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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFTC

BACHARELADO EM DIREITO

ALEX OLIVEIRA MOREIRA

LUCAS DA ROCHA FERREIRA

RAIAN ARAÚJO CARAUBA TONHA

ANÁLISE DO JULGADO NOS TRIBUNAIS INTERNACIONAIS ACERCA DA


REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL: CASO FAVELA NOVA BRASÍLIA

BAHIA

2021
ALEX OLIVEIRA MOREIRA

Matricula:181050768- 7º semestre noturno. Vitória da conquista

LUCAS DA ROCHA FERREIRA

Matricula: 192041390-8º semestre noturno. Paralela

RAIAN ARAÚJO CARAUBA TONHA

Matricula: 182050732-7º Semestre matutino. Vitória da Conquista

ANÁLISE DO JULGADO NOS TRIBUNAIS INTERNACIONAIS ACERCA DA


REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL: CASO FAVELA NOVA BRASÍLIA

Trabalho apresentado ao curso de Graduação em


Direito do centro universitário UNIFTC, disciplina
de Direito Internacional, docente: Edson Branco
Luiz, como parte dos requisitos para obtenção de
nota da Unidade.

BAHIA

2021
INTRODUÇÃO

O presente trabalho, visa uma análise feita a partir do julgado referente


aos ocorridos na cidade do Rio de Janeiro, precisamente na favela Nova Brasília, no
dia 18 de outubro de 1994 e 08 de maio de 1995, onde duas ações truculentas de
policiais civis que culminaram na morte de vinte e seis pessoas e violação sexual de
três mulheres.

Visando compartilhar a ótica da análise do caso, em paralelo ao Direito


internacional, no qual se faz presente ao ocorrido julgado, foram adotados o método
descritivo.
O CASO: FAVELA NOVA BRASÍLIA

Devido às provocações do Centro pela Justiça e do Direito Internacional e


da Inter-American Human Rights Watch, o caso Favela Nova Brasília chegou à
Comissão Interamericana de Direitos Humanos entre 3 de novembro de 1995 e 24
de julho de 1996. Após entrar com uma ação na Comissão Interamericana de
Direitos Humanos, ele resolveu os atrasos e várias falhas na investigação policial
destinada a investigar uma série de crimes cometidos pela polícia americana. O Rio
de Janeiro invadiu o local na época. Sob o disfarce da famosa resistência às prisões,
26 mortes foram registradas em 18 de outubro de 1994 e 8 de maio de 1995. Além
disso, durante a invasão em outubro de 1994, também foram registradas
torturas e violência sexual cometidas por três mulheres. Dois deles são
adolescentes.

Após tramitação regular da comissão, o processo foi transferido para o


juízo. Em sua decisão de 16 de fevereiro de 2017, o tribunal condenou os fatos
constantes da petição interposta pelo Estado brasileiro e admitiu que a investigação
criminal visava comprovar a utilização de polícia e vitimização. Morto e impedir a
correta investigação dos fatos. Nessa decisão, há uma série de obrigações a serem
assumidas, não impostas ao Estado, e merece destaque especial - pelo menos
neste estudo - a determinação de alterações normativas (que podem ser de
natureza jurídica ou administrativa) visando a concretização Lei de processo penal
do Brasil.

A Corte Interamericana de Direitos Humanos fixou o prazo de um ano para que o


Brasil cumpra esta obrigação, a partir de sua notificação em 15 de maio de 2017. O
Brasil tem pouco tempo, o Executivo brasileiro, por meio da Procuradoria-Geral da
República, optou por promover reformas legislativas - verifica-se que esta não é a
única forma apontada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos - e levada ao
atenção do Senado Federal .Em 2017, a decisão esteve em linha com a autoridade
legislativa do Congresso. pais. Como resultado, o Senado Federal brasileiro propôs
Projeto de Lei do Senado nº 135/2018, que se destina a alterar a Investigação de
Direitos Humanos do Código de Processo Penal nas áreas apontadas pela Justiça
americana, em que foi realizada investigação criminal nos pressupostos envolvidos
na decisão.

Neste caso, ao ocorrer a audiência pública, as justificativas conclusivas foram


alegações de que as condutas aplicadas pelos policiais nas duas operações com
morte na favela Nova Brasília nas datas já citadas acima, consolidaram em
transgreções aos artigos 4.1 que diz respeito ao direito à vida e ao artigo 5.1 direitos
à integridade pessoal da Convenção Americana, mesmo que o caso não era da
alçada dessa jurisdição naquele momento.
Na primeira intervenção policial foram mortos treze moradores, entre eles
quatro menores de idade, onde também três pessoas do sexo feminino foram
violentadas sexualmente, sendo duas menores. Já na segunda intervenção, três
policias feridos e treze moradores da favela mortos, dois deles menores de idade.
Com as duas intervenções malsucedidas, começa uma investigação feita pela
própria Polícia Civil e uma Comissão de Investigação Especial criada pelo Governo
do Estado do Rio de Janeiro.

