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MERCADO DE CAPITAIS

Fluxo Circular de Renda


Podemos dizer que um fluxo circular de renda inicia-se com a participação de dois tipos
de agentes: famílias e empresas. As famílias que são detentoras dos fatores de produção
e as empresas que utilizam, por determinado preço, seus recursos.

Cada agente, em economia, é ao mesmo tempo fornecedor de certos bens e serviços e


solicitante de outros. Em geral, as famílias pedem bens transformados e serviços, e
fornecem recursos. As empresas requerem recursos (trabalho e capital) e fornecem bens
e serviços. Frente a estas correntes reais, as famílias e as empresas devem pagar a valor
de mercado o que utilizam (corrente monetária). Uma economia pode ser representada
como fluxo circular composto pelas famílias e as empresas trocando dinheiro pelos bens
e serviços, e pelos recursos de produção. Esse processo pode ser visto através da figura
abaixo:

Fluxo Físico: as Empresas fornecem bens e serviços às Famílias e recebem os fatores


de produção.
Fluxo Monetário: as Empresas fornecem rendas (salários, juros, lucros e aluguéis) às
Famílias e recebem os gastos.

Poupança x Investimento
Nas sociedades que têm economia em equilíbrio, a renda não é consumida
integralmente e essa parte não consumida chama-se poupança. Há vários fatores que
estimulam a poupança, destacando-se a ocorrência de taxas de juros elevadas e de
expectativas negativas quanto a rendimentos futuros.

Os recursos da poupança podem ser utilizados em atividades produtivas, utilizando os


fatores de produção que podem aumentar ainda mais a renda. Essas utilizações
produtivas chamam-se investimento.
Investimento é a aplicação de recursos que proporcione: segurança, rentabilidade,
valorização, proteção, desenvolvimento econômico e liquidez

Podem-se caracterizar, num sentido mais amplo, os investimentos como toda aplicação
de recursos com expectativa de lucro. Já em sentido escrito, em economia, investimento
significa a aplicação de capital em meios que levam ao crescimento da capacidade
produtiva, ou seja, em bens de capital.

Por que e onde investir:


Todo investidor busca três aspectos básicos em um investimento: retorno, prazo e
proteção.

Origem da Moeda
Primeiro estágio: economia do escambo.
O escambo é a troca direta, sem intervenção de um instrumento monetário. Ele
representa um estágio típico de economias com suas atividades econômicas voltadas
para o consumo imediato.
Nesse estágio, os indivíduos suportam os seguintes inconvenientes:
• Custo para manter a acumulação em ativos reais;
• Dificuldade de especialização e divisão de trabalho;
• Perda de eficiência na alocação de recursos.

Segundo estágio: introdução da moeda.


A moeda pode ser conceituada como um conjunto de ativos financeiros de uma
economia que os agentes utilizam em suas transações:

Moeda metálica: emitidas pelo Banco Central, constituem pequena parcela da oferta
monetária e visam facilitar as operações de pequeno valor e/ou com unidade monetária
fracionária (troco).

Papel-moeda: também emitido pelo Bacen, representa parcela significativa da


quantidade de dinheiro em poder do público.

Moeda escritural: representada pelos depósitos a vista (depósitos em conta corrente)


nos bancos comerciais (é a moeda contábil, escriturada nos bancos comerciais).

Funções da moeda
Meio de pagamento: capacidade da moeda tem de diminuir dívidas em ultima
instância, ou seja, é um ativo financeiro de liquidez imediata.

Reserva de valor: usada para poupar o poder de compra da hora em que a renda é
recebida até a hora em que é gasta.

Unidade padrão de conta: fornecer uma unidade de conta, ou seja, criar mediação de
valor na economia.

Intermediária de trocas entre os agentes: sendo um meio ou instrumento de troca


geralmente aceito pelos agentes na concretização de suas transações, a moeda
desempenha sua mais importante função na economia, que é a de intermediária de troca
entre os agentes econômicos.

