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Gilson Bertini
SÃO PAULO
2010
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Sumário
1 Introdução..........................................................................................................................5
1.1 Motivação e Objetivo Geral do Trabalho...................................................................5
1.2 Objetivo específico ......................................................................................................8
1.3 Importância do Tema................................................................................................10
1.4 Metodologia de Pesquisa ..........................................................................................12
1.5 Estrutura do Trabalho ..............................................................................................17
6 Conclusão .........................................................................................................................89
7 Referências.......................................................................................................................92
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Lista de Figuras
Lista de Tabelas
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Lista de Gráficos
Anexos
Lista de Siglas
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1 Introdução
A integração das atividades produtivas é iniciada na fase de estudos para viabilidade das
áreas técnica que compreende a pesquisa e desenvolvimento de produto e a área comercial. A
partir das análises de viabilidade destas duas áreas é possível criar a condição para a
integração dos processos produtivos até a entrega do produto aos consumidores estendendo
aos serviços de garantia e pós venda.
No passado, não muito distante, o preço dos produtos era composto e imposto pelos
fabricantes aos consumidores e um dos principais fatores desta prática era a ausência de
concorrência. A formação do preço de venda neste cenário era realizada levando em conta os
custos de produção variáveis, diretos e indiretos, e os custos fixos da empresa sobre o qual era
aplicada uma margem para comercialização resultando no lucro desejado pelo produtor.
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ineficiência de seus processos, apenas aplicando uma margem de comercialização sobre os
custos.
A nova lucratividade passou a ser dimensionada com relação à diferença entre um preço
de venda, determinado pelo mercado, e os custos internos e de fabricação. Este novo conceito
de valor de produto provocou uma grande mudança nos processos produtivos e nas
organizações que foram em busca de melhorias para seus processos com objetivo de alcançar
uma maior eficiência nas suas atividades fabris.
Com advento deste novo cenário iniciou uma corrida das organizações na busca de
melhorias dos processos e consequente redução de custos, isso direcionou muitas empresas a
soluções milagrosas que por anos criaram modismos e muitos ainda permanecem nos dias
atuais. Entretanto a motivação principal para a busca de melhoria nos processos, inicialmente
propostos, não foi alcançada, pois os verdadeiros e mais importantes aspectos que
determinavam os elevados custos sempre foram esquecidos e não nunca foram efetivamente
combatidos que são os desperdícios do processo produtivo.
O fator relevante a ser analisado neste novo ambiente, que até então era negligenciado
pelas empresas, é a percepção de valor por parte do consumidor de um produto ou serviço. A
implicação desta observação nos leva a concluir que não se deve agregar qualquer tipo de
valor a um produto ou serviço que não possa ser percebido pelo consumidor, pois certamente
ele não estará disposto a pagar por isso.
A constatação deste fundamento a respeito de valor de produto nos fez perceber que o
principal ponto para redução dos custos é a identificação das atividades que não agregam
valor aos produtos para o consumidor, a estas atividades denominamos desperdícios.
Para realizar as atividades de investigação dos fatores que não agregam valor devemos
conhecer toda a sequência de fabricação e os processos produtivos, de posse destas
informações iremos identificar a cadeia de valor do produto e a partir deste ponto poderemos
efetivamente trabalhar para eliminação dos desperdícios.
Uma das ferramentas importantes desenvolvida pelo sistema Toyota de produção (STP)
para analisar a cadeia de valor de um produto é o mapeamento de fluxo de valor (MFV). Esta
atividade compreende ações que visam identificar as características dos processos produtivos,
com relação ao fluxo de material e informação. Identificar e reconhecer a atividade de
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manufatura é importante, pois permitem a visualização dos desperdícios criando a condição
básica para uma futura análise e melhoria da situação atual.
O principal objetivo para aplicação dos métodos do STP definido por OHNO (1997) é a
maximização do lucro financeiro por meio da total eliminação dos desperdícios com foco na
redução do lead time, tempo que um produto leva para percorrer todo processo de produção, a
partir da confirmação do pedido do consumidor até a finalização do processo com o
recebimento do dinheiro. Este lead time, segundo OHNO (1997) deveria ser reduzido por
meio das atividades de eliminação dos desperdícios.
Este aspecto fica claro nas palavras de OHNO (1997) “O que estamos fazendo é
observar a linha do tempo desde o momento em que o cliente nos faz um pedido até o ponto
em que recebemos o pagamento. E estamos reduzindo essa linha de tempo, removendo as
perdas que não agregam valor”
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Nesta fase da criação e desenvolvimento devemos buscar a obtenção dos melhores
resultados minimizando os desperdícios, antecipando as situações que geralmente são
percebidas apenas durante a fase de produção onde os ajustes e correção a serem realizados
tornam-se mais complexos.
Produtos padronizados são disponibilizados por esta organização sendo esta a sua
característica mais marcante, porém é crescente a quantidade e os níveis de personalização
solicitados pelos consumidores com relação a suas necessidades específicas. As
personalizações são causas de constantes atrasos, pois sempre são tratadas como produtos
especiais e não seguem a mesma sequência de montagem que os produtos padrões.
