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DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
NATAL-RN
2017
LÍVIA SAMILA BEZERRA BORGES
Natal-RN
2017
Catalogação na Fonte. UFRN/ Departamento de Odontologia
Biblioteca Setorial de Odontologia “Profº Alberto Moreira Campos”.
Borges, Lívia Samila Bezerra
Desigualdade social e mortalidade por câncer oral no Rio Grande do Norte: uma
analise espacial/Livia Samila Bezerra Borges. . – Natal, RN, 2017.
34 f. : il.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________
Prof. Dr. Antônio de Lisboa Lopes Costa
Universidade Federal do Rio Grande Do Norte
Orientador
__________________________________________________
Profa. Dra. Márcia Cristina da Costa Miguel
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Membro
__________________________________________________
Profa. Dra. Maria Ângela Fernandes Ferreira
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Membro
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo dom da vida e por ter iluminado sempre o meu caminho, me
proporcionando força, coragem, determinação e pessoas que foram verdadeiros anjos
em minha vida.
Aos meus pais, por terem regado minha vida com tanto apoio, carinho, proteção, amor
e cuidado para que eu pudesse florescer e encarar o mundo. É uma longa jornada de
esforços mútuos, muita superação, obstáculos e vitórias. Essa conquista é nossa!
Aos meus familiares, em especial aos meus primos Josiel e Nataly, minha madrinha
Madalena e minha tia Socorro por todo o apoio, compreensão e amizade.
Aos meus tios Josivan e Pedro (in memorian), que, apesar de não estarem mais entre
nós, acompanharam boa parte desta jornada universitária e sempre torceram tanto por
mim. A saudade aperta, a distância física maltrata, mas o amor cultivado jamais
morrerá.
Às minhas amigas, Gilmara, Samara Karoline, Júlia, Natelee, Nanda, Luana, Hiedinha
Marilía e Alaíde pela cumplicidade, amizade sincera, por todas as vezes que se
alegraram com minhas vitórias, pelos momentos em que me proporcionaram um abraço
amigo e por terem, muitas vezes, esquecido das suas dores para cuidarem das minhas.
À minha zebrinha, Carol Albuquerque, por ter me acompanhado tão de perto em todos
os momentos (muitos deles tensos e não muito alegres), pelo cuidado, atenção,
preocupação em ajudar a resolver os problemas e por essa amizade tão singular.
À minha duplinha Samara Raquel, pela nossa ótima parceria durante toda a graduação,
pela amizade, cumplicidade, compreensão, apoio e por todas as trocas que esse período
nos proporcionou.
Ao meu orientador, professor Costa, pelas oportunidades, ensinamentos, apoio, por toda
confiança que sempre depositou em mim e pelos desafios que sempre topou enfrentar
junto comigo. A experiência como aluna de iniciação científica foi fundamental para
minha formação e poder ter exercido este papel junto a um orientador amigo que
compartilha dos mesmos sonhos e lutas foi, sem dúvidas, incrível. Sou abençoada por
tê-lo em minha vida.
Aos professores, Maísa Paulino, Allyson Carvalho, Soraya Medeiros, Éricka Silveira,
Káthia Brito, Giselle Firmino, Sergei Rabelo pelas oportunidades, por todos os
ensinamentos e pelas experiências compartilhados.
A todos e todas aqui não citados, mas que contribuíram com a minha formação, os meus
mais sinceros agradecimentos.
“É necessário se espantar, se indignar e se contagiar, só assim é possível mudar a
realidade”
Nise da Silveira
RESUMO
Oral cancer is an unquestionable public health problem in Brazil and there many
obstacles are still found for his effective confrontation. The objective of this work is to
analyze a spatial distribution of oral cancer mortality rates and their association as
socioeconomic conditions in the municipalities of Rio Grande do Norte, between the
years 2005 and 2014. It’s an ecological study having exemplary elements of the
municipalities of the state. The mortality data were obtained from the Atlas of Cancer
Mortality - INCA, and those ones about the socioeconomic conditions through from the
Atlas of Human Development in Brazil, all the maps were analyzed based on Moran
Local and Moran Global indexes. Spatial dependence was observed in the distribution
of oral cancer mortality rates in the state, but an association such as socioeconomic
conditions was not found.The state shows a high rates of mortality due to this illness,
and the socioeconomic indicators reflect mainly unfavorable living conditions, which
explains the need for effective planning, monitoring and evaluation actions to deal
correctly with this disease.