Intermediários Financeiros
Define-se intermediação financeira como uma atividade que tem a finalidade de
viabilizar o atendimento das necessidades financeiras de curto, médio e longo prazos,
manifestadas pelos agentes econômicos carentes de recursos, aplicando ao mesmo
tempo o excedente monetário dos agentes superavitários, com mínimo de riscos.
São exemplos de intermediários financeiros:
• Bancos (de investimento, desenvolvimento, comercial e múltiplo)
• Caixas Econômicas
• Sociedades de Crédito Imobiliário
• Seguradoras
• Fundos de Pensão
• Factoring
• Sociedades de Crédito Financiamento e Investimento
• Sociedades de Arrendamento Mercantil

Sistema Financeiro Nacional


O SFN é composto de Instituições responsáveis pela captação de recursos financeiros,
pela distribuição e circulação de valores e pela regulação deste processo.

Define-se o sistema financeiro de um país como um conjunto de instituições,


instrumentos e mercados agrupados de forma harmônica, com a finalidade de canalizar
a poupança das unidades superavitárias até o investimento demandado pelas deficitárias.

O sistema financeiro pode ser visto como uma rede de mercados e instituições eu tem
por função transferir os fundos disponíveis dos poupadores, ou seja, aqueles cuja renda
é maior do que seus gastos, para investidores, ou seja, aqueles cujas oportunidades de
gastos são maiores do que sua renda.

Podemos entender, também, o sistema financeiro como a soma das unidades


operacionais que compõe e dos responsáveis pelas políticas monetárias, creditícia,
cambial e fiscal, que regulam seu funcionamento, bem como os fluxos monetários entre
os que dispõem de recursos financeiros e os que deles careçam, para suas atividades d
produção ou de consumo.

Conselho Monetário Nacional – O CMN é o órgão deliberativo máximo no sistema


financeiro do país, ele tem a finalidade de formular a política da moeda e do crédito, de
acordo com a Lei 4.595, de 31-12-1964, objetivando o progresso econômico e social do
país.

Banco Central do Brasil – O Bacen foi criado para atuar como órgão executivo central
do sistema financeiro, cabendo-lhe a responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as
disposições que regulamentam o funcionamento do sistema de normas expedidas pelo
Conselho Monetário Nacional. É por meio do Bacen que o Estado intervém diretamente
no sistema financeiro e, indiretamente, na economia.
Comissão de Valores Mobiliários – A CVM tem por finalidade contribuir para a
criação de estrutura jurídica favorável à capitalização das empresas por meio do
marcado de capitais de risco, fortalecimento da empresa privada nacional e defesa do
acionista e investidor.

Instituições financeiras
Instituições financeiras são empresas que proporcionam serviços relacionados a um ou
mais dos seguintes temas:
• Transformação dos ativos financeiros (pelos intermediários financeiros) que se
adquirem por meio do mercado e sua conversão a diferentes tipos de ativos que chegam
a ser passivos;
• Troca de ativos financeiros em benefícios de seus clientes;
• Troca de ativos financeiros para suas próprias contas;
• Assistência na criação de ativos financeiros de seus clientes e a venda desses ativos
financeiros a outros participantes do mercado;
• Proporcionar avisos de investimento a outros participantes do mercado;
• Administração de carteiras de outros participantes do mercado.

Ativos Financeiros
Um ativo financeiro é um instrumento que canaliza a poupança até o investimento. No
sentido amplo podemos dizer que um ativo consistem em algo que possuímos e que tem
um valor de troca.
As principais características dos ativos financeiros são:
Liquidez: que é a facilidade, entendida tanto nos termos de rapidez como de certeza na
recuperação do valor nominal investido.

Risco: entendido como variabilidade ou instabilidade na rentabilidade esperada ou a


possibilidade que o emissor descumpra com o pactuado, isto é, o pagamento do
principal e dos juros.

Rentabilidade: é a capacidade de um ativo produzir juros ou outros rendimentos para o


adquirente como pagamento de sua cessão de fundos e sua assunção de riscos ao longo
de um período de tempo determinado.