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atividades envolvidas. O principal efeito desta situação são os constantes atrasos e retrabalhos
principalmente na produção de protótipos, produtos personalizados e novos produtos.
Neste caso a identificação das atividades produtivas e o MFV proporcionarão não apenas
uma simples visão do processo produtivo, mais do que isso poderemos ver a situação de todas
as fases produtivas e identificaremos a cadeia de valor dos produtos.
Este trabalho será capaz de gerar um conjunto de informações importantes e não apenas
diagramas isolados das atividades, principalmente com relação aos tempos reais das
atividades de manufatura. As informações contidas no mapa da situação atual a ser levantado
será o material principal bem como a fonte de identificação dos processos, possibilitando
assim uma análise completa da identificação das atividades que são fontes de desperdícios dos
processos de produção.
O MFV nesta fase do processo produtivo possibilitará a identificação das atividades que
atualmente são fontes geradoras de desperdícios e possivelmente responsáveis pelos
constantes atrasos nas entregas destes produtos personalizados que nos últimos anos passaram
a ser uma importante fonte de receita para a empresa.
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O objetivo principal deste trabalho é a redução dos tempos de projeto, fabricação de
protótipos e de produção através da eliminação dos desperdícios reduzindo assim o ciclo de
desenvolvimento de novos produtos, o prazo de entrega de produtos aos consumidores,
minimizando ainda a quantidade de defeitos que ocorrem durante as fases de fabricação.
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Identificando as atividades e os processos de produção através do MFV de um
determinado produto ou serviço é possível verificar e analisar a eficiência do processo
produtivo de forma sistêmica bem como identificar os desperdícios e as atividades não
geradores de valor.
− Desenvolvimento de produto;
− Aquisição;
− Inspeções;
− Armazenagem;
− Deslocamentos.
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2) Aquisição do bem ou serviço por parte dos consumidores é a etapa que controla as
informações externas recebidas dos clientes e as repassa para o ambiente interno
das empresas;
A partir da identificação destas etapas os autores ainda decidiram dividi-las em três tipos
de categorias de atividades e as relacionaram da seguinte forma:
2) Atividades que não criam e geram valor, mas são necessárias para o
funcionamento das etapas descritas acima e não pode ser eliminadas. Este tipo de
desperdício foi denominado de “Tipo 1” pelos autores;
3) Atividades que não criam ou geram valor e, portanto não são percebidas pelos
consumidores e segundo definição dos autores pode ser eliminadas, este tipo de
desperdício foi denominado “Tipo 2”.
1) Fluxo de material;
2) Fluxo de informação;
De acordo com GIL (2002) “Pesquisa é um procedimento racional e sistemático que tem
como objetivo proporcionar respostas aos problemas propostos”.
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− Enquanto que a pesquisa quantitativa é objetiva baseada na analise de dados
utilizando de modelos matemáticos que descrevem as causas de um determinado
fenômeno observado.
As características das pesquisas quanto a sua Natureza de acordo com RIBEIRO (2004)
são:
As características da pesquisa quanto a seus Objetivos são de acordo com GIL (2002):
− Pesquisa Exploratória
− Pesquisa Descritiva
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− Pesquisa Explicativa
− Pesquisa Bibliográfica
− Pesquisa Documental
− Pesquisa de Campo
− Pesquisa ex-pos-facto
− Levantamento
− Estudo de Caso
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− Pesquisa-Ação
− Pesquisa Participante
− Survey
A figura 1 resume o que foi exposto até agora respeito da classificação de pesquisas.
O presente trabalho será realizado por meio de um estudo de caso onde o objetivo
principal será promover uma pesquisa bibliográfica a respeito de um tema proposto.
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Utilizaremos ainda as técnicas de pesquisas descritivas e explicativas para identificar e
analisar os efeitos e suas causas de uma situação conhecida.
Posteriormente a análise dos dados será realizada uma avaliação do estado atual e em
seguida será gerado uma proposta para um estado futuro a partir do conhecimento adquirido
nesta pesquisa.
− Observação e experimentação;
− Análise;
− Hipótese;
− Teste experimental;
− Modelo;
− Generalização.
A motivação para estudo do tema apresentado esta baseada na aplicação dos conceitos e
técnicas do MFV. O trabalho primeiramente será desenvolvido para uma determinada família
de produtos.
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Devido às crescentes solicitações dos consumidores por produtos personalizados nos fez
buscar soluções que atendessem estas novas expectativas para isto, concluímos que para
alcançar êxito neste novo cenário seria fundamental a integração e conhecimento de todas as
atividades envolvidas no processo de fabricação.
Desta forma surgiu a proposta para utilização da ferramenta MFV que deve identificar e
quantificar as atividades envolvidas no processo de fabricação. Objetivo principal da
aplicação desta ferramenta é:
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2 Referencial teórico: Lean Manufacturing
2.1 Definição
Durante o pós-guerra a produção de automóveis no Japão passou por uma fase difícil em
sua historia causada pelo baixo volume de produção e pela baixa eficiência do trabalhador e
dos processos de produção. Foi quando Kiichiro Toyoda então presidente da Toyota decidiu
conhecer os Estados Unidos e aprender os métodos de produção em massa desenvolvida e
utilizados pelos americanos.
