Você está na página 1de 7

ENSINO PROFISSIONAL – MÓDULO 1

………………………………………………………………………………..
PROVA DE AVALIAÇÃO – PORTUGUÊS
…………………………………………………………………………………
Novembro - 2021

Grupo I

Leia o texto seguinte.

Responda, de forma bem estruturada, às perguntas que se seguem.

1. Apresente, justificando com o texto, o que origina a queixa do sujeito poético.

3. Complete o seguinte texto escolhendo as palavras adequadas. 

Pares                          Paralelística                      Feminino                         Sofre                   Amigo 
Prazo                         Sozinha                              Masculina                       Amado                Lamento 
 
       Nesta cantiga o sujeito poético é uma donzela  _____________, que face à ausência do seu
amigo , está infeliz (coitada), preocupada (en gran cuidado) e saudosa (em gran desejo). De facto, a
donzela revela que o seu amigo está fisicamente longe dela, pois está na Guarda, possivelmente
retido.
porque seu _____________ viajou e não voltou no _____________ marcado. A mulher
está _____________, preocupada, dando vazão ao seu _____________; ao mesmo tempo, confessa o
seu desejo de voltar a ver o seu _____________. Esta cantiga apresenta uma
estrutura _____________, ou seja, os versos repetem-se, aos _____________, com ligeiras
modificações sem, contudo, alterar o seu significado. 
2.

3. Proceda à análise formal da cantiga, relativamente à estrutura estrófica e à rima.

4. Assinale como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações, corrigindo as falsas:

A) Este texto integra-se nas cantigas galego-portuguesas.


B) Este texto é uma cantiga de escárnio e maldizer.
C) Todas as ocorrências de «madre» correspondem a um vocativo.
D) «Amigo» e «amado» são antónimos.

5. Transcreva o(s) verso(s) que corresponde(m) ao refrão.


6. Complete as afirmações abaixo apresentadas, selecionando a opção adequada a cada espaço.

No refrão desta cantiga, a repetição da forma verbal «atendendo», no gerúndio, realça, o


sofrimento do sujeito poético provocado pelo afastamento temporal (tarda e físico (Guarda do
amigo. Com efeito o advérbio muito mostra a demora excessiva, justificando-se portanto a
preocupação da donzela. e por um lado, os sentimentos e as emoções da donzela,
intensificando-os, e por outro, sugere (a) _________________. Já as expressões «ermida de
San Simion» e (b) _____________________ atestam o isolamento do sujeito lírico, que se
deslocou à ermida na ilha de Vigo, local de encontro, mas também (c)
____________________.

(a) (b) ©
1. a passagem do tempo 1. «cercarom-mi as ondas» 1. lugar de pesca
2. a existência de um 2. «que grande som» 2. espaço de culto
compromisso
3. a vivência prolongada da 3. «nem sei remar» 3. cenário de guerra
espera
A cantiga insere-se no género das cantigas de amor. O facto de o sujeito poético ser
masculino, o objeto da cantiga ser a "senhor" (inacessível) bem como o sofrimento do
trovador por amor extremo — a coita de amor— provam que a composição pertence a
este género de texto.

Nesta composição não se identifica claramente o objeto da cantiga. Por isso, trata-se de
uma cantiga de escárnio. O modo como o sujeito poético satiriza a situação em que se
encontra, através do humor e dos trocadilhos linguísticos ("Moir' eu aqui d'adessoriam" e
"gram coita de comer", justifica o facto de esta cantiga se inserir no género das cantigas
de escárnio e maldizer.

Os muros todos da cidade nom haviam mingua de bom repairamento; e em setenta e sete
torres que ela tem a redor de si, forom feitos fortes caramanchões de madeira, os quaes eram
bem fornecidos d’escudos e lanças e dardos e bestas de torno, e doutras maneiras com grande
avondança de muitos viratões. [...]
E ordenou o Mestre com as gentes da cidade que fosse repartida a guarda dos muros pelos
fidalgos e cidadãos honrados; aos quaes derom certas quadrilhas e besteiros e home~es d’armas
pera ajuda de cada uu~ guardar bem a sua.
Em cada quadrilha havia uu~ sino pera repicar quando tal cousa vissem, e como cada uu~
ouvia o sino da sua quadrilha, logo todos rijamente corriam pera ela; por quanto aas vezes os
que tinham cárrego das torres vinham espaçar pela cidade, e leixavom-nas encomendadas a
home~es de que muito fiavom; outras vezes nom ficavom em elas senom as atalaias; mas como
davom aa campãa, logo os muros eram cheos, e muita gente fora.
E nom somente os que eram assinados em cada logar pera defensom, mas ainda as outras
gentes da cidade, ouvindo repicar na Sé, e nas outras torres, avivavom-se os corações deles. E os
mesteiraes dando folgança a seus ofícios, logo todos com armas corriam rijamente pera hu
diziam que os castelãos mostravom de vinr.

Crónica de D. João I de Fernão Lopes, edição de Teresa Amado, 2.ª ed. revista, Lisboa, Comunicação, 1992, pp. 170-172
(texto com alterações ortográficas)

atalaias (linha 19) – sentinelas; vigias. bestas de torno (linha 11) – armas de disparar setas. besteiros (linha
14) – soldados que usavam as bestas como armas. campãa (linha 19) – sino. caramanchões (linha 10) –
abrigos. espaçar (linha 18) – espairecer; distrair-se. poserom todo o seu (linha 8) – puseram na cidade tudo o
que tinham. quadrilhas (linha 14) – partes da muralha que serviam de postos de vigia. quando tal cousa
vissem (linha 16) – quando vissem que era caso para isso. que por Castela tomarom voz (linha 8) – que
tomaram o partido do rei de Castela. repairamento (linha 9) – reparação. viratões (linha 12) – flechas

O texto dá conta da união e da preparação da população de Lisboa para o ataque de Castela.