Classificação dos Ativos Financeiros


Primários:
• Títulos de renda fixa (públicos ou privados): que prometem rendimento fixo (taxas
préfixadas) ou determinado por parâmetros conhecidos (taxa pós-fixada).

• Títulos patrimoniais: que representam participação na propriedade de uma empresa,


sua remuneração é baseada nos dividendos que a empresa possa pagar e na
valorização de seus ativos.

• Títulos derivativos: tem seus rendimentos determinados ou derivados dos preços de


outros ativos, como os contratos de opções e de futuros.

Indiretos:
O sistema financeiro adquire os títulos primários e os transforma em produtos para
atender as necessidades de seus clientes.

Ativos de Renda Fixa e Renda Variável


Os ativos de renda fixa envolvem uma programação determinada de pagamentos. Por
isso, nesses ativos os investidores conhecem antecipadamente os fluxos monetários que
vão obter.

Os ativos de renda variável são aqueles em que não há um conhecimento prévio dos
rendimentos futuros e o valor de resgate pode assumir valores superiores, iguais ou
inferiores ao valor aplicado.

Comparação dos ativos financeiros:


Renda Fixa Renda Variável
Comprometem um fluxo de ingressos,
Emitidos pelas empresas, implicam a recepção
previamente estabelecidos entre as partes,
de determinado fluxo de ingressos, em função
que é recebido pelo subscritor e pago pelo
dos resultados das mesmas e uma vez
Ingressos emissor de tais ativos com independência
satisfeitos todos os compromissos com os
do resultado de outras variáveis, e cujo
possuidores de ativos de dúvida ou de renda
montante pode ser fixo (juros fixos) ou
fixa.
variável (juros variável).
Tem prioridade na recepção de seus Fica submetido aos resultados da atividade da
Recebimento
ingressos. empresa.
Risco Menor Maior
A incerteza associada à percepção dos
fluxos de caixa comprometidos é inferior,
Rentabilidade Menor
portando os ingressos finais dos ativos de
renda fixa devem ser inferiores

Bolsas de Valores
Instituições que têm como objeto a negociação pública mercantil de títulos e valores
mobiliários;
• É um mercado público onde se negociam títulos e valores;
• Somente são contratados os títulos das entidades que tenham sido admitidas à
negociação;
• As transações estão asseguradas jurídica e economicamente.

O que é Mercado de Capitais


O mercado de capitais pode ser definido como um conjunto de instituições e de
instrumentos que negociam com títulos e valores mobiliários, objetivando a canalização
dos recursos dos agentes compradores para os agentes vendedores. Ou seja, o mercado
de capitais representa um sistema de distribuição de valores mobiliários que tem
propósito de viabilizar a capitalização das empresas e dar liquidez aos títulos emitidos
por elas.
É constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições
financeiras autorizadas

Tipos de valores Mobiliários


Ações: títulos nominativos negociáveis que representam, para quem as possui, uma
fração do capital social de uma empresa.

Bônus de subscrição: títulos nominativos negociáveis que conferem ao seu proprietário


o direito de subscrever ações do capital social da companhia emissora, nas condições
previamente definidas.

Debêntures: títulos nominativos negociáveis representativos de dívida de médio/longo


prazos contraída pela companhia perante o credor, neste caso chamado debenturista.

Outros títulos menos usuais: partes beneficiárias e notas promissórias para


distribuição pública com ampla divulgação.

Ações
São títulos de propriedade de uma parte do capital social da empresa que a emitiu.
As ações ordinárias têm como característica principal o direito ao voto. Numa
sociedade anônima, é por meio do voto que o acionista tem direito legal de controle da
organização.

As ações preferenciais têm como característica fundamental a prioridade sobre as


ações ordinárias no recebimento de dividendos e de recebem, no caso de dissolução da
sociedade, a sua parte.