O objetivo inicial era alcançar os Estados Unidos em três anos na produção de veículos,
caso isto não ocorresse à indústria japonesa entraria em colapso e não sobreviveria. Entretanto
para atingir esta meta ele não desejava copiar o modelo de produção americano o seu objetivo
era usar de suas pesquisas, conhecimento e criatividade a fim de desenvolver um método de
produção a ser utilizado em sua organização.
A definição aplicada por Kiichiro Toyoda nos anos quarenta é similar ao que hoje
denominamos de “Missão da Organização”.
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Inicialmente a proposta de Kiichiro Toyoda seria produzir um mix de modelos que
deveriam ser fabricados em pequenas quantidades. A primeira vista a intenção apresentada era
uma contradição ao modelo usualmente aplicado na época que havia sido desenvolvido por
Ford com base em estudos científicos de tempos e métodos utilizados para fabricação de
grandes lotes de veículos em uma linha de produção sem nenhuma variação dos modelos, este
sistema é conhecido como produção em massa.
De acordo com OHNO (1997) a filosofia do STP deveria ser baseada nos seguintes
princípios:
− Eliminar desperdícios;
− Melhoria contínua.
De acordo com OHNO (1997) “A condição primordial para produzir pelo Sistema
Toyota de Produção é a total eliminação dos desperdícios, de inconsistências, e de excessos”.
− Sincronização da produção;
− Produção nivelada;
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− Fluxo contínuo de produção;
− Produção puxada;
− Controle visual.
De acordo com MARTINS e LAUGENI (2006) o STP é formado por quatro regras
principais.
1) Todo trabalho deve ser altamente especificado em seu conteúdo, sequência, tempo
e resultado;
2) Toda relação Cliente-Fornecedor deve ser direta, com um canal definido e claro
para enviar pedidos e obter respostas;
3) O fluxo de trabalho e processo para todos os produtos e serviços deve ser simples
e direto;
4) Qualquer melhoria deve ser feita pelo método cientifico, sob a coordenação de um
orientador, e no nível mais baixo da organização.
O STP passou a ser conhecido mundialmente apenas a partir da crise do petróleo, o que
ocorreu no início dos anos setenta, pois foi uma das poucas empresas no mundo que não
tiveram prejuízo financeiro no período, isto despertou o interesse das empresas e instituições
de ensino ocidentais com relação ao seu sistema de gestão de produção.
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MARTINS e LAUGENI (2006) definiram a noção de ideal para a Toyota com:
− Entregar imediatamente;
− Kanban;
− Produção puxada;
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O envolvimento estimulado pela Toyota faz com que os operários se motivem
continuamente com o propósito de melhorar os processos e as condições de trabalho visando à
eliminação dos desperdícios oferecendo aos consumidores produtos com alta tecnologia e alto
valor agregado. Não há propósito em afirmar que o STP seja apenas um conjunto de métodos
e ferramentas é um sistema baseado na investigação de causas que promovem os desperdícios
e é fortemente impulsionado por pessoas comprometidas com seus propósitos ainda de acordo
com Ohno nada é mais flexível do que pessoas.
Nesta primeira situação apresentada é fácil repassar aos consumidores os custos de todos
os desperdícios e das ineficiências impostas aos produtos durante o processo de produção.
A Toyota não concordava com esta formação de preço de venda, pois segundo sua
definição o preço de um produto é definido pelo consumidor, porque apenas ele relaciona o
real valor de um produto a sua necessidade, por isso passou a adotar o principio do “não
custo” que determina que o lucro seja igual ao preço de vendas menos os custos, ou seja,
“Lucro = PV – Custo”
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Estes dois princípios formam a estrutura principal que sustenta o STP e de acordo com
OHNO (1997) “O Just-in-time e a autonomação constituem os dois pilares do sistema Toyota
de produção”:
1) Just- in-Time
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“A viabilização do just-in-time depende de três fatores que estão
intrinsecamente relacionados:”
1) Fluxo contínuo;
3) Produção puxada.
2) Autonomação ou Jidoka
Muitas vezes o STP é representado por meio de uma casa suportada pelos
dois pilares, just-in-time e Jidoka conforme demonstrado por LIKER (2005) na
figura 2.
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Figura 2: Princípios do sistema Toyota de produção
Liker (2005)
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Com aplicação do pensamento enxuto nós concentramos nossos esforços para
produzirmos maior quantidade de produtos utilizando apenas a quantidade necessária de
recursos quer sejam de materiais, financeiros, humanos e equipamentos.
De acordo com WOMACK e JONES (2004) o termo produção enxuta foi definido pelo
pesquisador John Krafcik do International Motor Vehicle Program (IMVP), departamento
ligado ao Massachusetts Institute of Technology (MIT). Em suas palavras, a produção é
enxuta quando utiliza menores quantidades de tudo em comparação com a produção em
massa e ainda capaz de produzir uma maior e sempre crescente variedade de produtos.
Para WOMACK e JONES (2004) a produção é entendida como enxuta por apresentar as
seguintes características em relação à produção em massa:
− Possui bem menos que a metade dos estoques atuais no local de fabricação;
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1) Especificação de Valor
3) Fluxo Contínuo
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A definição mais clara para entendimento do que é fluxo contínuo esta
relacionada à movimentação de um item de cada vez ao longo de uma sequência
de atividades.
