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1- Nicole Abordagem geral do caso

Nicole é a mais jovem de 3 irmãs. Sua mãe afirma que não houve incidentes
significativos durante a gravidez. O parto foi programado, porque o anterior tinha sido
adiado e não queriam que isso acontecesse com esse. A pontuação no Apgar foi baixa
no momento do nascimento 6/10, embora na sequência tenha sido 8/10.
Os pais relatam que ela parecia “uma boneca de pano”, porque parecia muito “macia” e
estava um pouco “desajeitada”. Dormia pouco quando bebê, era bastante irritável e
difícil de ser confortada.
Desde o inicio observaram que ao engatinhar e sentar não avançava como deveria, em
comparação com as irmãs mais velhas, e quando era chamada, muitas vezes não
prestava atenção. Aos 2 anos de idade ainda não andava e estava sempre caindo.
Notou-se na escola, que apesar de sempre querer se comunicar, sua linguagem estava
bastante atrasada. Até os 4 anos não começou a usar palavras intelegíveis que faziam
referencia ao que estava acontecendo ao redor ou sobre o que queria.
Uma avaliação realizada no Serviço de atenção precoce aos 3 anos detectou um atraso
geral no desenvolvimento, pois não se podia especificar o nível de gravidade, dadas as
dificuldade de atenção.
Na avaliação psicológica realizada aos 5 anos, diagnosticou-se transtorno do
desenvolvimento intelectual de grau moderado.
No exame neurológico não se observou alterações. Detectou-se miopia e lentidão nos
movimentos da língua, bem como hipotonia e hiperatividade. O EEG indicou um
traçado imaturo com leve atividade focal no lobo temporal durante o sono, mas
assintomático. O estudo do cromossomo X frágil e testes metabólicos foram negativos.
Um atraso psicomotor de causa desconhecida foi diagnosticado.
Entrou na escola com 1 ano e teve boa adaptação. Os professores disseram que
observavam a imaturidade em relação aos colegas e se referiam a ela como “uma
menina muito emocionada” e afetuosa”.
Aos 3 anos detectou-se que precisaria de ajuda para linguagem e as aprendizagens na
escola, recebendo ajuda especializada em uma escola comum, com material adaptado.
Durante os anos seguintes foi se distanciando da turma em relação às aprendizagens,
mas nos conteúdos instrumentais básicos (leitura, escrita e fala), teve boa evolução,
embora sempre abaixo do esperado para sua idade. As maiores dificuldades eram em
relação a matemática, especialmente me relação aos conceitos e operações.
Teve evolução progressiva em relação ao comportamento social, a evolução foi
progressiva, e apesar do comportamento impulsivo, integrou-se bem com o grupo e era
querida pelos colegas.
Pai engenheiro – 50 anos
Mãe fisioterapeuta – 46 anos
Duas irmãs de 16 e 10 anos e Lúcia com 8 anos de idade (no momento da avaliação).
Na avaliação foi colaborativa e sempre dizia “não sei”, é difícil isso.
2- Pedro Abordagem geral do caso
Pedro tem 11 anos e meio, matriculado no 5º ano do EF (repetente). Os pais relatam
agitação a maior parte do tempo, apresentando dificuldade dificuldades escolares desde
os 6 anos. A escola solicitou uma avaliação em função de ser uma criança que
constantemente se mexe, mesmo quando sentado, perturba outras crianças, provoca
confusões, seu humor tende a flutuar drasticamente, às vezes mente, provoca outras
crianças interferindo no desempenho da atividade, é desafiador, atrevido, requer
excessiva atenção do professor, tem dificuldade de organizar suas atividades e deveres,
em ficar quieto, sempre perde objetos na escola e em casa. A professora disse que H
apresenta desempenho escolar abaixo da média em comparação com as outras crianças
do seu grupo, sendo compatível com crianças do 2º ano.
Os pais são casados, sendo Pedro o mais novo de 4 filhos e sua gestação não foi
planejada. A mãe sofreu um acidente no terceiro mês de gravidez, caiu de uma altura de
4 metros e não procurou por ajuda médica porque não sentiu dor. A criança nasceu a
termo de parto cesariano, pesando 3500 kg e medindo 51 cm. Foi amamentado até os
dois anos de idade. Come bem, apesar de não parar sentado. Tem sono agitado, fala
dormindo e acorda várias vezes para ir ao banheiro. Dorme com os pais por conta de
dificuldades econômicas.
Sustentou a cabeça com 4 meses, sentou-se com 5 e engatinhou com 7. Andou com 1
ano. Controlou os esfíncteres com 3 anos, entretanto, o noturno aconteceu apenas aos 7.
Pronunciou as primeiras palavras com 1 ano e 2 meses, sendo que as palavras eram
compreendidas apenas no âmbito familiar. Foi encaminhado para fono com 3 anos,
sendo acompanhado por 1 ano. Atualmente, devido a troca de letras I por O voltou para
fonoterapia. Frequenta a creche desde os 2 anos, foi para escola aos 5 e aos 11 mudou
de escola 3 vezes. As dificuldades escolares começaram a ser identificadas aos 6 anos.
Tem ido mal nas disciplinas de matemática, português, história e geografia, contudo,
suas notas estão abaixo da média em todas as matérias. Se dá bem com os colegas e tem
facilidade para fazer amizades. Os pais dizem que P é ansioso e rói as unhas o tempo
todo. Os pais relatam dificuldades de aprendizagem e estudaram até o 6º ano.

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