Além da classificação das ações segundo os direitos que outorgam (ordinárias e


preferenciais), podemos classificá-las também segundo sua forma de circulação. Dessa
forma, teremos ações nominativas, ao portador e escriturais.

Ações Nominativas são emitidas na forma de títulos de propriedade, unitárias ou


múltiplas, denominadas cautelas. A transferência das ações nominativas ocorre por
meio do registro no livro próprio da sociedade anônima emissora (Livro de
Transferência de Ações Nominativas).

Ações ao Portador são emitidas sem constar o nome do comprador e são transferidas
de uma pessoa para outra por transferência manual.

Ações Escriturais dispensam a emissão de título de propriedade, funcionando como


conta corrente. Nesse caso não ocorre movimentação física dos documentos, sendo
suma transferência realizada por meio da empresa custodiante.

Debêntures
Debêntures são títulos emitidos por uma sociedade anônima, previamente autorizada
pela CVM, com a finalidade de captar recursos de médio e longo prazos. Caracteriza-se
como um título de valor mobiliário, com remuneração baseada em taxas de renda fixa.
As debêntures asseguram a seus titulares um direito de crédito contra a companhia nas
condições constantes da escritura de emissões e do certificado, havendo preferência
quanto ao recebimento do capital aplicado.

Mercados primário e secundário


Mercado Primário compreende o lançamento de novas ações/debêntures no mercado,
com aporte de recursos para a companhia.

Uma vez ocorrendo o lançamento inicial ao mercado (IPO), as ações/debêntures passam


a ser negociadas no Mercado Secundário, que compreende as bolsas de valores e os
mercados de balcão.

A diferença básica entre os mercados primário e secundário é que, enquanto o primeiro


se caracteriza pelo encaixe de recursos na empresa, o segundo apresenta mera transação
entre compradores e vendedores de ações, não ocorrendo assim a alteração financeira na
empresa.

Mercado primário: os recursos vão para a empresa


Mercado secundário: os recursos vão para o investidor

Participantes do MC
Especuladores: são pessoas que utilizam esses mercados para obter lucros financeiros a
curto prazo, sem se preocuparem com as ações que estão comprando. Ou seja, são
apostadores que, em função da volatilidade do mercado, buscam oportunidades de
ganho na compra e venda de ações.

Investidores: utilizam esses mercados para obter rendimento a longo prazo.

Especuladores Investidores
Objetivo Alavancagem de ganhos. Manutenção de ganhos.
Ganho através da comercialização de ações Ganho através da propriedade de ações
Formas de ganho (comprar por determinado preço e vender (dividendos, bonificações, juros de capital,
por um preço superior). direito de subscrição etc.).
Prazo Curto Longo
Buscam o risco para obter o ganho
Risco Avessos ao risco.
proporcional.

Passos para a negociação


1. escolha de uma instituição financeira operadora associada à bolsa de valores;
2. abertura de uma conta para movimentação;
3. especificação das ações que serão adquiridas. A compra de ações em geral é
orientada par um investimento, e essa orientação é realizada quase sempre pela
instituição representante do cliente (brokers), em função do diagnóstico do perfil
do cliente, bem como das ações negociadas para melhor satisfação de suas
necessidades;
4. transmissão da ordem ao corretor, na qual poderão estar especificados ao nível
de desejado de preço, a quantidade a ser negociada, o período de validade da
ordem etc.
5. execução da ordem através de negociação na bolsa;
6. emissão da Nota de Corretagem na qual constam os custos de transação e o valo
pago pelas ações, avisando-se o cliente sobre a liquidação física e financeira da
operação;
7. liquidação física e financeira da operação.
Mercado de Balcão e de Bolsa
Podemos definir o mercado de balcão como simplesmente um mercado organizado de
títulos, cuja negociação não se faz em local determinado (como o mercado de bolsa),
mas, principalmente, por telefone. Por não serem empresas registradas em bolsas, suas
ações estão fora do controle e sem garantias de uma bolsa de valores.
As principais características do mercado de balcão são:
• Ausência de um local de negociação centralizado fisicamente, com a conseqüência
dependência de uma sistema de comunicação para realização da divulgação das
informações;
• Operações realizadas nesse mercado têm pouca influência nas negociações
seguintes, em termos de preço, isso porque não há divulgação massificada como
ocorre nas bolsas de valores;
• Não há homogeniedade em termos de participantes e operações.