De acordo com GHINATO (2000) o fluxo contínuo é uma das respostas para
redução de Lead-Time na produção.
4) Produção puxada
5) Perfeição
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“Para ser uma indústria enxuta, é preciso um modo de pensar que se
concentre em fazer o produto fluir através de processos ininterruptos de agregação
de valor (fluxo unitário de peças), um sistema puxado que parta da demanda do
cliente, reabastecendo somente o que a operação seguinte for consumir em curtos
intervalos, e uma cultura que todos lutem continuamente para melhoria”.
Segundo OHNO (1997) o passo inicial para aplicação do Sistema Toyota de Produção é
a identificação das perdas e desperdícios e para isso definiu os sete principais tipos de
desperdícios que são encontrados nas organizações e a eliminação completa desses
desperdícios aumentará a eficiência na organização.
1) Desperdício de Superprodução
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− Antecipação de uma necessidade em função de uma previsão de
demanda, este tipo de perda acaba gerando estoques de produtos
acabados e em processos (semi-acabados).
3) Desperdício em Transporte
4) Desperdício no Processamento
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5) Desperdício de Estoques
6) Desperdício de Movimentação
Para OHNO (1997) existem dois aspectos importantes e que devem ser
observados durante o processo de análise de desperdícios:
Com auxilio deste diagrama podemos ver claramente as etapas do processo que não
agregam valor ao produto acabado e que são as fontes de desperdícios a serem eliminadas.
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3) Pessoas Respeitar, desafiar e desenvolver os
colaboradores.
7) Utilizar controle visual para que nenhum problema fique oculto (processo);
2.6 Ferramentas
Estas ferramentas em sua maioria não foram desenvolvidas de forma científica, mas
usando idéias de bom senso. As principais ferramentas do STP estão descritos abaixo.
É uma das principais ferramentas deste sistema e seu objetivo principal é a identificação
do fluxo de material, informação, pessoas e processos utilizando recursos gráficos para
identificação da cadeia de valor.
Como esta ferramenta é o foco do presente trabalho, este assunto será tratado em
detalhes no capítulo 3
2) Kanban
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É um método que tem a capacidade de gerenciar o fluxo contínuo de produção.
Entretanto o seu funcionamento será eficiente apenas quando existir sincronismo no processo
produtivo.
O objetivo desta ferramenta é controlar por meio de uma sinalização, cartão, placa
quadro ou qualquer tipo de identificador os níveis de estoque, é uma forma simples de
comunicação visual para controle de estoque.
OHNO (1977) ainda definiu as funções e as regras que devem ser utilizadas para
aplicação efetiva do sistema que são:
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3) Nenhum item é produzido ou transportado sem um kanban;
3) Poka-Yoke
Poka-Yoke
Controle Advertência
Contato
Conjunto
Etapas
Método de Controle;
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1) Método de Contato Este método identifica um defeito a partir
da falta ou de uma presença física.
Método de Advertência;
A ativação deste método é por meio de uma sinalização que pode ser sonora ou
luminosa.
A escolha do método a ser utilizado para controle das ocorrências de desvio de processo
será função das seguintes características:
− Frequência;
− Intensidade;
− Criticidade.
De posse da analise destas características podemos optar pelo método de controle mais
eficaz para a determinada situação. A relação custo-benefício para escolha do método a ser
aplicado é fundamental para sua definição.
4) Andon
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− Sinalização Amarela Indica uma solicitação de alerta no
processo produtivo para ajustes ou
correções de falhas não críticas.
5) Kaizen
6) Heijunka
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Segundo GHINATO (2000) “É a criação de uma programação nivelada através do
sequenciamento de pedidos um padrão repetitivo e do nivelamento das variações diária de
todos os pedidos para corresponder a demanda no longo prazo”.
Uma solução desenvolvida pela Toyota para controle da produção é denominada Heijunka
Box ou quadro de nivelamento de carga que consiste em uma caixa com filas horizontais que
representam os itens a serem produzido e as colunas verticais indicam o período de tempo
gerando uma matriz do tipo produto por unidade de tempo (Produto x Tempo). Kanbans
depositados na matriz indicam o que produzir, em que quantidade e quando produzir.
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Período de tempo (hora)
B B B B
C C C
Coluna por período
A Kanbam
de tempo (10")
Conjunto de métodos que visam obter a redução de tempos de preparação para troca de
ferramentas utilizando técnicas específicas para simplificar o processo de setup são.
O grande incentivador deste método foi Shigeo Shingo e por meio de experiências, estudos
teóricos e análises experimentais desenvolveu um conceito denominado Single- minute
Exchange of Die (SMED) que por definição todo processo para troca de ferramenta poderia
ser realizada em um tempo inferior a dez minutos.
8) Mecanização.
8) Cinco Porquês
Segundo OHNO (1997) “Por baixo da causa de um problema esta escondida à causa
real. Em cada caso, precisamos descobrir a causa real perguntando por que, por que, por que,
por que, por que. Do contrario, as medidas não podem ser tomadas e os processos não serão
verdadeiramente resolvidos”.