Keywords: Oral cancer; Socioeconomic conditions; Geoprocessing.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................9
2. MÉTODOS..............................................................................................................11
3. RESULTADOS ........................................................................................................15
4. DISCUSSÃO ............................................................................................................19
REFERÊNCIAS .............................................................................................................25
ANEXOS .........................................................................................................................29
9
1. INTRODUÇÃO
Estudos com base nos dados de mortalidade por câncer oral para a análise da
distribuição e fatores associados devem ser periodicamente atualizados, visto que, trata-
se de um problema de saúde pública e progressos não têm sido observados no combate
da doença1. Tais informações devem ser geradas nas mais diversas esferas, com o
objetivo de auxiliar as atividades de planejamento, monitoramento e avaliação das ações
voltadas à temática.
Nos últimos anos, a mudança na estrutura das pirâmides etárias dos países em
desenvolvimento tem se tornado uma realidade, apontando para a intensificação do
processo de envelhecimento da população, especialmente na América Latina2. Com
isso, e também devido ao controle das altas taxas de incidência e mortalidade por
doenças infectocontagiosas, uma importante mudança no perfil da morbi-mortalidade da
população brasileira foi observada nas últimas décadas, resultando no aumento dos
óbitos causados por doenças crônico-degenerativas3.
O câncer, em seus mais diversos tipos e localizações, ganha destaque neste contexto.
Em 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o Relatório Mundial do
Câncer, que identificou o câncer como um inquestionável problema de saúde pública.
Além disso, também é possível observar um maior impacto do câncer nos países em
desenvolvimento, onde espera-se que dos 20 milhões de casos estimados para 2025,
80% sejam registrados em tais países5.
O Câncer Oral encontra-se como a sexta localização mais freqüente entre todos os
tipos de cânceres no mundo, mesmo diante da facilidade de acesso e visualização das
lesões. Em 2012, a incidência da neoplasia em cavidade oral foi de 300.373 novos
casos, resultando em uma taxa mundial estimada de 5,5 em homens e 2,5 em mulheres
(para cada 100.000 pessoas). Da mesma forma, a mortalidade para neoplasia maligna da
10
cavidade oral apresentou altos valores, com o número bruto de 145.326 óbitos e taxa
estimada de 2,7 e 1,2 para homens e mulheres, respectivamente6.
Nessa perspectiva, este estudo teve por objetivo analisar a distribuição espacial
das taxas de mortalidade por câncer oral e sua associação com as condições
socioeconômicas nos municípios do Rio Grande do Norte, entre os anos de 2005 e
2014.
11
2. MÉTODOS
Fonte: IBGE
12
3. RESULTADOS
Entre os anos de 2005 e 2014, foram registrados nos municípios potiguares 814
mortes por neoplasias de boca e de orofaringe, resultando na taxa de 2,01 para cada
100.000 habitantes. Dentre esses óbitos, 537 (66%) ocorreram em indivíduos do sexo
masculino e 277 (34%) no sexo feminino, sendo as taxas brutas e ajustadas pela idade
iguais a 3,49 e 1,73 para homens e mulheres, respectivamente. Nesse período, o ano que
apresentou maiores valores foi 2014, com um total de 102 óbitos e taxa de 3,01.
Figura 2. Distribuição espacial das taxas, brutas e ajustadas pela idade, de mortalidade
por câncer bucal e de orofaringe. Estado do Rio Grande do Norte, Brasil, 2005-2014.
Legenda
Moran= 0,146
p= 0,03
Legenda
Moran= 0,405
p= 0,01
17
Legenda
Moran= 0,07
p= 0,1
Figura 5. Distribuição espacial da Renda per capita (em reais). Estado do Rio Grande do
Norte, Brasil, 2010.
Legenda
Moran= 0,04
p= 0,19
18
Figura 6. Distribuição espacial dos clusters das taxas mortalidade por câncer bucal e de
orofaringe sem LISA estatisticamente significativo (BoxMap). Estado do Rio Grande do
Norte, Brasil, 2005-2014.
Legenda
Figura 7: Distribuição espacial dos clusters das taxas mortalidade por câncer bucal e de
orofaringe com LISA estatisticamente significativo (MoranMap). Estado do Rio Grande
do Norte, Brasil, 2005-2014.