O mercado de bolsa é aquele em que se compram e vendem ações e nele os clientes


(compradores e vendedores) e as instituições do sistema de distribuição de títulos e
valores mobiliários viabilizam a negociação com títulos e valores mobiliários. Suas
principais características são:
• Livre concorrência e pluralidade de participações: nesse mercado, existe um número
suficiente de cliente e instituições, de moto que nenhum tenha privilégio sobre o
outro;
• Homogeniedade de produto: todos os títulos negociados têm as mesma
características, o que facilita as negociações;
• Transparência na fixação de preços: proporciona credibilidade e segurança ao
mercado. Para que o processo de formação de preços seja mais transparente e
atraente, existem as práticas equitativas de mercado, segundo as quais todos aqueles
que compram e vendem ações em bolsa terão o mesmo tratamento, obedecerão aos
mesmos procedimentos e terão idêntico acesso às informações.

Vantagens e Desvantagens da utilização de ações como fonte de fundos


Vantagens:
• Não acarretam encargo fixo para a empresa;
• Não tem prazo de resgate;
• Abastecem uma garantia contra predas para os credores. Isso significa que a venda
de ações ordinárias aumenta o crédito de valorização da firma;
• Proporcionam ao investidor melhor barreira contra a inflação, porque representam a
propriedade da empresa, que geralmente tem sua valorização, ao longo do tempo,
atrelada a inflação.

Desvantagens:
• Venda de novas ações ordinárias estende o direito de voto ou controle aos novos
compradores de ações;
• Dão aos novos proprietários os direitos de participação nos lucros;
• Tipicamente, devem ser vendidas sob a expectativa de alto retorno básico;
• Os dividendos das ações ordinárias não são dedutíveis como despesa para o cálculo
de Imposto de Renda, não possuindo, assim, benefícios tributários, como é o caso
das debêntures que são dedutíveis.
Ordens de Compra e Venda
Uma vez aberta a conta de valores e provisionado o recurso financeiro suficiente para
operar, o cliente poderá emitir ordens de compra e venda pertinentes.
• Ordem a Mercado: especifica somente a quantidade e as características dos ativos
ou direitos, devendo ser executada pela Corretora a partir do recebimento;
• Ordem Administrada: especifica somente a quantidade e as características dos
ativos ou direitos, ficando a execução a critério da Corretora;
• Ordem Limitada: deve ser executada somente a preço igual ou melhor do que o
especificado pelo cliente (ordens inseridas pelo Home Broker);
• Ordem Casada: a execução está vinculada à outra ordem do cliente (uma de
compra e outra de venda), podendo ser com ou sem limite de preço;
• Ordem de Financiamento: constituída por uma ordem de compra de um ativo no
mercado da Bovespa e outra venda de opção do mesmo ativo, com prazos de
vencimento distintos (compra à vista e venda opção)
• Ordem On-Stop: especifica o nível de preço a partir do qual a ordem deverá ser
executada.

Formas de Negociação
Home Broker: é o processo que permite a negociação de ações via internet, implantado
desde 1999. Está interligado ao sistema de negociação da BOVESPA e permite que
sejam enviadas ordens de compra e venda de ações através do site da corretora.

Day Trade: compra e venda de uma mesma quantidade de ações, de uma empresa,
realizada no mesmo dia pelo mesmo investidor.

After Market: período de negociação que funciona fora do horário regular do pregão;

Pregão
Pregão é o recinto em que ocorrem as negociações entre representantes das sociedades
corretoras de títulos e valores mobiliários. Pode ser presencial ou eletrônico.

