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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

MÔNICA APARECIDA CALIMAN NIEIRO

Resenha do Artigo:
A evolução do pensamento contábil até os dias
atuais

Vitória
2021/1
A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO CONTÁBIL ATÉ OS DIAS ATUAIS.

O trabalho relata sobre a importância e a evolução do pensamento contábil. Traça


uma linha do tempo dividindo a história em quatro períodos: Contabilidade Antiga,
Medieval, Moderna e Científica ou Contemporânea. No 1º período foram
descobertos os primeiros vestígios de contabilização através de fichas e tábuas de
argila para controlar do Patrimônio, surgia a Contabilidade Antiga. A
Contabilidade Medieval foi marcada pelo fim do Feudalismo e o surgimento do
Capitalismo. Os Incas desenvolveram um sistema para contabilizar as entradas e
saídas. No 3º período enfatizou o método das partidas dobradas e a partir daí a
contabilidade deixou de ser considera a arte de ter e contar e para ser considerada
uma ciência, dando origem a Contabilidade Moderna.

O livro de Francesco Villa dá início a renovação da Contabilidade onde surge a


Contabilidade Científica e muitas escolas de correntes contábeis como a Contista,
Personalista, Controlista, Norte Americana, Neocontista e a Patrimonialista. A
Escola Contista foi a percursora na apuração de saldo das contas, criação da conta
Capital e dos primeiros livros contábeis: livro Grande (razão), Ricordanze (livro de
gastos) e Giornale (livro diário). Considerado o pai da Contabilidade Luca
Bartolomeu publicou um livro que citava a contabilidade e tratava do método das
partidas dobradas. A Escola Personalista transformou a conta em pessoa capaz de
direitos e obrigações. Teve como um de seus representantes Giuseppe Cerboni que
relatou sobre a contabilidade com ciência. A Escola Controlista tinha como
representante Fabio Besta e para ele o objetivo era o controle da riqueza e
considerava o patrimônio como objeto da contabilidade.

A Escola Norte Americana é considerada a mais influente, tratando a contabilidade


como financeira e de custos. Desenvolveu princípios contábeis e através de normas
que definiam que toda Cia deveria se registrar na Bolsa de Valores para ter acesso
as demonstrações financeiras seguidas de parecer de auditoria. Charles Ezra
Sprague contribuiu pra criar o exame de suficiência para uma melhor qualificação do
profissional contábil. A Escola Neocontista defendia o valor das contas e sua
sequência era dada nos avanços dos balanços patrimoniais, atribuiu
à contabilidade o papel de colocar em evidência o ativo, o passivo e a situação
líquida das unidades. Seu representante foi Jean Dumarchey que concretizou a ideia
de que a contabilidade era uma ciência social. A Escola Patrimonialista que
defendia o estudo do Balanço Patrimônio dividido em Ativo, Passivo e Patrimônio
Líquido, e reconhecia o patrimônio como o objetivo de estudo da contabilidade

A contabilidade chega ao Brasil junto com a colonização em 1500. Em 1549 foi


instituído o 1º Contador Geral que supervisionava contabilmente a colônia. Com o
crescimento do Brasil e da contabilidade, somente pessoas que frequentassem a
escola poderiam fazer a escrituração contábil. Em 1850 criou-se o Código Comercial
Brasileiro que regulamentava os processos contábeis e as empresas eram
obrigadas a fazer as demonstrações de fatos patrimoniais e escrituração de livros. O
código sofreu alteração e estabeleceu o envio dos livros ao governo que os
verificava, surgindo assim o Imposto de Renda. A função de guarda livro, como era
denominado o Contador, surgiu em 1869, dando origem ao primeiro profissional
liberal que devia falar Francês e Português além de ter uma boa caligrafia.

Em 1950 as empresas começam a se instalar no Brasil tendo destaque as norte


americanas. Três fatores marcam a transição da doutrina europeia, até então
predominante, para a norte americana, são eles: o Decreto Lei 6404/76 que trata da
contabilidade no País, a Circular 179/72 que evidencia a contabilidade e o primeiro
livro publicado pelos Professores da FEA-USP. Na década de 90 foi criado por
Antônio Lopes de Sá o Neopatrimonialismo, e partir daí o Brasil mostra para o
mundo sua contabilidade. Em 2007 é criada a Lei 11.638 – IFRS (Internacional
Financial Reporting Standards) para aperfeiçoar e adequar a contabilidade brasileira
com as Normas Internacionais de Contabilidade, sendo revogada em 2009 pela Lei
11.941, que trouxe alterações como o Balanço de abertura, a classificação do Ativo
e do Passivo entre outros. Em 2014 a Lei 12.9736 cria o regime diferenciado de
tributação e a legislação tributária para apuração de impostos federais.

O Conselho Federal de Contabilidade criado pela Lei 9.295/46, alterada pelo


Decreto Lei 12.249/10, é um suporte para a Contabilidade, regulando a profissão
através do exame de Suficiência. A Lei 6.385/76 que criou a Comissão de Valores
Mobiliários tem como função fiscalizar e regulamentar as Cias de capital aberto. O
Brasil e outros países tiveram que se adequar as normais internacionais e a IASB
(International Accounting Standards Board).
Conclui-se que junto com a globalização surge a contabilidade e como em toda área
ocorrem suas ramificações, e a contabilidade no Brasil sofreu forte influência das
escolas norte americanas e europeias, sendo a Patrimonialista a mais influente.

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