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“[...] virtualmente todos os PADs usaram ativamente políticas industrial, comercial e
tecnológica (ICT) intervencionistas para promover a indústria nascente durante o
período de catch-up.” (CHANG, 2003, p. 35)
“Por importante que tenha sido, a proteção tarifária não foi a única política de que o
governo americano lançou mão para promover o desenvolvimento da economia na
fase de catch-up.” (CHANG, 2003, p. 60)
“Um exemplo importante é o financiamento estatal das rodovias no Ruhr (Milward &
Saul, 1979, p.417). Outro não me-nos representativo é a reforma educacional, que
envolveu não só a construção de novas escolas e universidades, mas também a
reorientação da instrução teológica rumo à ciência e à tecnologia – isso numa época
em que ciência e tecnologia não eram minis-tradas nem em Oxford nem em
Cambridge.” (CHANG, 2003, p. 67)
Os casos Bélgica, Holanda e Suiça são exceções, de acordo a obra. Isso porque, trata-
se de países que atingiram a fronteira do desenvolvimento tecnológico mais cedo, e
que, portanto, não necessitaram de grandes proteções.
Após a Revolução Meiji, no Japão, entra em vigor um regime modernizador, que torna
o papel do Estado crucial no desenvolvimento do país. Contudo, a proteção tarifária
nunca foi a principal estratégia utilizada na política econômica japonesa. Quando
representativa, foi restrita às indústrias chave, e não de todos os segmentos, como no
caso de Estados Unidos. O enfoque esteve em criação de fábricas estatais em diferentes
segmentos industriais e no militar, promoção subsídios a setores privados da economia,
investimento no segmento de infraestrutura e facilitação de transferência de tecnologias
e instituições de nações mais avançadas. Esse procedimento engrandeceu ao Japão e
outras partes do Oriente.
Comentários/Conclusão:
Na divisão do livro indicada, encontra-se uma crítica aos discursos dos países
atualmente desenvolvidos (PADs), que escondem os episódios decisivos de
intervenção estatal e protecionismo e preferem sustentar, como recomendação aos que
ainda estão crescendo, fundamentos liberais – possivelmente, para evitar a
concorrência e manter as relações de superioridade e subordinação. O capítulo suscita
um debate político econômico adequado a contemporaneidade, com abundância de
dados históricos, interessantes e pouco anunciados, sobre as nações de referência
global.