O caso foi enquadrado como resistência à prisão que teve como


consequência as mortes dos que se opuseram, acusados de envolvimento com
tráfico de drogas, armamento indevido e resistência à ação policial. Houve um
arquivamento do caso em 2009 por prescrição.

Mais adiante, em 2013 o Brasil foi notificado com um Relatório de Mérito


enviado pela Comissão Interamericana que o Ministério Público do Rio de Janeiro
entrou com uma ação penal referente a operação inicial da Favela Nova Brasília, a
ação foi contra seis dos policiais envolvidos na primeira operação na favela e está
em aberto até hoje. Com relação a segunda intervenção da polícia, o Poder
Judiciário rejeitou a reabertura das investigações.

Diante desse caso analisado que transborda injustiça, a Corte


Interamericana imputou responsabilidade internacional ao Estado Brasileiro por
falhar na promoção, proteção e efetivação dos Direto Humanos em âmbito nacional.
Isso se consolidou quando o Estado não garantiu os direitos judiciais, não analisou
com imparcialidade, com autonomia e desprezou os prazos previstos relativos a
proteger as provas e integridade das pessoas vitimadas.
Com a notificação ao Brasil, o Tribunal estabeleceu algumas diligências
para amparar as vítimas envolvidas nesse caso. E para começar, foi exigido a
continuidade no processo da investigação das mortes em 1994 e iniciação na busca
de justiça pela ação de 1995 com objetivo de fazer tudo dentro dos prazos previstos
por lei e alcançar o desejável que é descobrir e processar os verdadeiros culpados.

Foi buscado também pelo Tribunal analisar a aplicação de pedido de


Incidente de Deslocamento de Competência, que assim é possível passar a
investigação ou julgado da Justiça Estadual para a esfera Federal. Essa opção cabe
em casos onde é caracterizado inquietante infração de Direitos Humanos.

Ficou acordado para a reparação da violência sexual uma investigação


mais profunda e oferta de atendimento especializado de saúde física e psicológico
às vítimas.

Ato público de reconhecimento internacional com duas placas em


homenagem póstuma às vítimas; relatório anual com o número de mortos por
policiais em território nacional, cujo desfecho for idêntico ao caso da Favela Nova
Brasília.

Tomar decisões e criar Políticas para reduzir no Rio de Janeiro a


fatalidade e violência policial. É interessante perceber que a violência policial não
caracteriza um evento à parte, revela sim uma política de segurança pública que age
com letalidade, modelo esse que é usado em outras corporações do Estado. Desse
modo foi criada uma imagem de um oponente da polícia a ser defrontado,
estereotipados que nem como cidadãos são vistos quanto mais terem direitos. No
caso da favela Nova Brasília os mortos e negligenciados, seguem esse padrão que
na maioria são pretos, pobres, jovens e residem em periferia.

Dentro do prazo razoável implementar programas ou curso permanente e


obrigatório sobre atendimento a mulheres vítima de estupro para todos os níveis
hierárquicos das Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro. Considerado um dos
crimes mais violentos e hediondo.
ANÁLISE
Chegamos à conclusão de que o processo que culminou com a
condenação do Estado brasileiro no caso "favela nova Brasília", bem como em
outros, foi adiada em seu resultado final, cuja sentença tinha lugar com mais de 15
anos da reclamação do Tribunal.

Mesmo antes das tentativas de um assentamento amigável entre as


partes, foi, portanto, observado no acórdão prolífico da CIDH, a manifestação do
Estado brasileiro na realização do Acordo, que terminou com a aposentadoria.
Partes da proposta. As medidas aplicadas ao Estado brasileiro demonstram uma
perspectiva sobre mudanças no sentido de respeito pelo respeito pelos direitos
humanos, dos quais o período de um ano será suficiente para a implementação de
todas as medidas, bem como a reparação de danos causados às famílias das
vítimas.

No entanto, deve-se notar que o Brasil sofre de uma deficiência em seu


sistema legal e seus regulamentos para implementar os juízos do direito
internacional, que deixam a eficácia das decisões internacionais, particularmente as
da CIDH.

