 55
Ás vezes - 51
Não - 7
Evangélica - 52
Espírita - 1
Testemunha de Jeová -
1
A maioria das famílias é cristã. Temos também 11 famílias que disseram não
possuir nenhuma religião, outras não responderam. Além do fato de atendermos ateus, e
também devido à laicidade da instituição educativa pública, o CEI não promoverá
nenhuma oração, nem músicas e nenhuma festividade religiosa, por respeitar cada criança
aqui atendida, bem como respeitamos a religião escolhida pelas famílias.
Outra questão que achamos importante destacar é se as crianças possuem alergia.
Alergia
Possui Alergia - 21
Não possui - 90
A maioria não possui alergia, 21 crianças possuem algum tipo de alergia, como:
intolerância à frutose, à sacarose, à lactose e derivados, a corantes, a mofo, a poeira, a
picada de inseto e ao calor. Faremos algumas adaptações ao cardápio para incluir todas as
crianças no momento das refeições. Outras refeições as famílias reporão com os alimentos
apropriados, de acordo com laudo médico do nutricionista.
Conforme as famílias solicitaram em reuniões, teremos algumas festividades no
sábado e no decorrer da semana este ano, como: dois momentos de Vivências de
Brincadeiras tradicionais junto com as crianças, três momentos para a Semana do Bebê, a
Festa Cultural e a Festa da Família.
A equipe comunga com a maioria das sugestões dadas pelas famílias: trabalhar o
letramento (leitura, escrita, matemática, cultural, científico, etc.) de forma contextualizada
e significativa com as crianças; ensiná-las os valores socialmente construídos – valores
humanos, éticos, morais e culturais; a proporcionar às crianças acesso a bens culturais;
continuar trabalhando com Projetos de Trabalho e Portfólios; dentre outros. Com o
trabalho realizado, observamos que algumas crianças apreendem o sistema alfabético,
porém respeitamos o ritmo de cada criança, não exigindo que todos se apropriem ao
mesmo tempo deste processo de leitura e escrita.
As condições culturais, sociais e financeiras da criança que precisar receber
atendimento educacional especializado estão incluídas nos dados relacionados aos gráficos
acima.
Em 2018, na renovação de matrícula, as famílias preencheram o documento “Ficha
diagnóstica da Criança”, inclusive oportunizando a elas dizerem o que espera que seus
filhos aprendessem no CEI, além de tecer críticas e sugestões para a melhoria do nosso
trabalho para com as crianças. A partir dos dados trazidos pelas famílias e do
conhecimento da turma, cada agrupamento analisou as respostas, juntamente com o
conhecimento que já tinham da turma, e fez o Perfil da Turma, com o registro do currículo
considerando a dimensão do novo, conforme preconiza a Proposta da Rede: “Um currículo
em construção é alimentado por diversos atores e conhecimentos, não sendo algo
previamente determinado.” (Goiânia, 2014: p. 63). Cada professora trouxe também alguns
dados para contribuir na apresentação das crianças no Portfólio.
Entregamos para cada educadora este documento abaixo para auxiliar na construção
deste Perfil da Turma também.
Perfil da Turma
Registrar as características da turma em relação a todos os aspectos – afetivos,
comportamentais, cognitivos, preferências por determinado tipo de linguagem: música,
dança, história, escrita, artes plásticas, projetos; etc;
Como são estabelecidas as interações entre as crianças, há conflitos – quais as
reações e como são resolvidos; são autônomos – o que conseguem fazer sem ajuda;
Quais os interesses da turma; quais as necessidades; o que já demonstraram que
sabem – conhecimento; o que precisa de intervenção da professora; como se
alimentam; já
internalizaram os itens da rotina – como se percebe isso; quais as brincadeiras
preferidas; há a presença de choro – em quais momentos; como está a coordenação
motora da turma: andar, correr, subir, descer, pular, equilibrar, desenhar, escrever;
quais são as reclamações das famílias até o momento e quais ações podemos tomar para
resolver os problemas destacados; quais conhecimentos elas demonstraram interesse
que a criança aprenda; itens relevantes da rotina – característicos da turma, o que
trabalhar; outros itens que achar interessante registrar.
Diante dessa realidade da turma o que vocês professoras devem trabalhar:
intencionalidades (objetivos); linguagens; conhecimentos; levantamento de currículo
emergente: currículo partindo dos interesses e necessidades das crianças, destacar os
conhecimentos e práticas construídos historicamente pela humanidade, para que as
crianças se apropriem deste conhecimento mediado pelo adulto (tradição e novo) –
dúvidas ver página 46 a 64 da PPP da RME.
Agrupamento EI-B
O agrupamento EI - B possui doze crianças matriculadas em idades que variam dentre
11 meses a um ano e quatro meses. Sendo que oito são meninas e 4 meninos. Todas as
crianças são frequentes, exceto com alguns períodos curtos de faltas por motivos de
doenças. Das crianças, quatro possuem objeto de apego (coberta), apenas duas chupam
bico, uma delas demonstra preferência em chupar o bico da mamadeira. Nos momentos das
refeições uma das crianças apresenta autonomia em se servir se e ao guardar o prato no
lugar quando termina, apenas uma delas demonstra dificuldades em manusear a colher e o
copo necessitando de nosso auxilio. Procuramos respeitar as especificidades de cada
criança no que se refere a alimentação, visto que, duas delas apresentam restrição
alimentar, uma com intolerância a lactose e outra aos derivados do ovo.
No que se refere a desenvoltura motora, duas das crianças ainda não andam, apenas
segurando nas paredes e objetos. Nas atividades de exploração dos parques, ainda
demonstram dependência do adulto, brincando apenas no gira gira e balanço. Apenas duas
crianças arriscam outras possibilidades no foguete. Uma delas, sobe e desce sem auxilio,
concluindo todo o percurso do brinquedo com sucesso. Todas demonstram interesse em
brincar no balanço e gira gira (roda roda). Nas brincadeiras de livre escolha, interagem
com as crianças maiores, tendo preferência nas brincadeiras com bolas, manuseio de
fantoches e faz de conta de casinha com utensílios da cozinha (panelas, fogõezinhos, dentre
outros). Duas das crianças, preferem brincar no pula pula, solicitando, apontando com o
dedo para o brinquedo e dizendo “pua pua’’. De acordo com relatos das famílias (ficha
diagnóstica), a maioria prefere brincar com a mãe e o pai quando estão em casa, no CEI já
conseguem interagir com os colegas e dividir os brinquedos sob nossa mediação. No
agrupamento os brinquedos estão dispostos à altura dos bebês, sendo: bolas, carrinhos,
bichos emborrachados, dentre outros. Porém, a turma vem apresentando mais interesse e
predileção pelos brinquedos não estruturados como sucatas: potes de Toddy; latas de
extratos; dentre outras. Com eles brincam de empilhar, abrir e fechar, ou usa como telefone
ligando para mãe ou pai, ressignificando os objetos.
Quando perguntado às famílias, sobre o contato com a leitura, em sua maioria
responderam que “às vezes’’ e duas delas tiveram contato com bíblia infantil. No
agrupamento, todas apresentam interesse por rodas de histórias, manuseio de livros de
banho
ou não, e no cantinho da leitura exploram os livros observando as imagens e a entonação da
voz da professora ao contar história, demonstrando encantamento.
No agrupamento as crianças ainda apresentam pouco interesse pelos vídeos
musicais (apenas duas delas se preendem) demonstrando predileção. Porém, é unanime a
preferência pelas rodas de músicas, principalmente envolvendo a caixa musical, nesses
momentos, pedem a seu modo para manusear os fantoches, deixamos e orientamos a
deixarem os colegas manusearem também, isso está possibilitando o aprender a
compartilhar. Algumas das crianças se comunicam conosco solicitando músicas por meio
de gestos pedindo “meu pintinho amarelinho’’ colocando o dedo na palma da mão.
No que se referem ao sócio afetivo, se envolvem pouco em conflitos por brinquedos,
as mordidas ocorrem parcialmente. Todas apresentam vínculo afetivo com as professoras e
colegas. As famílias apresentam-se muito tranquilas com a relação ao trabalho
desenvolvidos com os bebês, demonstrando confiar no grupo de profissionais do CEI e
cooperam quando solicitados pelas professoras. Com isso têm apresentado satisfação no
desenvolvimento de seus filhos, nesse sentido ainda não houve qualquer reclamação das
famílias.
As crianças ainda não internalizaram alguns itens e momentos da rotina como a
acolhida, os momentos de refeições( dejejum, almoço, lanche e jantar) e participam da
chamada com fotos, conseguindo identificar os colegas ausentes e presente, alguns
apontam o dedo para os colegas ao ver a foto dos mesmos.Assim, cvao se apropriando dos
momenos da rotina do CEI. Choros ocorrem na chegada, quando estão com sono ou
quando querem os objetos de apego.
A chegada das crianças a instituição foi um momento delicado que envolveu uma
adaptação complexas nas relações Cei – família – criança e professores. Pensando nesse
processo, na primeira semana de atendimento as crianças, promovemos a inserção dos
bebês envolvendos as famílias, as crianças e o grupo de profissionais do agrupamento com
atividades diversificadas como piscina de bolas, manuseio de brinquedos emborrachados,
integração com as crianças maiores, rodas de músicas dentre outras. Esses momentos
foram o ponto de partida para conhecermos as crianças no que se refere aos aspectos
afetivos, cognitivos e preferências individuais. Com as propostas da inserção as crianças
obtiveram voz e vez, para nos conduzir aos caminhos que devemos trilhar ( no que se
refere a proposta pedagógica) no intuito de promover a integração total delas como sujeito
histórico, visando garantir o brincar, o conhecer, o ser, a conviver e explorar. Para tanto no
período de dois mil e dezenove propomos desenvolver com o agrupamento B, propostas de
atividades envolvendo o conhecimento cientifico, as linguagens oral, musical, artísticas,
corporal, estética, o conhecimento matemático, o conhecimento e a valorização do
patrimônio cultural da humanidade. Levando em consideração o interesse das crianças,
partindo das observações e do olhar atento das profissionais. Dentre as atividades propostas
trabalharemos com diversidade de texturas e sensações, apresentações de músicas
diversificadas ampliando o repertório musical e consequentemente a linguagem oral e
corporal por meio das danças e gestos. Às crianças serão propostas atividades de
exploração dos espaços e objetos diversos tanto dentro ou fora do agrupamento, ampliando
a coordenação motora, os movimentos corporais e a desenvoltura motora. Também será
proposto conhecimentos científicos e sobre o patrimônio da humanidade, as relações
humanas e o conhecimento de mundo. Serão propostas atividades que estimulem o faz de
conta, a criatividades, o conhecimentos de brincadeiras antigas ( de roda, parlendas,
mimos) bem como a manipulação de diversos materiais e objetos. Contudo propomos
garantir os direitos das crianças no que se refere a conviver, brincar, participar, explorar,
expressar se e conhecer-se.
Agrupamento EI-C1
Observamos no início do atendimento em janeiro que o agrupamento C 1 era
composto por 4 crianças veteranas que estavam no agrupamento B, no ano passado e 10
novatas que chegaram até o meados de março. No período de inserção as crianças novatas
passaram por algumas dificuldades de adaptação choravam na chegada e durante alguns
dias, umas crianças choraram mais outras menos, e algumas no decorrer do dia sentindo
saudade dos familiares. Já as crianças veteranas não tiveram dificuldades, exceto uma
criança veterana.
Organizaremos cantinhos no agrupamento para que as crianças possam interagirem
no agrupamento e aprenderem a brincarem entre si, com menos disputas, de forma que as
crianças possam se sentir acolhidas e interessadas, com interesse em permanecer na
instituição.
As crianças novatas sentiram-se inseguras por alguns dias, pois quase não
brincavam nos momentos coletivos, procuraram sempre ficar próximo as professoras. Já
enquanto estão no agrupamento brincam e interagem um pouco mais umas com as outras.
As crianças veteranas tem uma interação melhor, mas há a necessidade de auxiliá-las a
brincar juntas, pois muitas vezes querem tomar o brinquedo da outra criança. Nesse
período de inserção algumas crianças se recusaram a se alimentar por um certo período.
Ao observarmos o comportamento afetivo das crianças percebemos que tem
algumas que tem dificuldade maior de interação com as demais, com comportamento um
pouco agressivo, tendo alguns conflitos no agrupamento. As crianças que se comunicam
melhor conversam com todas as crianças e também com as professoras, os que ainda não
falam muito bem, fazem essa tentativa dizendo algumas sílabas das palavras que desejam
comunicar.
Percebemos que algumas crianças se interessam mais do que as outras, pelas
atividades propostas como: contação de história, brincar com tinta, brincadeira com bolas,
com bolhas de sabão, circuito psicomotor, recorte de imagens.
As crianças novatas mesmo diante da saudade dos familiares se inseriram na rotina,
conseguem guardar as cadeiras, ir para o banheiro lavar as mãos, tirar algumas peças de
roupa, desenvolvendo a autonomia. Uma criança precisa de mais atenção pois parece não
entender os comandos verbais das professoras.
Fizemos o levantamento das particularidades das crianças do agrupamento através
do levantamento das fichas preenchidas no ato matrícula e pudemos perceber que das 14
crianças: 2 crianças usam objeto transição (coberta e travesseiro), 3 crianças fazem uso da
chupeta. Quanto ao brincar : 2 preferem sozinho, 4 com familiares, 8 com outras crianças.
Todas as crianças frequentam praças, 5 crianças frequentam clube, 2 crianças frequentam
cinema, nenhuma vai ao teatro, 8 frequentam feiras, 8 frequentam shopping. Pensando
nisso em meados de março já promovemos uma ida ao teatro para que as crianças
pudessem ter acesso a essa manifestação cultural.
Quanto as brincadeiras preferidas as crianças: 4 preferem pula pula, 2 preferem
brincadeira tradicionais, 4 brincadeira de faz de conta, 2 preferem carros, bolas, brinquedos
de encaixe, esconde esconde.
Em relação aos brinquedos preferidos: 10 crianças preferem os industrializados, 4
preferem os eletrônicos, 2 preferem os reutilizáveis.
Em casa as crianças preferem brincar: 2 quintal, 3 sala de casa, 2 parquinho e
quadra, casa toda, casa da avó.
Quanto a frequência com que assistem tv: 2 crianças não assiste, 6 crianças
assistem todos os dias de 30 min a 2 h, 2 crianças assistem todos os dias mais de 2 h. 10
crianças tem como programa favorito: desenho animado, 1 criança prefere novela.
No geral é uma turma tranquila, passa por momentos de conflito que geralmente
ocorrem pela dificuldade de brincarem juntos, mas que são momentos inerentes e que são
mediados pelas professoras.
Agrupamento EI-C2
O agrupamento C2 tem 15 crianças, sendo 4 que ainda usam chupeta e uma chupa o
dedo. Percebemos que 6 crianças gostam de brincar com familiares e 8 gostam de brincar
com outras crianças. Observamos que a maioria gosta de frequentar shoppings e praças.
Notamos que 6 crianças preferem brincar com brincadeiras tradicionais: Amarelinha, serra-
serra, esconde-esconde, brincadeiras de roda, pique-pega, 5 crianças gostam de faz de
conta: casinhas, comidinhas e super-heróis. A maioria opta por brinquedos
industrializados, como: bonecas, carrinhos, jogos, bolas, etc. Observamos que 5 crianças
gostam de brincar na sala, 4 na casa toda, duas não responderam e 1 rua e 2 no quintal e 1
na área. Percebemos que 12 ganham até 2 salários mínimos, 1 ganha até 3 salários
mínimos, 1 ganha mais de três salários mínimos, 1 ganha até um salário mínimo. Referente
ao benefício social, 12 não recebem, 2 recebem o bolsa família e 1 não respondeu.
A respeito da leitura, 4 crianças têm acompanhamento com os responsáveis, 5
crianças não recebem incentivos e as demais as vezes recebem apoio. Quanto à religião, 7
se declaram evangélicos, 6 católicos, e 2 não professam nenhuma religião. Em relação a
moradia, 4 tem moradia própria, 6 a moradia é alugada, 3 concedida e 2 financiada. Quanto
ao tipo de construção a maioria responderam que é de alvenaria. A maioria relatou que as
crianças convivem com os pais, avós, irmãos e tios. E uma relatou que convive com os
tios, sendo que uma tia não possui audição. Quanto a locomoção 8 relataram que usam
carro, 1 usa bicicleta, 4 usa usam moto e 1 usam moto e 1 uber. Diante das expectativas
das famílias e os conhecimentos a serem desenvolvidos esse ano elencamos: Autonomia,
interação, diversidade, respeito, oralidade, pinturas, cultura da escrita, histórias, cartazes,
receitas, socialização, convivência com o outro, brinquedos, brincadeiras, apreciação da
arte (teatro, cinema, museus, musicais, entre outros). Passeios turísticos (Mutirama,
Zoológico, jardim botânico, etcs,.).
Dentro desse contexto, consideramos ser relevante inserirmos as famílias no
ambiente da educação infantil, para que se tornem participantes ativos da vida educacional
do seu filho. Por meio de café da manhã, almoço, APCEIS, reuniões recreativas, etcs.
Agrupamento EI-D1
Para assegurar um planejamento adequado às crianças e garantir o desenvolvimento
pleno das mesmas a partir de atividades intencionais e significativas, realizou-se a análise e
registro do perfil da turma. O perfil do agrupamento EI-D1 no ano letivo de 2019, foi
estabelecido mediante apreciação da Ficha Diagnóstica da Criança, respondido pelas
famílias, e da observação contínua das crianças durante as atividades propostas,
brincadeiras livres e momentos da rotina. Em relação ao agrupamento EI-D1, período
vespertino, onde estão matriculadas 12 crianças, sendo seis meninos e seis meninas,
observou-se que algumas delas são agitadas e dão birras, também, que de modo geral, que
são espertas, comunicativas, possuem um bom relacionamento umas com as outras.
Gostam de participar das atividades propostas; auxiliar os amigos e de realizar atividades
em grupo.
No início, houve algumas dificuldades na divisão e uso comum de materiais e
brinquedos, mas isso com o tempo foi sanado e aos poucos as formações de hábitos sociais
foram sendo fortalecidos. Algumas crianças ainda apresentam dificuldades para se
expressarem e a pronunciarem algumas palavras, não aceitavam ser contrariadas,
repreendidas e tinham dificuldades para assimilar as regras propostas nos “nossos
combinados”, visando uma boa convivência em grupo e o bom andamento da rotina em
sala, além de demonstrarem dificuldades ao expressarem desejos e necessidades básicas,
como a de ir ao banheiro.
Trabalhamos o desfralde com o agrupamento, usando o livro “o que tem dentro da
sua fralda?”. Contamos essa história e em seguida confeccionamos um cartaz coletivo,
onde a professora colou uma fralda e desenhou um penico, onde as crianças foram
questionadas sobre onde devemos fazer cocô e xixi. Com massinhas representamos o cocô,
pedindo para que as crianças coloquem as mesmas no penico. Está atividade incentivou as
crianças a pedirem para irem ao banheiro.