Após questionar um problema por cinco vezes a causa raiz do problema bem como a sua
solução são de fácil identificação então conclui OHNO (1997) que cinco por quês são iguais a
um como (5 por que = 1 como).
O modo enfático de questionamento utilizando o método dos cincos porquês deixa clara
a idéia de que é incansável e constante a busca por motivação na tentativa de esgotar todas as
possibilidades possíveis de soluções dos problemas encontrados no processo produtivo do
STP.
9) Cinco S
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2) Organizar (Seiton); Separar e acondicionar os materiais de
forma organizada para que sejam
localizados facilmente.
LIKER (2005) afirma ainda que a atividade de melhoria no programa deve ser aprimorada
continuamente criando condições cada vez mais satisfatórias para solução de problemas no
ambiente de trabalho conforme demonstrado na figura 6.
Classificar
Separar com etiquetas
vermelhas os itens raramente
utilizados
Disciplinar Organizar
Fazer verificações administrativas
regulares para permanecer Organizar e determinar um lugar
disciplinado para tudo
Padronizar Limpar
Crie regras para manter os três Deixar tudo limpo
primeiros S
Figura 6: Etapas do 5S
Liker (2005)
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De acordo com HIRANO (1997) as organizações utilizam o 5S como um controle visual
para que problemas dos sistemas produtivos possam ser vistos com maior clareza. Outra
função desta ferramenta, de acordo com o autor, e manter o ambiente suficientemente
organizado a fim de garantir um fluxo de produção mais ajustado ao takt time.
São métodos e práticas desenvolvidas para área de produção com o intuito de criar
rotinas de forma sequenciada e organizada, relativo às atividades de manufatura com objetivo
principal de padronizar as atividades e tarefas a fim de maximizar a produção e eliminar os
desperdícios.
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As cinco metas da manutenção produtiva total ou total productive maintenance (TPM)
segundo SLACK (2008) são:
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3 Referencial teórico: Mapeamento de Fluxo de Valor
3.1 Definição
O mapeamento de fluxo nos permite enxergar muito mais além do que simplesmente
diagramas e gráficos dos processos de manufatura, ela de fato nos proporciona a capacidade
de visualizar qualitativa e quantitativamente um conjunto de sequências de atividades e
operações e de que maneira elas realmente acontecem e fluem no chão de fábrica. Com base
no entendimento da situação real podemos estabelecer melhorias que deveriam ocorrer no
processo de manufatura para uma verdadeira geração de valor a ser percebida pelos
consumidores.
Mapear o processo produtivo nos permite enxergar à produção no seu aspecto mais
global e de forma sistêmica com o envolvimento de todas as atividades produtivas e não uma
simples análise departamental ou funcional isolada da organização.
O MFV é uma ferramenta com características própria utilizada e desenvolvida pelo STP
para análise de processo. Esta ferramenta é muito mais que apenas uma pesquisa isolada de
departamentos de uma empresa é uma analise sistêmica para medição dos dados das
atividades que compõe o fluxo de materiais e informações dos produtos dentro da
organização.
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De acordo com WOMACK e JONES (2004) “Da mesma forma que as atividades que
não podem ser medidas não podem ser adequadamente gerenciadas, as atividades necessárias
para criar, pedir e produzir um produto específico que não possam ser precisamente
identificada, analisada e associada não pode ser questionado, melhorada (ou inteiramente
eliminada) e por fim aperfeiçoada.”.
− Esclarecer as decisões que devem ser tomadas com relação ao fluxo visível;
O MFV é uma atividade a ser desenvolvida no chão de fabrica, por ser o local onde
acontecem as movimentações de material e informação, assim podemos observar in-loco
realmente como ocorrem os processos de transformação da matéria prima em produto
acabado visualizando os fluxos de informação e material como eles realmente acontecem sem
interpretações pessoais isoladas.
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A importância do mapeamento de fluxo para conhecimento do processo produtivo é
claramente percebida na afirmação de ROTHER e SHOOK (2003) “Pratique o mapeamento
de fluxo de valor e você aprenderá a enxergar o chão de fabrica de tal modo a apoiar a
produção enxuta”.
Montagem
Identificar uma área de processo onde ocorre um
Processo
fluxo de produção onde é agregado valor.
Continua
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TC=45s
TR=30min
Indicar as informações relativas a um processo de
2 Turnos
Caixa de Dados
2% Refugos
fabricação, cliente, departamento, fornecedor etc.
Entrega via
Indicar a frequência de entrega ou recebimento.
Caminhão
Tabela 1: Continuação
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A Tabela 2 apresenta os ícones para identificação do fluxo de informação segundo
ROTHER e SHOOK (2003).
Fluxo de
Mostrar um fluxo de informação transmitida
Informação
eletronicamente.
Eletrônica
Heijunka ou
Identificar um heijunka, suas quantidades e o de
OXOX Nivelamento de
mix de produção em um período de tempo.
Carga
Kanban
Chegando em Informar a quantidade de lotes de kanban.
Lotes
Continua
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Ícone Função Descrição
Kanban de
Informa o momento de reposição para um lote.
