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DIREITO DO TRABALHO

No caso em questão, foi julgada uma empresa pela contratação e utilização de menores de idade para a
realização de trabalho artístico sem a devida proteção legal, não tendo a empresa requisitos necessários
para que seja permitido o trabalho de menores nessas condições, como por exemplo
acompanhamentos escolares, com apresentação de declarações de matricula escolar, acompanhada de
declaração de frequência e aproveitamento escolar, contratos de estágio celebrados com esses menores
de idade, dentre outros documentos.

A decisão foi baseada pela violação de artigos de lei da Constituição Federal e do Estatuto da Criança e
do Adolescente, conforme abaixo:

De acordo com o artigo 227 da CF: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão. Sendo essa a violação mais grave no caso.

Violação do Estatuto da Criança e do Adolescente nos artigos:

4°, que descreve o mesmo texto do artigo 227 da CF

''É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte,
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária.''

60°, que limita a idade e as condições necessária para trabalhos infantis.

''É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz''

67°, no caso em questão, violação aos incisos III e IV.

''Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica,
assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho:

I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;

II - perigoso, insalubre ou penoso;

III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e
social;

IV - realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à escola.''

69°, inciso I, tendo havido a violação por ter atrapalhado o desenvolvimento e ensino dos menores, não
se atentando aos estudos dos mesmos.
''O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho, observados os seguintes
aspectos, entre outros:

I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;''

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