Sobre as preferências das crianças estão os brinquedos de encaixe, de montar e de
empilhar. Mostram muito interesse em ouvir histórias, cantar, brincadeiras de roda, pintura
à dedo e guache, e de participarem de atividades com massinha de modelar. Sobre as
preferências alimentares, as crianças gostam de experimentar todos os alimentos servidos
no CEI, sendo que existem exceções de algumas que não gostam, colocando no cantinho
do prato. Observou-se que conseguem se servirem no self service, sabendo esperar a sua
vez, também conseguem manusear o pegador.
À respeito da coordenação motora fina faz se necessário pontuar que as crianças
conseguem exercer movimentos de pinça, ainda com um pouco de dificuldade. As crianças
conseguem pular, correr, subir, descer nos brinquedos do parquinho.
Agrupamento D2
Para a construção do perfil do agrupamento D2, observamos as crianças em diversos
momentos da rotina, e diversas situações de aprendizagem livres e dirigidas, sempre com
um olhar atento e sensível a curiosidades, manifestações e interesses, questionamentos e
conhecimentos. Também colhemos dados analisando as informações dadas nas Ficha
Diagnostica da Criança, feito pelas famílias, e analisamos a sistematização da Avaliação
Institucional feita com as crianças no ano de 2018.
O agrupamento EI-D2 originou-se do agrupamento C1 e C2, demonstram vínculos
afetivos entre colegas e professoras se relacionam de forma respeitosa e utilizam de
palavras cordiais para se comunicar em diversas situações. Existem alguns conflitos por
disputas de brinquedos, partilhas de materiais, diferença de ideias e opiniões, situações
comuns para essa faixa etária. Nesses momentos eles reagem com choro, bate no colega
costumam dizer “Eu não sou seu amigo(a)”, precisando da intervenção das professoras que
com conversa ajuda- os a refletir sobre suas atitudes. Outras crianças já conseguem
resolver seus conflitos por meio do diálogo, juntas, solucionamos os conflitos.
Durante a analise das Fichas, destacamos as expectativas em relação a aprendizagem e
desenvolvimento das crianças, sobre alguns hábitos; com quem preferem brincar; lugares
que frequentam; quais as brincadeiras e brinquedos preferidos; onde preferem brincar; qual
seu programa preferido e com que frequência assistem TV, qual a quantidade de minutos
ou horas.
Os programas de TV que as famílias compartilham com as crianças, também incidem
sobre suas preferencias no CEI, sendo filmes de histórias infantis literárias de princesas e
príncipes ( Rapunzel, Branca de Neve, Cinderela); de desenhos (a Pantera cor de rosa,
Patrulha Canina, Dora Aventureira, Marcha e o Urso), Clips musicais( Mundo Bita,
Homenzinhos Torto, Borboletinha, A Janelinha, Galinha pintadinha...).
As brincadeiras que as crianças realizam com suas famílias também nos mostra muito
sobre as preferencias delas: dançar, brincar de boneca, andar de bicicleta, carrinho,
bonecos de personagens, e, ou super heróis, cantar, músicas infantis, pique pegue, jogar
bola, jogos de encaixe, jogos de quebra cabeça, jogos eletrônicos, faz de conta ( escolinha
e comidinha), Contação de histórias e conversas. Entendemos que a brincadeira é
fundamental para o desenvolvimento físico motor e social das crianças. Com o Projeto
APCEI proporcionamos as crianças momentos diferenciados, no qual elas aprendem e
exploram as regras da brincadeira de maneira sistematizada, incentivando as interações ,
relações de amizade e as aprendizagens.
Interessam -se por livros e conhecem algumas histórias. Se interessam por atividades de
registros como: desenhos, pinturas, colagem, recortes). Algumas fazem questionamentos e
perguntas sobre o tema aprendido no dia sempre demonstrando curiosidades.
Algumas crianças demonstram autonomia e independência no momento de banho e
higienização. em se vestir e tirar roupa, calçar chinelos, sandálias ou tênis, pedem algumas
ajudas como amarrar cadarços, o lado correto da roupa. Também precisam de orientação
das professoras na organização dos objetos pessoais nas mochilas como: colocar as roupas
sujas dentro da sacola plástica e dobrar toalha.
No momento das refeições algumas crianças não conseguem pegar com o pegador, e
fazem seleção de suas preferencias alimentares no próprio prato, mas ainda sim
experimentam os alimentos.
Quanto à rotina e atividades, as crianças já internalizaram e demonstram isso durante o
dia em suas falas, os momentos que vão acontecer ou que já aconteceram. Desenvolvem e
se interagem nas atividades bem e com interesse, nas coletivas sempre interagindo e
ficando mais próximo das professoras demonstrando alegria e aceitação a tudo proposto a
elas sendo bastante prazeroso.
Planejamos sempre atividades na intenção de estimular e ampliar a coordenação motora,
equilíbrio e a consciência corporal. Habilidades importantes que auxiliarão as crianças no
desenvolvimento da linguagem, escrita. Assim as atividades trabalhadas no CEI são por
meio de registro, cartazes, atividades em folha, dentre outras. Tudo para progresso e
desenvolvimento dos mesmos.
Agrupamento EI-E
O agrupamento EI-E possui 20 crianças matriculadas em processo de inserção à
convivência com um número maior de crianças, uma vez que o agrupamento EI-E
originou- se dos agrupamentos D1 e D2.
Observamos que crianças oriundas dos agrupamentos D1 e D2 desenvolveram
aspectos cognitivos, emocionais, linguísticos e que alguns apresentam dificuldade em
relação à sociabilidade e convivência com um número maior de crianças,
consequentemente o número de conflitos na junção das turmas tornou-se maior. Diante
dessa premissa é importante trabalhar meios para promover uma maior sociabilização
através da orientação dos professores, conversas, dinâmicas e brincadeiras entre as crianças
e músicas.
Mesmo apresentando um perfil heterogêneo, as crianças do agrupamento E
convergem em alguns pontos de interesse, dentre eles são brincadeiras que envolvem
movimento, gostam de brincadeiras de faz de conta, como casinha e heróis, gostam também
de música e brincadeiras de roda.
Outro aspecto a ser explorado durante o ano letivo será a relação das crianças com
os brinquedos, será necessário que os adultos organizem o ambiente e os espaços onde
estão dispostos os brinquedos, para isso será fundamental envolver as crianças para que
aprendam a organizar e zelar pelos brinquedos.
Alguns momentos da rotina as crianças já internalizaram e demonstram isso
através de perguntas sobre as ações que deverão realizar no decorrer do dia, e também
aquelas que já aconteceram. Todavia ainda há alguma dificuldade no momento de reuni-las
para as rodinhas de conversa e para que se atentem a leitura dos livros literários. As
crianças apresentam dificuldade de esperar sua vez para falar e também de ouvir tanto os
colegas quanto as professoras, o que dificulta a comunicação e o bom andamento de
algumas das atividades planejadas. O momento da roda de conversa é o momento onde
verbalizamos as atividades que foram estabelecidas para aquele dia, assuntos pontuais
relacionados aos comportamentos que precisam ser melhorados, além da escuta das
crianças, que nos ajuda a compreender seus anseios para direcionar de forma mais assertiva
as atividades realizadas no cotidiano.
No momento das refeições as crianças são seletivas ao se servirem, nem sempre se
servem de todos os alimentos disponíveis, e ainda há alguns que não se servem de carne.
Todos já possuem autonomia, se servem sozinhos, e ocasionalmente, necessitam de auxílio
ao servirem o suco ou leite, nesses momentos sempre há professores próximos que os
auxiliam, inclusive na utilização dos pratos de vidro.
As atividades de recreação normalmente são tranquilas, todos interagem tanto
com os colegas de sala quanto com as demais crianças do CEI. Quanto estão na quadra
preferem brincadeiras com água, brincar no pula-pula, gostam de andar de bicicleta, dos
brinquedos do parquinho e também da casinha.
As crianças apresentam facilidade em correr, andar, subir, descer e pular (em
especial nos brinquedos do parquinho). Quanto à coordenação motora fina a maioria das
crianças apresentam habilidade em pegar no lápis e pincéis, alguns ainda apresentam
alguma dificuldade para manusear esses objetos, por isso será importante trabalhar a
coordenação motora fina.
Para assegurar um planejamento adequado às crianças e garantir seu
desenvolvimento pleno a partir de atividades intencionais e significativas, realizou-se a
elaboração, análise e registro do perfil da turma. O perfil do agrupamento EI no ano letivo
de 2019, foi estabelecida mediante apresentação da ficha diagnóstica respondida pelas
famílias, avaliação institucional 2018 e observação contínua das crianças durante as
atividades propostas, brincadeiras livres e momentos da rotina.
Durante a análise do questionário percebemos as expectativas das famílias em
relação a aprendizagem e desenvolvimento das crianças, o que as famílias costumam fazer
junto com as crianças, programas que veem na televisão, passeios que realizam, brinquedos
e brincadeiras preferidas e produções culturais de que tem acesso.
A maioria das crianças tem pouco acesso a produções culturais com a família e os
passeios que mais fazem são nas praças e/ou parques, shopping e feiras. Também
percebemos que seus brinquedos preferidos são bicicletas, bonecas, carrinhos e bolas.
Dessa forma procuraremos elencar essas informações no planejamento das atividades
estabelecidas para o desenvolvimento das crianças no decorrer do ano letivo. Na avaliação
institucional de 2018, observamos que a maioria das famílias possuem expectativa que seus
filhos aprendam no CEI a socializar, interagir e a conviver melhor com os outros, que
aprendam a
organizar as próprias roupas e mochila, que compreendam diversas linguagens, leitura e
escrita e desenvolvam a coordenação motora e o cumprimento de regras.
Para atender às preferências e necessidades das crianças e expectativas das
famílias, algumas das atividades apresentadas abaixo serão pertinentes:
Desenvolver aspectos: físicos, motor, emocionais, intelectuais, morais, éticos e
sociais, de modo que possam ampliar suas experiências e para que tenham
estimulados seus interesses pelos processos de conhecimento do ser humano, da
sociedade e da natureza. Desta forma, os projetos de pesquisas serão orientados
a partir dos temas de interesse das crianças;
Coordenação motora: desenvolver a consciência do próprio corpo, tanto nos
aspectos físico quanto motor, domínio e equilíbrio. Correr, pular, saltar, brincar,
descer, subir, equilibrar. Andar de bicicleta, pular na cama elástica, brincar com
a bola, com balões e ocasionalmente utilizar tesoura, pintura, lápis e cola para
estimular a coordenação motora fina;
Linguagem oral e escrita: trazer histórias, contar e recontar fábulas e contos
clássicos da literatura infantil, e promover vivências através das histórias com
fantasias, elaboração de figurinos, encenação de peças;
Ampliar a linguagem oral motivando as crianças a se comunicarem, ordenar
ideias, pensamentos, recontar histórias, criar novos finais para as histórias
contadas, compreender a sequencia dos fatos por meio de diferentes gêneros
textuais, orais e escritos (brincadeiras com palavras, trava língua, parlendas,
poesias, fábulas, dentre outros);
Linguagem musical: ampliar e diversificar novas aprendizagens musicais,
compreender e distinguir novos sons e ritmos de instrumentos, construir
instrumentos musicais, formar banda com sons diferenciados;
Raciocínio lógico-matemático: ensinar e incentivar brincadeiras como jogos de
memória, quebra-cabeças, jogos de encaixe, contagem envolvendo elementos
concretos, (re)conhecer números, relação quantidade/numeral, dentre outros
jogos;
Alimentação saudável: conscientizar as crianças sobre a importância da boa
alimentação e relacionar com atividades prazerosas que envolvam receitas
culinárias e degustação de pratos feitos pelas próprias crianças;
Educação emocional: pedir desculpas, compreender o colega, negociar a vez de
participar ou dividir um brinquedo em uma brincadeira, aprender a gentileza:
pedir por favor, obrigado, com licença, pedir ajuda quando necessitar, utilizar o
diálogo para resolver conflitos, anseios, respeitar o próximo e compartilhar
brinquedos;
Agrupamento EI-EF
Para a construção do perfil do agrupamento EI-EF, observamos as crianças
em diversos momentos da rotina, sempre com um olhar atento e sensível as curiosidades,
manifestações, interesses, questionamentos e conhecimentos. Tabulamos as informações da
ficha diagnóstica da criança respondida pela família e analisamos a sistematização da
Avaliação Institucional feita com as crianças no ano de 2018.
O agrupamento EI-EF é formado por 25 crianças que vieram em maioria do
agrupamento EI-E e somente três do agrupamento EI-D1. As crianças demonstram
vínculos afetivos entre os colegas e professores, se relacionam de forma respeitosa.
Existem alguns conflitos, a maioria causados por brincadeiras de lutas entre os meninos,
outros porque algum colega não quer dividir o brinquedo ou por não deixar o colega
participar da brincadeira. A maioria dos conflitos são resolvidos por meio do diálogo entre
as próprias crianças ou quando não conseguem resolver recorrem aos professores para
contar o que aconteceu. Destacamos a fala de uma criança ao refletirmos na roda sobre as
atitudes ao tentarmos resolver os conflitos “A gente primeiro tenta conversar com o colega,
quando não consegue a gente chama a professora para ajudar!”. Algumas crianças ainda
precisam de ajuda para resolver os conflitos, pois reagem com choro, grita e bate no
colega, precisando da intervenção dos professores que com conversas, ajuda-os a refletir
sobre suas atitudes.
Durante a análise dos questionários respondidos pelas famílias destacamos as
expectativas das famílias em relação à aprendizagem e desenvolvimento das crianças, o
que as mesmas costumam fazer junto com as crianças, o que veem na televisão, passeios
que realizam, brinquedos e brincadeiras preferidas e produções culturais que tem acesso.
Nossa proposta de trabalho será a de favorecer experiências diversificadas com a
música, as artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia, passeios e
brincadeiras fora do muro da instituição, visitas ao Zoológico, parques, circo, museus e
contato com a literatura. Além de propor experiências de integração e o conhecimento
pelas crianças das manifestações e tradições culturais. Destacamos no gráfico os passeios
realizados pelas famílias.
PARQUE
1% 1 PASSEI S
% CINEMA
15% OS SHOPPI
4% NG
23% FEIRAS
17 13%
TEATRO
% 26% CLUBE
As famílias destacaram as brincadeiras preferidas das crianças, sendo o faz de conta
(casinha, heróis, etc.) as mais vivenciadas pelas crianças. Destacamos no gráfico abaixo, as
preferencias das crianças.
BRINCADEIRAS
PREFERIDAS
FAZ DE CONTA
15% 23 JOGO
62 BRINCADEIRAS
% % S
TRADICIONAIS
De acordo cm a ficha diagnóstica, as crianças preferem brincar com os brinquedos
industrializados (bonecas, carrinhos, jogos, bolas, etc.) e jogos eletrônicos. Nós
professores, consideramos importante conhecer as preferências das crianças por
brincadeiras e brinquedos para contemplá-las no planejamento, assim como propor a
utilização de brinquedos/materiais diferentes dos apresentados pela família.
BRINQUEDOS
PREFERIDOS REUTILIZÁV
INDUSTRIALIZADOS EIS
51
33% ELETRÔNIC
%
OS
16
%
As famílias destacaram quais são os objetos mais utilizados pela criança ao brincar,
sendo: bonecas/bonecos, livros, lápis de cor, tinta, giz de cera, cola, caderno, números,
alfabeto, bicicleta, caixas vazias, espada fantasia de super-heróis, bola, carrinhos,
brinquedos que ele mesmo cria com objetos reaproveitados, panelinhas, motoca, barro,
jogos eletrônicos (computador/celular), linha, pedaço de tecido e recicláveis. A partir
dessas informações, poderemos possibilitar brincadeiras com estes objetos, criando enredos
variados e a proposição de brincadeiras com outros materiais para ampliar o repertório da
criança.
Destacamos que a brincadeira é a principal atividade da criança, por meio dela
desempenha papéis, estabelecem e ressignificam regras construídas, ampliando as suas
possibilidades para criar, elaborar e reconstruir sentidos sobre as experiências vividas.
Nosso papel como professores é o de tornar o ambiente da instituição favorável para a
criação infantil, facilitando a interação com vários objetos, materiais, situações e com os
outros.
Promoveremos brincadeiras individuais, em grupos, coletivas, entre pares iguais e
diferentes, favorecendo as interações significativas entre criança-criança e criança-adulto
pensando na organização para o exercício da cooperação, do respeito e da autonomia,
favorecendo o diálogo entre as crianças e contribuindo para a apropriação e ressignificação
da cultura por meio do faz de conta.
A partir da observação dos professores e da avaliação institucional de 2018,
destacamos as brincadeiras/brinquedos preferidas das crianças no CEI: boneca, pula pula,
lutinha, brincar no salão, pega-pega, legos, brincar de Sonic, escolinha, desenhar, fazer
atividade, dormir, robô, gira-gira, bola, trepa-trepa, mamãe e filhinha, balanço, brincar de
Moana, brincar com água e vasilha, esconde-esconde, pega o lobo, super-herói, espada,
Polly, cartinhas, corda, futebol, torres com copos descartáveis, desenhar com canetinhas e
supermercado.
As famílias também destacaram as conversas apresentadas pelas crianças, sendo:
histórias contadas no CEI, situações que acontecem no CEI, sobre trilhas de bike,
brincadeiras de faz de conta (casinha, super-herói), fala dos amigos de sala e das
professoras, dos assuntos que vê na internet, amigos imaginários, cães, carro rebaixado,
passeios de bicicleta, desenhos que faz, carrinhos, criações com jogos de montar, piadas,
coisas do cotidiano que acontecem em casa, fala dos sonhos, amizade, bem x mal, família,
gosta de contar histórias que aprende na igreja. Conhecendo os assuntos mais presentes nos
diálogos com a crianças, poderemos abordá-los no plano diário.
Conhecer o medos das crianças, ajuda os profissionais a compreender
determinadas ações e reações da criança na instituição em diferentes momentos
ocasionados pelo medo para que passamos respeitar e acolher as suas manifestações.
FICAR SOZINHO
3
3
MED ESCURO
% ANIMAIS
6% 3
%
% O -CACHORRO
7% 36 ANIMAIS -BARATA
% ANIMAIS -
ARANHA ANIMAIS
- GATO OUTRAS
42
PESSOAS
%
Na avaliaçãoinstitucional de 2018 as crianças tiveram a oportunidade de dizer
sobre gostariam de aprender na instituição no CEI
A partir da observamos dos professores e da avaliação institucional de 2018,
destacamos os interesses das crianças e o que gostariam de aprender: gostam muito de
desenhar e pintar com canetinhas; a maioria conhece e escreve o próprio nome sem o uso
da ficha, também demonstram interesse em escrever outras palavras ou frases. Com o
sistema de escrita as atividades são diversificadas, oferecendo novos desafios as crianças
potencializando seu aprendizado, para que tanto o aspecto figural (Forma e direção das
letras) como o aspecto conceitual (Combinação das letras) sejam desenvolvidas. Gostam de
ouvir histórias (terror, princesas, dinossauros, robôs, experiências/experimentos)
principalmente livros pop up. Gostam de super-heróis e solicitam fantasias de personagens.