Sinalização
Tabela 2: Continuação
Reduzir o tempo de
Necessidade de Indicar as melhorias necessárias para alcançar o
troca de ferramenta
Kaizen fluxo desejado.
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3.2 Etapas
1 2 3 4 5 6 7 8
A X X X X X
Uma Família
B X X X X X X
de produtos
C
Produtos
X X X X X X
D X X X X X
E X X X X X
F X X X X X
G X X X X X
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2) Desenho do estado atual
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A figura 8 identifica as etapas para mapeamento de fluxo do estado atual e as
principais atividades desenvolvidas.
Consumidor Necessidade
Processo
Produtivo Processos básicos
Localização de estoque
Fluxo de
Fornecimento dos produtos para o consumidor
Material Recebimento dos principais materiais comprados
Fluxo de
Informações recebidas do consumidor
Informação Informações enviadas aos fornecedores principais
Informações enviadas aos processos básicos
Movimentos de materiais empurrados
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− Fluxo de material; Informações de envio de produtos
aos consumidores e recebimento de
materiais dos fornecedores.
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Proceessar do pedido
Planejar produção
Aquisição de MP
Processamento
Faturamento
Receber MP
Embalagem
mecânico
Montagem
Transporte
Transporte
Transporte
Fundição
Inspeção
Espera
Espera
Espera
Setup
Recebimento do
Tempo de ciclo
Entrega
Lead time
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Podemos dizer ainda que o mapeamento do estado futuro é o desejo em se
buscar a melhor eficiência das atividades envolvidas no processo produtivo, nos
levando continuamente a seguir em direção a perfeição, que é um dos princípios
do pensamento enxuto.
Outro aspecto relevante durante esta atividade é o fato de que não devemos
ficar presos a situações de melhorias de difícil implantação.
− Projeto do produto;
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− Aperfeiçoamento de máquinas e equipamento, tais como compra de
equipamentos e transformação das máquinas em automatizadas.
Melhorias
Trabalho Máquinas
Sincronização Automação
Fluxo continuo Aquisição
Nivelamento de produção
Padronização de operações
Troca rápida de ferramentas
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Podemos dizer de acordo com ROTHER e SHOOK (2003) a prioridade do
processo de melhoria deve ser aplicada aos fluxos de informação e material apenas
então após conclusão destas etapas poderemos iniciar a melhoria dos processos e
pessoas.
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5) Qual será o processo puxador?
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− Reduzir quantidade de itens por lote
− Retorno financeiro a ser obtido, desde que crie conflitos com os itens
anteriores.
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− Estabelecer sistema puxado para controle da produção;
3.3 Exemplo
Esta atividade produtiva possui seis postos de trabalho que são responsáveis por todo
processo de fabricação incluindo o posto para expedição de peças
− Estamparia;
− Expedição.
A entrega de peças produzidas é realizada diariamente e o volume mensal de peças
fornecida é de 18.400 peças sendo 12.000 esquerda e 6.400 direita. Os pedidos a serem
entregues são enviados diariamente, assim como é informado periodicamente à previsão para
os próximos 30, 60 e 90 dias.
A principal material prima utilizada no processo fabril são bobinas de aço que são
abastecidas duas vezes por semana.
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Figura 11: Identificação de Loops
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4 Estudo de Caso: Estado Atual
1) Família
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Para definição da família de produtos utilizamos a teoria de grupos dividindo
as linhas de produtos conforme suas características resultando em 9 (nove)
diferentes tipos construtivos que levam em conta os aspectos funcionais do
equipamento, dimensões e processo de manufatura.
Etapas de Montagem
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Sistemas de ventilação X
Condicionador de ar Compact p/ painel elétrico X X X X X X X X X X
Condicionador de ar Compact p/ Telecom X X X X X X X X X X
Produtos
2) Produto
− Filtro secador;
− Ventiladores;
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− Tubulação para interligação dos componentes do sistema frigorífico;
3) Linha de montagem
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− Pré-montagem mecânica Montagem inicial do equipamento onde
os principais componentes são integrados
a estrutura mecânica;
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− Inspeção e teste O sistema de monitoramento de
funcionamento é acoplado ao
equipamento e realizado a medição das
principais variáveis de controle,
previamente definidas, que será
comparada com um determinado padrão
de funcionamento;
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Após recebimento do material o encarregado do setor será responsável por enviar
as sub-ordens aos setores de pré- montagem e estas serão iniciadas conforme o
planejamento de produção
Posto de trabalho
1 2 3 4 5 6 7 8 Descrição dos postos
1 1 =>2 1 =>3 1 =>4 1 =>5 1 =>6 1. Entrada de material
2 2 =>1 2. Isolamento
Posto de trabalho
A sequência para montagem dos equipamentos pode ser vista na figura 15. Neste
processo fabril à distância percorrida, para conclusão da montagem, é de 147,8 metros
conforme mapofluxo do estado atual mostrado na figura 16.