O Caso foi enviado ao tribunal em 19 de maio de 2015, a Comissão


Interamericana de Direitos Humanos, apresentada ao Cosme Rosa Genoveva,
Evandro de Oliveira e outros (Favela Nova Brasília) contra a República Federal do
Brasil. O caso refere-se aos fracassos e ao atraso na investigação e punição das
alegadas responsabilidades das "execuções extrajudiciais'' de 26 pessoas, no
contexto dos ataques policiais realizados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em 18
de outubro de 1994 e 8 de maio 1995 na Favela Nova Brasília. Supõe-se que estas
mortes tenham sido justificadas pelas autoridades policiais através da pesquisa
"Stop minutos". Ele também afirma que, três mulheres, dois menores, seriam vítimas
de tortura e atos de violência sexual dos policiais seriam revertidas.

Finalmente, a corte alega que o inquérito de fato acima mencionado teria


sido feito para estigmatizar e revitalizar os povos mortos, porque a atenção teria sido
abordada à sua culpa e não verifica a legitimidade do uso da força.
Em 19 de maio de 2015, a Comissão apresentou ao Tribunal do Tribunal
", dada a necessidade de justiça", os factos e violações dos direitos humanos
descritos no relatório do mérito. Mais especificamente, a Comissão apresentou ao
Tribunal de Ações e omissões do Estado que ocorreram, ou continuaram a ocorrer
mais tarde em 10 de Dezembro de 1998, a data de aceitação da competência do
Tribunal Estadual, sem prejudicar que o Estado poderia aceitar o jurisdição do
creptum todo o caso, em conformidade com o artigo 62. º 2 da Convenção.

A Comissão Interamericana solicitou ao Tribunal de Justiça a explicar a


responsabilidade internacional do Brasil por violações constantes do Relatório de
Mérito e organizar o Estado como medidas de remédio para relatar as
recomendações do relatório.

Posteriormente, o Tribunal decide e declara unanimemente que o Brasil


(Estado) de violação do direito às garantias judiciais da independência e da
imparcialidade da investigação, responsável pelo artigo 8.1 º da Convenção
Americana dos Direitos Humanos, artigo 1.1 do mesmo instrumento para a
desvantagem das pessoas mencionadas nos parágrafos 224 e 231 desta sentença e
entre os parágrafos 172 a 231 delas.

O Estado é responsável pela violação do direito à proteção legal, que, no


artigo 25 dos direitos humanos dos direitos humanos dos EUA, em relação aos
artigos 1. 1 e 2 do mesmo instrumento, em detrimento das pessoas especificadas
nos n. os 239. e 242 estabelecidos e parágrafos 172 a 197 e 232 a 242.

Estado é responsável pela violação dos direitos das proteções legais e


das garantias, que nos artigos 25. º e 8º da presença dos direitos humanos dos EUA
em relação ao artigo 1. º do instrumento e dos artigos 1º, 6º e 8º das Convenções
para , para evitar a tortura e punir e punir, e também o artigo 7 da Convenção de
Belém do Pará, a desvantagem de LRJ, CSS e JFC, de acordo com os parágrafos
243 a 259 dessa frase. Entre outras coisas.
Por unanimidade, que dispõe que: essa Sentença constitui, per se, uma
forma de reparação razoável, para identificar, processar e, caso seja pertinente,
punir os responsáveis, nos termos dos parágrafos 291 e 292 da presente Sentença.
A respeito das mortes ocorridas na incursão de 1995, o Estado deverá iniciar ou
reativar uma investigação eficaz a respeito desses fatos, nos termos dos parágrafos
291 e 292 da presente Sentença.

O Estado deverá também, por intermédio do Procurador-Geral da


República do Ministério Público Federal, avaliar se os fatos referentes às incursões
de 1994 e 1995 devem ser objeto de pedido de Incidente de Deslocamento de
Competência, no sentido disposto no parágrafo 292 da presente Sentença.
REFERÊNCIAS

BROWNLIE, Ian. 1997. Princípios de direito internacional público. Lisboa:


Fundação Calouste Gulbenkian.

BUERGENTHAL, Thomas. 1983. La Proteccion Internacional de los


Derechos Humanos en las Americas. Costa Rica: Editorial Juricentro.

CANÇADO TRINDADE, Antônio Augusto. 1996. A incorporação das


Normas Internacionais de Proteção dos Direitos Humanos no Direito Brasileiro. São
José da Costa Rica: IIDH-CICV-ACNUR-Comissão Europeia.

FERRAJOLI, Luigi. 2014. La democracia a través de los derechos.


Madrid: Editorial Trotta.

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