Por meio das histórias a criança exercita a abstração saindo de seu mundo concreto e
capacitando-se a desenvolver o pensamento. Demostram interesse em conhecer sobre os
conhecimentos referentes a ciências naturais como: astronomia (lua, satélite, planetas,
galáxia, sol) – interesse pelo contexto do universo, transformação dos estados físicos da
água, elementos que não se misturam, conhecerem mais sobre os dinossauros, robótica
(construção). Conhecer autores/escritores de livros e poesias, exemplo: Pedro Bandeira;
conhecer sobre Coruja, Rolinha e gato, pois são animais estão na instituição - constroem
ninhos e/ou se alimentam de resto de comidas e/ou procuram abrigo e proteção na
instituição; brincar e estimular a cultura corporal por meio de jogos cooperativos (peque
pega e suas variações, bola, pular corda, brincadeiras de roda, bambolês e suas variações,
pula carniça, percursos motores, salve bandeirinha, biloca).
As famílias também destacaram algumas características das crianças ou algo
importante que gostaria de dizer sobre o seu filho, permitindo aos profissionais conhecer as
recomendações e cuidados específicos de cada criança, sendo: “timidez” (Matheus),
“facilidade para gripar e não pode comer presunto” (Miguel Rodrigues), “não gosta de
comer verduras” (Heitor), “com o mínimo de febre precisa ser medicada, pois
convulsiona” (Rhyvia), “tem bronquite e já teve pneumonia, portanto sempre que fica
muito na água adoece” (Miguel Rosa), “tem dificuldade de se alimentar, em casa precisa
de auxílio e incentivos constantes” (Benjamin), “gosta de ter autonomia na sua higiene –
escovar os dentes, tomar banho, comer sozinha” (Inês), “não gosta de comer verduras e
tem problemas
respiratórios” (Felipe), “se alimenta vagarosamente” (Ana Luiza), “não faz xixi no vaso”
(Esther Andrade).
Expectativa da família em relação a instituição: interagir mais com os colegas de
sala, desenvolver linguagem oral e escrita, boas maneiras e diversão, aprender a conviver
respeitando seus pares, interagido de forma positiva, desenvolver a autonomia, pensar de
forma crítica, opinando e questionando, ter acesso as diversas linguagens (corporal,
artística, musical, oral) e as ciências, aprender a compartilhar, dividir e obedecer regras e
combinados, aprender o básico para o começo da alfabetização, aprenda a ler e escrever,
aprender diversas brincadeiras, oferecer atividades variadas, educação e ensino sem viés
ideológico evitando ensinos marxistas e ideologia de gênero.
Esse olhar sobre o perfil da turma explicita alguns caminhos a serem trilhados
para construir um currículo para as crianças do agrupamento EI-F, compreendendo o papel
do educador como mediador no processo de construção do conhecimento da criança.
Considerando as expectativas das famílias, as observações dos professores em relação aos
conhecimentos prévios e interesses das crianças, pensamos em um currículo que
intenciona, articular os saberes que fazem parte do Patrimônio da humanidade e as
linguagens, organizados por direitos e campos de experiências que serão explorados com e
pelas crianças:
Criar movimentos, gestos, mímicas e sons com o corpo em jogos, atividades
artísticas e brincadeiras. Teatralizar histórias, com gestos e expressões, criar versos e
rimas, jogral, usar fantoches e confeccionar cenários e figurinos, dançar músicas
coreografadas, criar e participar de brincadeiras cantadas.
Estabelecer relações entre seu modo de vida e as formas de viver de outros grupos.
Explorar brincadeiras e organização social de diferentes culturas. Incentivando por meio
de histórias, brincadeiras e rodas de conversas as crianças a refletir sobre a forma injusta
como os preconceitos étnico-raciais e outros foram construídos e se manifestam,
construindo atitudes de respeito, não-discriminação e solidariedade.
Interagir com outras crianças em brincadeiras e atividades. Participar de jogos de
regras e aprender a construir estratégias de jogo. Ampliar relações interpessoais, com
atitudes de participação e cooperação. Saber lidar com conflitos nas interações.
Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo
suas conquistas e limitações, autonomia, construindo o entendimento de cuidar da saúde
e bem-estar no decorrer das atividades cotidianas (organizar os pertences de uso
pessoal, higienizar o próprio corpo e cabelos, ajudar na organização do agrupamento e
outros espaços da instituição).
Garantir propostas, organizações espaciais e de materiais que possibilitem à criança
mobilizar seus movimentos para explorar o entorno e as possibilidades de seu corpo
(brincar de esconde-esconde, bambolê, corda, circuitos motores, nos brinquedos do
parque, pego lobo, super-heróis).
Criar e brincar com a imaginação por meio de materiais não estruturados,
estimulando a criança a construir seu próprio brinquedo ou brincadeira (organizar,
planejar, criar, manter atenção, são funções cognitivas estimuladas a partir desses
materiais).
Promover brincadeiras no pátio, praça ou áreas fora do muro da instituição, em
contato com a natureza e com diferentes faixas etárias, percebendo que as pessoas têm
diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e
escultura, criando produções bidimensionais ou tridimensionais (dobraduras com papel,
construir torres com copos, castelos com cartas, criações com massa de modelar e
canudos, pintar usando diferentes suportes (papéis, panos, telas, telha, lixa, papelão) e
materiais (aquarela, guache, lápis).
Ouvir e contar histórias com livros, fantoches, com modulações de voz, objetos
sonoros e instrumentos musicais.
Prática de escrita do nome próprio, utilizando os conhecimentos que dispõe no
momento sobre o sistema de escrita em língua materna (estudo de letras de músicas,
poesias, receitas, produção de histórias coletivas e individuais feito pelas crianças ou
tendo o professor como escriba, escrita do nome próprio e dos colegas com o uso da
ficha).
Levantar hipóteses sobre gêneros textuais, recorrendo a estratégias de observação
gráfica e de leitura, e sobre a linguagem escrita, registrando palavras (registro do título
de livros – Projeto Encantamento, criar lista de palavras, conhecer rimas, estrutura de
textos, regras de jogo, receita culinária).
Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por linguagem oral e
escrita, de fotos, desenhos e outras formas de expressão, permitindo às crianças se
apropriarem de diversas formas sociais de comunicação, como: cantigas, brincadeiras de
roda, jogos cantados, e de formas de comunicação presentes na cultura: conversas,
informações, reclamações.
Favorecer experiências diversificadas com a música, as artes plásticas e gráficas,
cinema, fotografia, dança, teatro, poesia, passeios e brincadeiras fora do muro da
instituição, visitas ao Zoológico, parques, circo, museus e contato com a literatura.
Estabelecer as aproximações a algumas noções matemáticas presentes no seu
cotidiano, como contagem, resolver pequenos problemas mentais, realizar pequenas
operações utilizando materiais concretos, próprio corpo, palitos, tampinhas, lápis,
relações espaciais e etc.;
Conhecer noções de comprimento, peso e massa (a partir do corpo das crianças, é
possível explorar noções de altura, peso, medidas das mãos e pés, tamanho de roupas e
calçados, etc); unidades de medida por meio de receitas e textos enigmáticos, situações
problemas; estabelecer relações entre as crianças e os objetos que observam e
manipulam (está longe, está perto, é mais baixo, mais alto, mais leve, mais pesado.
Reconhecer os números e estabelecer relação entre número e numeral, as contagens
orais (localizar data no calendário, fazer contagem das quantidade de crianças, brincar
de supermercado – fazer lista de preços). Desenvolver noções espaciais como
ferramentas necessárias no seu cotidiano (esquerda e direita, frente trás, em cima e
embaixo, dentro e fora e entre objetos.
Conhecer fenômenos e elementos naturais, observar e descrever mudanças
resultantes de ações em experimentos com fenômenos naturais e artificiais. (astronomia
- lua, satélite, planetas, galáxia e sol, transformação dos estados físicos da água,
elementos que não se misturam, dinossauros, robótica (construção), conhecer sobre o
vento, sobre os Coruja, Rolinha, Gato e outros animais).
Utilizar unidades de medida (dia e noite; dias, semanas, meses e ano) e noções de
tempo (presente, passado e futuro; antes, agora e depois), para responder a necessidades
e questões do cotidiano.
O registro desse Perfil foi realizado pelas professoras e será revisto junto com a
coordenação, coerente com a proposta apresentada e sofrerá alterações e acréscimos, de
acordo com a necessidade. Este será o Currículo inicial a ser trabalhado com as crianças
pelas educadoras, podendo sofrer alterações conforme o processo de aprendizagem e
desenvolvimento de cada turma, os avanços da turma, as exigências das famílias, bem
como os interesses e necessidades da turma e das professoras, que se alteram no decorrer
do ano.
Estas são algumas experiências e vivências que serão trabalhadas este ano, outras
que surgirem serão acrescentadas ao currículo e no próprio PPP.
O CEI Serafim Rodrigues de Moraes Filho atende, em 2019, crianças com idade
entre 1(um) ano e 5(cinco) anos e 11(onze) meses, no período de 7h às 17:30h, de segunda
a sexta-feira, moradoras do Setor Solange Park e adjacências, em Goiânia, Goiás, numa
abordagem sócio-histórica-dialética, entendendo a criança como ser humano integral,
completo e indivisível, interagindo com o seu meio social. E conforme documentos
federais e municipais, seguindo a proposta da Secretaria Municipal de Educação e Esporte
de Goiânia, “Infâncias e Crianças em Cena: por uma Política de Educação Infantil para a
Rede Municipal de Educação de Goiânia” (2014).
A organização dos horários dos profissionais do CEI segue as orientações da SME
– Diretrizes de Organização do Ano Letivo Triênio de 2018 a 2020 – sendo 4h15 diárias
para professores regentes e coordenadores; 6h diárias para o administrativo e auxiliares de
atividades educativas; e 8h diárias para diretora, distribuídas nas 11h de atendimento às
crianças. No turno matutino, as professoras regentes trabalham das 7h às 11h15; as AAE’s
e o administrativo das 7h às 13h. No turno vespertino, as professoras regentes trabalham
das 13h às 17h15; as AAE’s e os administrativos das 12h às 18h.
A equipe diretiva do CEI cumpre mais que os horários pré-determinados
legalmente, no intuito de garantir os cuidados e educação necessárias às crianças nos
momentos de chegada, no intermediário e na saída; um porteiro-servente do matutino junto
com a coordenadora fica responsável em abrir o portão às 7h e recebem as crianças e
famílias no portão, bem como a dirigente fica no portão entregando as crianças às famílias
até mais ou
menos 17h30; na maioria das vezes direção e/ou coordenação ficam presentes no momento
intermediário. Os horários variam para garantir sempre que um dos membros da equipe
diretiva esteja presente na instituição em todas às 11h de atendimento, desde a chegada até
a saída das crianças e famílias. Ressaltamos que há reuniões e cursos na secretaria, além
das compras no supermercado semanalmente, que exigem a presença da equipe diretiva,
portanto haverá ocasiões que poderá ocorrer de uma não estar presente no CEI.
O portão é aberto pelo porteiro servente, auxiliar de atividades educativas, auxiliar
de secretaria ou dirigente às 17h para a saída das crianças. Em qualquer momento, as
famílias podem buscar seus filhos, justificando com antecedência, sendo que, algumas
buscam antes desse horário, elas entram na instituição e pegam junto com as professoras
(até às 17h o portão permanece trancado e é aberto apenas para as famílias que tocam a
campainha). Somente os responsáveis autorizados podem adentrar a instituição e retirar as
crianças, conforme registro em documento no ato da matrícula, que fica também afixado
em cada agrupamento.
O CEI também se preocupa com o atendimento às famílias, pois quando estas
chegam, também passam por um período de inserção e acolhimento – adaptar ao novo
ambiente, a entrega de seus filhos, seu bem mais precioso, para pessoas estranhas. E isto
requer que a instituição esteja aberta a recebê-las, minimizar suas dúvidas, escutar suas
angustias e lamentações e procurar conquistar a confiança das mesmas. Pensando nestas
questões, além da conversa esclarecedora no ato da matrícula com as famílias, a diretora ou
um porteiro-servente recebe as crianças e famílias todos os dias no momento da entrada, e
a dirigente ou auxiliar de secretaria as entrega no momento da saída, sempre que possível,
e ainda permite que as famílias adentrem a instituição em qualquer momento que chegarem
ao CEI. Isto significa também compartilhar responsabilidades com todos os funcionários
para que eles tenham a mesma postura respeitosa e de afeto para com as crianças, estejam
as famílias por perto ou distantes.
O CEI realizará reuniões com as famílias das crianças este ano de 2019: dias 23/01
com as famílias das crianças novatas; dias 22/02 e 14/03 para a devolutiva da Avaliação
Institucional 2018; construção do Plano de Ação; para informes gerais, no intuito de
esclarecer sobre o trabalho realizado na instituição por agrupamento; Palestra sobre o
período de inserção das crianças novatas; relembrar o Termo de Responsabilidade; falar
sobre a rotina e as responsabilidades dos pais nos cuidados e na educação dos filhos, na
elaboração do PPP 2019 e para socializar a nova Proposta sobre Documentação
Pedagógica na Educação Infantil. Outras reuniões e eventos com a presença das famílias
ocorrerão este ano, tais como:
Datas Reuniões
14/03 Reunião com todas as famílias nos dois turnos (matutino e vespertino);
21/02 e Oficina da Horta com a GERPAE no turno matutino;
21/08
04/04 e Vivência de Brincadeiras Tradicionais / APCEI (matutino e vespertino);
30/05
Até 31/05 Socialização com as famílias dos Projetos de Trabalho 1º Semestre (matutino e vespertino);
08/06 (tarde) Festa Cultural com apresentação das Crianças;
26 e 27/06 Socialização com as famílias dos Portfólios de Aprendizagem e Desenvolvimento da
Criança
referente ao 1º Semestre (matutino e vespertino);
03 a 05/09 Semana do Bebê – atividades com todas as Famílias (matutino e vespertino);
14/09 (tarde) Vivência de Brincadeiras Tradicionais / Projeto APCEI;
14/09 Festa da Família 2019 (matutino e vespertino);
21/10 a Avaliação Institucional com as Famílias (matutino e vespertino);
01/11
03/12 Despedida do Agrupamento EI-F (apenas para as famílias das crianças deste agrupamento);
10 a 13/12 Socialização com as famílias dos Projetos de Trabalho 2º Semestre (matutino e vespertino);
10 a 13/12 Socialização com as famílias dos Portfólios de Aprendizagem e Desenvolvimento da
Criança
referente ao 2º Semestre (matutino e vespertino);
DA AGRUPAMENT TUR
TA OS NO
28/ C1, D2 e E VESPERTINO
02
27/ B, C2, D1 e EF VESPERTINO
03
25/ C1, D2 e E MATUTINO
04
23/ B, C2, D1 e F MATUTINO
05
DA AGRUPAMENT TUR
TA OS NO
29/ B, C2, D1 e EF VESPERTINO
08
26/ C1, D2 e E VESPERTINO
09
31/ B, C2, D1 e EF MATUTINO
10
28/ C1, D2 e E MATUTINO
11
Tanto as datas quanto os horários poderão sofrer alterações, são flexíveis, conforme
necessidade da instituição.
Inseridas nesse processo de desenvolvimento integral das crianças, na instituição
educacional, nesse ano de 2019 ainda não temos nenhuma criança matriculada, confirmada
com laudo, que apresente necessidades educativas especiais – NEE. Porém temos duas
crianças que encaminhamos em 2018 com suspeita de espectro autista, avaliado pela
psicopedagoga e encaminhado à instituição parceira, mas que até o momento não foram
atendidas. E caso venhamos receber alguma criança NEE temos clareza das especificidades
e características diversas, para atendê-las e proporcionar as mesmas condições de equidade,
promovendo educação de qualidade conforme as demais crianças, que precisam ser
respeitadas e valorizadas.
Estas crianças poderão receber Atendimento Educacional Especializado (AEE),
após o diagnóstico da psicopedagoga da Gerência de Inclusão, Diversidade e
Cidadania, via encaminhamento de relatório à Coordenadoria Regional de Educação
Jarbas Jayme. As crianças serão encaminhadas para as instituições parceiras e também
para a Sala de Recursos Multifuncionais, na Escola Municipal Ernestina, conforme
diagnóstico/necessidade de cada criança. Essas crianças poderão ser encaminhadas para o
CORAE, CRER, CAPSi ou APAE. O AEE, Atendimento Educacional Especializado, é
oferecido em cumprimento,
primeiramente, do Estatuto da Criança e do adolescente: “Art. 5º Todos são iguais perante a
lei, sem distinção de qualquer natureza...” e “Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade
e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.” (Brasil, 2010: 11).
Cumprindo também a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394, 1996, que
diz: “Art. 58,
§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às
peculiaridades da clientela de educação especial.” e “§3º A oferta de educação especial, dever
constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.” (p. 14).
E ainda o Decreto nº 6571, 2008, que dispõe especificamente sobre o Atendimento
Educacional Especializado:
Para isto, a SME lotará no CEI os seguintes servidores, de acordo com o documento
“Diretrizes de Organização do Ano Letivo”, em vigor: uma pedagoga para a função de
dirigente, duas pedagogas para coordenação (uma em cada turno), catorze professoras-
regentes (sete em cada turno), catorze auxiliares de atividades educativas (sete em cada
turno), dois auxiliares de secretaria, cinco auxiliares de serviços de higiene (três pela
manhã conforme autorização da CRE Jarbas Jayme junto com a DIRGES / SME e dois à
tarde), quatro auxiliares de serviços de alimentação (dois por turno), quatro readaptadas de
função (duas por turno) e dois readaptados para auxiliar no controle de estoque da merenda
(um por turno). Este ano, estamos com os seguintes profissionais, conforme Quadro
Funcional retratado no Anexo 6.5.
Podemos observar no quadro de profissionais, mudanças relacionadas a situação
funcional e o nível de escolaridade, que passou a ter quase todas as professoras regentes na
situação de nomeadas e quase todos Auxiliares de Atividades Educativas efetivos; bem
como o nível de escolaridade que passou de nível médio em magistério para graduação em
pedagogia e algumas cursando ou com especialização. A maioria das professoras regentes
possui uma a duas especializações, inclusive em Educação Infantil; a maioria dos
auxiliares de atividades educativas efetivo possui magistério, alguns cursando pedagogia e
outros já com ensino superior completo; o administrativo efetivo possui ensino médio
completo e alguns cursando curso superior. Ao final de 2018 chegaram vários profissionais
efetivos, alguns com curso superior, e muitos já possuíam experiência profissional em
instituições educativas. O administrativo, referente às funções de porteiro-servente e
merendeira, alguns não tinham experiência profissional nem na função e nem em
instituição educacional. Cabe à equipe gestora contribuir com a formação em serviço
desses profissionais, juntamente com a GERFOR / SME.