Na verdade, ao longo do texto, estão presentes várias expressões que evidenciam que a cidade de
Lisboa está unida e que se prepara em conjunto para o ataque de Castela: "nom haviam mingua de
bom repairamento", "forom feitos fortes caramanchões de madeira", "E ordenou o Mestre com as
gentes da cidade que fosse repartida a guarda dos muros pelos fidalgos e cidadãos honrados". Estas
expressões permitem verificar o envolvimento de todos em prol do bem comum.
Em suma, a população de Lisboa mobilizou-se em conjunto para se defender do inimigo comum e
lutar por um ideal de todos: a liberdade.

Este excerto da Crónica de D. João l, de Fernão Lopes, revela o estado de ânimo da população de
Lisboa aquando do cerco à cidade pelo Rei de Castela.
Assim, a população está solidária com o Mestre e participa de forma empenhada e entusiástica em
todas as tarefas de defesa, como é visível a partir das seguintes afirmações: "E nom somente os que
eram assinados em cada logar pera defensom, mas ainda as outras gentes da cidade, ouvindo repicar
na Sé, e nas outras torres, avivavom-se os corações deles".
Na realidade, toda a população estava consciente da gravidade da situação, por isso, todos se uniram
à volta do Mestre, líder incontestado, para em conjunto enfrentarem as adversidades que se
avizinhavam.
Em conclusão, apesar das dificuldades e do perigo, a população demonstra forte interesse e
dedicação à causa comum.
Grupo II

Leia o texto seguinte.

Jograis e Trovadores

Os jograis são uma das mais importantes instituições culturais da Idade Média, porque
são eles quem conserva e vulgariza a cultura da palavra num tempo em que o livro era um
objeto tão precioso como uma joia cara. Eles transmitem o repertório folclórico internacional,
assim como as invenções que o vão enriquecendo. São os intermediários culturais por
5 excelência, insinuando-se com a gazua invisível do canto e da música, para a qual não há
portas fechadas, em todas as regiões e em todos os níveis sociais.
O camponês, o burguês, o senhor, ou nas feiras e romarias, ou nos festins e banquetes, ao
ar livre ou em salões, até mesmo nas naves das igrejas, entretinham-se a ver o jogral que
tocava, cantava e bailava, mostrava o macaco dançarino, executava malabarismos com facas
10 ou maçãs, fazia trejeitos e paródias e por vezes recitava poemas ou relatava notícias de
longínquas e extraordinárias terras. Se o sacerdote tinha o prestígio do saber e entendia os
mágicos sinais que enegreciam os livros. o jogral despertava a imaginação com as suas
estórias de países fantásticos ou de guerreiros invencíveis, com as suas canções. a
desenvoltura de viajante sabedor e de aventureiro. Os jograis desempenhavam além disso um
15 papel precursor dos atuais meios de comunicação de massa: os reis, a Igreja, os senhores mais
poderosos utilizavam-nos para influir na opinião pública.
O desenvolvimento das cortes e da vida mundana fizeram surgir um[a] personagem da
mesma família, o trovador, que era um senhor, cultor das musas, que em certas regiões da
Europa exibia as suas composições de castelo em castelo, acompanhado de um músico.
20 O trovador esforçava-se por manter as distâncias, e chamava o jogral à ordem sempre
que este parecia querer sair da sua esfera.
António José Saraiva. A Cultura em Portugal: Teoria e História. Livro 11 Lisboa: Bertrand. 1984
(texto com supressões e adaptações)

K
1. Assinale as opções que permitem obter afirmações verdadeiras de acordo com o sentido do texto.

1.1. Os jograis desempenhavam um papel muito importante na Idade Média porque


□ tornavam a cultura mais acessível à população.
□ eram autores de livros preciosos.
□ criavam joias caras.
□ tornavam a cultura mais elitista.
1.2. Em «que o vão enriquecendo» (I. 4), o pronome «o» refere-se a
□ «o livro».
□ «repertório».
□ «internacional».
□ «repertório folclórico internacional».

1.3. Na expressão «com a gazua invisível do canto e da música» (I. 5), a palavra «gazua»
significa
□ arte.
□ ameaça.
□ invasão.
□ chave.

1.4. O jogral atuava


□ para um público restrito, selecionado.
□ em teatros construídos para o efeito.
□ para um público diversificado.
□ para um público culto e letrado.

1.5. O sacerdote é referido por António José Saraiva com o intuito de


□ mostrar aquilo que o jogral não deve fazer.
□ estabelecer um contraste com o jogral.
□ servir de modelo de comportamento.
□ exemplificar as funções do jogral.

1.6. Os jograis
□ eram os precursores dos trovadores.
□ foram os pioneiros dos atuais meios de comunicação.
□ influenciaram os reis, a Igreja e os senhores mais poderosos.
□ atacaram a opinião pública.

2. Retire do texto um excerto que comprove as afirmações que se seguem.


2.1. Portugal é descrito como um país que não recorre à violência na resolução de conflitos.
2.2. Leonor Teles não foi uma rainha amada pelo povo.

Grupo III
Redija uma apreciação crítica do cartoon que considere mais sugestivo.
(cerca de 80 palavras)

▬ Descreva o cartoon.
▬ Indique a intencionalidade do cartoon.
▬ Justifique a razão da escolha desse cartoon.

Você também pode gostar