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Bioquímica Metabólica

Metabolismo energético

Profa. Dra. Vanessa Cristina Coimbra


Metabolismo
Metabolismo é uma atividade celular altamente coordenada
na qual diversos sistemas multienzimáticos (vias metabólicas)
atuam conjuntamente visando a:
1. Obter energia química;
2. Converter as moléculas de nutriente em moléculas com
características próprias;
3. Formar macromocélulas;
4. Sintetizar e degradar biomolélucas necessárias para as
funções celulares específicas.
Lehninger Princípios de Bioquímica
Metabolismo
• Os organismos são divididos em
dois grupos, dependendo da
forma química de captação de
carbono do meio:
– AUTOTRÓFOS: são capazes de
utilizar o CO2 da atmosfera;
– HETERÓTROFOS: obtém carbono a
partir de moléculas orgânicas.
Níveis de Organização Organica
Metabolismo Energético
Funcionamento Celular: Acoplamento de
Reações
Papel central do ATP:

Transportador universal de
energia metabólica

Contudo, a tendência é que o ATP


forneça energia por
transferência de grupos fosfato e não
por simples hidrólise.
Transferência de elétrons – Reações de
Óxidoredução
• Reações envolvem a perda de elétrons por uma
determinada espécie química, que sofre oxidação, e
captação desses elétrons por outra espécie, que é
reduzida.
• Sistemas biológicos reações de óxido-redução ocorrem
principalmente pela transferência de átomos de H ou
íons hidreto.
– Na forma de íon Hidreto (:H-) em reações com
desidrogenases que necessitam de coenzimas (NAD+ e
NADP+)
Tipos de Vias Metabólicas
Diabetes mellitus
Diabetes mellitus
Grupo de doenças metabólicas complexas em que a atividade
reguladora da insulina está deficiente

São caracterizadas pela hiperglicemia.

Pode ser provocada por graus variáveis de deficiência de


insulina ou de redução de sensibilidade das células-alvo ao
hormônio
Patogenia - Diabetes mellitus Tipo 1
PROINSULINA

INSULINA PEPTÍDEO CONECTOR (c)


Ligação
Insulina-Receptor
sangue / linfa / interstício
GLUT = TRANSPORTADOR DE (fora!!!)
GLICOSE / frutose / galactose
- realiza o transporte
utilizando o gradiente de
concentração da glicose célula (dentro!!!!)

GLICOSE (monossacarídeos) METABOLISMO ENERGÉTICO


ATP
Km alto => afinidade baixa
Km baixo => afinidade alta

sangue / linfa / interstício


Glut 2 tem Km alto => (afinidade pela (fora!!!)
glicose é baixo) só transporta para dentro
da célula em situação de hiperglicemia;
Está nas células beta do Pâncreas!!! (células
Beta só secretam insulina quando há célula (dentro!!!!)
hiperglicemia)
METABOLISMO ENERGÉTICO
ATP

INSULINA
Km alto => afinidade baixa
Km baixo => afinidade alta

sangue / linfa / interstício


Glut 1, 3 e 4 têm Km baixo => (afinidade (fora!!!)
pela glicose é alta) transporta para dentro
da célula em qualquer situação;

GLUT1 = transportador de glicose da fase célula (dentro!!!!)


embrionária; é constitutivo na superfície
das células, mantendo a energia celular. METABOLISMO ENERGÉTICO
ATP

GLUT3 = transportador de glicose em


neurônios; é constitutivo na superfície das
células, mantendo a energia celular.
Receptor para insulina

Insulina
sangue / linfa / interstício
(fora!!!)
Glut4

Glut4 => é insulino-dependente (na


presença de insulina liga ao receptor o

célula (dentro!!!!)
Sinalização
transporte do
GLUT4 para a Intracelular
GLUT4 será transportado para a superfície membrana
aumento [Ca]
da célula e transportará glicose para dentro; intracelular
METABOLISMO ENERGÉTICO
Está presente em músculo estriado ATP
esquelético e cardíaco, tecido adiposo e
fígado.
Transportadores de Glicose

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Fscielo.php%3Fscript%3Dsci_arttext%26pid%3DS0004-2730199800060000
3&psig=AOvVaw0YGm4CdXihYIa-ej6ZGCNf&ust=1602714174141000&sour
ce=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCODQ893NsuwCFQAAAAAdAAA
AABAD
Transportadores de Glicose
Sinalização celular da Insulina
Sinalização celular da Insulina
Período Pós-prandial
Diabetes mellitus
DUAS CLASSES PRINCIPAIS DE DIABETES:

Diabetes tipo 1 Diabetes tipo 2


ou ou
insulino-dependente insulino-independente
ou ou
juvenil da maturidade
Diabetes mellitus
Sintomas característicos:

• Sede excessiva

• Micção frequente (poliúria)

• Ingestão de grandes quantidades de água (polidipsia).