A equipe gestora é formada pela diretora Elaine de Azevedo Batista Silverio,
coordenadora pedagógica, turno matutino, Raquel Bonfim da Silva, coordenadora
pedagógica, turno vespertino Patrícia Barros Viana Simonini e um auxiliar de secretaria no
matutino Welinton do Nascimento Costa. A equipe gestora possui formação em pedagogia
e especializações, inclusive em Educação Infantil. Também possuem experiência
profissional na função de direção e coordenação pedagógica. E o auxiliar também possui
formação superior e tem experiência na função.
A partir das respostas das profissionais acerca do que a equipe do CEI, como um
todo, deve ter, a maioria espera que o grupo saiba compartilhar saberes, experiências que
deram certo, que seja um grupo aberto ao crescimento e a novos conhecimentos, um grupo
unido com propósito profissional único, a educação. Espera-se que todos cumpram e
desempenhem sua função sem interferir ou atrapalhar as atividades pedagógicas e sem
assumir as funções alheias. Porém que olhe cada um como indivíduo passível de carinho,
compreensão, erros, acertos e que no relacionamento diário transmita afeto, compreensão e
preocupação uns com os outros, sem a viciosa mania de apontar somente os erros, mas que
busquem a afirmação positiva do trabalho coletivo.
Com relação às crianças esperamos um trabalho que acima de tudo as respeitem
como desejaria que respeitassem e entendessem seus filhos; que não subestimem seu
potencial e capacidade, que não façam julgamentos antecipados em seus momentos de
crises, choros, inquietação, enfim, que tentem entendê-las.
Total = R$ 19.538,00”
Diante desta premissa, o CEI tem alguns desafios para ampliar em todas estas
dimensões: física – faltam materiais pedagógicos, de mobiliários adequados às crianças, a
altura delas, de condições de acessibilidade (escadas e não rampa, janelas e maçanetas das
portas altas); algumas modificações foram realizadas em relação à altura dos mobiliários,
como cortamos os pés das mesas, cadeiras e bancos dos agrupamentos e refeitório,
adequação e uso do Balcão de self-service e dividimos ao meio as estantes, promovendo o
acesso das crianças aos materiais; abaixamos os vasos sanitários e as pias dos banheiros,
dentre outros; funcional – reflexão dos avanços na organização dos materiais que hoje
estão ao alcance das crianças e do deslocamento nos espaços por elas sem utilizar da fila.
Melhoramos também em relação à valorização das produções feitas pelas crianças;
temporal – havia algumas propostas que consideram apenas a lógica do tempo do adulto,
decorrente inclusive da lógica do sistema que prevê, por exemplo, apenas as auxiliares de
atividades educativas no turno intermediário, não oferecendo as condições mais adequadas
de aprendizado às crianças neste momento (sem a presença das professoras regentes),
porém hoje há uma preocupação das regentes em planejarem alternativas para as crianças
que não querem dormir e pelas auxiliares que as realizam; relacional – no início faltava
conhecimento pelas profissionais da importância de planejar/repensar as interações, as
relações das crianças entre si, entre os colegas e entre os adultos; hoje percebemos que a
maioria das profissionais compreende esta importância, mas algumas já planejam as
interações, registram e promovem na prática. Precisamos refletir, rever e modificar
algumas práticas limitadoras na instituição, como a utilização dos vários espaços de forma
diversificada e com criatividade.
Relataremos algumas características pertencentes ao espaço do CEI, historicamente
conquistado, e outras questões que buscamos transformar a partir do estudo e reflexão
crítica da realidade.
Alguns espaços no CEI são coletivos, utilizados por todas as crianças, como o
refeitório em que as educadoras incentivam e orientam o momento das refeições; em que
as crianças mesmas se servem respeitando suas preferências alimentares; no momento da
higienização – lavar as mãos, usar o vaso sanitário, escovar os dentes e tomar banho, nos
banheiros – cada vez mais de forma autônoma e independente; nos momentos coletivos –
no salão e área externa – em que as crianças aprendem a compartilhar brinquedos, espaços,
nas interações com os colegas e professoras.
Ao promover estes momentos coletivos, tentamos organizar intencionalmente, tanto
os tempos quanto os espaços, buscando proporcionar às crianças cuidados com a segurança
delas e também contribuindo para o desenvolvimento da autonomia, de habilidades motoras,
do conhecimento físico e social e de conceitos essenciais para o bem estar coletivo.
Contamos com sete salas para agrupamentos, sendo quatro no andar de cima, uma
cozinha, uma dispensa, um almoxarifado, uma sala pequena que será usada para as
crianças se trocarem, uma lavanderia, uma bateria de banheiros (quatro vasos e três
chuveiros), quatro banheiros infantis, sendo dois femininos e dois masculinos, dois
banheiros para adultos, um refeitório coberto, um auditório com palco e duas salas, sendo
uma para direção e secretaria e outra para coordenação e professoras e uma sala para
guardar os brinquedos de uso coletivo. Temos uma área externa, um parque com 3
gangorras, 3 balanços individuais, um escorregador tipo foguete, um gira-conforto, um
balanço coletivo; e uma área com bancos e plantas ambas cimentadas.
A mantenedora construiu para as crianças uma horta, uma quadra, uma
brinquedoteca, um campo de areia, bateria de banheiros, ducha e um estacionamento para
carros. Temos um parque com: teia de aranha, dois balanços coletivo, dois escorregadores
e dois tambores. Desta forma, o espaço externo foi ampliado para garantir, ainda mais, os
direitos às crianças. Organizamos a Sala de Professoras para ficar um ambiente mais
agradável: disponibilizamos os brinquedos de uso coletivo; tornamos acessíveis os
materiais pedagógicos; fixamos um Mural de informações e um painel de aniversariantes;
reorganizamos o mobiliário; também definimos um horário para os lanches de modo que os
profissionais possam conviver e se socializar.
O Conselho Gestor busca realizar reformas em prol da garantia de autonomia e
segurança às crianças. Em 2017 realizamos algumas reformas, de acordo com exigências
da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros, com a verba do PAFIE e com a verba
“Escola Viva”, tais como: corrimão na escada para o palco; revestimento nas paredes de
todos os agrupamentos, do refeitório, do salão e do depósito da cozinha; pintura das
paredes internas e externas do CEI; troca do piso da bateria de banheiros para piso
antiderrapante, abaixou os chuveiros, colocou barra de apoio, divisórias de mármore e ralos
individuais de saída de esgoto; reforma no banheiro infantil do refeitório, adaptando para
cadeirante – alargou a porta, colocou rampa e barra de apoio; conserto do toldo; construção
de grade divisória do estacionamento e da horta; conserto dos espelhos dos banheiros. A
mantenedora em 2018 realizou a cobertura da Quadra.
Todos os espaços são organizados de forma diversificada, modificando a disposição
dos mobiliários, descritos anteriormente, bem como ressignificando os mesmos: uma mesa
pode se transformar numa cabana, as cadeiras num trem ou ônibus. agrupamento é
utilizado para realizar diversas atividades/situações: roda de conversa (nos colchonetes, nas
cadeiras em círculo ou em carpetes); cantos (mesas com jogos, massinha, brinquedos de
montar, papéis e lápis, espelho com maquiagem, etc.); assistir filmes; cantigas de roda e
danças com coreografias (em pé); tocar instrumentos musicais (uso da bandinha ou de
materiais reciclados); ouvir histórias (contadas através de livros, de dedoches, de
fantoches, ou da própria leitura de imagens pelas crianças); o turno intermediário em que
as crianças desenvolvem situações mais calmas (algumas dormem, outras descansam o
corpo nos colchonetes, ou assistem filmes, ou brincam com massinha, ou jogos de montar,
ou quebra- cabeça); uso de outras linguagens através de projetos e/ou atividades
significativas.
Nos momentos coletivos livres, as crianças, no salão e na área externa, podem
escolher como, de quê e com quais brinquedos querem brincar: brincam no pula-pula, no
parque, na piscina de bolinhas, com as motocas, bicicletas e triciclos, com os carros,
patinetes, nos balanços, de pique-pega, pique-esconde e outras brincadeiras de faz-de-
conta.
Nestes espaços coletivos, também ocorrem as brincadeiras dirigidas, com o uso de
corda, bolhas de sabão, bolas, cordão com barbante e elástico formando teia (usando os
bancos do refeitório), dentre outras que ora precisam de materiais, e ora não, tais como:
corre-cutia, coelhinho sai da toca, dança da cadeira, brincadeiras de roda, batata-quente,
vivo ou morto, passa anel, amarelinha, pique-pega, esconde-esconde, percursos com
obstáculos, experimentar gostos, identificar sons, subir em árvores, tomar banho de
mangueira e piscina, e tantas outras.
Os espaços do CEI estão organizados com o objetivo de oferecer um atendimento
de qualidade às crianças. Desta forma, o espaço também deve contemplar a organização
planejada intencionalmente de momentos em que a criança possa falar, expressar suas
opiniões, questionar sobre diferentes temas/assuntos, contar e registrar suas descobertas.
O que observamos é que hoje houve um grande avanço em relação à escuta a
criança, a maioria das educadoras escuta as crianças – lhe dão voz e vez na instituição nas
escolhas, na organização do espaço, do tempo, das intenções, das situações, do uso de
materiais está ligada diretamente às concepções das mesmas.
Considerar a criança como sujeito é levar em conta, nas relações que com ela
estabelecemos, que ela tem desejos, ideias, opiniões, capacidade de decidir, de
criar, de inventar, que se manifestam, desde cedo, nos seus movimentos, nas
suas
expressões, no seu olhar, nas suas vocalizações, na sua fala. É considerar,
portanto, que essas relações não devem ser unilaterais – do adulto para a
criança
- , mas relações dialógicas – entre adulto e criança - , possibilitando a
constituição da subjetividade da criança como também contribuindo na contínua
constituição do adulto como sujeito. (Faria & Salles, 2007: 44).
2.2. Sujeitos
A Proposta “Infâncias e Crianças em Cena: por uma Política de Educação Infantil
para a Rede Municipal de Educação de Goiânia” amplia as concepções de criança e
infâncias, e tentaremos explicá-las neste PPP da instituição, esclarecendo que o coletivo
terá mais condições de compreendê-la a partir do momento que estudarmos, discutirmos e
nos apropriarmos das ideias da mesma. A Proposta da Rede 2014 destaca que precisamos
conhecer de fato os sujeitos e seus tempos de vida para pensar um PPP. Ela nos revela que
criança e infância, apesar de interdependentes, têm conceitos e significados diferentes cujas
concepções precisam ser esclarecidas e compreendidas.
A infância é um tempo social e histórico da vida, portanto existem diferentes infâncias
já que a sociedade se transforma historicamente, culturalmente, de acordo com suas
diversas representações. Assim, infância está relacionada ao coletivo, à organização da
sociedade, é construída socialmente e historicamente nas relações e contradições sociais,
constituindo-se como categoria social geracional, a qual os acontecimentos sociais de
determinadas gerações contribuem e interferem nos modos de ser, pensar e expressar dos
indivíduos, isto é, a infância hoje se difere da infância vivida pelos nossos pais. Portanto,
“... a infância [...] é uma construção social que se dá num tempo da vida marcado por
singularidades e universalidades no plano natural-social e lógico-histórico”.”
(Siqueira, 2011, p. 23 in Goiânia, 2014, p. 25). Desta forma, nossa ação na instituição deve
conceber a infância como “tempo de direitos”, contemplando os diversos sujeitos
envolvidos.
Estas transformações ocorridas nos diferentes contextos sociais são pressupostos que
constituem os seres humanos numa relação dialética que ao mesmo tempo em que o
indivíduo compreende a realidade, ele se modifica e transforma a mesma. As mudanças
sócio-políticas e histórico-culturais concebem esses sujeitos – crianças. Neste sentido, “...
a criança é compreendida como sujeito histórico, de classe, indivíduo social, ser
cultural e da experiência [...], pertence a uma classe social, a grupos culturais
diferentes, constrói sua própria história e é ator e agente histórico.” (Goiânia, p. 26).
Novamente a Proposta “Infâncias e Crianças em Cena: por uma Política de Educação
Infantil para a Rede Municipal de Educação de Goiânia” amplia a concepção de criança,
não apenas como sujeito de direitos, mas antes como um ser histórico, que se constitui na
história da sociedade; como uma criança de classe, que está inserida numa classe social;
como um indivíduo social, que é singular e pertencente a uma categoria social ao mesmo
tempo; como um ser cultural, que tem sua identidade constituída a partir de sua cultura e
também pelas características de outras culturas – sendo produto e construtor de cultura;
como sujeito da experiência subjetiva, cujas experiências significativas vivenciadas
constituem o ser criança; como ser histórico-cultural, que possui sentimentos, opiniões e
atitudes próprias no hoje; e também como sujeito de direitos, os quais garantem as crianças
os seus direitos.
Outro aspecto revelado na Proposta “Infâncias e Crianças em Cena: por uma Política
de Educação Infantil para a Rede Municipal de Educação de Goiânia” diz respeito à
presença da alteridade na constituição das nossas crianças, que significa apreender,
compreender e respeitar o outro nas suas especificidades e diferenças, aceitando que todos
têm limites, falhas, que na interação com outros indivíduos, a gente se reconhece e se
diferencia. Enfim,
conscientizar de que existem várias formas de ser criança e viver a infância e também
reconhecer que todos têm algo a aprender e ensinar, basta ter uma escuta sensível.
“Criança é o sujeito de idade considerável pela forma da lei, o qual hoje é visto
como sujeito de direitos no Estado democrático de direitos.”; “É um ser
pensante que necessitam do adulto para tudo”; “São indivíduos em construção e
formação assimilando, distinguindo, interagindo com o mundo”; “Um sujeito
social com conhecimentos prévios, capaz de ser protagonista de sua construção
de aprendizagem de saberes e sistematização do conhecimento.”; “Criança é
um sujeito de direitos que possui espaço definido na sociedade”; “Criança é um
ser social, cada cultura tem uma forma diferente de conceber a criança”; “São
seres com qualidades, pessoas que estão em processo de desenvolvimento, que
precisam ser instruídos”; “Criança é um sujeito de direitos que tem desejos,
vontades, opiniões.”; “É um ser pensante em desenvolvimento”; “É ser
pensante que está sempre em desenvolvimento.”; “A criança é alguém que
precisa ser respeitada e que está em fase de desenvolvimento.”; “É um ser
humano em desenvolvimento.”; “Ser criança é a parte em que o humano está no
desenvolvimento e aprendizagem”; “Criança é um indivíduo que possuem
direitos.”; “É um ser humano pensante, que tem raciocínio muito rápido.”;
“Criança é adulto de pequeno porte.”; “Criança é uma pessoa com direitos e
preferências.”; “É um sujeito em construção.”; “Conforme o ECA, criança são
sujeitos compreendidos pela faixa etária de 0 a 12 anos e 11 meses.”; “Criança
é o estágio inicial da vida, época de desenvolvimento intelectual e físico.”;
“Criança são seres
humanos com pouca idade que depende de nós os adultos para praticamente
tudo inclusive para ser um adulto melhor.”; “Criança são pequenas pessoas,
que merecem todo carinho e cuidado, pois elas não são capazes de fazerem as
coisas só. Tudo temos que ensinar.”.
“Infância é o tempo social o qual a criança se insere, também é o tempo em que
determinada sociedade enxerga a idade pueril”; “Infância: a criança está em
fases de desenvolvimento”; “A Infância é o período que a criança está se
formando e construindo suas abstrações, através da relação com o outro, signos
e símbolos, através do processo de conhecer, desconstruir e construir
internalizando o novo conhecimento”; “Infância é o período diferente da vida
de um sujeito na sua história e relações familiares”; “Infância é o limite de
tempo definido por convenção social que delimita um grupo de característica
esperado para as crianças.”; “São as fases de desenvolvimento da criança.”;
“Infância é o período vivenciado por esse sujeito.”; “Infância são etapas de
desenvolvimento da criança que vai até adolescência.”; “É as fases que a
criança passa que fala, andar, brincar.”; “Considero a infância como um
período vivenciado pela criança. Uma fase que a criança passa enquanto
pequena.”; “A Infância vai até os 12 anos, não podendo atropelar seu
desenvolvimento. O tempo de brincar, fantasias, brincadeiras, entre outros.”;
“Infância é o momento em que a criança está brincando e aprendendo com
essas brincadeiras.”; “Infância é uma fase da vida de um indivíduo, na qual ela
se desenvolve e vivenciam muitas experiências.”; “São fases”; “Infância é um
período de construção e desenvolvimento coletivo e mútuo onde esse indivíduo
específico (criança) tem os primeiros contatos com pilares que constituem o
ser.”; “Infância é uma fase de brincadeiras, descobertas e aprendizados.”;
“Infâncias são tempo de brincar, de sonhar e aprender coisas novas todos os
dias.”; “É desenvolvimento com direitos e deveres.”; “Podemos compreender
como infâncias as etapas do desenvolvimento humano, onde o desenvolvimento
ocorre por mediações e interações diferenciadas decorrentes das
particularidades destas fases.”; “Infâncias aprendizagem da vida, de forma
lúdica, através das brincadeiras.”; “Infância é uma fase da vida das crianças
que elas passam por ela que elas brincam, se divertem, vive a sua vida sem
preocupação e com inocência que só as crianças têm.” (Profissionais do CEI,
2018).
concepção respeita cada sujeito singular e compreende que a criança se expressa nos
variados contextos de diversas formas: chora, fala, escuta, olha, ouve histórias e gibis,
morde, grita, brinca, desenha, escreve, lê, silencia, toca, teatraliza, dança, pinta, joga,
esculpe, assiste cinema, fotografa, fantasia, imagina, questiona, troca experiências, se
posiciona, produz cultura, pesquisa, dá birra, balbucia, se movimenta, dialoga, pula, corre,
dá cambalhotas, rasga, come, dentre outros.
As educadoras devem estudar e pesquisar constantemente, além da formação
cultural e estética, que é a busca de uma formação individual, de querer e saber fazer,
através de vivências de apreciação musical, de arte circense, de artes plásticas, de assistir
teatros, de dançar, de esculpir, de ir ao cinema, aos museus, etc.
Teoricamente, as concepções de Educação Infantil perpassam pela assistencialista, a
escolarizante tradicional e a pedagogia da infância. A concepção assistencialista tem como
objetivo garantir às crianças a higiene, a alimentação, a prevenção de doenças e o amparo.
Podemos notar a presença desta concepção no CEI quando há uma preocupação excessiva
por parte das famílias relacionada à higiene do seu filho, ou quando deseja que ele coma o
suficiente para não precisar se alimentar novamente em casa; em situações em que as
crianças assistem filmes, brincam sozinhas, ou ficam por longos períodos em espera, com a
única preocupação de ‘passar o tempo’, sem qualquer mediação das educadoras.