Consolidação das bolsas de Valores no Brasil


O processo de consolidação das bolsas no Brasil inicia-se com a incorporação da Bolsa
de Mercadorias de São Paulo pela Bolsa Mercantil de Futuros, em 1991, e culminou
com a fusão da Bovespa com a BM&F, em 2008.

1991: A Bolsa Mercantil e de Futuros incorpora a Bolsa de Mercadorias de São Paulo,


Gerando a atual BM&F.
1997: A BM&F absorve a Bolsa Brasileira de Futuros e torna-se o principal cendo de
negociação de derivativos do MERCOSUL.
2000: A Bovespa incorpora as outras Bolsas: Rio de Janeiro; Minas; Espírito Santo e
Brasília; Extremo Sul; Santos; Bahia; Sergipe; Pernambuco e Paraíba.
2006: A incorporação pela Bovespa, da Bolsa do Paraná e da Bolsa Regional, conclui o
processo de integração dos mercados acionários brasileiros.
2007: A Bovespa e BM&F deixam de ser instituições sem fins lucrativos e tornam-se
sociedades por ações. Suas ações passam a ser negociadas na Bovespa.
2008: Em março, Bovespa e BM&F, anunciam a integração de suas operações, através
de uma fusão, dando origem a BM&FBovespa S.A., a terceira maior bolsa do mundo
em valor de mercado.

BOVESPA
Década de 1960: A Bovespa passa a assumir a característica institucional, deixando de
ser subordinada ao Secretário da Fazenda do Estado, com autonomia administrativa,
financeira e patrimonial.
Década de 1970: Em 1972, a Bovespa foi a primeira bolsa brasileira a implantar o
pregão automatizado com a disseminação de informações on-line e em real time, através
de uma ampla rede de terminais de computador;
No final da década de 1970, a Bovespa foi também pioneira na introdução de operações
com opções sobre ações no Brasil.
Década de 1980: Foi implantado o Sistema Privado de Operações por Telefone (SPOT)
e uma rede de serviços on-line para as corretoras;
Desenvolvido um sistema de custódia fungível de títulos.
Década de 1990: Foram iniciadas as negociações através do Sistema de Negociação
Eletrônica - CATS (Computer Assisted Trading System) que operava simultaneamente
com o sistema tradicional de Pregão Viva Voz;
Em 1997, foi implantado com sucesso o novo sistema de negociação eletrônica
da Bovespa, o Mega Bolsa. O Mega Bolsa ampliou o volume potencial de
processamento de informações;
No fim da década são lançados pela Bovespa os serviços Home Broker e After-Market.
Década de 2000: Ocorre a integração de todas as bolsas de valores brasileiras e
a Bovespa passa a concentrar toda a negociação de ações do país;
Em setembro de 2005, ocorre o fim do pregão viva-voz da Bovespa, e ela se torna uma
bolsa totalmente eletrônica;
Em 2006 a Bovespa começa a operar somente em pregão eletrônico doméstico;
No dia 26 de outubro de 2007 ocorreu o IPO ou seja uma abertura de capital da empresa
coligada Bovespa Holding denominada no IBOVESPA de: BOVH3, que é um
consórcio das corretoras que operam na Bolsa de Valores de São Paulo;
No dia 26 de março de 2008 a Bovespa anuncia oficialmente o início do processo de
fusão com a BM&F. A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, nome da nova
instituição que surgiu com a fusão, será a terceira maior do mundo, e a segunda das
Américas, em valor de mercado.

Mercado de Bolsa
Novo Mercado: é um segmento destinado a negociação de ações emitidas por empresas
que, voluntariamente, adotam regras societárias adicionais, ampliando os direitos dos
acionistas e melhorando a qualidade das informações usualmente prestadas pelas
companhias.
As principais razões que levaram à criação do Novo Mercado são:
• Regulamentação insuficiente para proteger adequadamente o investidor e para
garantir os fundamentos da boa governança;
• Investidores aplicavam descontos nas ações, por causa da falta de direitos e
garantias;
• Empresas subavaliadas pelo mercado;
• O mercado de capitais não era utilizado pelas companhias;
• Número reduzido de aberturas de capital em toda a década de 90.

