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Extensão em Transporte de

Valores 1
Resolução de Situações
de Emergência (RSE)
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Objetivo da disciplina
a) capacitar o aluno de habilidades para resolver, em
equipe, as situações de emergência (proatividade,
ação e reação) relacionadas ao transporte de
valores em veículos especiais;

b) dotar o aluno de conhecimentos e dados sobre a


atuação e acionamento da polícia militar, polícia
rodoviária em caso de ocorrência policial gerada na
área de vigilância; e

c) ampliar conhecimentos para identificar grupos


criminosos e seu modus operandi, para que o
vigilante evite ser alvo de cooptação por parte de
organização criminosa e que possa fornecer
informações à polícia.

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Objetivo da disciplina:

- conhecer formas de ataque;

- interpretar os respectivos planos de


reação elaborados pela empresa;

- identificar sua parcela de participação


no plano de reação praticar

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Se não for para pensar
novos procedimentos
para a melhoria dos
processos a gente nem
sai de casa!
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“A atividade de Transporte
de Valores consiste no
transporte de numerário,
bens ou valores, mediante a
utilização de veículos,
comuns ou especiais.”

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inciso II

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- Formas de ataque

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- Formas de ataque

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- Formas de ataque

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OS DELINQUENTES PROCURAM:

 Pessoas desatentas
 Veículos sem alarme ou travas
 Pessoas sozinhas-vulneráveis
- Formas de ataque

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AGIR REPRESSIVAMENTE

Segurança
AGIR PREVENTIVAMENTE
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- Ataques a veículos especiais (registros
no acervo da empresa, na polícia e
publicações da imprensa)

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Em caso de ataque direto à
operação de coleta de valores,
cabe aos vigilantes entrarem
para a agência bancária ou
correr para o veículo de
transporte de valores

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- Carros Forte

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Materiais proibidos no interior de
Carro Forte:
a. Material de leitura;
b. Aparelhos sonoros;
c. Qualquer outro tipo de meio que
possa desviar a atenção da guarnição,
principalmente do motorista.

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O Vigilante, o Segurança do
Transporte de Valores e o
Segurança Pessoal Privado são
responsáveis Civil e Penalmente por
seus atos, conseqüentemente, se o
segurança causar uma Lesão
Corporal ou Matar Alguém, durante
o serviço, este segurança estará
sujeito às penas da lei.
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Todos os membros são
responsáveis pelo Carro Forte,
desde a conservação e limpeza
interna, tanto pelo funcionamento
dos equipamentos e a observação de
normas e procedimentos de
segurança.

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Grupo de vigilantes imbuídos da
operação de Carro Forte:

a. Fiel (01 vigilante);


b. Motorista (01vigilante);
c. Segurança (02 ou 03 vigilantes).

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São atribuições do Fiel

1- Comandar e disciplinar a equipe,


2- Cumprir e fazer com que se cumpram as
normas e procedimentos estabelecidos pela
empresa;
3- Absoluto sigilo;
4-Estar apto ao porte de arma;
5- Sua função é intransferível;
6- É o responsável pela operação.
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São funções do Motorista do Carro Forte
1- A condução do veículo;
2- Obedecer às normas de trânsito, conforme
Legislação vigente, observando suas especificações;
3- Executar também a função de vigilante; 4- Estar
apto ao porte de arma;
5- Sua função poderá ser revezada, se ordenada ou
autorizado pelo controle da operação;
6- Absoluto sigilo;
7-Visar às melhores condições de posicionamento,
caso haja uma reação;
8- Permanecer ao volante nas paradas, atento a
tudo, inclusive nos espelhos retrovisores.
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São funções dos Vigilantes
1- Manter-se sempre na cobertura do Fiel;
2- Ter eficiência na observação de normas e
procedimentos;
3- Respeito mútuo, sempre atentando a
hierarquia;
4- Apresentar-se às autoridades, quando
solicitado;
5- Estar apto ao porte de arma;
6- Absoluto sigilo;
7- Não portar arma particular durante o serviço.