A concepção escolarizante tradicional pressupõe uma antecipação de conteúdos e
práticas do ensino fundamental, de forma tradicional, para a Educação Infantil, ressaltando
o controle excessivo ao comportamento das crianças e a rigidez das atividades baseada na
transmissão de conteúdo, com a intenção de prepará-las para o futuro. Podemos notar que
esta concepção está presente hoje, através de ações de algumas educadoras, tais como:
exigir a disciplina das crianças de forma autoritária; deslocamento das crianças nos espaços
através da fila; ensino de letras e números de forma descontextualizada e fragmentada; e
também da fala de algumas famílias que desejam que seus filhos aprendam a ler e escrever.
Está presente também quando reforçamos a importância da escuta às crianças, pois
algumas educadoras ainda tentam adivinhar fatos ocorridos, fazendo interferências
conforme suas previsões, sem escutá-las. Certamente, devemos refletir sobre as diversas
situações na perspectiva da lógica infantil:
Não gostamos de contar nossas coisas aos adultos, talvez porque eles estão
sempre com pressa quando falamos com eles. Sempre parece que não estão
interessados, que vão responder qualquer coisa, para se verem livres logo. Está
certo: eles têm os seus problemas importantes, e nós os nossos. De nosso lado
esforçamo-nos em dizer tudo em poucas palavras, para não aborrecê-los. Como
se o nosso assunto fosse de pouca importância, podendo ser resolvido com um
simples sim ou não deles. (Korczak, 1981:37)
EIXO 3 – CURRÍCULO
Lápis, caderno, chiclete, Já gosta da Por que você é flamengo Por que o fogo
peão Sol, bicicleta, skate, mamãe Já gosta queima E meu pai Botafogo Por que a lua é
calção Esconderijo, avião, do papai branca
correria, Não sabe tomar banho, O que significa Por que a terra
Tambor, gritaria, jardim, confusão não? Já sabe tomar roda “impávido colosso”? Por que deitar
Bola, pelúcia, merenda, banho agora
crayon Banho de rio, banho Já quer ouvir histórias
de mar, Não sabe pôr sapato, Por que os ossos doem Por que as cobras matam
não?
Pula sela, bombom Já sabe pôr Enquanto a gente dorme Por que o vidro
Tanque de areia, gnomo, sapato Já come embaça Por que os dentes caem Por que
sereia, Pirata, baleia, até sozinho você se pinta Por onde os filhos saem
manteiga no pão Mas nunca escova os dentes, Por que o tempo
não? Já escova bem os dentes passa
Giz, merthiolate, bandaid, Já vai até a escola
sabão Tênis, cadarço, Não sabe jogar bola, Por que os dedos murcham Por que que a gente
almofada, colchão Quebra- não? Já sabe jogar espirra Quando estou no banho Por que as
cabeça, boneca, peteca, Botão, bola unhas crescem Por que as ruas enchem Por que o
pega-pega, papel, papelão Já roda, roda, roda sangue corre Quando está chovendo Por que que a
Não sabe pular corda, gente morre
não? Já sabe pular
Criança não Quanto é mil trilhões Do que é feita a
corda
trabalha Criança nuvem vezes infinito Do que é feita a
No colo quer carinho
dá trabalho neve Quem é Jesus Cristo Como é que se
Criança não Sandra Peres e Luiz escreve Onde estão meus primos
trabalha Criança Tatit Réveillon
dá trabalho 1, 2
feijão com arroz Well, Well, Well Well, Well, Well
3, 4 feijão no Gabriel ... Gabriel ...
prato 5,6 tudo
outra vez Paula Toller / Dunga
Construção de rimas a partir do Nome – EI-EF Apresentação cultural com presença das famílias
Apresentação Cultural no Palco Contação de História com Data show
Acreditamos, como Lóris Malaguzzi, que as cem linguagens das crianças existem e
devem ser respeitadas, fortalecidas, ampliadas e ressignificadas.
Pois, de acordo com este autor:
“Ao contrário, as cem existem
A criança
é feita de cem.
A criança tem
cem mãos
cem pensamentos
cem modos de pensar
de jogar e de falar.
Cem sempre cem
modos de escutar
as maravilhas de amar.
Cem alegrias
para cantar e compreender.
Cem mundos
para descobrir.
Cem mundos
para inventar.
Cem mundos
para sonhar.
A criança tem
cem linguagens
(e depois cem cem cem)
mas roubaram-lhe noventa e nove.
A escola e a cultura
lhe separam a cabeça do corpo.
Dizem-lhe:
de pensar sem as mãos
de fazer sem a cabeça
de escutar e não falar
de compreender sem alegrias
de amar e maravilhar-se
só na Páscoa e no Natal.
Dizem-lhe:
de descobrir o mundo que já existe
e de cem
roubaram-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:
que o jogo e o trabalho
a realidade e a fantasia
a ciência e a imaginação
o céu e a terra
a razão e o sonho
são coisas
que não estão juntas.
Dizem-lhe:
que as cem não existem
A criança diz:
ao contrário, as cem existem.
Loris Malaguzzi”
De acordo com Faria & Salles (2007), a instituição educacional deve possibilitar às
crianças a garantia de vivência dos seus direitos, o desenvolvimento das múltiplas
linguagens, o acesso aos diversos saberes (conhecimentos científicos e não científicos), o
respeito, a valorização, a ampliação e ressignificação da cultura, da escuta e da curiosidade
infantil.
Estas autoras esclarecem que o trabalho pedagógico pode ocorrer através de
diferentes metodologias: a partir de projetos (institucional e por agrupamento), oficinas ou
ateliês (desenhos, pintura, colagem, dramatização, artes plásticas, canto de músicas,
danças), atividades significativas (atividades com as múltiplas linguagens que tenham
sentido para o grupo de crianças) ou por sequência de atividades (desdobramentos das
atividades significativas).
Segundo a proposta da Rede, a instituição deve trabalhar com os Projetos de
Trabalho e Portfólios, e através dos Planos de Formação realizados em anos anteriores,
reconhecemos um avanço significativo dos profissionais na busca pelo conhecimento,
inovação no trabalho pedagógico, e das produções realizadas.
Ao tratar do Patrimônio da Humanidade não nos referimos a conteúdos escolares,
mas apropriação de conhecimentos sistematizados que permitem às crianças observar e
compreender os fenômenos sociais e naturais do mundo. Assim, destacamos o trabalho
com as Ciências Humanas, Naturais e Exatas.
Assim elencamos conceitos para as práticas pedagógicas envolvendo as Ciências
Humanas. Desde a infância, é possível ensinar esta linguagem científica por meio de
projetos de trabalho específicos que partam dos conceitos espontâneos já formulados pelas
crianças, visto que a criança vivencia um amplo processo de desenvolvimento social,
psicológico, físico e motor, que lhe possibilita mudanças significativas nas relações sociais
e naturais. É o trabalho com as Ciências Humanas, que auxilia as crianças a refletirem
sobre a vida em sociedade, as relações sociais, culturais e étnico-raciais, a relação
homem/natureza/sociedade, o cotidiano, ancoradas na dimensão de tempo e espaço que
extrapolam presente e a localidade geográfica em que criança, a família, a instituição e o
profissional da educação estão inseridos.
Para a efetivação do trabalho dessa Ciência na Educação Infantil, é necessário partir
de problemas, fatos da realidade da criança, e as expressões das relações sociais e culturais
em que estão inseridas. Portanto, o estudo deve considerar os conceitos de sujeito histórico,
tempo, espaço, cultura e sociedade (PPP da RME/Goiânia, páginas 87 a 90). Nessa
perspectiva, os profissionais devem adotar procedimentos metodológicos que propiciem a
problematização, o trabalho com documentos históricos, a leitura e interpretações de
variadas fontes bibliográficas (literárias e científicas), o estudo de diferentes
temporalidades, o estudo do meio, a representação gráfica e cartográfica de diferentes
paisagens e lugares (PPP da RME/Goiânia, páginas 90 a 93).
Para o trabalho com as Ciências Naturais consideramos tratar-se da ampliação da
visão de mundo por meio da apreensão de ideias, noções, conceitos, habilidades e
princípios científicos, bem como a compreensão das relações entre ciência - tecnologia -
sociedade e meio ambiente, fundamentada em conhecimentos da comunidade científica e
que se constituem patrimônio da humanidade. Nesse sentido, os conceitos de energia,
matéria, espaço, tempo, transformação, sistema, equilíbrio, variação, ciclo, fluxo, relação,
interação e vida são fundamentais, pois permitem estabelecer vínculos entre diferentes
ciências e possibilitam uma compreensão integrada dos fenômenos naturais. Na Educação
Infantil, trabalhamos a introdução dessas ideias e da linguagem científica no repertório de
explicações que as crianças apresentam.
Para tanto, é necessário instaurar nos espaços do CEI um ambiente favorável à
aprendizagem que possibilite a expressão de ideias e explicações, a exploração do meio, a
experimentação, a escuta do outro, o desenvolvimento da capacidade de observação e
percepção de fatos e fenômenos, de ordenação, comparação e estabelecimento de relações;
formulação e verificação de hipóteses, de previsão de resultados, de construção de teorias
explicativas, de tomada de decisões e atitudes diante das situações apresentadas. As
Ciências Naturais se referem à: saúde, meio ambiente (seres vivos, natureza, limpeza,
animais, plantas, solo, elementos da natureza, sustentabilidade), alimentação, corpo
humano, higiene e cuidados corporais, fisiologia (controle dos esfíncteres, sono,
alimentação, necessidade de água, uso do banheiro) e fenômenos naturais (conforme as
páginas 95 a 100 da PPP da RME/Goiânia). A apropriação desses conhecimentos advém da
investigação originada de temas do cotidiano e das indagações das crianças e não de
transmissão/assimilação de saberes previamente elaborados. Assim, as crianças poderão,
ao formular questionamentos, hipóteses, realizar experimentos, dialogar com seus
pares, rever suas explicações intuitivas e ampliarem seus conhecimentos apropriando-
se da cultura científica.
Nos momentos do dia a dia as crianças vivenciam situações que envolvem o
universo matemático, ouvem e falam sobre números, recitam ao modo delas a sequência
numérica, comparam, agrupam, ordenam, classificam, resolvem pequenos problemas,
localizam-se espacialmente, acompanham a marcação do tempo feita pelos adultos,
exploram e comparam pesos e tamanhos. Essa interação das crianças com as noções
matemáticas no seu cotidiano, na maioria das vezes, acontece de forma espontânea e
assistemática. A intencionalidade do trabalho pedagógico com as Ciências Exatas é
desenvolver o pensamento humano, em diferentes situações, não só as matemáticas. É
preciso elaborar situações de aprendizagem significativa nas quais as crianças
compreendam os campos conceituais de: espaço e formas, números e sistema de
numeração, e grandezas e medidas (PPP da RME/Goiânia, nas páginas 105 a 107).
As atividades culturalmente significativas na matemática devem ser planejadas para
que as crianças se apropriem de conhecimentos específicos, considerando o uso e o
contexto social desse conhecimento na vida das crianças. Para tanto, o profissional deve
planejar os tempos, os espaços e materiais de forma a possibilitar essas aprendizagens às
crianças, constituindo-se os diferentes espaços em um “ambiente matematizador”, em que
sejam disponibilizados objetos e materiais que favoreçam essa apropriação.
Permeando o cotidiano, as relações, a sociedade, as aprendizagens e as formas de
ser e estar no mundo, consideramos a linguagem o elo que efetiva os conhecimentos e as
vivências. São inúmeras linguagens que o ser humano utiliza e é por elas constituído desde
as primeiras trocas sociais. As primeiras movimentações corporais que as crianças realizam
ao nascer são significadas pelos outros com os quais a criança convive. Toda linguagem é
um conjunto simbólico constituído por signos. Estes são unidades que acolhem a
pluralidade de significados que a eles podem ser atribuídos.
Agrupamento EI-
Professoras:
Entrega: / Devolutiva: /
Horário Higienizaçã
o*
Horário Banho (ACRESCENTAR OS DIAS DO BANHO NO AGRUPAMENTO)
Intencionalidades:
SA (PORQUÊ)
LA
Intencionalidades:
BANHEIRO (PORQUÊ)
Hor Acolhida (somente
ário matutino)
7H ás Intencionalidades:
(PORQUÊ)
Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
DESCRIÇÃO (COMO)
Horário Escovaç
ão
Intencionalidades:
(PORQUÊ)
DESCRIÇÃO ( COMO)
REFEIÇÕ
ES
Horário Desjejum/Lanche
Horário Colaç
ão
Horário Almoço/Jantar
Intencionalidades:
(PORQUÊ)
DESCRIÇÃO (COMO)
Horário Momento
intermediário
Intencionalidades:
(PORQUÊ)
DESCRIÇÃO ( COMO)
*PARA AS CRIANÇAS QUE PERMANECEREM ACORDADAS OU AS QUE DESPERTAREM, ORGANIZAREMOS A PARTIR DAS 12H15
CANTINHOS DIVERSOS NA QUADRA, SALÃO, PARQUE OU REFEITÓRIO. DE ACORDO COM CRONOGRAMA MENSAL
ELABORADO PELO GRUPO DE AAE DO TURNO VESPERTINO JUNTO COM A COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA,
ANEXADO EM SALA.
REGISTRO ANTECIPADO (PLANO
DIÁRIO) SEGUNDA-FEIRA /_
/2019.
COM REGRAS
( ) FAZ DE CONTA
( ) OUTRAS BRINCADEIRAS
ASPECTO DA ROTINA
DESCRIÇÃO (O QUÊ, PORQUÊ, COMO, ONDE, E QUAIS MATERIAIS)
Despertar 13h45
Lanche
14h – 15h10 Sala 14h – 15h10 Sala 14h – 15h20 Sala
15h10 – 15h55 Área 15h10 – 15h55 Área 15h20 – 16h20 Área
externa 15h55 Banho* externa 16h Banho* externa 16h
16h30 Jantar 16h30 Jantar
17h – 17h30 Saída 17h – 17h30 Saída Banho/higienização* 16h30
Jantar
17h – 17h30 Saída
Colação Colação
9h25 – 10h20 Área 9h25 – 10h20 Área
externa 10h10Banho* externa 10h10Banho*
10h40 Almoço 10h45 Almoço
11h15 – 13h Turno 11h15 – 13h Turno
interm. 13h – 13h30 interm. 13h – 13h30
Despertar Despertar
13h50 Lanche 13h50 Lanche
14h – 15h25 Sala 14h – 15h25 Sala
15h25 – 16h20 Área 15h25 – 16h20 Área
externa 16h10 externa 16h10
Banho/higienização* Banho/higienização*
16h35 Jantar 16h40 Jantar
17h – 17h30 Saída 17h – 17h30 Saída
*Mamadeira apenas para as crianças que não almoçaram ou se alimentaram em pouca quantidade.
** Banho ocorrerá conforme as necessidades fisiológicas das crianças (retirada de fraldas).
** O banho dos agrupamentos D, E e F terão seus horários modificados conforme planejamento das professoras para
favorecer as aprendizagens relacionadas a esse momento, seguindo a tabela de organização do banho semestral.
*** Escovação – deverá ser garantida uma escovação em cada turno, planejada e garantida pela professora.
MÊS RESPONSÁVEIS/AGRUPAMENTO/TURN
O
FEVEREIRO EF (matutino)
MARÇO D1 (matutino) e D2 (vespertino)
ABRIL E (matutino) e C2 (vespertino))
MAIO C1 (matutino) e B (vespertino)
JUNHO Funcionários Administrativos – Matutino
AGOSTO EF (vespertino) e C1 (vespertino)
SETEMBRO B (matutino)
OUTUBRO D2 (matutino) e E (vespertino)
NOVEMBRO C2 (matutino) e D1 (vespertino)
DEZEMBRO Funcionários Administrativos – Vespertino
Em 2019, trabalharemos os projetos institucionais “APCEI – Atividades
Psicomotoras, Culturais, Educativas de Interação” e o “Encantamento”. Acrescentaremos
novas ações a esses projetos, conforme estudos e decisão coletiva com toda a equipe. A
equipe decidiu trabalhar com o Projeto Institucional “Entre Todos: Por uma Educação
Antirracista" como ações significativas, pois a problemática não compete a todas as
turmas, apenas algumas crianças de forma específica. Assim, as professoras ao
identificarem trabalhará como sequência de atividades conforme necessidade.
A equipe do CEI programou alguns objetivos e algumas ações que deverão ocorrer
em 2019, resumidos nos Documentos “Informativo Anual” (Anexo 6), “Datas e Ações
Anual” (Anexo 7) e Avaliação Institucional 2018 e Plano de Ação 2019 (Anexo 2) e
“Datas
e Ações Mensal” (Anexo 10). Ressaltamos que essas previsões – intenções e práticas –
poderão sofrer acréscimos e alterações ao longo do ano, conforme as necessidades e
exigências da realidade.
O documento DCNEI – Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil – é
um instrumento que orienta a organização das situações de aprendizagem nas instituições
de educação infantil. Ele traz alguns elementos básicos que favorecem o desenvolvimento
integral das crianças e contemplam também a formação dos profissionais da educação.
As DCNEI nos esclarecem sobre a função do CEI, tratada como a primeira etapa da
Educação Básica, que é o desenvolvimento infantil que considera, nesta formação integral,
a forma específica como cada criança pensa, se expressa, se interage, manifesta seus
desejos e curiosidades, enfim a forma como constroem conhecimentos e vivencia o mundo.
Ao concretizar esta ideia, o CEI procura proporcionar às crianças diversos
momentos em que o brincar esteja presente constantemente. Fizemos bazares e também
através de doações conseguimos vários brinquedos. Garantimos o brincar, porém ainda
temos que avançar em alguns aspectos, tais como: relacionados à mediação das educadoras
em proporcionar brincadeiras dirigidas às crianças, ensiná-las a guardar os brinquedos e a
conservá-los e o brincar junto. Assim, o APCEI promoverá a qualidade do brincar, da
mediação dos conflitos e do resgate das brincadeiras, proporcionando novos avanços para
as crianças, no que diz respeito à coordenação motora, esquema corporal, internalização de
regras, respeito ao outro, raciocínio lógico-matemático e ludicidade. O APCEI envolve as
crianças, profissionais e as famílias e tem como objetivo também garantir que de fato as
situações planejadas semanalmente por agrupamento aconteçam, e que mensalmente sejam
socializadas com o coletivo da instituição. Outro desafio é no que cerne à participação
familiar, visto que proporcionamos as vivências semestralmente em dois encontros.
Em 2019, trabalharemos as ações envolvendo a Roda Literária, a fim de oferecer
uma diversidade de gêneros textuais às crianças, além de proporcionar o aprendizado da
codificação e decodificação dos símbolos, ou seja, o aprendizado do sistema alfabético.