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Entrada Saída Entrada
IS 02 PE 02
2 3
Entrada Saída Entrada
IS 03 PE 03
1 1
Entrada
7 6
PM 01 4 Entrada
Saída TS01
Solda
Saída
Entrada VT 01
Saída
Ventilação
Entrada VT 02
Liberação
Saída 5
Ventilação
Acabamento
Entrada
AC 01
Saída
8
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Figura 16: Mapo fluxo do estado atual
Cliente
Montagem
elétrica
Vendas Isolamento
Solda e
PCP Montagen
Tubulação
Ventilação
Compras Montagen
mecânica
Fiscal Montagen
Linha
Expedição
1) Dados
Quantidade produzida
Tipo de
(unidade)
equipamento
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Condicionador de
ar Compact Painel 53 62 65 55 58 42 51 36 45 49 41 61
elétrico
Condicionador de
ar Compact 22 0 0 40 32 25 25 0 0 30 30 0
Telecom
Monobloco de
refrigeração 12 16 21 17 14 11 8 12 9 18 12 14
Compact
Totalização do
87 78 86 112 104 78 84 48 54 97 83 75
mês
75 / 93
Demanda (2009)
120
100
Quantidade (unidade)
80
60
40
20
0
Jan Fev M ar Abr M ai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
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As Atividades de montagem e tempo padrão podem ser vistas na tabela 10.
Tempo
Setor Descrição da atividade
padrão
Isolamento 1. Receber material 36 minutos
2. Desembalar material recebido (gabinete);
3. Conferir e inspecionar;
4. Aguardar ordem para montagem;
5. Cortar manta de isolamento;
6. Aplicar adesivo na manta e no local onde será
fixada;
7. Aguardar secagem;
8. Aplicar a manta ao local desejado;
9. Aplicar elementos de fixação (rebite e bucha de
repuxo);
10. Montar gabinete;
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Tempo
Setor Descrição da atividade
padrão
Ventilação 1. Receber material 6 minutos
2. Conferir e inspecionar;
3. Aguardar ordem para montagem;
4. Montar;
5. Testar funcionamento;
6. Enviar para a área de entrada do setor de
montagem.
Pré- 1. Receber material 75 minutos
montagem 2. Conferir e inspecionar;
mecânica
3. Aguardar ordem para montagem;
4. Montar;
5. Aguardar solicitação para enviar o equipamento
para linha de montagem.
6.
Linha de 1. Receber material 98 minutos
montagem 2. Conferir e inspecionar;
3. Montar;
4. Testar;
5. Embalar;
6. Enviar para expedição.
Continuação Tabela 9
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2) Mapa do estado atual
Ordens de montagem
Programação
de entrega
Isolamento
E 2
Gabinete
15 dias
TC=36min
Disponibilidade 100%
13.650 min disponível
1 turno
15 dias
36min
Pré- Montagem
elétrica
E 2
Gabinete
10 dias
E E
15dias
TC=25min
Pré- Montagem Linha de Expedição
Disponibilidade 100% mecânica montagem
13.650 min disponível
10 dias 1 turno 2 3 1
25min
TC=75min TC=98min
Solda e Ventilação
tubulação Disponibilidade 100% Disponibilidade 85%
E 2
E 13.650 min disponível
1 turno
13.650 min disponível
1 turno
Estrutura 1
10 dias 10 dias
TC=32min TC=6min
Disponibilidade 100%
Disponibilidade 100%
13.650 min disponível
13.650 min disponível
10 dias 1 turno
10 dias 1 turno
32min 6min
Lead time produção
5.1 Definição
Estes conceitos serão aplicados em uma linha de produção que será dedicada a
montagem de equipamentos pertencentes a uma família de produtos.
A primeira atividade a ser executada nesta fase será a definição dos tempos
disponíveis de trabalho e do takt time referente à demanda conhecida, em seguida
detalharemos os tempos relativos às atividades de manufatura e como estas atividades
podem ser agregadas para obtenção do fluxo continuo.
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A disponibilidade de horas mensais da jornada de trabalho no setor produtivo é de
240 (duzentos e quarenta) horas divididos em 5 (cinco) dias por semana. Diariamente há
2 (dois) intervalos, nos períodos matutinos e vespertinos, cada um com 15 (quinze).
81 / 93
Atividades de manufatura
130
120
110
98
100
90
Tempo (min.)
80 75
70 Isolamento
60
Ventilação
50
36 Solda e tubulação
40 32
25
30 PM elétrica
20 PM mecânica
6
10 Montagem
0
Atividade
82 / 93
Atividades de manufatura
130
117
120
110
98
100
90
Tempo (min.)
80
70
60
50
40 Integração
32
25
30 Solda e tubulação
20 PM elétrica
10
Montagem
0
Atividade
Para resolvermos esta situação iremos adotar dois supermercados de peças semi-
acabadas que irão produzir chicotes e tubulações para abastecer os postos de trabalho de
integração e montagem.
A nova situação proposta também irá criar um novo tipo de relacionamento entre o
setor de planejamento e controle da produção (PCP) e a área de montagem. O PCP irá
emitir apenas uma ordem de montagem, o processo permanece a ser make-to-order, a
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ser enviada ao posto de trabalho denominado “integração” que passou a ser o processo
puxador das atividades de manufatura da célula de produção.