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Em caso de problemas mecânicos, proceder na
seguinte forma:

1- Informar de imediato a central de operações,


transmitindo o endereço completo do local;
2- Manter as portas travadas com o ferrolho;
3- Apenas o Motorista desembarca, desarmado, e
verifica a causa e a gravidade da pane;
4- Caso haja necessidade, um Vigilante
desembarca armado, quando existir numerários a
bordo, para fazer a sinalização do trânsito.

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Art. 121º. As armas de fogo utilizadas
pelos vigilantes em serviço deverão estar
municiadas com carga completa.
Parágrafo único.
Na atividade de transporte de valores e
escolta armada a quantidade mínima de
munição portada deverá ser de duas cargas
completas por cada arma que a empresa
empregar em serviço.
(Portaria nº3.233/2012)
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Afinal, em uma situação de
emergência, quantos disparos o
profissional de segurança
poderá efetuar?

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- Técnicas e táticas utilizadas pelos
criminosos

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LEI Nº 12.850, DE 2 DE AGOSTO DE 2013

Considera-se organização criminosa a associação de


4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada
e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que
informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza,
mediante a prática de infrações penais cujas penas
máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que
sejam de caráter transnacional.
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LEI Nº 12.850, DE 2 DE AGOSTO DE 2013

Organização criminosa é a associação de 4 (quatro)


ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas(cadeia de
comando), ainda que informalmente, com objetivo de
obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer
natureza, mediante a prática de infrações penais
cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro)
anos, ou que sejam de caráter transnacional.
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Principais características são conhecidas:
a) Padrão organizativo;
b) Racionalidadetipo empresarial visando “cooperação criminosa”:
oferece bens e serviços ilícitos (tais como drogas e prostituição) e investe
seus lucros em setores legais da economia;
c) Utilização de métodos violentos com a finalidade de ocupar posições
proeminentes ou de ter o monopólio do mercado (obtenção do máximo
lucro sem necessidade de realizar grandes investimentos, redução dos
custos e controle da mão-de-obra);
d) Uso da corrupção da força policial e do Poder Judiciário;
e) Estabelecimento de relações com o poder político;
f) Uso da intimidação e do homicídio, seja para neutralizar a aplicação
da lei, seja para obter decisões políticas favoráveis. ou para atingir seus
objetivos. 37
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- Planos de reação

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-Central de Segurança

A central de segurança é o cérebro e o


centro nervoso de qualquer
organização.
A central otimiza os recursos
empregados, além de coordenar de
forma ágil e em tempo real as
contingências na edificação.

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A central de segurança mantém em constante vigilância os
pontos críticos levantados, possibilitando gerenciar e
comandar as situações críticas de modo direto.
As reações são automatizadas, reduzindo desta forma o erro
humano.
Os impactos são reduzidos, tendo como consequência direta a
preservação do patrimônio e vidas humanas.
A operacionalidade da Central depende basicamente de dois
fatores:
- a rapidez da identificação da anormalidade;
- a reação rápida e eficaz da equipe e coordenação.
A identificação rápida da anormalidade está alicerçada,
especificamente nos meios que a central dispõe. Há a
necessidade do operador possuir a visão globalizada dos
pontos críticos de todo o complexo monitorado.
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Utilização de outro Armamento que não seja
de propriedade da Empresa de Segurança.

O Vigilante de Escolta Armada e no Transporte


de Valores não poderá utilizar em hipótese
alguma qualquer tipo de armamento e ou
munição e ou colete à prova de balas que não
sejam de propriedade da empresa de Segurança
à qual trabalha e estar devidamente registrado
em sua CTPS (Carteira de Trabalho e
Previdência Social), sob pena de ser
responsabilizado criminalmente.
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Procedimentos diante de imprevistos
(pane no veículo, pneu furado,
acidentes, etc)

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A escolta deve estar preparada para quando chegar a
uma empresa, ou seja, no seu destino e estar ciente da
necessidade de fazer toda a varredura do local, se
certificar que:
1- A empresa recebedora não foi atacada ou invadida por
ladrões;
2- Se o local oferece totais condições de segurança para
receber veículo escoltado,
3- Se mesmo assim for atacado, usar plano de contenção
acionar botão de pânico (caso a viatura seja rastreada por
satélite), ou via fone ou rádio acionar Base Operacional
para que a mesma acione a policia e outros apoios
externos fiquem atentos ao risco também existe na hora
de entregar a carga com segurança no destino final.
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Procedimento da equipe durante e após o
ataque

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QUEM realmente pronto
para o confronto?