Trabalharemos o “APCEI – Atividades Psicomotoras, Culturais, de Educação e Interação”,
com o objetivo de incentivar o contato das crianças com diversas manifestações culturais e
a vivência através de Jogos e Brincadeiras.
Os Projetos Institucionais que continuaremos trabalhando este ano serão:
2) PROBLEMATIZAÇÃO:
Como ampliar o contato das crianças ao movimento, ao brincar, à cultura, ao
conhecimento, às interações através das brincadeiras?
Como as famílias podem valorizar o Brincar no CEI?
3) JUSTIFICATIVA:
Nos primeiros anos de funcionamento da Instituição a organização do momento
coletivo e as brincadeiras eram pensadas e planejadas todos os dias, de forma que as
crianças só brincavam de forma direcionada, não havendo momento de brincadeiras livres,
proporcionado a elas a constituição da cultura infantil e seus aspectos formativos. As
crianças também pontuavam sobre a necessidade de brincar pelo prazer da brincadeira livre
e despretensiosa.
A partir de então, a equipe optou por favorecer as crianças um momento coletivo,
em que as brincadeiras fossem livres e espontâneas, não sistematizadas, apenas com a
mediação de conflitos e a participação do adulto brincante. Entre os anos em 2013 e 2015
se observou que as brincadeiras coletivas ocorriam de forma espontânea. Ao refletir sobre
a prática pedagógica na instituição, consideramos os aspectos da rotina, o desenvolvimento
motor e cognitivo das crianças, os profissionais do CEI perceberam que as crianças
estavam com dificuldades na representação do esquema corporal, no desenvolvimento das
coordenações motoras ampla/grossa, global e fina, além da retomada da brincadeira como
elemento da cultura e a inserção das regras que são apropriadas para os conceitos sociais.
O grupo apontou que as brincadeiras não aconteciam de forma sistematizada, não havia
intencionalidade. Em reuniões de planejamento por agrupamentos e coletivas estas
angústias foram trazidas ao grupo e percebemos que era necessário o equilíbrio entre o
brincar, o jogo a brincadeira e a cultura infantil. Em 2019, refletimos sobre a importância
de planejar e organizar cantinhos com brinquedos não estruturados (blocos de madeira,
elementos da natureza, cones, rolos, caixas, entre outros) que através da invenção das
crianças, podem se transformar numa infinidade de brincadeiras, pois permitem que as
crianças exercitem sua imaginação e criatividade, como também ampliar suas percepções
do mundo que as cerca e de si mesmas, proporcionando vivências significativas. Para
HORN (2017),
“Elementos naturais, como água, plantas, animais e areia, assim
como o livre acesso a eles, são garantia de uma boa brincadeira.
Tais elementos propiciam desde a brincadeira exploratória,
funcional, até elaborados jogos simbólicos nos quais as crianças
desempenham personagens autoatribuídos em um enredo
complexo.”
Assim o CEI pensando na importância das brincadeiras para a aprendizagem e o
desenvolvimento integral das crianças e para minimizar alguns pré-conceitos de algumas
famílias, que é uma problemática apresentada em anos anteriores – inquietação de algumas
famílias em desmerecer o trabalho envolvendo o Brincar, e isto vem se arrastando há anos,
a equipe se propôs a desenvolver o trabalho com o Projeto Institucional: “APCEI:
Atividades Psicomotoras, Culturais, Educativas de Interação”.
“Em uma época de demandas da mídia que vem em progressão acelerada
por meio dos programas de qualidade total, e com o conhecimento de que
o brincar está sendo substituído pela televisão em muitas famílias, existe
um medo genuíno de que as crianças estejam perdendo seu direito à
infância. A escola tem uma responsabilidade cada vez maior de garantir
que elas não sejam privadas das oportunidades de descobrir a respeito de
si mesmas e do seu mundo e que tenham o direito de aprender de uma
maneira que seja apropriada para elas – por meio do seu brincar. (idem:
131).
Ao propor esse Projeto tentaremos resgatar essas brincadeiras culturais,
com adultos e crianças, no intuito de esclarecer às famílias acerca da importância do
Brincar para o desenvolvimento integral das crianças.
Segundo FRIEDMANN (2012), a Cultura do Brincar implica na materialização do
brincar nos diversos espaços educativos, nos diferentes âmbitos – corporal, sensorial e
perceptual, isto é, deixar de ser apenas reflexão, discurso e passar a ser vivenciado, fazer
parte do cotidiano de cada brincante (criança e adulto). Nesse movimento de ampliação dos
limites do brincar, como desenvolvimento do ser humano, a função do educador é
essencial,
que deve assumir os momentos de Brincar como “atitude lúdica” e não como “mais uma
atividade” com um tempo e espaço predeterminados. Através do Brincar a criança se
apropria da cultura, pois “... o brincar constitui-se em um patrimônio lúdico da humanidade
e, em nosso caso, da brasilidade: o conjunto de brincadeiras locais revela a linguagem
cultural de cada região. A criança fala por meio do seu brincar.” (idem, 159).
Brincar é uma atividade paradoxal: livre, imprevisível, espontânea, mas ao mesmo
tempo, regulamentada. É meio de superação da infância, assim modo de constituição dessa
etapa. Brincando, o indivíduo age como se estivesse em outro tempo e lugar, embora esteja
literalmente conectado com a realidade. Dessa forma, a prática de alguns profissionais
deverá ser revista, inclusive nos Momentos de Livre Escolha para as Crianças, da
necessidade de planejar e organizar os materiais para as crianças brincarem livremente.
Faz- se necessário planejar brincadeiras ou jogos lúdicos ou circuitos motores, a partir
desse projeto, e vivenciar com as crianças nos Momentos Coletivos.
MOYLES (2006) defende que o Brincar é um instrumento de aprendizagem e que
os adultos – famílias e profissionais – devem garantir cotidianamente práticas relevantes
que contribuam para as diversas interações. O adulto deve se envolver e participar de
forma proativa do brincar infantil. As atividades lúdicas auxiliam no desenvolvimento
social e cultural do indivíduo. Para isto, faz-se necessário a professora planejar o Brincar
sob alguns aspectos a considerar, tais como: Quem está disponível para brincar? Que locais
estão disponíveis para brincar? De que nós vamos brincar? Quais serão as regras? Que
materiais providenciar para brincar? A qualidade do Brincar implica pensar: O quê?; Por
quê?; Quem?; Onde?; Como?; Quando?. Esses aspectos devem ser considerados para
planejar quaisquer situações de aprendizagem, inclusive as Brincadeiras.
“Enfim, devemos reaprender a brincar! Com o nosso corpo, o nosso
espaço e os nossos objetos; com a imaginação, a criatividade, a
inteligência; com a nossa intuição, as palavras e os nossos
conhecimentos; com nós mesmos e com os outros. Assim, estaremos
redescobrindo essa linguagem, a linguagem do lúdico, para nos
comunicarmos e nos expressarmos. (...) Faço o convite a você, educador,
para entrarmos juntos nesse jogo. Você se lembra das brincadeiras de sua
infância? Você conhece as brincadeiras das suas crianças?” (Friedmann,
2012: 162).
A nossa concepção de brincadeira acredita no brincar como produção de
conhecimento, pois a considera impregnada de conteúdos culturais em que os sujeitos, ao
tomar contato com eles, fazem-no através de conhecimentos adquiridos socialmente, e ao
agir assim, esses sujeitos estão aprendendo conteúdos que lhes permitem entender o
conjunto de práticas sociais nas quais se inserem. Partindo desse pressuposto a criança
aprende e desenvolve suas estruturas cognitivas ao lidar com a regra da brincadeira. Isto
ocorre porque os sujeitos, ao brincar passam a lidar com as regras que lhes permitem a
compreensão do conjunto de conhecimentos veiculados socialmente, permitindo-lhes
novos elementos para aprender os conhecimentos futuros. A brincadeira permite apreensão
dos conteúdos porque coloca os sujeitos diante da impossibilidade de resolver, na pratica,
suas necessidades psicológicas. O individuo experimenta assim, situações de faz de conta
regrado pela logica, vivenciada ou criada, para solucionar as impossibilidades de tornar
realidade o seu desejo.
4) OBJETIVOS:
Compreender o Brincar como prática social e cultural;
Desenvolver o conhecimento científico a partir do Brincar;
Estimular a família a brincar com as crianças;
Conhecer e vivenciar brincadeiras de antigamente;
Ampliar as brincadeiras dirigidas às crianças;
Estimular a interação e a brincadeira com diferentes materiais não estruturados;
Apresentar brincadeiras que envolva o universo cultural das crianças e da família (faz
de conta);
Promover momentos de interação entre famílias, profissionais e crianças envolvendo-os
nas brincadeiras.
5) METODOLOGIA:
6) AVALIAÇÃO:
Avaliaremos a partir da participação das crianças durante as atividades propostas,
através dos jogos lúdicos, circuitos motores, brincadeiras de roda, de antigamente e dos
comentários e registros das famílias. Algumas dessas vivências também comporão o
Portfólio de aprendizagem e desenvolvimento da criança.
7) REFERÊNCIAS:
BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Por amor e por força: rotinas na educação infantil.
Porto Alegre: Artmed, 2006.
, Indicadores da Qualidade na Educação Infantil / Ministério da Educação /
Secretaria da Educação Básica – Brasília: MEC/SEB, 2009.
, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes
curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. –
Brasília : MEC, SEB, 2010.
CAMPOS, Maria Malta. Critérios para um atendimento em creches que respeite os
direitos fundamentais das crianças. 6.ed. Brasília: MEC, SEB, 2009.
FRIEDMANN, Adriana. O Brincar na Educação Infantil: observação, adequação e
inclusão. São Paulo: Moderna, 2012.
GOIÂNIA, Prefeitura de, Secretaria de Educação. Infâncias e Crianças em Cena: por
uma Política de Educação Infantil no Município de Goiânia. Goiânia, GO, 2014.
HORN, Maria da Graça Souza. Brincar e interagir nos espaços da escola infantil. São
Paulo: Penso editora LTDA, 2017.
MOYLES, Janet R. A excelência do Brincar. Maria Adriana Veríssimo Veronese trad.
Porto Alegre: Artmed, 2006.
4) OBJETIVOS:
Compreender a linguagem oral e escrita como indissociáveis e imersas em práticas
sociais da leitura;
Desenvolver o gosto e o prazer pela leitura, envolvendo todos os sujeitos;
Desenvolver a Interpretação, compreensão e arguição;
Conhecer e identificar a pluralidade de gêneros textuais;
Propiciar a Roda Literária a todas as crianças e famílias;
Compreender a escrita como um sistema simbólico;
Proporcionar atividades contextualizadas e significativas às crianças;
Ampliar os conceitos artísticos das crianças;
Conhecer e apreciar obras de arte e os diversos gêneros textuais;
Ampliar o repertório musical das crianças;
Diversificar os gêneros musicais para além das canções infantis;
5) METODOLOGIA:
Ao observar a curiosidade e ansiedade das crianças no ano de 2013 na tentativa de
leitura e escrita das primeiras palavras, as professoras buscaram conhecimentos para
satisfazer esse desejo das crianças em perceber e compreender o mundo letrado, uma vez
que no CEI desde pequenas as crianças têm vivências com a linguagem escrita e cultura do
escrito. Uma caminhada tão valiosa como essa deve ser realizada em equipe por isso, a
instituição entendeu que era preciso ajustar um Projeto Institucional para alcançar essas
inquietações. Buscando atender as DCNEI’s (já citadas no presente documento), os
Critérios para Atendimento em Creches que respeitem os Direitos Fundamentais das
Crianças (2009)
/ Indicadores de Qualidade (2010) no que diz respeito à:
“Nossas crianças têm oportunidade de desenvolver
brincadeiras e jogos simbólicos; Nossas crianças têm direito de
ouvir e contar histórias; Nossas crianças têm livre acesso a
livros de história, mesmo quando ainda não sabem ler e Sempre
ajudamos as crianças em suas tentativas de compreender as
coisas e os acontecimentos à sua volta; A instituição expõe
fotos, imagens, obras de arte (gravuras, esculturas etc.) nos
agrupamentos””
Para iniciarmos nosso Projeto, nós fizemos a leitura do livro Letramento: um
tema em três gêneros, da autora Magda Soares que nos esclareceu sobre a perspectiva
sobre “letramento” e permitiu analisar nosso trabalho pedagógico, descortinando inúmeras
possibilidades. Também contamos com a presença da professora da RME Goiânia – Letícia
P. Barros, que tem experiência em Educação Infantil, e cursos na área de Alfabetização e
Letramento, Psicopedagogia e é orientadora do PNAIC. Ela nos orientou sobre práticas
ultrapassadas de alfabetização e enfatizou sobre o respeito ao tempo de infância das
crianças;
assim compreendemos quais práticas proporcionam a interação das crianças com o mundo
letrado e as possibilidades para o trabalho com letramento nesses agrupamentos.
Assim, nos planos de aula diários decidimos explorar atividades com os eixos de
oralidade, leitura e produção de textos escritos (coletivos, a professora atuando como
escriba da turma); considerando os sujeitos históricos e o tempo histórico; apreciação e
criação. Podemos considerar que por ora estabelecemos um esquema de princípios que
podem nortear nosso trabalho em um currículo em construção, partindo da concepção de
letramento que organizará o currículo, dialogando e articulando avaliação e planejamento.
Seguindo como referência a Proposta Pedagógica da RME – Infâncias e Crianças em Cena:
Por uma Política de Educação Infantil no Município de Goiânia (2012, p.53 e 54):
“[...] cada instituição deve construir o seu currículo, assim
como a sua PPP. Dessa maneira, a documentação pedagógica é
essencial para possibilitar a elaboração destes, pressupondo
toda a riqueza e complexidade que emerge das e nas relações
entre os diferentes sujeitos envolvidos nos processos de
aprendizagem e desenvolvimento das crianças. [...] Na
discussão sobre o currículo é importante ressaltarmos que ele
se destina a garantir que as crianças aprendam, desenvolvam,
socializem e afirmem-se humanas.”
Conforme ocorrerem as reuniões de planejamento semanal, faremos a leitura de
textos previamente selecionados e socializados, coerentes com a proposta da Rede.
Além das ações apresentadas também faremos atividades de registros que
possibilitarão o uso de vários gêneros textuais como: poesia, música e literatura e produção
de textos escritos.
Em 2015, com a chegada de livros literários do MEC, ao final de 2014,
organizamos o acervo e iniciamos a Roda Literária. A Roda Literária consiste em
proporcionar momentos em que as crianças possam escolher um Livro Literário e levar
para ler com a família em casa. O trabalho das professoras é primordial em todo esse
movimento: incentivar crianças e famílias a participarem da escolha e leitura dos livros e
outros acervos; realizar uma pré seleção dos livros; fazer a Roda sobre a história do livro,
oportunizando as crianças a contarem e socializar como foi esse momento. O papel das
famílias também é grandioso, que tem que ler com as crianças. Sem essa contribuição da
família a Roda Literária não acontece. Observamos o quanto esse ENCANTAMENTO tem
tocado em todos; notaram que os conhecimentos construídos e as interações valem à pena.
Isto sem falar nos brilhos dos olhos das crianças ao relatarem a convivência que tiveram
com as famílias e os livros. Em 2019, continuaremos com a proposta da Roda Literária, e
ampliaremos o acesso das crianças a outros tipos de acervos, como: letras de músicas,
obras de arte, poesias digitadas, imagens de esculturas, tirinhas de história em quadrinhos,
gibis, notícias de jornais, dentre outros a serem lidos / apreciados pelas crianças junto com
as famílias. As crianças continuarão levando toda sexta feira os livros ou outros acervos
para a casa, lerão com as famílias, devolverão na segunda e contarão como foi esse
momento, inclusive com a pseudoleitura da história / imagem / obra. Ainda em 2019,
recebemos a doação de vários livros de literatura infantil e juvenil de uma escola estadual,
assim tentaremos ampliar a Roda Literária para a participação das famílias, permitindo o
acesso delas a esses livros.
Assim, nos ensina a planejar e criar situações em que as crianças possam se
apropriar da cultura da leitura e da escrita de forma prazerosa. Algumas situações
propostas são: conhecer o livro “por fora” e “por dentro”; apresentar a capa do livro e
instigar as crianças a falarem o que pensam sobre a história através das ilustrações e do
título; ler e reler uma mesma história, com várias entonações de voz; conversar sobre a
história; conversar sobre a
estrutura da narrativa (característica do gênero textual); localizar palavras num texto; fazer
listas; ilustrar a história; ilustrar personagens; relacionar ilustrações e diálogos; escrever
palavras com alfabeto móvel; preencher lacunas; ordenar os diálogos / ilustrações na
sequência da história; relacionar os animais aos seus sons / características; produzir textos
coletivos; revisar coletivamente o texto produzido; criar um outro final para a história;
identificar palavras que rimam em textos poéticos; brincar com as rimas; criar outros
versos para o poema; ensaiar um recital de poesia; dentre outros.
Textos trazidos pelas professoras a serem trabalhados com as crianças pequenas:
Histórias Clássicas (Chapeuzinho Vermelho), Histórias com Repetição, Histórias de
Animais (Fábulas), Histórias com Acumulação (O Grande Rabanete), Histórias com
Engano (O gato de Botas, Os Sete Cabritinhos), Histórias com Cartas (Viviana, rainha do
Pijama), Poemas (A Arca de Noé), Canções (Quem canta seus males espanta), Parlendas,
Histórias Rimadas. Apresenta ainda um Caderno de Jogos de Linguagem e Jogos de Faz de
Conta, para incentivar o interesse e o prazer que as crianças têm pela linguagem.
6) AVALIAÇÃO:
Avaliaremos a partir da participação das crianças durante as atividades propostas,
através das rodas de conversa, dos jogos envolvendo o nome, listas, escrita espontânea,
leitura de cartazes, de livros, de gibis, de imagens, de obras de arte, dentre outros,
promovendo o acesso a diversos acervos. Averiguando se sabem o uso social dos diversos
gêneros textuais. Algumas atividades comporão o Portfólio de aprendizagem e
desenvolvimento da criança.
7) REFERÊNCIAS:
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione,
2002.
BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi. (org.) Ler e escrever na Educação Infantil:
discutindo práticas pedagógicas. 2ª Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Por amor e por força: rotinas na educação infantil.
Porto Alegre: Artmed, 2006.
BRASIL, Constituição da República Federativa do. Brasília: 1988.
, Ministério da Educação e do Desporto. Lei de Diretrizes e Bases n. 9394.
Brasília: 1996.
, Indicadores da Qualidade na Educação Infantil / Ministério da
Educação/Secretaria da Educação Básica – Brasília: MEC/SEB, 2009.
, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes
curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. –
Brasília : MEC, SEB, 2010.
, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. PNAIC. Básica. –
Brasília : MEC, SEB, 2013.