O novo sistema não contempla a emissão de subordens para a produção das peças
semi-acabadas. A responsabilidade por solicitar a fabricação das peças passa a ser do
posto de integração por meio de kanbans sendo assim as diversas ordens de montagem
que anteriormente eram emitidas pelo PCP que eram fontes de desperdícios, tempo e
recursos matérias, serão eliminadas. O papel a ser desempenhado pelo PCP neste novo
cenário será o de informar e emitir ordens ao processo puxador informando a
programação e sequência dos equipamentos a serem montados no período.
Cliente
Vendas
Solda e
PCP Integração
Tubulação
Montagem
elétrica
Compras
Fiscal
Expedição
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A situação a ser proposta a partir do mapeamento do estado futuro referente nos
permitiu concentrar esforços de melhoria nas atividades de montagem em um único
posto de trabalho. O agrupamento das atividades permitirá que a montagem seja
realizada em um único local eliminando as constantes movimentações de materiais e
operários.
Outro aspecto importante para esta nova situação é a eliminação das atividades de
verificação e controle exercidas pelo encarregado de produção nas diversas áreas
envolvidas no processo de manufatura no estado atual. Na situação de origem
constantemente o encarregado precisava se deslocar pelos postos de trabalho para
verificar a fabricação das peças semi-acabadas e coordenar os envios de material as
linhas de montagem esta atividade é denominada “produção vá ver” no sistema enxuto
de produção.
Pressurização
Montagem elétrica
Corte
Integração
* Tubos
Entrada
Entrada
Saída
Solda /
Tubulação
* Supermercado
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3
Montagem elétrica
Corte
Integração
Entrada
4 Solda /
1
Tubulação
86 / 93
Na sequência apresentaremos os dados de necessidade de recursos humanos para
as diversas atividades do processo de montagem, tabela 12.
Montagem
25 25 122 0,20 1
elétrica
Solda e
32 32 122 0,26 *
tubulação
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5.2 Mapa do estado futuro
Programação
de entrega
6 1
Disponibilidade 100%
13.650 min disponível
3 dias 1 turno
25min
6 1 E
Tubos Solda e Tubulação Isol. / Mont. Linha de Expedição
Isolamento tubulação Chicotes mec. / Vent. montagem
Mat. aux. Tric. calor
- Elem. fix. 1 1 -
3 dias 15 dias
TC=32min TC=117min TC=98min
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6 Conclusão
O Objetivo do presente trabalho foi analisar a situação do estado atual para uma linha de
montagem de equipamentos de refrigeração com características funcionais das atividades
produtivas. Neste contexto pudemos verificar a baixa eficiência do processo produtivo quando
analisamos uma família específica de produtos produzidos em uma linha comum para todos
os equipamentos fabricados pela empresa analisada. Quando comparamos o estado atual e
futuro verificamos o potencial de melhoria possível de ser alcançado ao aplicar conceitos do
lean manufacturing.
Na definição inicial a montagem de uma linha de produção com uma forte característica
de versatilidade seria a melhor situação possível para maximizarmos os resultados.
Analisando o mapa do estado atual desta família de produtos notamos que a abordagem
adotada por meio de um layout funcional das atividades não maximiza a eficiência, apenas
torna o setor de montagem flexível, porém com baixo rendimento devido aos desperdícios
gerados.
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− Necessidade de emissão de ordens de fabricação para todos os postos de
trabalho com intuito de sincronizar as atividades de montagem dos
componentes e peças semi-acabadas;
Um dos principais efeitos das causas apresentadas acima é a entrega de produtos com
atraso apesar do alto lead time e também da utilização de horas extras. A situação de
constantes atrasos resulta na insatisfação dos consumidores.
A principal alteração sugerida neste estudo de caso foi a criação de uma célula com a
capacidade de prover a montagem completa dos equipamentos que preliminarmente eram
produzidos em postos de trabalho com características funcionais.
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Foi importante também neste estudo a aplicação dos conceitos da produção enxuta para
obtenção do fluxo unitário que é o objetivo do pensamento enxuto e o responsável pela
eliminação de todos os desperdícios que não agregam valor ao produto.
Para efeito de comparação iremos apresentar os dados do estado atual e futuro na tabela
13, entretanto vale ressaltar que o setor de montagem atual é responsável pela montagem de
outros tipos de equipamento por isso a comparação de alguns parâmetros como área de
montagem e operadores não é representativa.
Uma observação a ser realizada com relação a esta família de produtos é a sua
contribuição para o faturamento desta empresa que atualmente é de aproximadamente 40% do
valor total, assim utilizando este parâmetro como elemento comparativo pode-se criar um
indicador relacionando o faturamento e a área utilizável e consequentemente comparar os
dados levantados.
Operadores 8 3
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7 Referências
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas,
2002.
TOLEDO José Carlos; SILVA Sergio Luis; Souza Henrique Glauco; Jugend Daniel;
GEPEC; Departamento de produção UFSCar. Fatores críticos de sucesso no
gerenciamento de projetos de desenvolvimento de produto em empresas de base
tecnológica de pequeno e médio porte. Gestão de produção v.15 n.1 São Carlos
jan./Abr. 2008.
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WOMACK, James P; JONES Daniel T. & ROSS, Daniel. A máquina que mudou o
mundo. Rio de Janeiro, Editora Elsevier, 2004.
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