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A capacidade para estar a salvo depende
de três fatores básicos:
triângulo de autodefesa sustentável.

Os princípios da autodefesa ou
sobrevivência policial são:
1- O preparo mental e físico
2- O estado de alerta (Táticas operacionais)
3- A prontidão para agir ou reagir rápido e
de modo eficaz ( Habilidade de reação: tiro)
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Relatório da ocorrência (exercício
prático).

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Providências junto às autoridades nos casos de ocorrência que envolva
material bélico das empresas de Segurança.

Em caso de ocorrência de qualquer natureza que venha a envolver


material bélico (Armas, Munições e Coletes à prova de balas) utilizado
pela empresa de segurança, qual providência tomar: Lembre-se desta
sigla “FREAR”, que significa:
F- Furto
R- Roubo
E- Extravio
A- Apreensão
R- Recuperação
• Confecção de B.O na Delegacia do local do fato.
• Comunicação à Polícia Federal (DELESP - Delegacia de Controle da
Segurança Privada) no prazo máximo de 24 horas.
*Lembre-se que se trata de ocorrência Grave, informe além das
autoridades sua empresa imediatamente.
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Da comunicação prévia antes do início
das Escoltas Interestaduais e
Intermunicipais

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As empresas de Segurança deverão informar com
antecedência de 24 horas os órgãos competentes, nos estados
e municípios que irá trafegar, sobre os dados da Viatura, seus
agentes e armamentos utilizados, são eles:
1- DELESP - Delegacia de Controle da Segurança Privada.
2- Secretaria de Segurança Pública.
3- Polícia Rodoviária Federal, que por sua vez tem
autorização específica para proceder as fiscalizações em
qualquer viatura de Escolta Armada que trafegue pelas
Rodovias Federais (Portaria N°. 01 de 04 de Janeiro de
2002, Instrução Normativa N°. 004/01-CGO).

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Acionamento das forças
de Segurança Pública?

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Art.144 - É dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e
da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através dos seguintes órgãos:
polícia federal, polícia rodoviária federal,
polícia ferroviária federal, policias civis,
polícias militares e corpos de bombeiros
militares e, polícias penais federal,
estaduais e distrital.
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A segurança privada é o ramo
de atividade econômica que tem, por
objetivo, a proteção de patrimônios e
de pessoas.

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Enquanto a segurança pública é dever
do Estado, a segurança privada é uma
faculdade de proteger a si, sua família,
seus empregados, seus bens etc., nos
limites permitidos pela lei.

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DISQUE 194 57
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão
permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se a:
I - apurar infrações penais contra a ordem política e
social ou em detrimento de bens, serviços e interesses
da União ou de suas entidades autárquicas e empresas
públicas, assim como outras infrações cuja prática
tenha repercussão interestadual ou internacional e exija
repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem
prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos
nas respectivas áreas de competência;
III - exercer as funções de polícia marítima,
aeroportuária e de fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia
judiciária da União.
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DISQUE 191 59
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão
permanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreira, destina-
se, na forma da lei, ao patrulhamento
ostensivo das rodovias federais.

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§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão
permanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreira, destina-
se, na forma da lei, ao patrulhamento
ostensivo das ferrovias federais

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DISQUE 197 63
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por
delegados de polícia de carreira,
incumbem, ressalvada a competência
da União, as funções de polícia judiciária
e a apuração de infrações penais,
exceto as militares.

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Das especializadas
DEIC – Delegacia de Repressão e Investigação ao
Crime Organizado;
DENARC – Delegacia Especializada de Investigação
sobre Narcóticos;
DHPP – Delegacia de Homicídios e Proteção à
Pessoa;
DAS – Delegacia AntiSequestro;
DPCA - Delegacia de Proteção A Criança e Ao
Adolescente;
DECRIN – Delegacia Especial de Repressão aos
Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por
Orientação Sexual ou Contra a Pessoa Idosa ou com
Deficiência.
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DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA
Chegando ao conhecimento da Autoridade Policial a prática de infração penal,
em tese, elabora-se o boletim de ocorrência de natureza conhecida ou
desconhecida, determinando-se as diligências que se fizerem necessárias para a
completa apuração e elucidação do fato delituoso e sua autoria.
Trata-se o boletim de ocorrência de mera peça informativa a
respeito dos dados relacionados com a prática da infração penal
como, por exemplo, as partes envolvidas, as testemunhas, local, data.