CAMPOS, Maria Malta. Critérios para um atendimento em creches que respeite os
direitos fundamentais das crianças. 6.ed. Brasília: MEC, SEB, 2009.
CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática. 9 ed.
Petrópolis: Vozes, 2012.
GOIÂNIA, Prefeitura de, Secretaria de Educação. Infâncias e Crianças em Cena: por
uma Política de Educação Infantil no Município de Goiânia. Goiânia, GO, 2014.
JUNQUEIRA FILHO, Gabriel de Andrade. Linguagens Geradoras: seleção e articulação
de conteúdos em Educação Infantil. Porto Alegre: Mediação, 2011.
MARTINS, Raquel M. Fontes. Alfabetização e letramento na sala de aula. Belo
Horizonte: Autêntica, 2008.
MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Ed. Melhoramentos,
2012.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. 2ªed. São
Paulo: Cortez, 2005.
(org.) A criança e o seu desenvolvimento: perspectivas para se discutir a
educação infantil. 4ªed.São Paulo: Cortez, 2000.
OSTETTO, Luciana Esmeralda. Educação Infantil: saberes e fazeres da formação de
professores. Campinas: Papirus, 2008.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 4 ed. Belo Horizonte:
Autêntica, 2010.
. Alfabetização e Letramento. 6ª edição. São Paulo: Contexto, 2012.
VIGOTSKI, Lev & LEONTIEV, Alex & LURIA, Alexander. Linguagem,
Desenvolvimento e Aprendizagem. Tradução de Maria Pena Villalobos. 14ª Edição. São
Paulo: Ícone, 2016.
Tanto a equipe do CEI, quanto da escola terão que encontrar formas de solicitar a
colaboração das famílias neste processo de apropriação e aquisição de conhecimentos
acerca da leitura, da escrita e da matemática, como forma de contribuir para tornar a
aprendizagem e o ensino de algo que está presente em nossa vida, na vida da criança e que
não tem sentido nenhum ignorarmos. Em fevereiro deste ano fizemos uma reunião com o
objetivo também
de esclarecer as famílias sobre o papel da Educação Infantil acerca do letramento e
alfabetização, utilizando as contribuições do PNAIC e solicitamos as contribuições das
famílias em relação a Roda Literária.
A articulação entre o CEI e a Escola exigirá reflexão e estudo constantes, pois ao
longo do caminho iremos nos deparar com divergências de opiniões, de ações/práticas e de
concepções entre os sujeitos das instituições. Porém não devemos nos esquecer que
estamos aprendendo também e assim os equívocos se apresentarão e precisarão ser revistos
e modificados a curto e longo prazo, dependendo dos desejos e condições teóricas de cada
sujeito envolvido.
Fizemos uma análise da importância de intensificar o trabalho acerca da cultura do
escrito, de forma significativa, e também relacionado às formas de sistematização pelas
crianças – o uso de diversos registros. Utilizando dos textos do PNAIC – Programa
Nacional de Alfabetização na Idade Certa e das contribuições de autores como Magda
Soares e Arthur Gomes de Morais, equipe diretiva junto com as educadoras iniciaram os
estudos na busca de ampliarmos nossos conhecimentos, na tentativa de minimizar
possíveis equívocos ao longo do caminho. Tentaremos proporcionar às crianças o acesso a
diversidade de gêneros textuais, incentivando-as a participarem e produzirem, respeitando
a especificidade de cada uma. Jamais numa perspectiva de preparação para o Ensino
Fundamental, mas no sentido de garantir este acesso às crianças das instituições públicas.
Desta forma, estaremos atendendo as reivindicações das famílias, e garantindo a qualidade
no atendimento que tanto nossas crianças merecem. Continuaremos promovendo esse
movimento, tornando mais acessível às crianças o Processo de Culturas Escritas.
Nosso objetivo não é a alfabetização das crianças, e sim a oferta desse contato com
o sistema alfabético de forma sistemática, na garantia de ampliação dos conhecimentos das
mesmas acerca do mundo letrado. Considerando também que estas são exigências feitas
destas crianças durante a Avaliação Institucional, que não aceitam mais as mesmas coisas.
Assim nos apoiaremos nos autores tratados a seguir.
Podemos notar que o termo utilizado pela autora ‘alfabetização ampliada’ tem uma
semelhança com o termo ‘letramento’ trazido e explicado por Magda Soares. Esta autora
retrata a necessidade do termo letramento pelo mau uso de muitos profissionais ao longo
da história acerca do termo alfabetização, reflexo das próprias mudanças sociais.
Alfabetização está sendo utilizado por muitos professores como ensinar apenas a codificar
e a decodificar signos; enquanto que o letramento seria a função social da escrita, para que
serve estes signos; seria uma alfabetização funcional, ou seja, a criança, indivíduo, ser
capaz de utilizar a leitura, a escrita e a matemática no seu contexto social. Para Magda
Soares é preciso letrar o indivíduo, ou seja, que ele seja capaz de usar socialmente a leitura
e a escrita. A prática deve ser diversificada em relação aos textos trabalhados, as
estratégias e as situações no intuito de promover a aprendizagem das crianças. A autora
traduz bem o significado de letramento a partir da poesia, a seguir:
“O que é letramento
Letramento não é um gancho
em que se pendura cada som enunciado,
não é treinamento repetitivo
de uma habilidade, nem um martelo
quebrando blocos de gramática.
Letramento é diversão.
é leitura à luz de vela
ou lá fora, à luz do sol.
São notícias sobre o presidente,
o tempo, os artistas da TV
e mesmo Mônica e Cebolinha
nos jornais de domingo.
É uma receita de biscoito,
uma lista de compras, recados colados na geladeira,
um bilhete de amor,
telegramas de parabéns e cartas de velhos amigos.
É viajar para países desconhecidos,
sem deixar sua cama
é rir e chorar
com personagens, heróis e grandes amigos.
É um Atlas do mundo,
sinais de trânsito, caças ao tesouro,
manuais, instruções, guias,
e orientações em bula de remédios,
para que você não fique perdido.
Letramento é, sobretudo,
um mapa do coração do homem,
um mapa de quem você é,
e de tudo que você pode ser.
Magda Soares”
Luiz Percival Leme Britto reflete também sobre o trabalho das linguagens da escrita
e da leitura nas instituições de educação infantil. Ele ressalta que o desafio desta educação
está em proporcionar às crianças a participarem de forma crítica da cultura escrita.
“Cultura escrita implica valores, conhecimentos, modos de comportamento que não se
limitam ao uso objetivo do escrito.” (2005, p.15)
Para Britto, ler com os ouvidos e escrever com a boca é mais significativo para as
crianças da Educação Infantil do que a codificação e a decodificação voltada para o ensino
de letras. No CEI os agrupamentos realizam o trabalho envolvendo o letramento ou a
alfabetização ampliada, muitas situações propostas são contextualizadas, como por
exemplo, fazer a gelatina no refeitório junto com as crianças, registrar através do desenho e
da escrita a receita da gelatina, bem como fazer uma tabela representando as preferências
dos sabores pelas crianças.
Verificamos que nos deparamos com algumas situações em que há uma
preocupação excessiva de algumas educadoras do agrupamento EI-E e EI-F para com o
ensino de letras e números de forma mecânica e sem significado para as crianças, com a
única preocupação que as crianças memorizem estes símbolos. Uma das práticas que
observávamos era o ensino do alfabeto de maneira descontextualizada ou simplesmente
forçar um contexto com a intenção de ensinar letras soltas. O mesmo às vezes ocorre com
o letramento matemático, de forma distorcida ensina-se número por número, como se a
criança precisasse aprender o numeral ‘1’ antes do ‘2’, e assim por diante, fragmentando o
conhecimento. Diante destas circunstâncias, faz-se necessário estudar textos juntamente
com as educadoras, promovendo reflexões acerca da Cultura do Escrito, inclusive da
linguagem matemática, fornecendo subsídio teórico e prático. Continuaremos com estes
estudos, iniciando pelo estudo de trechos da nova proposta (2014) e aprofundando com
outros autores, defendidos pela Rede, como o PNAIC – Programa de Alfabetização na
Idade Certa.
A escrita e a leitura são muito mais que a codificação e a decodificação de
símbolos. São situações cognitivas complexas que requer a construção de vários
conhecimentos: para que serve a leitura, a escrita e a matemática; as relações estabelecidas
entre os símbolos e os desenhos; as diferentes formas de ler e escrever; os elementos que
compõem o texto (letras, palavras, signos linguísticos – sentido e significado) e sua
utilidade. É preciso na Educação Infantil aproximar a leitura, a escrita e a matemática às
crianças, o que pressupõe aproximá- las de algo que elas já conhecem, que fazem parte de
sua vida cotidiana e que lhes pode proporcionar experiências divertidas e gratificantes. E,
durante esta aproximação, há a necessidade de explorar o código, mostrar o traçado das
letras, nomeá-las, enfim oferecer- lhes estas informações de forma pertinente e adaptada às
suas necessidades, como ocorre com outros conhecimentos envolvendo outras linguagens.
Devemos estabelecer que a leitura, a escrita e a matemática tem lugar na etapa da
educação infantil, como as outras linguagens também. Há uma preocupação excessiva dos
adultos em relação ao letramento, fato de exigirem um resultado convencional das
crianças. Precisamos refletir que durante o processo de outras aprendizagens como a fala, o
movimento, o desenho, esta cobrança não ocorre, não há um excesso de expectativas. Da
mesma forma, deve-se dar o devido valor com relação a leitura, a escrita e a matemática,
que o adulto utilize com as crianças estas linguagens diariamente, fazendo com que elas
compreendam a função comunicativa, fomentando o prazer de ler e escrever. Na Educação
Infantil a preocupação deve ser com a Cultura do Escrito, que envolve letrar, alfabetizar,
incentivar a oralidade e a argumentação. Alfabetização está relacionado ao processo que o
indivíduo se apropria de uma outra linguagem, diferenciando-se da alfabetização stricto
sensu, que seria codificar e decodificar apenas (este não deve ser o objetivo da Educação
Infantil); enquanto que o Letramento são os usos sociais da leitura e da escrita.
Considerando todos estes autores, o CEI procura estabelecer uma articulação com
as Escolas Municipais Lorena Parque e César da Cunha Bastos, vizinhas, próximas à
instituição. Promovemos a visita das crianças à turma A do ciclo I destas escolas, às
quadras de esportes e ao parque de diversão, bem como à sala de leitura e ao ambiente
informatizado. Desta forma, é possível compartilhar tempos, espaços, situações de
aprendizagens, alcançando a intenção de favorecer a troca de conhecimentos entre as
crianças, assim como a ampliação dos mesmos. As crianças passam a conhecer os espaços
das escolas, diminuindo a ansiedade e o sofrimento delas.
Temos como utopia proporcionar momentos de estudo e troca de conhecimentos e
saberes entre as educadoras das duas instituições através de encontros de formação em
serviço para debater e encontrar estratégias juntas para resolvermos as questões cotidianas
educacionais relacionadas às crianças. Estes encontros ora seriam organizados pela equipe
pedagógica do CEI, ora pela escola, sobre angústias comuns a estas infâncias. Temas que,
inicialmente, nos instigavam, a ambos, que eram: importância da afetividade; letramento e
alfabetização; sexualidade infantil; e outros que surgirão no decorrer dos nossos estudos.
Apesar da não concretização de algumas destas ações, continuaremos propondo a
continuidade do diálogo com a equipe das Escolas Municipais Lorena Park e César da
Cunha para promover esta articulação, tentando alcançar nossas metas.
Em 2019, organizaremos visitas e momentos, junto com equipe gestora destas
escolas, para juntos planejarmos as ações, com o objetivo de proporcionar às crianças mais
visitas e contato com as Escolas no decorrer de todo ano letivo, como forma de melhorar
essa articulação.
Promoveremos outros encontros com as famílias, buscando compreender a
educação que as famílias desejam, e ás vezes exigem, que o CEI ofereça às crianças,
explicitando a diferença entre as duas esferas educacionais, esclarecendo que uma (a
escola) complementa
a outra (o CEI) e que cada um assume a sua importância na contribuição para o
desenvolvimento integral de cada criança, inclusive a educação dada pela família. Todos
estes sujeitos (famílias e profissionais da escola e do CEI) devem ter clareza que as
crianças são pessoas que têm direitos pelo que são hoje e não pelo que serão no futuro.
Esta máxima nos acompanhará este ano durante nossos momentos de estudo e troca, para
que possamos internalizá-la.
No decorrer do ano convidaremos a turma A do Ciclo I (alunos destas escolas que
em sua maioria foram nossas crianças no ano anterior) para participarem conosco de
eventos que por ventura tratarem de assuntos/conhecimentos comuns a ambas instituições,
bem como participaremos também de eventos promovidos pelas escolas: passeatas,
passeios, manifestações, etc.
O CEI entrega às crianças que completaram seis anos, suas famílias e às escolas
toda a documentação da criança. Em 2019, continuará realizando esta entrega, conforme
determinação da DIREDU/SME. Entregamos também os Portfólios que apresenta a criança
e o seu desenvolvimento, seus avanços, suas habilidades, seus conhecimentos, bem como
conhecer mais um pouco sobre a prática das educadoras e o trabalho com as múltiplas
linguagens. Isto se faz importante, para as professoras das escolas respeitarem a criança
reconhecendo-a como sujeito ativo, com singularidade e ritmo próprio, o que deve ser
considerado no processo de ensino aprendizagem; e também para incentivar cada escola
em relação às práticas de valorização, de respeito, de escuta, de afeto, de diálogo, de
brincadeiras, de cuidados e educação às crianças favorecidas no CEI. Enfim, que ambas as
instituições valorizem e respeitem o tempo de infância, não negando às crianças aspectos
que fazem parte da infância.
Devemos pensar ações conforme o conhecimento da nossa realidade, e esta vem da
Avaliação Institucional Qualitativa, que considera significativa nossa reflexão e mudança,
em prol da criança, tornando esta escuta em ações que realmente transformem os
equívocos. Observamos o quanto as crianças têm a nos dizer e o quão é importante escutá-
las para detectar os problemas. Após detectar os problemas devemos modificar em prol da
garantia dos direitos às crianças.
Assim podemos analisar e refletir sobre algumas posturas inadequadas de algumas
profissionais. O processo de avaliar é muito válido já que refletimos posturas pedagógicas
pautadas na observação, no registro e na interpretação da própria equipe.
A partir da Avaliação Institucional 2018, construímos conjuntamente o Plano de
Ação de acordo com a realidade observada, tanto pela equipe pedagógica do CEI, quanto
pelas crianças e com a participação das famílias. Plano de Ação são os meios, passos e os
instrumentos, que serão utilizados pelos diferentes sujeitos para o alcance dos objetivos, no
intuito de superar as dificuldades encontradas no contexto educacional. Separamos essas
ações, apenas didaticamente, em três subitens: Ações envolvendo todos os sujeitos, Equipe
Diretiva, os Profissionais, as Crianças e as Famílias. Essas ações foram elencadas pela
equipe durante a reunião de planejamento mensal de fevereiro, em pequenos grupos, a
partir da análise da Avaliação Institucional 2018, de ações elencadas no ano anterior e de
vivências até o momento no CEI.
Veja o Plano de Ação, realizado com a participação de toda equipe, seguindo
orientação da Gerência de Educação Infantil, da Coordenadoria de Educação Jarbas Jayme,
de acordo com os indicadores:
104
104
crianças professoras
aprendem Ambiental sobre a elaborarem ações para
a
observar, amar preservação revitalizar,
e
da organizar,
preservar a natureza; dinamizar os
natureza; espaços
verdes da
instituição
(canteiros, horta
e
jardins).
momento de livre
escolha das crianças.
Adquirir kits com
brinquedos
(kits médicos,
casinhas,
105
As crianças pediram
para adquirir os
seguintes brinquedos:
helicópteros,
carrinhos de controle
remoto,
retroescavadeira,
trator e patrulha
canina.
Reservamos Garantir um lugar O Salão está molhando Em fevereir e Conselho Gestor e
espaços o
livres cobertos para para brincar em em dias de chuva. É mar Equipe Diretiva
dias ço
atividades físicas de preciso fazer
em a
chuva,
dias de chuva; preservando manutenção no
telhado;
a
integridade duas salas estão com
física
das crianças goteiras; fazer
os
reparos necessários
com
o uso da verba
do
Programa Escola Viva;
106
Conscientizar as
crianças e a
comunidade da
importância da
limpeza e preservação
do lote evitando
doenças como
dengue, zika,
chicungunha, tétano,
etc.
Comemoramos os Valorizar a Organizar Durante o ano Equipe Docente e
aniversários individualidade
de cada criança e a Equipe Diretiva
de nossas comemoração
crianças. A
dos
107
para a
comemorar participação
os aniversários da
família
na
instituição.
Proporcionar
as
crianças
a
convivência
com diferentes
idades.
Atividades Garantir às Organizar na área Durante o ano Auxiliar de
no crianças que não externa – quadra e
Momento querem dormir parque brincadeiras atividade
Intermediário: ou que para as crianças que Educativa do turno
área acordaram mais acordaram mais cedo
externa – Quadra cedo atividades ou as que não querem Vespertino e
e Parque com envolvendo as dormir durante o
todas as crianças brincadeiras e Momento Coordenação
que interações na Intermediário.
não área externa.
dormiram
ou
acordaram
mais cedo.
Aprendemos a Respeitar Formação com leitura Durante o ano Equipe Docente
lidar com crianças de texto e
mais agitadas e e informações sobre
ativas sem compreender a crianças agitadas;
discriminá-las ou individualidade
de cada Esclarecer sobre a
puni-las;
concepção sócio -
criança,
oferecendo
108
atividades e histórica, e a
temas concepção de criança
significativos que e infância com
envolvam essas
crianças de alguns
forma atrativa. profissionais,
para
superar
práticas
comportamentalistas /
behavioristas.
Convidar as famílias
para encontros /
reunião sempre que
necessário.
Mantemos fora do Garantir Profissionais Durante o ano Equipe Diretiva
alcance das guardarem
a Equipe
crianças produtos corretamente
segurança Administrati
potencialmente
os produtos de va
perigosos;
das crianças. limpeza e higiene nos
Equipe Docente
lugares adequados, a
fim de evitar perigo
às crianças.
Nossa creche Valorizar Expor nas salas e Durante o ano Equipe Diretiva
sempre tem corredores
periodicamente Equipe Docente
trabalhos as trabalhos realizados
realizados pelas aprendizagens e na turma – Painel /
crianças produções Mural;
infantis,
em exposição; demonstrando Realizar Mostra
para as famílias de
as vivências Trabalhos
Pedagógicos
109
proporcionadas no Semestralmente e
CEI convidar as famílias
para a culminância
dos Projetos de
Trabalho nos
agrupamentos.
Conscientizar as
famílias da
importância da
valorização
dos trabalhos
das crianças (cartazes,
livros, textos,
portfólio,
apresentações...)