Legenda
19
4. DISCUSSÃO
Ainda sobre a cidade de São Paulo, em estudo realizado com análise simultânea
de Barcelona, a mortalidade por câncer de boca e faringe e a relação com a desigualdade
social foi investigada para o período de 1995 a 2003. Os resultados encontrados
apontaram para a ocorrência de taxas mais baixas de mortalidade para áreas
socioeconomicamente mais favoráveis, e taxas mais altas para regiões desfavoráveis das
duas cidades15. Mostrando uma relação inversa entre boas condições socioeconômicas e
altas taxas de mortalidade por câncer de boca e faringe, mostrando divergência com os
resultados encontrados no presente estudo.
Só para ilustrar, ao consultarmos a renda per capita no Brasil para o ano de 2010
encontraremos o valor de R$ 793,87, já para o estado do Rio Grande do Norte este
21
a nível nacional, têm sido trabalhadas. Uma delas é a campanha “Julho Verde”
organizada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço41, que durante
todo o mês de julho realiza atividades com usuários e profissionais com o objetivo de
propagar informações, alertar para a importância do diagnóstico precoce e fornecer
orientações sobre o tratamento dos cânceres que acometem cabeça e pescoço, dentre
eles os orais.
.
24
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Espera-se que os resultados desta pesquisa possam ser utilizados por gestores,
profissionais e autoridades no intuito de pensar estratégias efetivas para o enfrentamento
da doença. A utilização das informações como instrumento de controle social por parte
da população também é um ponto almejado, pois a partir da conscientização da
população sobre os problemas vivenciados e seus direitos garantidos por lei, as
organizações sociais terão mais embasamento para exigir melhorias às autoridades
responsáveis.
25
REFERÊNCIAS
ANEXOS
1.4 – Revisão: revisão crítica da literatura sobre temas pertinentes à Saúde Coletiva,
máximo de 8.000 palavras e 5 ilustrações. Toda revisão sistemática deverá ter seu
protocolo publicado ou registrado em uma base de registro de revisões sistemáticas
como por exemplo o PROSPERO (http://www.crd.york.ac.uk/prospero/); as revisões
sistemáticas deverão ser submetidas em inglês;
1.5 – Ensaio: texto original que desenvolve um argumento sobre temática bem
delimitada, podendo ter até 8.000 palavras;
1.9 – Cartas: crítica a artigo publicado em fascículo anterior de CSP (máximo de 700
palavras);
2.1 – CSP publica somente artigos inéditos e originais, e que não estejam em avaliação
em nenhum outro periódico simultaneamente. Os autores devem declarar essas
condições no processo de submissão. Caso seja identificada a publicação ou submissão
simultânea em outro periódico o artigo será desconsiderado. A submissão simultânea de
um artigo científico a mais de um periódico constitui grave falta de ética do autor.
3.1 – Artigos que apresentem resultados parciais ou integrais de ensaios clínicos devem
obrigatoriamente ser acompanhados do número e entidade de registro do ensaio clínico.
31
4. FONTES DE FINANCIAMENTO
5. CONFLITO DE INTERESSES
6. COLABORADORES
6.1 – Devem ser especificadas quais foram as contribuições individuais de cada autor na
elaboração do artigo.
32
7. AGRADECIMENTOS
8. REFERÊNCIAS
8.1 – As referências devem ser numeradas de forma consecutiva de acordo com a ordem
em que forem sendo citadas no texto. Devem ser identificadas por números arábicos
sobrescritos (p. ex.: Silva 1). As referências citadas somente em tabelas e figuras devem
ser numeradas a partir do número da última referência citada no texto. As referências
citadas deverão ser listadas ao final do artigo, em ordem numérica, seguindo as normas
gerais dos (Requisitos Uniformes para Manuscritos Apresentados a Periódicos
Biomédicos). Não serão aceitas as referências em nota de rodapé ou fim de página.
9. NOMENCLATURA
10.2 – Além disso, deve ser observado o atendimento a legislações específicas (quando
houver) do país no qual a pesquisa foi realizada.
10.3 – Artigos que apresentem resultados de pesquisas envolvendo seres humanos
deverão conter uma clara afirmação deste cumprimento (tal afirmação deverá constituir
o último parágrafo da seção Métodos do artigo).
10.4 – Após a aceitação do trabalho para publicação, todos os autores deverão assinar
um formulário, a ser fornecido pela Secretaria Editorial de CSP, indicando o
cumprimento integral de princípios éticos e legislações específicas.
10.5 – O Conselho Editorial de CSP se reserva o direito de solicitar informações
adicionais sobre os procedimentos éticos executados na pesquisa.