Em vários estados pode ser elaborado o “Boletim On-Line”, através da internet,


podendo ser comunicado nesse desse serviço denúncias de alguns tipos de
crimes mais simples, bem como extravio de documentos, etc.

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SAMU:DISQUE 192

DISQUE 190 DISQUE 193 69


§ 5º Às polícias militares cabem a polícia
ostensiva e a preservação da ordem
pública; aos corpos de bombeiros militares,
além das atribuições definidas em lei,
incumbe a execução de atividades de
defesa civil.
§ 6º As polícias militares e corpos de
bombeiros militares, forças auxiliares e
reserva do Exército, subordinam-se,
juntamente com as polícias civis, aos
Governadores dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios.

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legislação que obriga prestar informações
ao Coaf e outros órgãos (ENCLA).

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CONTROLE E INFORMAÇÕES DE OPERAÇÕES AO COAF
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, criado
pelo artigo 14 da Lei 9.613/1998, tem a finalidade de disciplinar,
aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as
ocorrências suspeitas de atividades de "lavagem" ou ocultação de
bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema
financeiro para os ilícitos, sem prejuízo da competência de outros
órgãos e entidades.
QUEM ESTÁ OBRIGADO A PRESTAR INFORMAÇÕES
Sujeitam-se às obrigações de controle e informações ao COAF as
pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter permanente ou
eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente
ou não:
III - a custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação,
intermediação ou administração de títulos ou valores mobiliários.
Sujeitam-se às mesmas obrigações:
- as empresas de transporte e guarda de valores;

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Identificar as causas de incêndio em
veículos

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1- Idade do veículo;
2- Colocação incorreta das peças;
3- Explosão de equipamentos no interior
do veículo;
4- Falta de manutenção preventiva;

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O que fazer em caso de incêndios em
veículos?

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1- Quando em movimento, o motorista pode identificar a fumaça saindo
por baixo do capô.
2- Por conta do vento, muitas vezes, o diagnóstico de que um incêndio
está acontecendo pode vir tarde demais. Portanto, ao suspeitar de
fumaça ou sentir cheiro de queimado, pare o veículo e retire todos os
ocupantes.
3- Mesmo que o extintor de incêndio não seja obrigatório, embora a
volta da obrigatoriedade esteja sendo estudada, é fundamental ter um,
carregado e no prazo de validade, disponível no veículo.
4- Com o equipamento em mãos, a principal dica é não abrir todo o
capô do carro, apenas uma pequena parte por onde o extintor será
colocado.
5- Em contato com o ar, o fogo sob o capô pode aumentar e causar
graves queimaduras em quem estiver por perto.

*É imprescindível contactar os bombeiros para analisar os riscos.

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Condições técnicas para o
segurança Profissional

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1- Ter a capacidade de cumprir as ordens e decisões dos superiores, mesmo
que em desacordo com suas ideias;
2-Ter o conhecimento dos diversos tipos de armamento (manejo,
alcance...);
3- Ter a capacidade de assumir as consequências de seus atos, mesmo que
isso lhe ocasione prejuízos;
4- Ter a capacidade de respeitar e cumprir as normas, regulamentos e leis
que regem a atividade de segurança;
5- Ter capacidade de agir rapidamente em diferentes situações de acordo
com os procedimentos e leis;
6- Ter a capacidade de observar, memorizar e descrever com exatidão as
fontes de risco;
7- Ter a capacidade de orientar, coordenar, e controlar as ações de um
grupo;
8- Ter o conhecimento das normas, regulamentos e leis que regem a
atividade de segurança;
9- Ter a capacidade de reagir e adotar procedimentos em situações
inesperadas e difíceis;
10- Ter conhecimentos de manutenção e manejo das armas que for utilizar.
Dúvidas, reclamações e sugestões
Instrutor Márcio MHAF

@instrutormarciomhaf instrutormarciomhaf@gmail.com

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