Em relação à legislação do mercado de capitais, o Novo Mercado cria obrigações


adicionais para as companhias abertas que aderirem. As principais são:
• Realização de ofertas publicas de colocação de ações por meio de mecanismos que
favoreçam a dispersão do capital;
• Manutenção em circulação de uma parcela mínima em ações (25% do capital);
• Extensão para todos os acionistas das mesmas condições obtidas pelos controladores
quando da venda do controle da companhia;
• Mandato unificado de 1 ano para todo o Conselho de Administração;
• Demonstrações contábeis seguindo as normas do Us Gaap ou Ias Gaap;
• Melhoria das informações trimestrais;
• Obrigatoriedade de realização de uma oferta de compra de todas as ações de
circulação, pelo valor econômico, nas hipóteses de fechamento do capital ou
cancelamento do registro de negociação no Novo Mercado;
• Cumprimento de regras de disclosure em negociações envolvendo ativos de emissão
da empresa por parte dos acionistas controladores ou administradores da empresa.

Com a criação do novo mercado, o mercado de bolsa da Bovespa assumiu uma


configuração baseada num conjunto de normas de conduta para empresas,
administradores e controladores. Essa nova configuração nos leva a quatro mercados:

Tradicional: onde as empresas apenas atendem a regulamentação


Nível 1: padrões intermediários de governança
Nível 2: alto padrão de governança
Novo Mercado: padrões superiores de governança.

Bovespa Mais
Seu propósito é criar um espaço para as companhias que tenham uma estratégia gradual
de acesso ao mercado de capitais, viabilizando sua exposição a esse mercado e apoiando
sua evolução em termos de transparência, de ampliação da base de acionistas e de
liquidez. Com isso, a Bovespa pretende tornar o mercado acionário fonte alternativa de
financiamento para maior número de empresas e atrair investidores com perspectivas de
médio prazo.

Sociedade Operadora do Mercado de Acesso - SOMA


A SOMA foi criada em 1996 para as tornar o mercado mais acessível às empresas de
porte menor. Tem como objetivo, propiciar um sistema contínuo adequado, em termos
de preços e liquidez, para a negociação de títulos e valores mobiliários em mercado
livre e aberto.

Índices
Os índices mostram o comportamento de todo o mercado ou de segmentos específicos,
os principais índices são classificados em amplo, setoriais e de segmento:
Índices Amplos Característica
Índice Bovespa – IBOVESPA Ações que representam 80% do valor total negociado

Índice Brasil 100 – IBrX - 100 100 ações mais líquidas do mercado a vista
Índice Brasil 50 – IBrX - 50 50 ações mais líquidas do mercado a vista

50 ações de segunda linha mais líquidas a partir da 11ª


Índice Valor Bovespa – IVBX-2
mais líquida.

Índices Setoriais Característica

Índice Setorial de Energia Elétrica – IEE Ações do setor elétrico

Índice Setorial de Telecomunicações – ITEL Ações do setor de telecomunicações

Índice Setorial do Setor Industrial – INDX Ações do setor industrial

Índices de Segmentos Características

As ações das Cias. que apresentam bons níveis de


Índice de ações com Governança Corporativa
governança corporativa, listadas no Novo Mercado e nos
diferenciada – IGC
Níveis 1 e 2 de Governança Corporativa.

Aproximadamente 40 ações emitida por Cias. altamente


Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE comprometidas com sustentabilidade empresarial e
responsabilidade social.

Índice de ações com tal along Diferenciado – Ações de empresas que ofereçam melhores condições aos
ITAG minoritários no caso de alienação do controle.

Índice Midlarge Cap – MLCX Ações de empresas com maior capitalização.

Índice Small Cap – SMLL Ações de empresas com menor capitalização.

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