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Uma organização pode ser definida, em sentido lato, como um grupo de pessoas consti-
tuído deliberadamente com o intuito de atingir determinados objectivos.
Uma perspectiva mais economicista do termo poderá definir ainda uma organização
como duas ou mais pessoas envolvidas no esforço sistemático de produção de bens e/ou
serviços.
1.4.1. DEFINIÇÃO
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Esquematicamente:
Pessoas Objectivos
Estrutura
Deliberada
FONTE: Robbins, Stephen P.; Coulter, Mary (1999), Management, Prentice Hall, Sixth Edition, pág. 5
Como já se viu, as organizações são constituídas por pessoas que se propõem, em gru-
po, atingir determinados objectivos.
Feedback
FONTE: Adaptado de Bartol, Kathryn M.; Martin, David C. (1998), Management, Irwing McGraw-Hill, Third Edition, pág. 55
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A organização, nesta perspectiva, mais não é do que um sistema, composto por várias
componentes (recursos financeiros, humanos, materiais, tecnológicos, etc) cuja interac-
ção produz outputs. Como acontece com todos os sistemas, tão importante quanto a
qualidade dos seus componentes é a qualidade das relações e interacções que se estabe-
lecem entre eles. Qualquer subsistema (parte do sistema organizacional) é fundamental
para que este, como um todo articulado de componentes e subsistemas), atinja os objec-
tivos propostos.
Componente Legal
•Matérias- •Actividade •Produto/serv
primas trabalhadores iço
•R. H. •Actividades de •Resultados
•Financeiros gestão •Informação
•Tecnologia •Tecnologia e •Resultados
•Informação métodos de Humanos
produção
Feedback
Rec. Humanos Recursos Materiais e Tecnológicos
Clientes Concorrência
Figura 1.3. – Organizações: sistema aberto integrado num meio envolvente alargado
A extensão com que a organização cumpre os seus objectivos de forma eficaz e eficien-
te encontra-se fortemente dependente da forma como esta se relaciona com o seu meio
envolvente.
Na verdade, se para algumas organizações este facto tem constituído uma verdadeira
ameaça, para outras tem-se revelado uma oportunidade sem precedentes.
Com efeito, se este fenómeno se pode revelar uma ameaça para o sector do ensino, ali-
mentação e vestuário infantil, por exemplo, ele constitui uma verdadeira oportunidade
para sectores ligados à terceira idade (geriatria, fisioterapia, turismo sénior, etc).
Cabe pois aos gestores procurarem antecipar as ameaças e oportunidades que este meio
envolvente contextual suscita, no sentido de criarem condições às respectivas organiza-
ções para tirarem partido das oportunidades e ameaças que este lhes trará.
O meio envolvente contextual assim definido pode ser subdividido em oito componen-
tes básicas, cada qual integrando uma série de factores, a saber:
Com efeito, se por um lado existem autores que consideram que é o meio envolvente
geral o ambiente externo que mais impacto tem ao nível das organizações, por outro,
existem teóricos (essencialmente os adeptos da teoria da contingência) que defendem
que as influências mais importantes e determinantes do sucesso das organizações são as
provenientes do meio envolvente transaccional. Outros ainda consideram que ambos
aqueles meios envolventes têm impactos significativos na performance organizacional,
pelo que as organizações devem analisar tanto o seu meio envolvente transaccional
como o seu meio envolvente contextual.
Gonçalves (1986), por seu turno, defende que a análise do meio envolvente transaccio-
nal “deverá ser sempre efectuada e em primeiro lugar”. Já em relação à análise do
ambiente geral (contextual), este advoga que esta deve ser realizada essencialmente
quando as necessidades de adaptação das organizações forem elevadas ou quando as
condições específicas da organização assim o aconselharem (designadamente em razão
da sua grande dimensão). Em qualquer dos casos, todavia, na medida e com a extensão
e profundidade que os recursos da organização permitirem.
Recursos humanos
Recursos financeiros
Recursos Organizacionais:
• A estratégia da organização;
• Cultura, visão e valores partilhados;
• A capacidade da equipa de gestão
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Nesse contexto, e partindo da definição de uma organização como sendo “um conjunto
organizado de meios humanos e materiais que tem por objectivo, através da produção de
bens e/ou serviços, a satisfação das necessidades dos seus “stakeholders””, a definição
do conceito de empresa (enquanto subconjunto das organizações) resultará assim da
restrição do âmbito daquela definição.
Resulta que uma empresa é uma organização com uma característica especial que a dis-
tingue das demais – o facto de a sua principal finalidade ser a maximização do retorno,
no médio e longo prazo, do capital nela investido pelos detentores do seu capital.
Dito isto, constata-se que uma definição adequada para o conceito de empresa decorre
da relevação, na definição genérica de organização proposta acima, desta característica
única das empresas: o facto de se tratar de uma organização cujo objectivo essencial é a
maximização do seu valor para os detentores do seu capital.