Procuramos Evitar acidentes, Nas Durante o ano Equipe
garantir o acesso garantindo a
seguro das integridade física proximidades faltam Diretiva,
crianças à creche e das placas de trânsito Prefeitura
garantir que as – faixa de pedestres, de
crianças fiquem crianças, famílias redução de Goiânia
afastadas do e velocidades, enviar
profissionais. ofícios e
portão para evitar
de Comunida
que alguma saia e
solicitação, fazer de
gere transtornos e
abaixo assinado para Educacion
acidentes.
que as autoridades al
competentes,
cumpram suas
obrigações;
Deixar uma ficha No portão deve
no sempre
portão com nomes haver um
dos responsáveis funcionário
que responsável pela
entrada
110
Continuar na chegada
dos passeios, após o
horário as crianças
entrarem pelo portão
da quadra e as
famílias aguardarem
no portão de entrada,
para evitar tumulto na
porta do ônibus, os
pais pegando e as
professoras ficam
atordoadas com o
movimento, sem
saber quem está
levando os filhos;
Haver concordância e
cuidado entre os
auxiliares a fim de
evitar que crianças se
aproximem do portão,
evitando saídas
bruscas.
111
raciais, de
gênero,
dentre outros;
sanitários, entupindo-
os e
orientando quanto
ao
desperdício de
água,
113
sabonete e papel
higiênico;
Porteiro servente
manter os banheiros
limpos
Limpeza dos
Banheiros e dos
Espaços externos de
forma intensificada;
Acompanhamos o Acompanhar as Professoras Durante o ano Equipe docente
crescimento e o crianças e planejarem atividades
desenvolvimento observar seu mensais para
físico das desenvolvimento acompanhar o
crianças; crescimento
plastificada para as
mesas
As professoras
devem orientar o
manuseio das
mochilas.
O portão da entrada Garantir Construir um toldo ou Imediatamente Conselho Gestor
a
sem cobertura acessibilidade cobertura em cima do
em
e
dias de chuva conforto portão de entrada e
saída
das
crianças e das crianças
famílias
Famílias pediram Ampliar Realizar junto as Bimestralmente Equipe
para enviar tarefas famílias
o Docente
para casa algumas
repertório propostas de Equipe
atividades,
de conhecimento
questionários, Diretiva
das crianças entrevistas, Famílias
pesquisas, dentre
outros.
Todas as crianças Despertar um Ciclo de palestra para Ao longo do ano Equipe
são respeitadas olhar sensível para trabalhar situações de letiv
gestora
em sua as conflitos
individualidade, individualidades, vivenciadas; Equipe
respeitando as
crianças em docente
seu
116
de trabalho.
Diálogo aberto entre
professora e auxiliar
nas reuniões
de
planejamento
por
117
agrupamento,
promovendo
momento de auto-
avaliação;
Estudos de
documentos sobre os
direitos e deveres
dos
profissionais.
Ações
que
proporcionam a
integração do grupo,
como: textos
reflexivos, palestras e
dinâmicas.
Adequar o
atendimento das
crianças a realidade
da instituição.
As Que as famílias Instigar os pais a Ao longo do ano Famílias
conheçam e participar dos projetos
famílias Equipe diretiva e
colaborem com de trabalho, das
conhecem e as deliberações reuniões por docente
colaboram com a legais que agrupamento, das
instituição no que festividades
diz respeito forem (Festa
às Cultural e Festa
deliberações da
legais
118
Socializar com as
famílias o trabalho
realizado na
instituição com as
crianças através dos
Paineis / Murais e
mídias sociais;
científicos como
pesquisadores
que possuem e A equipe pedagógica,
despertando
que possibilitam às nas atribuir importância a
crianças ampliar pesquisa científica,
os seus crianças, a trazendo livros,
conhecimentos; prática da revistas, mídias e
internet, levando a
pesquisa criança a
científica; compreender-se
também como
pesquisador. Evitar
respostas prontas e/ou
mesmo ignorar os
questionamentos das
crianças;
As professoras
trazerem situações
desafiadoras,
instigantes
que
despertem nas
crianças o interesse de
conhecer e pesquisar
situações que fazem
parte do cotidiano
aprofundando
conhecimento
científico;
120
Professoras
ressignificarem
os planejar momentos de
Momentos interação entre as
coletivos, de livre turmas;
escolha das
crianças.
Os educadores Analisar e Professoras Ao longo do ano. Equipe
têm o hábito de refletir refletirem
diretiva
analisar todos os diariamente as diariamente sobre o
dias as ações ações planejadas planejamento e Equipe
planejadas, e registrarem às
docente
verificando e adequações
fazer as necessárias;
registrando as adequações
adequações que quando Realizar a roda de
se necessárias; avaliação do
período
123
atividades
propostas.
Os arranjos Professoras Substituir telha e Ao longo do ano. Equipe docente
espaciais móveis renovar os cumeeira na
arranjos Cobertura da Quadra;
são modificados espaciais com as
sempre que Refletimos
crianças,
necessário para
mantendo esse da
atender
ambiente necessidade
ao atrativo e de
planejamento promovendo a estruturar os espaços
físicos como fazer
e aprendizagens; reparos e pintar a
situações casinha, colocar toldo
Estimular a
no parquinho próximo
de aprendizagens ao salão para que as
criatividade e
proporcionadas crianças
autonomia das
às crianças; explorem outros
crianç espaços em dias de
A importância da
chuva.
produção das
crianças
harmonização das
sala
Planejar e realizar
com as crianças a
confecção de móbiles
e estar
124
atento às
questões
estéticas das salas;
nos planejamentos
apreciação de arte e o
fazer artístico;
A instituição se Usar os recursos Renovar a decoração Ao longo do ano Equipe
preocupa com da sala, expor os
cores, iluminação e da instituição, na trabalhos com docente e
ventilação projetos, preocupar Equipe
(cortinas, com a estética
dos diretiva
125
os profissionais disso;
Expor mais os
trabalhos das crianças
pela instituição –
Painel / Mural;
Promover a
participação das
crianças na
organização
e
ornamentação
dos espaços;
É preciso
conscientizar
às crianças na
conservação
desses
126
trabalhos, objetos e
outros;
a manter a um infortúnio da
criança derramar ou
limpeza deixar cair o
também. alimento.
Famílias disseram Viabilizar o Promover planos e Durante o ano Equipe
que desconhecem projetos e também nas
a rotina da acesso das reuniões o acesso diretiva
instituição, famílias a tais destes documentos Equipe
desconhecem o para as famílias.
cardápio, informações docente
projetos,
conhecimentos e
os espaços.
Acúmulo de sujeira Promover a Limpar as calhas, Durante o ano Equipe diretiva
e folhas nas calhas. para evitar o acúmulo
limpeza das de água. Conselho gestor
calhas.
128
Planejamento
Problemática/Necessidade Objetivos Ações Prazos Responsáveis
1) Como garantir a participação 1) Apresentar e ouvir sugestões junto a 1) Apresentação, escuta e escolha 1) Fevereiro/março. Equipe diretiva
das famílias, crianças e equipe pedagógica sobre os formulários sugestões junto a equipe pedagógica Ao longo do ano Equipe docente
professores na construção da de participação da família na sobre os formulários de participação Famílias
identidade e apresentação da apresentação da criança. com retomada da ficha diagnostica.
criança da turma? 1) Retomar a ficha diagnóstica da 1) Elaboração do questionário de
criança turma para a construção do entrevista com a criança junto ao
perfil, apresentação e identificação da grupo.
criança e da turma. 1) Ressignificar o perfil da turma para
1) Proporcionar a participação da a apresentação da turma no portfólio.
criança por meio de entrevista na
construção da sua apresentação.
2) Como garantir no 2) Construir bimestralmente as seleções, 2) Trazer sugestão de etiqueta com o 2) Janeiro/Fevereiro
planejamento e no decorrer do análises e registros. nome do sujeito (família, criança e Ao longo do ano
ano letivo o tempo para 2) Personalizar as etiquetas (com a escolha professora) que realizou a escolha.
selecionar, retomar e analisar dos sujeitos) e identificação da instituição. 2) Buscar coleta de informações,
2) Estudar sobre o uso de materiais
as atividades? apreciação de outros portfólios que
tridimensionais no portfólio das crianças
menores.
contemplam o uso de materiais
2) Garantir no calendário anual e tridimensionais.
informativo 2019 as datas previstas para 2) Organizar o calendário anual
seleção, análise e registros dos portfólios. contemplando as datas para seleção
das atividades.
131
PAINÉIS/MURAIS
Planejamento
Problemática/Necessidade Objetivos Ações Prazos Responsáveis
Todos os agrupamentos fazer Socializar as aprendizagens com as - Definir com o coletivo a Na reunião de Equipe diretiva
painéis/ murais e expor nos crianças e a comunidade. periodicidade da confecção e da planejamento inicial Professores
espaços externos do CEI exposição; (Janeiro). regentes e
(salão, corredores, refeitório, - Estudo do documento no item auxiliares.
quadros da entrada e escada). painéis/ murais.
132
registros serão lidos e serão ou não complementados pela equipe. Faremos a organização
de todas as ações em uma pasta catálogo em forma de Portfólio, que será socializada e
organizada por todos os profissionais ao longo do ano.
Equipe gestora construiu um instrumento contendo uma questão para todo
coletivo a fim de levantar os conhecimentos prévios dos profissionais acerca de Projetos de
Trabalho. As respostas serão sistematizadas e registradas neste Plano de Formação
posteriormente.
2) Problematização da Realidade
Problemática:
Questões mediadoras:
O Plano de Formação 2019 será sistematizado ao longo do ano, conforme o processo das
ações / reflexões / avanços / obstáculos forem ocorrendo e será anexado numa pasta catálogo.
139
A avaliação deve ser vista como processo de reflexão e análise sistemática das
aprendizagens das crianças a fim de redimensionar novas ações, serve para a professora
observar os progressos de cada criança, sem emitir juízo de valor e nem fazer
comparações; e dá subsídios para a professora contribuir para com o desenvolvimento
integral das crianças, através da coleta de informações, da reflexão crítica da ação – práxis,
do planejamento e replanejamento.
A LDB 9394/96, diz: “Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e
registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino
fundamental.” (artigo 31.)
Na educação infantil a avaliação cumpre o importante papel de oferecer
elementos para que os professores conheçam melhor as crianças com as quais
trabalham, suas características pessoais, suas emoções, reações, desejos,
interesses e modos pelos quais vão se apropriando da cultura na qual estão
inseridas, transformando-a. Também tem a importante função de contribuir
para que os laços com as famílias sejam estreitados e para que aqueles que
trabalham com as crianças, em diferentes momentos de suas trajetórias nas
instituições, troquem informações, visando o bem-estar, conforto e segurança
dos pequenos. (Micarello, 2010: 1-2).
e justifiquem; bem como haverá momentos em que a atividade escolhida será a que teve a
participação da família na produção ou pesquisa. As professoras poderão fazer suas
escolhas em dois momentos: na ocasião em que a atividade está sendo realizada pela
criança, em que ela notou que foi significativa; e também bimestralmente nas reuniões de
planejamento semanal por agrupamento, com seu auxiliar de atividades educativas na
análise dos Portfólios das crianças. Os fichários com o Portfólio de aprendizagem e
desenvolvimento da criança ficarão em armários no próprio agrupamento, ao acesso das
crianças, profissionais e famílias. Eles serão socializados com as famílias semestralmente
nas seguintes datas: até 27/06, referente ao primeiro semestre e até 10/12, referente ao ano
todo. Serão analisados pela coordenação antecipadamente, assim definimos a entrega dos
Portfólios nos dias 04/06 e 19/11.
Outro instrumento da Documentação Pedagógica é o Painel / Mural. O Painel /
Mural é um espaço em diferentes suportes, em uma parede / muro / cavalete / demarcada
por azulejo, figura, desenho, fotos, produções autorais das crianças, com o intuito de
mostrar, comunicar, compartilhar e comunicar o que foi realizado com e pela criança. Esse
mural revela a proposta educacional e a imagem de criança que a instituição possui, além
de constituir em um importante canal de comunicação entre a instituição, família e
comunidade. Estabelecemos dois locais previamente para exposição: o corredor de entrada
das crianças dos agrupamentos EI-B, EI-C1 e EI-C2; e a entrada para o salão para as
crianças dos agrupamentos EI-D1 e D2, EI-E e EI-EF. Acordamos que bimestralmente por
turno as professoras se organizarão para exposição no Painel / Mural, sendo que num mês
expõe de alguns agrupamentos e em outro mês de outros agrupamentos, de forma que
mensalmente teremos garantido pelo menos um Painel / Mural de creche e pré-escola.
Organizamos de forma que não fique uma quantidade muito grande de exposição, que
possa parecer uma mostra de trabalhos, e que realmente seja algo significativo para as
crianças com a participação delas. E algo que possibilite também uma apreciação adequada
de toda comunidade educacional, crianças, famílias e profissionais.
Ao final de cada semestre, proporcionaremos um diálogo entre pais, professoras
regente, auxiliares de atividades educativas e crianças em busca de uma melhor qualidade
na educação. Neste momento compartilhamos com as famílias e coletivo de educadores
experiências, vivências e projetos vividos pelas crianças no decorrer de cada semestre com
mostra de trabalhos, socialização dos Portfólios, apresentações culturais e entrega de
algumas atividades realizadas ao longo de cada período. Isto ocorre, pois acreditamos que:
Assim, o trabalho dos professores ‘está centrado sempre no relacionamento
(com as crianças e com os pais) mais do que nos conteúdos’ (...). Neste sentido,
as crianças e adultos devem estar dispostos a entrar em relação uns com os
outros de maneira respeitosa, prazerosa e atenciosa. (Ostetto & Leite, 2004, p.
28).
15- Vocês conhecem a rotina – o que vai acontecer durante o dia no CEI? Vocês gostariam
de mudar alguma coisa na rotina? Há alternativas de atividades a vocês quando não querem
dormir? Analisar a rotina da entrada à saída?”.
Cada professora ficará responsável em utilizar a melhor metodologia de acordo com
a especificidade da turma, registrará o processo e sistematizará a Avaliação. Esses registros
podem ser feitos por ilustrações, fotos, gravação de áudio e formulários.
147
EIXO 6 – ANEXOS
6.1. Calendário
Do S T Q Q Se Sá Do Se T Q Q S S Do S T Qu Q Se Sá
m e e u u x b m g e ua ui e á m e er a ui x b
g r a i r x b g
1 - Confraternização universal 5-
Carnaval
1 2 3 4 5 1 2 1 2
6 7 8 9 1 1 1 3 4 5 6 7 8 9 3 4 5 6 7 8 9
0 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6
3 4 5 6 7 8 9 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 2 2 2 2
2 2 2 2 2 2 2 7 8 9 0 1 2 3 7 8 9 0 1 2 3
0 1 2 3 4 5 6 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3
2 2 2 3 3 4 5 6 7 8 4 5 6 7 8 9 0
7 8 9 0 1
Abril Maio 3 Junho
Do S T Qu Q Se Sá Do Se T Q Q S S Do S T Qu Q Se Sá
m e e a u x b m g e ua ui e á m e er a ui x b
g r i r x b g
1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 1
7 8 9 1 1 1 1 5 6 7 8 9 1 1 2 3 4 5 6 7 8
0 1 2 3 0 1 9 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 0 1 2 3 4 5
4 5 6 7 8 9 0 2 3 4 5 6 7 8 1 1 1 1 2 2 2
2 2 2 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 2 6 7 8 9 0 1 2
1 2 3 4 5 6 7 9 0 1 2 3 4 5 2 2 2 2 2 2 2
2 2 3 2 2 2 2 3 3 3 4 5 6 7 8 9
8 9 0 6 7 8 9 0 1 3
Julho Agosto Setembro
Do
m
S T Qu Q S S Do S T Q Q S Sá Do S T Qu Q S S
eg e a ui e á m e e ua ui e b m e e a ui e a
r x b g r x g r x b
7 - Independência do Brasil
148
1 2 3 4 5 6 1 2 3 1 2 3 4 5 6 7
7 8 9 1 1 1 1 4 5 6 7 8 9 1 8 9 1 1 1 1 1
0 1 2 3 0 0 1 2 3 4
1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2
4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 0 1
2 2 2 2 2 2 2 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 2 3 4 5 6 7 8
2 2 3 3 2 2 2 2 2 3 3 2 3
8 9 0 1 5 6 7 8 9 0 1 9 0
22 dias 21 dias
letivos letivos
Outu Nove Dezem
bro mbro bro
Do S T Qu Q Se Sá Do Se T Qu Q S S Do Se T Qu Q Se Sa
m e e a u x b m g er a ui e á m g e a ui x b
g r i x b r
12-Nossa Senhora Aparecida;15 – Dia do Professor;
24- Aniv. de Goiânia; 28-Dia func. Público 2 – Finados; 15 – Proclamação da República 25 –
Natal
1 2 3 4 5 1 2 1 2 3 4 5 6 7
6 7 8 9 1 1 1 3 4 5 6 7 8 9 8 9 1 1 1 1 1
0 1 2 0 1 2 3 4
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2
3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 5 6 7 8 9 0 1
2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 2 3 4 5 6 7 8
2 2 2 3 3 2 2 2 2 2 2 3 2 3 3
7 8 9 0 1 4 5 6 7 8 9 0 9 0 1
Legenda do Calendário
São 203 dias letivos, distribuídos de segunda a sexta-feira, sendo 3 reuniões aos
sábados com as famílias, sendo 1 sábado para Festa Cultural e 1 sábado para a Festa da
Família. Este calendário poderá sofrer alterações, conforme determinações da DIREDU da
Secretaria Municipal de Educação e Esporte e a necessidade do CEI. Ressaltamos que o
calendário foi construído junto com todo o coletivo, conforme orientação da DIREDU, e
socializamos e entregamos o mesmo com as famílias durante reuniões no mês de janeiro e
março.
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Função
Nome Sit. Cargo C.H./Turn Nível de Escolaridade
e
F. o
Discipl
ina
Aux. Aux.
1 Alessandro Mateus da Silva N
At. Ativ.
30 / M Graduação em Pedagogia
Ed. Educati
vas
Aux. Aux. Ativ.
2 Ana Maria Alves N
At. Educativas 30 / M Ensino Médio
Ed.
Aux. Aux.
3 Andreia Ferreira dos Santos N
At. Ativ.
30 / M Ensino Médio
Ed. Educati
vas
Ag. Ap.
4 Aparecida de Fátima Alves Vieira N Educ. Merendeira 30 / M Ensino Médio
III
Aux. Aux.
5 Belmira Alves Pereira N
At. Ativ.
30 / V Graduação em Pedagogia
Ed. Educati
vas
Ag. Ap.
6 Bruno Souza Venancio N Educ. I Porteiro 30 / M Ensino Médio
Servente
Ag.
7 Carlos Victor Nunes Pereira Pinto N
Ap.
Porteiro 30 / V Ensino Médio
Servente
Edu
c. I
6.6. Informativo
155
Referências Bibliográficas
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