Diabetes mellitus
Causa:

• Excreção de grande quantidade de glicose na urina (glicosúria)

Termo Diabetes Mellitus


=
“excreção excessiva de urina doce”
Diabetes Tipo 1
Incapacidade de produzir insulina pela destruição de células β das
ilhotas do pâncreas, geralmente causada por um distúrbio auto-imune.

Manifesta-se mais frequentemente entre crianças


e adolescentes.

Torna-se grave rapidamente.


Diabetes Tipo 1
A deficiência na produção de insulina
impede o aproveitamento da glicose
pelos tecidos insulino-dependentes e HIPERGLICEMIA
aumenta a produção de glicose pelo
fígado

Não há inibição da síntese de


HIPERGLUCAGONEMIA
glucagon pela insulina
Diabetes Tipo 2
Forma mais comum

Aparecimento lento, moderado

Frequentemente passa
despercebida

Resistência à insulina e/ou


secreção deficiente de insulina
Diabetes Tipo 2
Os tecidos deixam de responder à insulina: não há estímulo para a
entrada de glicose nos tecidos nem produção de glicose pelo fígado

HIPERGLICEMIA

• Pâncreas secreta mais insulina


• A estimulação crônica das células β leva à
falência do pâncreas.
Diabetes Tipo 2
Associada à Síndrome Metabólica ou Síndrome X:
3 ou mais sintomas: obesidade abdominal, níveis elevados de triglicéridos, níveis baixos
de colesterol-HDL (lipoproteína de alta densidade), pressão arterial elevada, e níveis
elevados de açúcar sanguíneo.

80% dos diabéticos estão


acima do peso adequado
• Obesidade
• Dislipidemia (níveis plasmáticos
aumentados de TAG e LDL-colesterol e
níveis reduzidos de HDL-colesterol)
• Hipertensão arterial
Complicações decorrentes do Diabetes
• Doenças cardiovasculares (principal causa de morte entre
diabéticos)

• Neuropatias

• Nefropatias

• Retinopatias

• Catarata

• Pé diabético, etc...
Complicações decorrentes do Diabetes
Abordagens terapêuticas do Diabetes

Diabetes Tipo 2
Diabetes Tipo 1

• Regime alimentar
• Terapia insulínica permanente
• Atividade física
• Transplante de pâncreas inteiro
ou ilhotas de Langerhans • Antidiabéticos
(hipoglicemiantes) orais
• Insulina
Diabetes mellitus
Sociedade Americana de Diabetes

Valor máximo de normalidade para a glicemia de jejum: 99 mg/dL

Categoria de pré-diabetes ou de glicemia de jejum inapropriada: 100


mg/dL a 125 mg/dL.
Diabetes mellitus
Diagnóstico de diabetes:

• Duas glicemias de jejum > 126 mg/dL ou

• Glicemia > 200 mg/dL em amostra colhida a qualquer hora do dia em


paciente com sintomas característicos.
Diabetes mellitus
Dosagens bioquímicas – sangue e urina

Teste de tolerância à glicose:

• 1 noite em jejum → 1 dose-teste de 100g de glicose dissolvida num copo


de água

• Concentração de glicose medida antes e em intervalos de 30 minutos,


por várias horas
Diabetes mellitus
Dosagens bioquímicas – sangue e urina

• Indivíduo normal: assimila rapidamente (glicemia máxima de 9 a 10 mM),


apresenta pouca ou nenhuma glicose na urina

• Indivíduo diabético: acentuada deficiência na assimilação (elevação da


glicemia bem acima de 10mM), apresenta glicosúria
Concentração de glicose sanguínea (mg/100
mL)
Diabetes mellitus
Diabetes gestacional
• É definida como algum grau de intolerância à glicose que foi primeiramente reconhecida durante a
gravidez.

• Subtipo do Diabetes Mellitus tipo 2

• Mulheres com sobrepeso ou obesidade

• Apetite aumentado, secundário ao excesso de


insulina → círculo vicioso de excesso de apetite
com um ganho de peso

• Glicose plasmática em jejum > 126 mg/dl,

• Tratamento: dieta e exercício; alguns casos, insulina


(O uso de hipoglicemiantes orais é contra-indicado durante a gravidez)

• Bebê com sobrepeso (devido à alta taxa de insulina e glicose)

• Ao término da 36º semana: ↑ taxa de glicemia materna → ↑ nível de insulina produzidos pelo bebê

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