Assim sendo, uma definição possível de empresa pode resultar do seu entendimento
como “um conjunto organizado de meios humanos e materiais que tem por objectivo,
através da produção de bens e/ou serviços, a maximização do seu valor para os detento-
res do seu capital”.
Outra definição possível de empresa é a sua consideração como “um sistema organiza-
do de recursos (humanos, tecnológicos, financeiros e outros), destinado à maximização
do valor criado para aqueles que nele participam com capital”.
Outra definição alternativa, mais abrangente, para incluir também a preocupação com a
responsabilidade social das empresas, poderá ser o seu entendimento como “um con-
junto de recursos organizados em torno da produção de bens e serviços, com o objecti-
vo de maximizar a criação de valor para seus sócios (ou accionistas) através da maxi-
mização dos seus lucros (e/ou do preço/valor das acções ou quotas) e, acessoriamente
(e na medida em que tal concorra para a consecução do principal objectivo enunciado
acima) do seu valor para outros “stakeholders” (empregados, comunidade, etc)”.
1.6.1. DEFINIÇÃO
• um processo levado a cabo por uma ou mais pessoas, capital, materiais e tecno-
logia para coordenar as actividades desenvolvidas por outras pessoas, com o ob-
jectivo da produção de resultados de elevada qualidade, não obteníveis por uma
pessoa agindo sozinha; ou
As funções do gestor foram inicialmente definidas por Henry Fayol, em 1916, como
integrando 5 actividades: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.
Lyndall Urwick, por seu turno, propôs como funções do gestor, 7 actividade, a saber:
investigar, prever, planear, organizar, coordenar, comandar e controlar.
Estas funções de gestão foram posteriormente alargadas por Luther Gulick, em 1937,
através da proposta, como funções do gestor, as actividades que designou pelo acrónimo
POSDCORB: Planning (planear), Organizing (organizar), Staffing (recrutar), Directing
(dirigir/liderar), Coordinating (coordenar), Reporting (informar) e Budgeting (orçamen-
tar).
Esquematicamente:
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Planeamento Organização
Objectivos
da
Organização
Controlo Direcção ou
Liderança
1.6.3.1. PLANEAMENTO
Dito de outra forma, trata-se da função de gestão que determina os objectivos da organi-
zação e, bem assim, as estratégias mais adequadas à sua consecução.
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1.6.3.2. ORGANIZAÇÃO
Consiste, assim, na função de gestão que procede à determinação das tarefas e activida-
des a realizar (bem como da identificação do(s) respectivo(s) executante(s)); da forma
como estas serão agrupadas; da linha de comando (quem reporta a quem); e do nível ao
qual as decisões serão tomadas.
1.6.3.3. LIDERANÇA/DIRECÇÃO
Esta função dos gestores pode ser definida como o processo através do qual os gestores
dirigem e motivam os membros da organização, orientando-os para o desempenho das
suas actividades de uma forma que assegure o cumprimento dos objectivos definidos.
1.6.3.4. CONTROLO
Como o próprio nome indica, trata-se da função de gestão que se destina a assegurar que
o desempenho real da organização seja conforme com o respectivo planeamento.
1.7.1. DEFINIÇÃO
Um gestor pode ser definido como um membro de uma organização que integra e coor-
dena o trabalho de outros membros e que desempenha, com maior ou menor grau, um
conjunto de actividades de planeamento, organização, liderança e controlo.
FONTE: http://www.sg.min-edu.pt/organograma2/organog0.htm
DIRECÇÃO-GERAL DE VIAÇÃO
FONTE: http://www.dgv.pt/dire_geral/organograma.asp
Esta estrutura será tanto mais piramidal (vertical) quanto mais níveis hierárquicos tiver a
organização e tanto mais horizontalizada quanto maior for a sua especialização funcio-
nal.
Importa notar, todavia, que embora seja possível ainda destrinçar a existência destes três
níveis na generalidade das organizações actuais, a tendência vai no sentido, como se
verá mais à frente, do achatamento e horizontalização das estruturas organizacionais,
conferindo-lhes uma maior flexibilidade e aumentando a sua capacidade de rápida adap-
tação às constantes alterações do seu meio envolvente, priviligiando-se as inter-relações
laterais e funcionais, através da dinamização do trabalho em grupo e da gestão participa-
tiva, em detrimento das relações de autoridade individualizadas e verticalizadas.
Gestor
de
topo
Gestores
intermédios
Gestores
de 1.ª linha
Operários
FONTE: Adaptado de Bartol, Kathryn M.; Martin, David C. (1998), Management, Irwing McGraw-Hill, Third Edition, pág. 18
São os gestores de topo da organização (ou próximos do topo). São estes que tomam as
decisões de âmbito mais geral e que definem as políticas e estratégias que afectam toda
a organização. Presidente da Comissão Executiva, Presidente do Conselho de Adminis-
tração, Administrador-Delegado, Presidente da Direcção, Director-Geral – são alguns
exemplos deste tipo de gestores.